Um dos grandes indicadores do desenvolvimento da Europa ao longo do século XVIII é o aumento demográfico aliado às rápidas mudanças no campo social e político, cujas maiores manifestações se enquadram na França e na
Inglaterra. De facto, o século XVIII é o século das Revoluções e entre elas é também considerada a "Revolução Demográfica". Salienta-se, no entanto, a dificuldade com que se defronta a historiografia quando se depara com a irremediável carência de dados estatísticos e, mesmo quando existem, é necessário ter em conta a sua
fiabilidade. Para além disso, as pesquisas através dos registos paroquiais de nascimentos, óbitos e casamentos nem sempre abrangem a totalidade da população devido às diferentes opções religiosas verificadas nesses territórios, excluindo naturalmente os grupos minoritários. O ato de recensear a população só se generalizou a partir do século XIX - os primeiros conhecidos ocorreram na Áustria, em 1695. A partir de 1748,
os Suecos foram os primeiros a realizar este tipo de recolha de dados anualmente, tendo em conta o número de casamentos, óbitos e nascimentos. A contagem por cabeça só se realizou muito mais tarde, por dificuldades e falta de conhecimentos técnicos. Só em 1801 é que se realizou o primeiro censo regular na França e na Grã-Bretanha. Show Thomas Malthus, economista e demógrafo inglês É possível que a tendência geral tenha sido uma diminuição da taxa da mortalidade como a
que se verificou em Inglaterra, na Suécia e na França. No entanto, na Noruega a manutenção dos mesmos índices de alta mortalidade foi constante e na Europa de Leste os registos revelaram um
aumento. No que diz respeito à esperança média de vida, verificaram-se também diferenças quando são comparadas as ocorrências nos vários países, nos diferentes extratos sociais e na população feminina e masculina - se para alguns países a média se situava nos 47,6 (Genebra), noutros era ultrapassada; na Suécia o limite médio de idade para os
homens era de 33,7 anos e de 36,6 para as mulheres entre 1750 e 1800. A baixa da taxa de mortalidade poderá ter a ver com uma melhoria geral das condições de vida e com uma franca diminuição de fomes e de epidemias, embora tenham ocorrido surtos esporadicamente (varíola em França, malária em Espanha e tosse convulsa na
Suécia). A menor incidência da guerra é também considerada um fator de primeiro plano, pois teve consequências ao nível da diminuição da difusão das epidemias e da frequência de pilhagens que arruinavam a economia dos países envolvidos. As más colheitas do início do século já não se verificariam posteriormente, pois houve um melhoramento significativo das condições climatéricas, exceto no contexto da Europa de Leste,
onde as fomes ainda provocavam grandes mortandades. Se a melhoria geral da quantidade e qualidade dos géneros alimentares foi importante para o abaixamento da taxa de mortalidade (torna-se comum o uso do milho e da batata e expande-se a produção de gado), foi igualmente significativo o facto de estas populações terem criado maiores resistências às doenças, ligadas quer ao desenvolvimento da agricultura e ao uso de alimentos mais nutritivos, quer à preocupação com a saúde e com a higiene,
nomeadamente as novas conceções no que diz respeito aos esgotos, aos enterramentos de cadáveres, aos diagnósticos médicos e à utilização de novos medicamentos. Em traços muito simples a Inglaterra é bem o exemplo do abaixamento da mortalidade a partir de 1740/50, devido à melhoria significativa das condições sanitárias, à diminuição da incidência das pestes e ao aumento de produção. O incremento do
nível de vida provocou um aumento da taxa de nupcialidade e da esperança de vida. A impossibilidade de aplicar os mesmos modelos de análise aos diferentes países da Europa é demonstrada pelo caso francês, cujo crescimento não foi tão espetacular como o
inglês. O que causou o aumento da população no século XIX?Na segunda metade do século XIX assistiu-se ao crescimento das cidades, especialmente nos países industrializados. Uma situação que se ficou a dever a um aumento da população, ao crescimento da oferta de emprego nas áreas urbanas e ao desemprego nos campos.
Quais os fatores que fizeram aumentar o ritmo do crescimento populacional no século XIX?Isso ocorreu segundo fatores como a qualidade de vida dos indivíduos, as guerras, as epidemias, os avanços da medicina, etc. Muitas descobertas e avanços da área médica foram fundamentais para que os séculos XX e XXI registrassem um elevado crescimento populacional.
Quais foram os principais fatores que influenciam o crescimento da população brasileira entre os séculos 19 e 20?O intenso crescimento brasileiro se deve, sobretudo da cultura de famílias com um grande número de filhos, dos fluxos migratórios que ocorreram ao longo do processo de povoamento do país, a melhoria das condições médico-sanitárias, além da criação de vacinas e métodos de tratamento de doenças.
O que provocou o crescimento demográfico?O crescimento populacional de um determinado território ocorre através de dois fatores: a migração e o crescimento vegetativo, esse último é a relação entre as taxas de natalidade e as de mortalidade.
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