Quais foram as contribuições dos tropeiros?

Artigo publicado na edi��o n� 41 de mar�o de 2010.

O tropeiro como propagador cultural e mola mestra da cultura cafeeira no s�culo XIX


Filipe Cordeiro de Souza Algat�o

O s�culo XIX no Brasil foi marcado pela altera��o no modo de vida da popula��o em geral, sa�mos da condi��o de col�nia de explora��o do imp�rio portugu�s e lan�amo-nos, a partir de 1822, com a independ�ncia pol�tica do pa�s, a um processo de intensa transforma��o, que forneceria subs�dios para a moderniza��o brasileira posterior. Nesse contexto, o eixo pol�tico-econ�mico do Brasil havia-se deslocado da regi�o Nordeste para a atual Sudeste, sobretudo para o Rio de Janeiro, Minas Gerais e S�o Paulo.

O Tropeirismo, atividade praticada no Brasil desde o s�culo XVIII, encontrou terreno f�rtil para sua fase de maior expans�o, pois, al�m do deslocamento do eixo pol�tico do Brasil para o sudeste, a cultura cafeeira, respons�vel pelo grande surto de desenvolvimento brasileiro na segunda metade do s�culo XIX, come�ava a espalhar-se por essa regi�o.

O tropeiro foi de fundamental import�ncia no per�odo, pois, em tempos de escravid�o e de uma sociedade senhorial pautada pela moral cat�lica de valoriza��o do �cio, o transporte de mercadorias, visto como algo marginal, ficou a cargo de homens livres, pobres, que o desempenharam por ser uma forma de garantir sua subsist�ncia.

O papel do tropeiro, no s�culo XIX, pode ser visto como a s�ntese entre dois fatores: tecnologia rudimentar e grande empreendimento mercantil, pois, devido ao tra�ado das estradas que conectavam o litoral ao interior do Brasil � mal conservadas, extremamente estreitas e sinuosas �, apenas a mula de carga reunia condi��es de trafegar pelos tortuosos caminhos que serviam ao escoamento da produ��o cafeeira para os portos, de onde seguiam para os mercados consumidores no exterior (FRANCO,1983).

As dificuldades apresentadas durante os trajetos, somando-se � necessidade de paradas para descanso dos animais e dos pr�prios condutores, obrigaram que se estabelecessem ranchos para abrigo da tropa ao final de cada dia de jornada, cuja dist�ncia percorrida variava entre 18 e 25 quil�metros. Esses ranchos, em muitos casos, eram constru�dos pelos fazendeiros para que os tropeiros que transportavam seus produtos pudessem descansar e seguir viagem na madrugada seguinte.

Depois de estabelecidos os ranchos, os fazendeiros n�o tardavam em erguer uma capela, s�mbolo de sua devo��o, em seguida instalava-se uma pequena venda para suprir as necessidades b�sicas dos tropeiros e viajantes em geral que por ali trafegassem. Depois, algumas fam�lias fixavam moradia no entorno e estava dado o ponto de partida para o estabelecimento de mais uma vila no interior do pa�s. Muitas das pequenas vilas de outrora constitu�ram pr�speras cidades como Campinas e Jundia� em S�o Paulo e Pouso Alegre em Minas Gerais (ALMEIDA, 1981).

A regi�o que ilustra com maior propriedade essa particular din�mica do tropeirismo associada � expans�o cafeeira � o Vale do Para�ba, devido a sua proximidade com a capital administrativa e pol�tica do Imp�rio e a grande gera��o de riquezas para o pa�s no per�odo mencionado.

As primeiras fazendas de caf� da regi�o foram estabelecidas no lado fluminense do Vale do Para�ba, em algumas cidades como Barra Mansa, Barra do Pira�, Valen�a e Vassouras. Em pouco tempo, a onda cafeeira tomou os espa�os agricult�veis do sul fluminense e adentrou o territ�rio paulista atrav�s das cidades lim�trofes de Bananal e Ubatuba, al�m de Ilha Bela (MILLIET, 1982).

Os plantadores de caf� da regi�o tornaram-se a elite local e constitu�ram a nobreza do per�odo imperial, tamanhos foram a riqueza que produziam e o seu faustoso modo de vida. O tropeiro, homem simples, foi indiretamente o respons�vel pela manuten��o do modo de vida da elite, pois era atrav�s de suas tropas que se transportava a produ��o dos fazendeiros, que comercializada, sobretudo no porto do Rio de Janeiro, lhes rendia as divisas necess�rias para enviar seus filhos � Europa e prepar�-los para ingressar no cen�rio pol�tico ap�s seu retorno.

Apesar desse forte v�nculo com os fazendeiros, os tropeiros gozavam de certa autonomia no contexto das cidades; o que os ligava ao fazendeiro era apenas a quest�o comercial, tanto que a eles era facultativo negociar tanto com um fazendeiro espec�fico quanto com seus principais desafetos pol�ticos.

No lado paulista do Vale do Para�ba, a rede de caminhos pelos quais trafegavam j� se encontrava em certa medida mais consolidada, j� que foram aproveitados caminhos abertos por bandeirantes e posteriormente utilizados pelos tropeiros que se dirigiam �s minas de ouro de Vila Rica pela chamada Estrada Real.

Nesse contexto, chama aten��o a regi�o do Vale Hist�rico, localizada na Serra da Bocaina, a primeira regi�o cafeeira do estado, cuja cidade conhecida como sua �capital� � Bananal, ber�o de abastadas fam�lias de cafeicultores e respons�vel pelas maiores produ��es de caf� do planeta no dec�nio de 1850.

As cidades da regi�o, Silveiras, Areias, S�o Jos� do Barreiro, Arape� (emancipada de Bananal nos anos 1990) e Bananal, nasceram a partir de ranchos de tropa � beira do caminho aberto para ligar a regi�o da Vila de Nossa Senhora da Piedade de Lorena e o Rio de Janeiro, sendo uma varia��o da Estrada Real (CORDEIRO, 2009).

A ocupa��o de todas essas deu-se em acordo com a voca��o natural de ranchos de tropa: agregar servi�os e gentes de modo a que em todas essas paragens fosse poss�vel o abastecimento e a consequente manuten��o da tropa.

O fato de ter sido aquela regi�o a primeira a conhecer o surto cafeeiro no estado tamb�m representa um diferencial, principalmente no caso de Bananal, j� muito pr�xima, inclusive, da capital do Imp�rio, para onde aflu�am as abastadas fam�lias locais.

As fazendas de caf� da cidade foram dotadas de ricos adornos, prova da opul�ncia no modo de vida dos bar�es locais. A cidade acanhada ganhou pr�dios luxuosos, com t�cnicas de constru��o inspiradas nas constru��es da corte, mostrando que a nobreza rural mantinha �ntimo contato com a urbe, acompanhando-a em todas as suas tend�ncias.

Outra cidade da regi�o, S�o Jos� do Barreiro, teve seu destino pr�ximo ao da vizinha Bananal, no entanto, poucos de seus ricos fazendeiros chegaram a serem agraciados com t�tulos nobili�rquicos.

As outras cidades do Vale Hist�rico, apesar de envolvidas com a cafeicultura, n�o despontaram devido ao enriquecimento de seus cidad�os. Areias teve f�rteis fazendas de caf� no estado em 1850 (MILLIET,1982), mas chegou a ter apenas membros da Guarda Nacional[*1]. Silveiras, a �ltima das cidades mencionadas, representa um diferencial e aproxima-se do tipo que tratamos neste artigo, a cidade tamb�m n�o viu sua elite converter-se em titulares do Imp�rio, no entanto cristalizou sua voca��o como ponto de presta��o de servi�os a tropeiros e viajantes rumo ao interior do pa�s.

Em torno do rancho de tropas, foi erguida uma capela em louvor a Nossa Senhora da Concei��o no final do s�culo XVIII. No entanto, com a cultura cafeeira do s�culo XIX � que a vila desenvolveu-se, gra�as � figura do tropeiro � um dos tipos humanos daquele s�culo que mais teve chance de ascender, em fun��o de exercer uma atividade considerada residual, mas de vital import�ncia para a manuten��o do sistema econ�mico vigente (FRANCO, 1983).

A rotina de cidades como Silveiras e muitas outras pelo vasto interior do pa�s esteve intimamente vinculada ao ciclo do Tropeirismo; nas cidades cuja voca��o primeira era o abastecimento, tudo girava em torno da tropa, da produ��o de bens de consumo � da ferramentaria, inclusive as rela��es sociais eram ditadas em fun��o dessas atividades, sendo impens�vel, no cen�rio urbano ou rural, o desenvolvimento de alguma atividade que nada tivesse a ver com a tropa.

A figura do tropeiro tornou-se emblem�tica e o Vale do Para�ba � o cen�rio por excel�ncia para a descri��o da atividade e da influ�ncia dela no modo de vida dos habitantes, porque ali ela est� intimamente ligada, por meio de seus valores culturais e de sua participa��o, � viabiliza��o da economia local.

Assim como o Vale Hist�rico, outras regi�es cafeeiras tamb�m despontavam, como o m�dio Vale do Para�ba Paulista, sendo suas principais cidades � �poca Taubat�, Jacare�, Pindamonhangaba, Guaratinguet� e Lorena.

Essa regi�o, cujas cidades fundadas eram fruto das empreitadas bandeirantes na regi�o rumo �s Minas Gerais, consolidara-se, no s�culo XIX, como importante entreposto comercial e de abastecimento de tropas. Igualmente a Bananal, seus pr�speros fazendeiros n�o tardaram a serem agraciados com t�tulos nobili�rquicos, sendo n�o raras as visitas do Imperador em pessoa a algumas fazendas de nobres considerados seus amigos na regi�o, como o Visconde de Trememb�[*2] (1830-1911), que foi cafeicultor e av� do escritor Monteiro Lobato.

As cidades mais � beira do Rio Para�ba do Sul, no estado de S�o Paulo, utilizaram seus espa�os agricult�veis quase em sua totalidade, dedicando-se � cultura daquela rubi�cea. Os nobres locais, com o dinheiro obtido, dotaram suas cidades com infraestrutura somente compar�vel com a que havia no Rio de Janeiro, capital imperial; caso da cidade de Lorena (SOBRINHO, 1967).

Pindamonhangaba, outra cidade da regi�o que merece destaque, a maior possuidora de bar�es no Brasil imperial, tem, em seus palacetes, marcas de que o caf� produziu sua civiliza��o e legou aos que nela viveram a seguran�a material de que necessitavam, inclusive para a manuten��o do poder.

As tropas foram amplamente utilizadas na regi�o, pois, devido � crescente produ��o � que batia recordes ano a ano a custa de um plantio desordenado que n�o levava em conta nenhuma t�cnica de preserva��o do solo �, as mulas eram requisitadas constantemente para transportar o caf� at� o porto mais pr�ximo.

As tropas que levavam os produtos rurais para serem vendidos tamb�m eram respons�veis por trazer ao interior os bens de consumo que vinham do exterior, j� ca�dos no gosto popular, como tecidos, itens de toucador, ferramentas, entre outros.

N�o apenas as classes abastadas, mas todos os que viviam nas cidades interioranas, em certa medida, consumiam os produtos trazidos pelos tropeiros, j� que n�o havia f�bricas no Brasil. Todas as �novidades� vindas do exterior encontravam ampla aceita��o e assimila��o no meio rural brasileiro.

Tanta inova��o e o uso indiscriminado do solo cobraram um pre�o caro, j� no dec�nio de 1870, a terra do Vale do Para�ba dava seus primeiros sinais de esgotamento, a produ��o recorde dos anos anteriores dava lugar a safras cada vez menores, principalmente na regi�o do Vale Hist�rico, cuja explora��o fora anterior.

Somando-se a esse fato, h� tamb�m a quest�o da m�o de obra majoritariamente escrava empregada na lavoura. Nesse ponto, h� outro entrave ao desenvolvimento da regi�o. Desde a Lei Eus�bio de Queir�z[*3], houve acentuado decl�nio nos bra�os dispon�veis para serem empregados no cultivo e na colheita do caf�, no entanto, essa situa��o adversa s� foi mais forte posteriormente.

Al�m da m�o de obra escassa e do decl�nio das safras em virtude do esgotamento do solo, outra frente de produ��o cafeeira despontava no estado, a regi�o do Oeste Paulista, que utilizava uma terra de qualidade superior � do Vale do Para�ba, empregava t�cnicas mais modernas de cultivo e trazia uma novidade: m�o de obra livre, na maior parte composta de imigrantes que vieram ao Brasil fugindo dos conflitos e da fome que os assolavam na Europa.

O Vale do Para�ba, com seu solo desgastado, m�o de obra escrava e produ��o declinando ano a ano n�o teve condi��es de competir em igualdade com a terra nova, com produ��o abundante e m�o de obra livre. Em 1889, �s portas da Rep�blica, a safra de caf� do Vale do Para�ba apodreceu no p�, pois n�o havia quem colhesse a j� diminuta produ��o. Os fazendeiros mais ricos seguiram o rumo da �civiliza��o do caf�, que n�o conhece limites, desgasta o solo e segue levando a onda de progresso por onde passa e legando a mis�ria e a estagna��o para os que ficam (LOBATO, 1978).

Nesse contexto, os tropeiros tiveram ativo papel, por mais que o sucesso de sua atividade acabasse contribuindo para seu ocaso, a outrora crescente produ��o cafeeira n�o tardou a demandar um meio mais r�pido e eficiente de transporte de mercadorias � nesse caso o trem � e o tropeiro continuou a fazer o servi�o de transporte intermedi�rio entre as fazendas e a cidade.

A ferrovia chegou ao Vale do Para�ba ao final da d�cada de 1870, fase em que a produ��o j� se encontrava em decl�nio, mas, como o transporte n�o beneficiou todas as cidades da regi�o, garantiu ao tropeirismo certa sobrevida.

No Vale Hist�rico, por exemplo, apenas Bananal contou com ramal f�rreo, mesmo assim j� pr�ximo � Proclama��o da Rep�blica, fase em que o caf� j� praticamente havia desaparecido das grandes fazendas locais.

A produ��o rural das cidades que n�o contaram com ferrovias passando por seu territ�rio continuou a ser transportada em lombo de mulas, com jornadas mais curtas, em alguns casos sendo poss�vel que em apenas um dia de jornada os produtos fossem embarcados para S�o Paulo ou para o Rio de Janeiro.

O tropeiro, durante o s�culo XIX, como foi dito, mostrou-se um agente articulador de duas realidades, a vivida no litoral, de influ�ncia externa, de contato maior com os avan�os tecnol�gicos, e a realidade do interior, ainda presa ao passado colonial, cultivando as tradi��es transmitidas e assentadas num modo de vida menos influenciado pelas grandes cidades.

O que se percebe � que, gra�as � exist�ncia da figura do tropeiro, se quebrou um hiato entre ambas as realidades; devido � presen�a desse agente, os dois mundos conectaram-se, as novas tend�ncias encontraram penetra��o no interior das prov�ncias, as cidades do interior modernizaram-se. Nesse caso, o tropeirismo cumpriu seu papel de n�o apenas ser um transportador de mercadorias, mas tamb�m de tend�ncias, modismos, novos h�bitos.

O tropeiro no s�culo XIX foi o respons�vel pela transmiss�o da cultura brasileira em todos os cantos pelos quais passou, o que n�o � pouca coisa dadas as continentais dimens�es do nosso pa�s.

Tratando o Tropeirismo juntamente com o ciclo do caf�, observamos que esse entrela�amento resultou num fen�meno in�dito no Brasil at� ent�o: a na��o produziu um novo modo de vida, inspirado nas na��es europeias, mas que possibilitou a absor��o de novas tecnologias ao pa�s. Os filhos desses tropeiros, gra�as �s divisas obtidas pelo pai, puderam estudar e, juntamente com os filhos dos nobres cafeicultores, compuseram a cena pol�tica brasileira no Segundo Reinado e nos primeiros tempos da fase republicana.

O Tropeiro, apesar de enquadrado como um tipo humano do s�culo XIX, sujeito �s rela��es de domina��o social, ao quebrar essa l�gica difundindo a cultura brasileira e agindo autonomamente, mesmo num per�odo em que praticamente todos os neg�cios de alguma forma eram �regulados�, prestou-nos um grande favor: grande parte do desenvolvimento do interior s� foi poss�vel gra�as a esse ousado empreendimento mercantil, que constituiu cidades, atraiu povos e gentes, consolidando a expans�o demogr�fica e espacial do Brasil.

Refer�ncias bibliogr�ficas

ALMEIDA, Aluisio de. Vida e morte do tropeiro. S�o Paulo: Martins; EDUSP, 1981.

CORDEIRO, Filipe. O culto � mem�ria e a mem�ria negada: um estudo sobre os tropeiros no Vale Hist�rico. In: SEMIN�RIO DE INICIA��O CIENT�FICA FESPSP, 1., 2009, S�o Paulo. Papers... S�o Paulo, 2009. Dispon�vel em:

. Acesso em: 8 jan. 2010.

FLORES, Moacyr. Tropeirismo no Brasil. Porto Alegre: Nova Dimens�o, 1998.

FRANCO, Maria Sylvia de Carvalho. Homens livres na ordem escravocrata. 3. ed. S�o Paulo: Kair�s, 1983.

LOBATO, Monteiro. Cidades Mortas. 20. ed. S�o Paulo: Brasiliense, 1978.

MAIA, Thereza Regina de Camargo. O passado ao vivo. S�o Paulo: FDE, 1988.

MAIA, Tom; MAIA, Thereza Regina de Camargo. O folclore das tropas, tropeiros e cargueiros no Vale do Para�ba. Rio de Janeiro; S�o Paulo; Taubat�: MEC-SEC; FUNARTE; Instituto Nacional do Folclore; Secretaria de Estado da Cultura; Univ. de Taubat�, 1981.

MILLIET, S�rgio. O roteiro do caf� e outros ensaios. 4. ed. S�o Paulo: Hucitec; Instituto Nacional do Livro, 1982.

SOBRINHO, Alves Motta. A civiliza��o do caf� (1820-1920). S�o Paulo: Brasiliense, 1967.

Quais contribuições Os tropeiros trouxeram para?

Resposta. Resposta: Os Tropeiros trouxeram aberturas de novos caminhos para a interligação de novas regiões, o comércio com a região da Minas, que contribuiu para o surgimento de novas vilas e cidades.

Qual é a importância dos tropeiros?

O tropeiro foi de fundamental importância no período, pois, em tempos de escravidão e de uma sociedade senhorial pautada pela moral católica de valorização do ócio, o transporte de mercadorias, visto como algo marginal, ficou a cargo de homens livres, pobres, que o desempenharam por ser uma forma de garantir sua ...

Quais as contribuições dos tropeiros para a sociedade mineradora colonial do Brasil?

Os tropeiros também foram muito importantes na abertura de estradas e fundação de vilas e cidades. Muitos entrepostos e feiras comerciais criados por tropeiros deram origem a pequenas vilas e, futuramente, às cidades.

Qual foi a importância dos tropeiros na história do Brasil?

Os tropeiros eram condutores de tropas de cavalo ou mulas, que atravessavam extensas áreas transportando gado e mercadorias. Os percursos podiam durar várias semanas e envolvendo regiões do Sul, Sudeste e Cento-Oeste do Brasil. Essa atividade existiu desde o século 17 até início do século 20.