Porque o eclipse solar é visto por uma região menor que o eclipse lunar?

Eclipse é o escurecimento parcial ou total de um corpo celeste, provocado pela interposição de um outro corpo celeste. Os eclipses mais comuns e conhecidos são o do Sol e o do Lua.

Eclipse Solar
Um eclipse solar é um raríssimo fenômeno de alinhamentos que ocorre quando a Lua se interpõe entre a Terra e o Sol, ocultando completamente a sua luz numa estreita faixa terrestre. Do ponto de vista de um observador fora da Terra, a coincidência é notada no ponto onde a ponta do cone de sombra risca a superfície do nosso Planeta.

Porque o eclipse solar é visto por uma região menor que o eclipse lunar?
Tipos de eclipses

Há quatro tipos de eclipses solares:

  • o eclipse solar parcial: somente uma parte do Sol é ocultada pelo disco lunar;
  • o eclipse solar total: toda a luminosidade do Sol é escondida pela Lua;
  • o eclipse anular, eclipse anelar ou eclipse em anel: um anel da luminosidade solar pode ser vista ao redor da Lua, o que é provocado pelo fato de o vértice do cone de sombra da Lua não estar atingindo a superfície da Terra, o que pode acontecer se a Lua estiver próxima de seu apogeu. Isso é similar à ocorrência do eclipse penumbral da lua;
  • o eclipse híbrido, quando a curvatura da Terra faz com que o eclipse seja observado como anular em alguns locais e total em outros. O eclipse total é visto nos pontos da superfície terrestre que estão ao longo do caminho do eclipse e estão fisicamente mais próximos à Lua, e podem, assim, ser atingidos pela umbra; outros locais, menos próximos à Lua devido à curvatura da Terra, caem na penumbra da Lua, e enxergam um eclipse anular.

Eclipses solares podem ocorrer apenas durante a fase de Lua Nova, por ser o período em que a Lua está posicionada entre a Terra e o Sol.


Saiba mais: Eclipse Solar


Eclipse Lunar
Um eclipse lunar é um fenômeno celeste que ocorre quando a Lua penetra, totalmente ou parcialmente, no cone de sombra projetado pela Terra, em geral, sendo visível a olho nu. Isso ocorre sempre que o Sol, a Terra e a Lua se encontram próximos ou em perfeito alinhamento, estando a Terra no meio destes outros dois corpo. É como se fosse um eclipse solar, porém a Terra encobre a lua nesse caso.
Por isso, o eclipse lunar só pode ocorrer quando coincidem a fase de Lua Cheia e a passagem dela pelo seu nodo orbital.
Ao contrário dos eclipses solares que são visíveis apenas em pequenas áreas da Terra, os eclipses lunares podem ser vistos em qualquer lugar da Terra em que seja noite no momento do eclipse.
A Lua não desaparece completamente na sombra da Terra, mesmo durante um eclipse total, podendo então, assumir uma coloração avermelhada ou alaranjada. Isso é consequência da refração e da dispersão da luz do Sol na atmosfera da Terra que desvia apenas certos comprimentos de onda para dentro da região da umbra.
Esse fenômeno também é responsável pela coloração avermelhada que o céu assume durante o poente e o nascente. De fato, se observássemos o eclipse a partir da Lua, veríamos o Sol se pondo atrás da Terra.

Escala de Danjon

O astrônomo André-Louis Danjon criou uma escala que recebeu seu nome para classificar o obscurecimento durante um eclipse lunar. Esta escala vai de 0 a 4:

L=0: eclipses com esse nível de luminosidade são tipicamente muito escuros. É difícil identificar a Lua no céu. A atmosfera terrestre contém pesada densidade de partículas, nesse extremo da escala.

L=1: esses eclipses também são escuros, mas a Lua pode surgir com bordas marrons ou cinzentas, bem escuras. Torna-se difícil identificar os traços marcantes da Lua.

L=2: a Lua surge com tom de vermelho profundo, ou ferrugem. A umbra central é escura, mas pode mostrar traços mais claros nas bordas.

L=3: esse nível de luminosidade se caracteriza por uma Lua vermelho-tijolo, com um brilho perceptível, possivelmente amarelado, nos limites da umbra.

L=4: eclipses nesse extremo da escala exibem uma cor vermelho cobre ou alaranjada. As bordas da umbra são muito brilhantes, com um tom de azul. Os eclipses desse nível surgem em situações de baixa densidade atmosférica.

Os eclipses lunares não são frequentes. Em média, acontecem até três vezes por ano (ainda que um ano com três seja raro). Cerca de um terço das ocorrências são os eclipses de penumbra, quase imperceptíveis. Os eclipses lunares parciais acontecem em cerca de um terço das ocasiões, e merecem observação. O terço restante envolve eclipses lunares totais, que atraem multidões de espectadores e astrofotógrafos fascinados.


Saiba mais: Eclipse Lunar


Porque o eclipse solar é visto por uma região menor que o eclipse lunar?

Porque eclipse solar é visto por uma região menor do que o eclipse lunar?

Durante a ocorrência desse tipo de eclipse, uma pequena região da Terra fica escura por causa da projeção da sombra da Lua. É nessa região, chamada de umbra, que se observa o eclipse solar total. Nos arredores da umbra, encontra-se a penumbra, onde é possível observar um eclipse solar parcial.

Por que os eclipses podem ser visto em algumas regiões do planeta e em outras não?

Além da posição da observação do eclipse na Terra, o fenômeno também depende de outras características que condicionam a sua aparência, como a inclinação da órbita lunar e a distância entre a Lua, a Terra e o Sol.

Por que um eclipse solar não pôde ser observado em todos os locais do planeta Terra?

Um eclipse do Sol pode ser visto apenas em um ponto da Terra, que move-se devido à rotação da Terra e da translação da Lua. A distância da Lua em relação à Terra determina a quantidade de luz que é coberta do Sol, bem como a largura da penumbra e escuridão total (mais ou menos cem quilômetros).

Qual a diferença entre um eclipse solar é um eclipse lunar?

Quando ocorre um eclipse total ou parcial do sol, temos a ocorrência de um eclipse solar, e quando ocorre um eclipse envolvendo a lua, temos um eclipse lunar.