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Qual a diferença entre o pensamento de Platão e Aristóteles?Platão defendia o Inatismo, nascemos como princípios racionais e ideias inatas. ... Ao contrário de Platão, Aristóteles defendia que a origem das ideias é através da observação de objetos para após a formulação da ideia dos mesmos. Para Aristóteles o único mundo é o sensível e que também é o inteligível. O que é a ética para Platão?Platão propõe uma ética transcendente, dado que o fundamento de sua proposta ética não é a realidade empírica do mundo, nem mesmo as condutas humanas ou as relações humanas, mas sim o mundo inteligível. O filósofo centra suas indagações na Ideia perfeita, boa e justa que organiza a sociedade e dirige a conduta humana.
O que é a ética para o filósofo Platão?Dessa forma, podemos afirmar que, para Platão, o indivíduo ético é aquele que é capaz de governar a si mesmo. Ou seja, é aquele que exercita a sua habilidade de autocontrole. O que Aristóteles fala sobre a beleza?Para Aristóteles, a beleza exige, entre outras características, a grandeza e ao mesmo tempo proporção, sendo assim, uma mulher bonita e bem proporcionada, mas pequena, pertence ao campo gracioso e não ao da beleza. ... As características essenciais da beleza seriam a harmonia, a grandeza, a medida e a proporção. Como Aristóteles afastou-se das ideias de Platão?
Quem é Aristóteles?
Quais os aspectos da filosofia de Aristóteles?
Qual o maior legado de Aristóteles?
Para Platão (2000) e Aristóteles (2001) a ética e a política são as ciências por excelência. Todas as demais ciências estão subordinadas a elas e delas se servem. A ética é a doutrina moral do indivíduo e a política é a doutrina moral da sociedade. Na Grécia antiga o indivíduo não era concebido individualmente, mas, apenas como um membro da cidade (pólis). Platão (2000) tinha a mesma visão. Somente como cidadão o indivíduo poderia participar das decisões políticas da cidade. E somente participando das decisões políticas da cidade ele teria uma razão de ser. Para Platão (2000), todos os homens se julgam capacitados para exercer a política. Mas isso é um grande equívoco, pois, a arte da política é para poucos. Somente os mais capacitados intelectualmente (filósofos) estão preparados para bem exercer a administração da cidade em benefício de todos. A má administração de alguns homens faz com que a injustiça prolifere na cidade. O objetivo da política, para Platão, é exatamente corrigir essa injustiça. É tornar justo aquilo que é injusto. A concepção política de Platão, segundo Helferich (2006), é basicamente idealista. Ele idealiza uma cidade opulenta e saudável em que cada um atue conforme sua natureza e no momento oportuno. Esta seria sua cidade ideal. Esta seria sua cidade justa. Para Platão (2000), a justiça nada mais é do que a harmonia que deve se existir entre as quatro virtudes: a moderação, a coragem, a sabedoria e a própria justiça. Essas quatro virtudes (que devem estar presentes no Estado ideal) analisadas por Platão são uma continuidade do pensamento socrático a respeito da vida virtuosa. Aquilo que Sócrates analisa no indivíduo em particular, Platão estende ao Estado como um todo (HELFERICH, 2006). A moderação coloca em equilíbrio as vontades e o poder de realizá-las. Ela faz com que o indivíduo evite excessos e aja de forma comedida e prudente. Além disso, harmoniza o indivíduo internamente e no seu convívio com os demais. A coragem é atitude firme sem hesitação, sem temor ou sem fraqueza no enfrentamento de situações emocionalmente difíceis ou perigosas. Deve ser aplicada nas guerras e nas invasões ou defesas de cidades. A sabedoria é a maior de todas as virtudes. É o conjunto de conhecimentos que constitui a própria essência da alma. É a virtude suma em que se baseiam as revelações divinas e por isso aproxima o indivíduo de Deus. E a justiça é a virtude fundamental que deve ser comum a todos. Através da justiça ocorre o relacionamento harmonioso entre os indivíduos da (pólis) sociedade. É a justiça que faz com que todos os direitos sejam respeitados. Cada cidadão tem naturalmente uma função a desempenhar na sociedade. Quando cada cidadão desempenha a sua função de maneira excelente, está realizando a perfeita justiça. Platão (apud REALE; ANTISERI, 2005), quer descrever a cada habitante da pólis qual deve ser a sua atividade de acordo com o predomínio de uma ou outra virtude. Assim, a sociedade pode ser dividida em classes, melhor dizendo, em estamentos: o povo, os guerreiros e os filósofos. O povo deve assegurar a subsistência da cidade através da agricultura, da pesca, do artesanato e dos pequenos comércios; os guerreiros devem fazer a defesa da cidade ou atacar outras quando isso lhes for determinado; os filósofos devem legislar e governar a cidade, pois, são os detentores da justa medida. Quando cada habitante da pólis realiza da melhor maneira possível o seu dever, conforme a sua natureza o objetivo da cidade-estado é alcançado, ou seja, o bem comum e a felicidade. Platão (apud HELFERICH, 2006) distingue cinco formas de governo, são elas: a aristocracia (governo de uma classe privilegiada), a timocracia (governo dos ricos), a oligarquia (governo de um pequeno grupo), a tirania (governo injusto, cruel e às vezes ilegítimo) e a democracia (governo do povo). Na concepção de Platão a melhor das formas de governo é a aristocracia (governo dos privilegiados ou dos melhores). Com relação a Aristóteles, pode-se dizer que ele foi o primeiro grande sistematizador da política. Aristóteles, ao contrário do seu mestre Platão, voltou suas atenções para o mundo físico, analisando a política de uma maneira muito mais realista do que seu mestre (HELFERICH, 2006). Para Aristóteles (2001) o homem não se basta a si mesmo. Viver é relacionar-se; pais e filhos, marido e mulher, amigos, vizinhos. Logo, o homem está destinado a viver em comunidade, ou seja, o homem é um animal político por natureza. Aristóteles foi muito feliz ao perceber que todo ser vivo tende, naturalmente, à vida comunitária e o homem, por ser também um animal, age da mesma forma. Segundo ele, o homem que não quer viver em sociedade ou é um Deus ou uma fera (REALE; ANTISERI, 2005). No primeiro livro de Política, Aristóteles (2001) faz uma análise do surgimento do Estado a partir das relações existentes entre homem e mulher que constituem uma família, algumas famílias formam uma aldeia, algumas aldeias uma cidade (pólis), algumas cidades o Estado. Assim, o Estado surge de maneira natural, mas uma vez existindo ele passa a ter uma função: o bem-comum, a felicidade de todos. Da mesma forma que é impossível imaginar a mão sem o corpo é impossível imaginar o indivíduo sem o Estado. Outro dado importante a ser citado é que Aristóteles (apud HELFERICH, 2006) aceita como sendo natural e, portanto, justa a divisão da sociedade em estamentos. Com relação ao problema da escravidão, Aristóteles afirma que a mesma é absolutamente natural. A natureza do escravo é servir e obedecer ao seu senhor ao passo que a do senhor é dar ordens aos seus escravos/subordinados. Isto é, aquele que é capaz de usar seu intelecto é por natureza o governante, enquanto que aquele que não possui essa capacidade é naturalmente o servo. Essa dominação que o senhor exerce sobre o escravo, portanto, é útil e necessária e natural. O cidadão, para Aristóteles (2001), é aquele que após ter passado pelas etapas de uma boa educação (Paidéia), torna-se apto a participar da direção e administração da cidade. O cidadão probo, justo e um filósofo por natureza é o governante ideal para a pólis. Podemos perceber melhor isso através do fragmento 1252 b (ARISTÓTELES, 2001)
O objetivo da política para Aristóteles (2001) é investigar qual a melhor forma de governo para uma cidade-estado. Ele próprio faz essa investigação e chega à seguinte pergunta: o que é melhor? A monarquia (que é o governo de um só, cujo caráter e valor estão na unidade) ou a tirania (que é a degeneração da monarquia), a aristocracia (que é o governo de uma classe privilegiada, cujo valor está na organização) ou a oligarquia (que é a degeneração da aristocracia), a democracia (que é o governo de muitos, cujo caráter e valor estão na liberdade) ou a demagogia (que é a degeneração da democracia). Aristóteles (apud REALE; ANTISERI, 2005) chega à conclusão de que a melhor forma de governo não é nenhuma dessas citadas acima, mas a timocracia (governo dos ricos). Nesta forma de governo o poder político estaria nas mãos de homens selecionados de acordo com a sua renda e eles deveriam governar para o bem comum. Mas, dentre as formas de governo existentes a melhor delas é a democracia. Como podemos perceber, as teses políticas de Platão e Aristóteles são divergentes essencialmente no seguinte aspecto: Platão idealizava uma sociedade (pólis) justa e perfeita, que ele chama de opulenta ou saudável. Aristóteles já está mais preocupado com o mundo físico e analisou a política de uma maneira muito mais realista. Podemos dizer, grosso modo, que Platão se preocupou mais em analisar como a política deve ser. Já Aristóteles se preocupou mais em analisar como a política é de fato. Entre os pontos convergentes das teses políticas de Platão e Aristóteles podemos destacar o fato de ambos aceitarem que uma sociedade dividida em estamentos (em que cada indivíduo exerce da melhor maneira possível aquilo que lhe é determinado pela sua natureza) é uma sociedade justa. Por fim, ambos também entendem que o objetivo primordial da política é a constituição de um Estado que privilegie a educação, a felicidade e o bem comum de seus membros. Referências Bibliográficas: ARISTÓTELES. Política. São Paulo: Martin Claret. 2001. HELFERICH, Christoph. História da Filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 2006. PLATÃO. A República. São Paulo: Martin Claret. 2000. REALE, G.; ANTISERI, D. História da Filosofia. São Paulo: Paulus, 2005. v. 1. Qual a diferença do pensamento político de Platão e Aristóteles?Aristóteles já está mais preocupado com o mundo físico e analisou a política de uma maneira muito mais realista. Podemos dizer, grosso modo, que Platão se preocupou mais em analisar como a política deve ser. Já Aristóteles se preocupou mais em analisar como a política é de fato.
Qual a diferença de Aristóteles e Platão?“Platão seria tido como um idealista e Aristóteles, um realista. Na verdade, ambos são realistas, só que o real é distinto para um e para outro. O real para Platão é a ideia; o real para Aristóteles é a realidade sensível.
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