Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Show Na teoria das relações internacionais, a expressão "Nova Ordem Mundial" (NOM) tem sido utilizada para se referir a um novo período no pensamento político. Das diversas interpretações deste termo, a expressão é principalmente associada ao conceito de governança global.[1][2] Foi o presidente dos Estados Unidos Woodrow Wilson quem, pela primeira vez, desenvolveu um programa de reforma progressiva nas relações internacionais e liderou a construção, por meio da Liga das Nações, daquilo que se convencionou a denominar "Nova Ordem Mundial".[3][4] Nos Estados Unidos, a expressão foi usada literalmente pela primeira vez pelo presidente Franklin Delano Roosevelt, em 1941, durante a II Guerra Mundial.[5] Nova Ordem Mundial também é um conceito socioeconômico e político que faz referência ao contexto histórico do mundo pós-segunda guerra[6] e pós-Guerra Fria. Foi utilizado pelo presidente dos Estados Unidos Ronald Reagan na década de 1980, referindo-se ao declínio da União Soviética e ao rearranjo geopolítico das potências mundiais.[carece de fontes] Ver também[editar | editar código-fonte]
Referências
A Nova Ordem Mundial é um conceito político e econômico que se refere ao contexto histórico do mundo pós-Guerra Fria. Estabeleceu-se no fim da década de 80, com a queda do muro de Berlim (1989), no quadro das transformações ocorridas no Leste Europeu com a desintegração do bloco soviético. O termo Nova Ordem Mundial é aplicado de forma abrangente. Em um contexto atual, pode se referir também à importância das novas tecnologias em um mundo progressivamente globalizado e às novas formas de controle tecnológico sobre as pessoas. A Nova Ordem Mundial busca garantir o desenvolvimento do capitalismo e estrutura-se a partir de uma hierarquização de países, de acordo com seu nível de desenvolvimento e de especialização econômica. Veja algumas das principais características. Distribuição do poder internacionalEm termos militares, a bipolaridade (fato de haver dois pólos de força, que eram Estados Unidos e URSS) foi substituída pela chamada pax imperial americana, que significa que não existe país no mundo capaz de se contrapor ao poderio militar americano. A supremacia militar incontestável dos Estados Unidos é exercida de forma intensa em todas as partes do mundo onde seus interesses econômicos ou geopolíticos se fazem presentes. Em termos econômicos e tecnológicos temos a multipolaridade, com pelo menos três grandes blocos: o primeiro, organizado em torno dos EUA; o segundo, em torno da Europa (União Européia) e um terceiro, o bloco asiático, onde se destacam o Japão, a China, a Índia e até mesmo a Rússia. Urbanização mundialA intensa urbanização mundial é um fenômeno típico de países não-desenvolvidos e resultante de sua industrialização e modernização recente. No ano 2000, a ONU (Organização das Nações Unidas) divulgou que a população urbana mundial superou a população rural. A urbanização é acelerada e irreversível em especial nos países em desenvolvimento. É geralmente caótica, o que agrava os problemas ambientais e concentra a pobreza, potencializando seus aspectos negativos. Nova divisão do trabalhoAo contrário do que ocorria até pouco tempo, a nova divisão internacional do trabalho (DIT) não separa apenas países exportadores de manufaturados de países exportadores de matéria-prima. A Nova Ordem Mundial é atualmente caracterizada pela sua multipolaridade em termos econômicos e pela unipolaridade no plano militar. A Nova Ordem Mundial é o atual panorama internacional demarcado pelas relações e disputas de poder entre os Estados Nacionais e pelas relações de equilíbrio entre eles. A emergência desse contexto é associada ao término daquilo que se convencionou chamar por Guerra Fria, em que o mundo deixou de ser considerado bipolar, recebendo novas designações. Com os eventos que anunciaram o fim da União Soviética, a queda do Muro de Berlim e a dissolução do bloco socialista, o então presidente dos Estados Unidos em 1991, George H. Bush, anunciou a emergência de uma “nova ordem mundial”. Essa ordem seria marcada, então, pelo fim da rivalidade entre soviéticos e estadunidenses, anunciando a solidez de organizações internacionais como a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e a consolidação do modelo de estruturação dos blocos econômicos, até então em ascensão. Uma das características básicas que marcaram a transição da bipolaridade para a Nova Ordem Mundial foi a mudança do padrão internacional de poder. Antes, o poderio de uma nação era medido pela sua capacidade bélica, tanto em termos estratégicos quanto em recursos tecnológicos, nas chamadas “corrida armamentista” e “corrida espacial”. Atualmente, são os níveis de desenvolvimento econômico os principais determinantes para configurar as relações internacionais, embora o plano militar ainda exerça uma considerável influência. Apesar disso, ainda há caracterizações da atual ordem mundial como sendo unipolar, uma vez que o poderio bélico dos Estados Unidos é absolutamente superior ao das demais nações do globo terrestre. Apesar de a Rússia ter herdado a maior parte do volumoso arsenal soviético, não se sabe a sua capacidade econômica para mantê-lo, uma vez que a tecnologia nuclear demanda muitos custos de manutenção e esse país encontrou-se nos anos 1990 em uma profunda crise econômico-social. Por outro lado, levando em conta os critérios econômicos e as respectivas ascensões nesse campo por Japão, União Europeia e, mais recentemente, pela China, boa parte das análises afirma que a Nova Ordem Mundial é do tipo multipolar, ou seja, demarcada pela confluência de diferentes potências econômicas que estabelecem o equilíbrio das relações de poder internacionais. Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;) Por fim, em uma perspectiva de unir essas duas concepções, fala-se de uma ordem mundial unimultipolar, ou seja, uma abordagem que não desconsidera nem o poderio econômico hegemônico dos Estados Unidos nem as novas relações econômicas mundiais. As novas formas de regionalização do mundo Durante o período da Guerra Fria, convencionou-se regionalizar o plano político mundial em três “mundos”. O 1º mundo seria formado pelos países capitalistas de economia desenvolvida; o 2º mundo, pelos países socialistas ou de economia planificada, e o 3º mundo, pelos países subdesenvolvidos. Além disso, com a rivalidade entre capitalistas e soviéticos, as relações de poder eram demarcadas pela oposição leste x oeste. No entanto, a derrocada desse segundo mundo tornou tal regionalização obsoleta e sem muito sentido, pois não haveria modos de se falar de primeiro e terceiro mundos sem a existência de um segundo. Além disso, as distinções – que, como vimos, abandonaram o plano militar e agregaram o plano econômico – deixaram de ser marcadas pelo leste contra o oeste, mas passaram a ser delimitadas pela oposição norte x sul. Ao norte, temos a maioria das economias consideradas desenvolvidas e, ao sul, as economias consideradas subdesenvolvidas e emergentes. Observe o mapa a seguir:
Com isso, observamos as principais características da Nova Ordem Mundial. No entanto, é preciso observar que, por ser um contexto atual, é possível que alterações se estabeleçam, o que poderia transformar as relações de poder e, talvez, até definir a emergência de outra ordem. Por: Rodolfo F. Alves Pena |