Por quê uma criança nasce com autismo

O transtorno do espectro autista (TEA) está dentro do grupo dos transtornos globais do desenvolvimento. Entende-se desenvolvimento como o tempo correto do desenvolvimento de uma criança.

Existe um tempo certo para sentar, um tempo para andar, para falar palavras e até mesmo frases. Tudo isso chamamos de avaliação do desenvolvimento normal de uma criança, ou simplesmente de Denver.

Hoje, cada vez mais é frequente de conhecer alguma criança com autismo. Mas como esta condição tornou-se mais frequente do que era antigamente? O que aconteceu? Será se foi agrotóxicos? Seria as telas de televisão, celulares e tablets? As vacinas causam autismo?

Na verdade, tudo isto é mito! A verdadeira causa do aumento dos casos de autismo foi a reforma psiquiátrica, a transição epidemiológica e a melhora nos critérios para o transtorno do espectro autista (TEA), incluindo-se maior treinamento das equipes multiprofissionais que atendem autismo.

A reforma psiquiátrica, numero como a principal causa para o aumento das crianças com diagnóstico de autismo. Este foi um fenômeno que ocorreu na década de 1980, também conhecido como reforma antimanicomial.

Este fenômeno fez com que, muitas pessoas com transtornos mentais, inclui-se por exemplo depressão, ansiedade, transtorno bipolar, esquizofrenia; passaram a ser tratadas fora dos hospitais psiquiátricos, o mesmo ocorreu com o autismo e até mesmo com a síndrome de Down.

Com a inclusão destas pessoas no convívio de pessoas comuns, incluindo-se com a inclusão nas escolas e no trabalho, as pessoas com autismo antes invisíveis, tornaram-se parte do nosso cotidiano. Reforço que a reforma psiquiátrica trouxe avanços maravilhosos, mas existem casos em que ainda são necessários os hospitais psiquiátricos.

A segunda causa é a transição epidemiológica, ou seja, o fenômeno em que as doenças infectocontagiosas diminuem na sua incidência e doenças crônicas tornam-se mais frequentes. Na infância, desidratação e desnutrição derivado de parasitoses são cada vez mais incomuns, em tempos atrás eram a principal causa de óbito em crianças.

Hoje, com a melhora das condições sanitárias, e evolução da medicina e antibióticos, é cada vez mais incomum óbito de crianças por estas causas. E com isto aumenta a incidência de malformação congênita e principalmente suas consequências como o autismo.

E por fim, com a melhor definição dos critérios de diagnóstico do transtorno do espectro autista, fez com que mais crianças sejam diagnosticadas com maior poder de precisão. Isto é muito importante, pois o diagnóstico correto é primeiro passo.

Caso o seu filho demore a falar ou caso algum médico mencione suspeita de atraso de linguagem, procure um médico geneticista pois quanto mais cedo o diagnóstico, mais rápido iniciará o tratamento do autismo.

Índice de Conteúdos

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  • O que é autismo? 
  • Tem relação entre gravidez e autismo? 
    • Idade dos pais 
    • Parto prematuro
    • Diabetes materna
    • Uso de álcool e drogas na gravidez
  • Todos esses fatores na gravidez causam mesmo autismo?

O processo de gravidez é um tema bastante estudado para buscar respostas para as causas do autismo. Isso porque o que se sabe é que a criança já nasce com o transtorno, e os primeiros sinais podem aparecer ainda na primeira infância.

Embora até hoje ainda não seja claro o que pode fazer com que bebês nasçam com TEA, sabe-se que a genética, assim como os fatores ambientais, têm importante papel para a condição. Neste artigo, explicamos mais se existe relação entre a gravidez e o autismo

O que é autismo? 

O autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado, principalmente, pela maneira diferente que as pessoas no espectro têm de ver e interagir com o mundo. 

Para que o diagnóstico seja traçado, segundo manuais como DSM e a CID, é preciso que o indivíduo tenha características que se enquadram na chamada díade do autismo: 

  1. Dificuldades na interação e comunicação social;
  2. Presença de padrões de comportamentos restritos e repetitivos – as chamadas estereotipias

Alguns dos principais sinais de autismo notados pelas famílias ainda na primeira infância são: 

  • Falta de contato visual;
  • Demora ou atraso no desenvolvimento da fala;
  • Não reagir ao ser chamado pelo nome; 
  • E outros sinais de atraso no desenvolvimento

As intervenções mais indicadas para pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) são práticas baseadas em evidências científicas, como a ABA (Análise do Comportamento Aplicada). 

Tem relação entre gravidez e autismo? 

Essa pergunta ainda não tem uma resposta concreta. Mas vários estudos  realizados trazem como hipótese alguns fatores presentes na gravidez que podem contribuir para aumentar o risco de desenvolvimento do autismo em bebês. A seguir, abordamos alguns deles a título de informação. 

Idade dos pais 

Alguns estudos relacionam a idade dos pais como um possível fator risco para o TEA. De acordo com essas publicações, as taxas de diagnóstico tendem a aumentar quando a criança é filha de: 

  • Mulheres adolescentes e homens mais velhos;
  • Pais com mais de 50 anos.

Parto prematuro

Outros estudos ainda relacionam o diagnóstico de autismo com o parto prematuro. De acordo com várias publicações, bebês que nascem antes da gestação completar 37 semanas podem apresentar uma série de complicações no desenvolvimento. 

Uma pesquisa publicada em 2015 demonstrou que o nascimento prematuro pode alterar a conectividade em diferentes regiões do cérebro e causar atrasos leves no desenvolvimento da fala e interação social. Quando esses atrasos são mais profundos, é possível que a criança seja diagnosticada com autismo mais tarde. 

Diabetes materna

Um estudo publicado no periódico Jama em 2015 analisou crianças cujas mães tiveram diabetes gestacional na 26ª semana de gravidez e concluiu um risco 42% maior de desenvolver algum tipo de transtorno do espectro autista.

Para conduzir o estudo, os pesquisadores examinaram registros eletrônicos de saúde de mais de 300 mil crianças nascidas nos centros médicos da Califórnia (Estados Unidos), entre janeiro de 1995 e dezembro de 2009 e as acompanharam durante cerca de 5,5 anos. 

Uso de álcool e drogas na gravidez

Já pesquisadores da Universidade de Ottawa (Canadá) apontaram uma possível relação entre o consumo materno de maconha durante a gravidez e o risco de autismo no bebê. 

De acordo com a pesquisa publicada na revista científica Nature Medicine, os cientistas explicam que a incidência do transtorno foi de 4 entre 1 mil pessoas por ano em comparação com 2,42 a cada 1 mil entre crianças não expostas à cannabis. 

Todos esses fatores na gravidez causam mesmo autismo?

Uma importante consideração sobre todos esses estudos é o fato de que eles ainda são considerados inconsistentes para afirmar uma relação causal entre a gravidez e o autismo. 

Até o momento, as únicas causas confirmadas do TEA são a genética e a combinação com alguns fatores ambientais, como a idade dos pais, já citada anteriormente. 

Por isso, evitar todos esses aspectos durante a gravidez não é uma garantia de que o bebê não apresentará sinais e terá um diagnóstico de autismo. Para saber mais sobre o autismo, continue no nosso blog.

O que leva a criança nasce com autismo?

O que causa o autismo As causas do autismo ainda não são totalmente conhecidas, no entanto estudos mais atuais sugerem que os fatores genéticos, hereditários e ambientais, são os principais relacionados com o desenvolvimento do transtorno.

Quem transmite o autismo o pai ou a mãe?

Os pais têm mais chance que as mães de transmitir aos filhos genes com alterações que poderão resultar no desenvolvimento de autismo, e, quanto mais velhos são, maior o risco.

Quais as chances de ter um filho com autismo?

Realizada em 5 países (Dinamarca, Finlândia, Suécia, Israel e Austrália), a pesquisa incluiu mais de 2 milhões de pessoas nascidas entre 1998 e 2011, sendo cerca de 22 mil diagnosticadas com TEA. Dessa vez, conclui-se que a herdabilidade do transtorno do espectro do autismo está estimada em aproximadamente 80%.

Como saber se o bebê vai nascer com autismo?

6 sinais de autismo em bebês.
1- Bebê não reage aos estímulos sonoros. ... .
2- Não emite contato visual quando é chamado pelo nome. ... .
3- Não possui expressões faciais. ... .
4- Não brinca com outras crianças e não gosta de gestos carinhosos. ... .
5- Não conseguem e nem tentam falar. ... .
6- Faz movimentos repetitivos..