Os filhos visualizam em sua mãe aquela que nunca erra, que tudo perdoa, que ama seus filhos mais que tudo nesta vida, aquela que dá conta de tudo e que sempre parece estar pronta para servir, aquela que jamais adoece…
Porém as mães, nos dias de hoje, tem que ser muito mais que mães. Ela deve ser uma boa mãe, uma boa educadora, a mantenedora, a boa profissional, a boa esposa, são muitas exigências.
E em meio a tantas tarefas, as mães têm que tomar cuidado para não ser uma mãe pela metade. O mundo corrido de hoje, não permite que as mães se coloque à disposição dos seus filhos da forma que deve ser.
Algumas, por conta do trabalho, não conseguem ver o seu filho. Deixam eles filhos dormindo na creche ou na escolinha, e correm para o trabalho. Quando retornam seus filhinhos novamente estão dormindo. Assim vai passando o tempo e bate aquela dúvida, estou agindo certo? O que posso fazer para que seja diferente? Esperei tanto tempo para ser mãe e o que estou fazendo deste momento mágico que é dar a luz e educar o meu filho.
Ensiná-lo a balbuciar as primeiras palavras, ensiná-lo a sentar, depois a dar os primeiros passos, alimentá-lo, primeiro com o leite materno, depois as papinhas de frutas, na sequência a primeira papinha salgada, acompanhá-lo em todas as suas consultas ao pediatra, deve ser um roteiro, seguido pelas mães.
Mas será que estou dando esta oportunidade ao meu filho, ou apenas me realizei na parte de dar a luz e todo o resto fica por conta de terceiros? No livrinho das Mães de Maria Montessori, psicografia de Dora Incontri nos ensina o seguinte sobre esta missão de ser mãe:
“Ser mãe é cooperar na obra divina da vida, no ciclo natural da existência. Essa cooperação, entretanto, pode ser meramente instintiva, já que os animais também o fazem, demonstrando até delicados cuidados com seus filhotes…
Ser mãe, porém, no plano hominal, requer algo mais do que o simples cumprimento da lei de reprodução e do cuidado inicial dos filhos. Ao cumprir as leis da natureza, o ser humano pode elevar seus atos, tornando-os mais profundos e alcançando outros domínios que o mero instinto não atinge.
Ser mãe, neste sentido, é acolher um espírito que volta ao mundo, abraçar uma individualidade que se achega ao ventre materno em busca de proteção e paz, para iniciar sua jornada terrena.
Ser mãe, neste sentido, é acolher um espírito que volta ao mundo, abraçar uma individualidade que se achega ao ventre materno em busca de proteção e paz, para iniciar sua jornada terrena.
Ser mãe é compreender que se está contribuindo com as células físicas, junto ao pai, para a formação de um corpo, mas que se deve contribuir com as mais amorosas vibrações para o reajuste do Espírito neste corpo.
Ser mãe é projetar um anseio de educar a alma que retorna, ajudando-a a cumprir a missão que a trouxe de volta.
Ser mãe, dentro desta perspectiva de compreensão do seu papel junto à criança que carrega nos braços, é fazer-se cooperadora da evolução humana, com a oportunidade de propiciar novos caminhos às gerações futuras.
A mãe tem o poder de semear o porvir de personalidades mais ajustadas, mais generosas, mais capazes de fazer o mundo avançar!
Esquecidas e descrentes estão as mães de hoje deste seu privilégio, sentindo-se muitas vezes impotentes e perplexas diante das dificuldades de um mundo tecnológico, esfriado de sentimentos e apenas dedicado à busca de bens e prazeres materiais.
Muitas mães abdicam de sua prerrogativa de educar, intimidadas por essa complexidade contemporânea, também elas tantas vezes mais voltadas aos bens da terra do que aos bens espirituais dos filhos”.
Nos dias de hoje, é importante tentar conciliar tudo, muitos são os desafios na vida das mulheres.
Em uma matéria publicada no site Portal Raízes há o seguinte teor, que realmente entra em conflito com o pensamento de muitas mães:
Síndrome de Burnout“Certa vez li a seguinte frase: “a mãe perfeita não chora, não se desespera, não perde a cabeça e, acima de tudo, não existe”. Às vezes exigimos muito de nós mesmas, porque queremos ser que a mãe perfeita. Como resultado, acabamos exausta, física e mentalmente, por isso não é surpresa alguma de algumas de nós acabarmos sofrendo a síndrome de burnout”.
“Síndrome de Burnout é uma resposta negativa do corpo, quando este foi submetido a um estresse prolongado e intenso, tanto física como emocionalmente. Não importa a profissão, o estresse faz parte do dia a dia num mundo cada vez mais competitivo. A Síndrome de Burnout é uma das consequências deste ritmo atual: um estado de tensão emocional e estresse crônico provocado por condições de trabalho desgastantes. O próprio termo “burnout” demonstra que esse desgaste danifica aspectos físicos e psicológicos da pessoa. Afinal, traduzindo do inglês, “burn” quer dizer “queima” e “out” significa “exterior”.
Foi descrita pela primeira vez no final dos anos 1960 para se referir desgaste sofrido por policiais liberdade condicional. Atualmente, as mulheres têm sido as maiores vítimas. Em especial, as mães que fazem tripla jornada de trabalho, explicou o site Portal Raízes.
Então lembremos sempre, não existe perfeição. É importante que haja o equilíbrio, porque os filhos precisam das mães com saúde e não doentes da alma e do espírito.
Fonte das Imagens: //pt.freeimages.com
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