O que é uma doença relacionada a água ou de transmissão hídrica como essas doenças são transmitidas para o ser humano?

O que é uma doença relacionada a água ou de transmissão hídrica como essas doenças são transmitidas para o ser humano?

A qualidade dos alimentos é uma das condições essenciais para a promoção e manutenção da saúde e deve ser assegurada pelo controle eficiente da manipulação em todas as etapas da cadeia alimentar.

Procedimentos incorretos de manipulação de alimentos podem causar as doenças transmitidas por alimentos e água (DTA), ou seja, doenças em que os alimentos ou a água atuam como veículo para transmissão de organismos prejudiciais à saúde ou de substâncias tóxicas. As DTAs podem se manifestar das seguintes formas:

– infecções transmitidas por alimentos: são doenças que resultam da ingestão de um alimento que contenha organismos prejudiciais à saúde. Exemplo: salmonelose, hepatite viral tipo A e toxoplasmose;
– intoxicações alimentares: ocorrem quando uma pessoa ingere alimentos com substâncias tóxicas, incluindo as toxinas produzidas por microrganismos, como bactérias e fungos. Exemplo: botulismo, intoxicação estafilocócica e toxinas produzidas por fungos;
– toxinfecção causada por alimentos: são doenças que resultam da ingestão de alimentos que apresentam organismos prejudiciais à saúde e que liberam substâncias tóxicas. Exemplo: cólera.

Os sintomas das DTA variam de acordo com o organismo ou a toxina encontrada no alimento e a quantidade do alimento ingerido. Os sintomas mais comuns das DTA são vômitos e diarréias, podendo também apresentar dores abdominais, dor de cabeça, febre, alteração da visão, olhos inchados, dentre outros.

Para adultos sadios a maioria das DTA dura alguns dias e não deixa seqüelas; para pessoas mais susceptíveis, como crianças, idosos, gestantes e pessoas doentes, as conseqüências podem ser mais graves, podendo levar à morte. Algumas DTA são mais severas, apresentando complicações graves até para pessoas sadias.

Para evitar ou reduzir os riscos de DTA, medidas preventivas e de controle, incluindo as boas práticas de higiene, devem ser adotadas na cadeia produtiva, nos serviços de alimentação, nas unidades de comercialização de alimentos e nos domicílios, visando à melhoria das condições sanitárias dos alimentos.

IMPORTANTE: Somente médicos e cirurgiões-dentistas devidamente habilitados podem diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. As informações disponíveis em Dicas em Saúde possuem apenas caráter educativo.

Dica elaborada em dezembro de 2.007.

Fonte:
Ministério da Saúde. Guia alimentar para a população brasileira: promovendo a alimentação saudável

O que são doenças de transmissão hídrica e alimentar?

As doenças de transmissão hídrica e alimentar (DTHA) são aquelas causadas pela ingestão de água e/ou alimentos contaminados. Existem mais de 250 tipos de DTHA no mundo, podendo ser causadas por bactérias e suas toxinas, vírus, parasitas intestinais oportunistas ou substâncias químicas.

É considerado surto de DTHA quando duas ou mais pessoas apresentam doença ou sinais e sintomas semelhantes após ingerirem alimentos e/ou água da mesma origem, normalmente em um mesmo local. Para doenças de alta gravidade, como Botulismo e Cólera, a confirmação de apenas um caso já é considerado surto.

Além disso, a alteração do comportamento das doenças diarreicas agudas (DDA), como a notificação/identificação de casos de DDA acima do esperado para determinado período e território, também sinaliza a possibilidade de ocorrência de surto de DTHA e, portanto, deve ser investigada.

IMPORTANTE: Existem ainda as intoxicações causadas por toxinas naturais, como por exemplo, cogumelos venenosos, toxinas de algas e peixes ou por produtos químicos prejudiciais que contaminaram o alimento, como chumbo e agrotóxicos. Em todos os casos, é fundamental procurar uma ajuda médica imediata, porque algumas doenças transmitidas por alimentos podem, se não tratadas adequadamente, levar à morte.

Sinais e Sintomas

Não há um quadro clínico específico para os surtos de DTHA, podendo variar de acordo com o agente etiológico envolvido. No entanto, os sinais e sintomas mais comuns são:
✔ Náusea
✔ Vômito
✔ Dor abdominal
✔ Diarreia
✔ Falta de apetite
✔ Febre
Além desses, podem ocorrer também afecções extraintestinais em diferentes órgãos e sistemas como nos rins (Síndrome Hemolítico-Urêmica), sistema nervoso central (botulismo e toxoplasmose), má formação congênita (toxoplasmose), dentre outros.

Diagnóstico e Tratamento

Tendo em vista que existem diversas DTHA e estas geralmente apresentem um quadro clínico inespecífico, o diagnóstico das DTHA é feito por exames laboratoriais (clínicos e bromatológicos), que devem ser realizados de acordo com as possíveis hipóteses diagnósticas levantadas a partir da investigação epidemiológica.
O principal material das amostras clínicas são as fezes (swab em meio de transporte Cary-Blair e in natura), porém a depender da hipótese diagnóstica também poderão ser coletadas amostras de sangue, urina, entre outros.
Essas análises são realizadas pelos Laboratórios de Saúde Pública (LACEN), pelos laboratórios de referência regional (LRR) e nacional (LRN) e centros colaboradores (CC). Aos LACEN competem a realização de procedimentos laboratoriais de rotina e o encaminhamento para realização de análises de maior complexidade e complementação diagnóstica ao LRR, LRN ou CC.
O tratamento das DTHA deve ser específico para cada caso. Por ser, em geral, uma doença autolimitada, o tratamento realizado é baseado na sintomatologia do paciente afetado, visando evitar a desidratação e o óbito. E, a depender do grau de toxigenicidade do agente etiológico envolvido e da população afetada (crianças, idosos, gestantes e imunocomprometidos, por serem grupos de risco para o adoecimento), podem necessitar de atenção especial.
Os sinais e sintomas tendem a desaparecer em alguns dias, mas se houver sangue nas fezes e comprometimento do estado geral, antibióticos são recomendados em conjunto com a reidratação. No entanto, seu uso excessivo e indevido na medicina veterinária e humana tem sido associado ao surgimento e disseminação de bactérias resistentes, tornando o tratamento de doenças infecciosas ineficaz.
Em todos os casos, é importante monitorar o estado de hidratação e a duração dos sinais e sintomas, além de procurar o serviço de saúde para a indicação de terapêutica específica, de acordo com a suspeita clínica.

Prevenção

Uma das ações prioritárias para a prevenção, controle e redução dos riscos e surtos de DTHA é o investimento público para melhoria da infraestrutura dos serviços de saneamento básico.

Outras opções de prevenção incluem práticas de higiene pessoal e coletiva e manejo adequado de alimentos para consumo, tais como:

✔       Lavar as mãos com água limpa e sabão, principalmente:

- antes de preparar ou ingerir alimentos;

- após o manuseio de carnes cruas ou terra;

- após ir ao banheiro;

- após utilizar transporte público ou tocar superfícies que possam estar sujas;

- após tocar em animais;

- sempre que voltar da rua;

- antes e após amamentar e trocar fraldas;  

✔       Promover medidas que visem à redução do risco de contaminação de alimentos, em especial no comércio ambulante;  

✔       Consumir carnes bem cozidas/assadas, água tratada e alimentos, cujas condições higiênicas, de preparo e acondicionamento, sejam adequadas:

- alimentos prontos devem ser armazenados separadamente dos alimentos semiprontos e crus;

- alimentos prontos quentes expostos ao consumo devem ser mantidos a 60°C ou mais por, no máximo, 6 horas e, quando resfriados, mantidos à temperatura inferior a 5ºC por no máximo 5 (cinco) dias;

- alimentos preparados, após cocção, mantidos abaixo de 60°C, devem ser consumidos em até 60 minutos.

- alimentos prontos frios expostos ao consumo devem ser mantidos abaixo de 5°C;

- alimentos perecíveis só podem permanecer em temperatura ambiente pelo tempo mínimo necessário para sua preparação e devem ser armazenados à temperatura de 2°C a 8°C;

- alimentos congelados devem ser descongelados em condições de refrigeração à temperatura inferior a 5ºC ou em forno de micro-ondas;

- os alimentos submetidos ao descongelamento devem ser mantidos sob refrigeração se não forem imediatamente utilizados, não podendo ser recongelados;

- reaqueça bem os alimentos que tenham sido congelados ou refrigerados antes de consumi-los;

- mantenha os ovos preferencialmente refrigerados e não armazenados na porta da geladeira;

- ovos cozidos devem ser fervidos por no mínimo 7 minutos, o consumo de ovo cru ou mal cozido pode causar danos à saúde;

- mantenha os alimentos bem acondicionados e fora do alcance de insetos, roedores e outros animais;

✔       Higienizar adequadamente as hortaliças (frutas, legumes e vegetais), dando ênfase à esfregação mecânica em água corrente, antes de consumi-los ou prepará-los;

✔       Desinfectar as hortaliças antes do consumo:

- imergir os alimentos em solução preparada com 10 mL (aproximadamente 1 colher de sopa) de hipoclorito de sódio a 2,5% para cada litro de água tratada;

✔       Lavar e desinfectar as superfícies, os utensílios e equipamentos usados na preparação de alimentos;  

✔       Ensacar e manter a tampa do lixo sempre fechada;

- quando não houver coleta de lixo, este deve ser enterrado em local apropriado;  

✔       Usar sempre o vaso sanitário, mas se isso não for possível, enterrar as fezes sempre longe dos cursos de água;  

✔       Eliminar fezes de felinos em lixo seguro;  

✔       Expor as caixas de areia para fezes de felinos ao sol, preferencialmente, diariamente ou sempre que possível;  

✔       Cobrir as caixas de areia, para recreação infantil, a fim de evitar a contaminação por fezes de animais ou mantê-las expostas ao sol diariamente;  

✔       À população sem acesso a água tratada, realizar tratamento domiciliar: 

- filtrar + utilizar solução de hipoclorito de sódio a 2,5%;

- filtrar + ferver a água por 5 minutos (após a fervura);

Modo de usar

Coloque duas gotas de hipoclorito de sódio a 2,5% em 1 litro de água e aguarde por 30 minutos de consumir

   ✔       Buscar os serviços de saúde em caso de presença de sinais e sintomas;  

✔       Vacinar crianças contra o rotavírus humano – VORH;  

✔       Incentivar o aleitamento materno.   

Mitos e Verdades 

  • MITO. Os surtos de DTHA podem ter como origem diversos agentes etiológicos, tais como bactérias e suas toxinas, vírus ou parasitas intestinais oportunistas, entre outros.

  • VERDADE. Embora qualquer pessoa possa contrair uma DTHA, idosos, crianças, pessoas com comprometimento imunológico e gestantes possuem maior risco de adoecer, inclusive de agravar. 

  • VERDADE. O leite cru não pasteurizado ou não fervido contaminado pode causar DTHA. O processo de pasteurização mata microrganismos nocivos que são potenciais causadores de DTHA e reduz o risco de adoecimento.

  • MITO. Frutos do mar, peixes ou mariscos crus ou malcozidos podem causar DTHA. Cozinhar bem peixes, mariscos ou alimentos que contenham frutos do mar é uma prática recomendada para redução do risco de infecções de origem alimentar. No entanto, se optar por comer frutos do mar crus de qualquer maneira, uma regra geral é comer os que foram previamente congelados. Algumas espécies de peixes podem conter parasitas e o congelamento poderá matar parasitas que estejam presentes. No entanto, esteja ciente de que o congelamento não mata todos os microrganismos nocivos. É por isso a maneira mais segura é cozinhar.  

  • VERDADE. O consumo de frutas, verduras e vegetais fornecem uma série de benefícios para saúde, porém quando inadequadamente lavados e desinfetados, podem oferecer risco à saúde.

  • MITO. O consumo de alimentos industrializados contaminados, assim como de outros alimentos, pode causar DTHA. Dessa forma, é imprescindível manter as boas práticas de cuidado aos alimentos em qualquer alimento e manejo adequado conforme instruções do rótulo, além de utilizar apenas dentro do prazo de validade. 

  • MITO. Ovos de galinha mesmo limpos e intactos podem estar contaminados. Por isso, é importante cozinhar ou fritar bem os ovos antes do consumo e evitar alimentos que contenham ovos crus ou malpassados.

  • MITO. A massa de bolo crua contém farinha que é um produto agrícola não processado para eliminar microrganismos nocivos. Assim, consumir esse alimento cru pode representar risco à saúde. As massas de bolo também podem conter ovos crus que também podem estar contaminados. 

  • MITO. Bactérias presentes em carnes bovina, suína e de ave cruas podem contaminar utensílio de cozinha, que se não adequadamente higienizados, podem contaminar outros alimentos. Dessa forma, recomenda-se que facas, tábuas de corte, entre outros utensílios sejam lavados após o uso com carnes.

  • VERDADE. Lavar as mãos regularmente é uma das formas mais simples e eficazes para remoção de microrganismos que são potencialmente causadores de DTHA.

  • MITO. Diarreia e vômito estão entre os sinais e sintomas mais comuns de DTHA, porém podem diferir de acordo com o agente etiológico envolvido.

  • MITO. A data de validade dos alimentos é determinada pelo fabricante e indica até qual prazo é seguro consumir o alimento. Essa data é determinada através de estudos realizados em laboratórios, onde verifica-se o tempo em que o alimento começa a se deteriorar. Dessa forma, após a data de validade, os alimentos estão sujeitos a mudanças em suas características e suscetíveis à ação de fungos e bactérias, colocando em risco a saúde daqueles que os ingerem, ainda que não alterem seu aspecto.

 Perguntas Frequentes

  • Surto de DTHA é o evento em que duas ou mais pessoas apresentam doença ou sinais e sintomas semelhantes após ingerirem alimentos e/ou água da mesma origem, normalmente em um mesmo local.

  • A ocorrência das DTHA relaciona-se com diversos fatores, como: condições de saneamento básico e qualidade da água para consumo humano impróprias, práticas inadequadas de higiene pessoal e consumo de alimentos contaminados.

  • No Brasil, os principais agentes etiológicos identificados em surtos de DTHA, notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan*) , são Bacillus cereus, Clostridium spp., coliformes, Escherichia coli, norovírus, rotavírus, Salmonella spp., Shigella spp. e Staphylococcus spp..

    *Sinan – sistema de informação que é alimentado, principalmente, pela notificação e investigação de casos de doenças e agravos que constam da lista nacional de doenças de notificação compulsória (Portaria de Consolidação n° 4, de 28 de setembro de 2017, anexo V – Capítulo I). Sua utilização efetiva permite a realização do diagnóstico dinâmico da ocorrência de um evento na população, podendo fornecer subsídios para explicações causais dos agravos de notificação compulsória, além de vir a indicar riscos aos quais as pessoas estão sujeitas, contribuindo assim, para a identificação da realidade epidemiológica de determinada área geográfica. 

  • O período de incubação nos surtos de DTHA vai depender do agente etiológico envolvido, variando de horas a semanas, mas usualmente é curto.

  • A investigação epidemiológica de surtos de DTHA deve ser realizada de forma integrada pela vigilância epidemiológica, vigilância sanitária, vigilância ambiental, laboratórios de saúde pública, atenção básica e outras instituições de acordo com o evento de saúde pública.

  • Dados sobre surtos de DTHA podem ser encontrados nesta página do Ministério da Saúde, em “Situação Epidemiológica”.

  • Para se multiplicarem os microrganismos precisam de condições ideais de nutrientes, umidade, temperatura, entre outras. A maioria dos alimentos contém nutrientes e umidade suficientes para a multiplicação de microrganismos, devendo ser conservados em temperaturas especiais (alimentos perecíveis) – a maioria dos microrganismos podem se multiplicar em temperaturas entre 5°C e 60°C (zona de perigo).

  • A higienização dos reservatórios de água deve ser realizada a cada 6 meses ou na ocorrência de acidentes que possam contaminar a água, tais como queda de animais, sujeira, enchentes, entre outros. 

  • A detecção de um surto de DTHA pode ocorrer por diversas fontes (dados da vigilância em saúde, notificação pelos serviços de saúde, imprensa/mídia, instituições envolvidas ou população).

  • Em situações em que a população identifica um aumento do número de casos de doenças diarreicas agudas (DDA) ou pessoas que apresentam sinais e sintomas semelhantes após ingerirem água e/ou alimento da mesma origem, esta deverá procurar imediatamente um estabelecimento de saúde e comunicar aos profissionais de saúde as informações observadas até o momento para que seja confirmada a existência do surto de DTHA e iniciada a investigação.

Situação Epidemiológica

A ocorrência de surtos de DTHA relaciona-se com diversos fatores (condições de saneamento e qualidade da água para consumo humano impróprios; práticas inadequadas de higiene pessoal e consumo de alimentos contaminados) e são importantes causas de adoecimento e morte em todo o mundo.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 600 milhões de pessoas – quase 1 em cada 10 pessoas no mundo – adoecem e 420.000 morrem todos os anos devido às DTHA, resultando na perda de 33 milhões de anos de vida saudáveis. As crianças menores de 5 anos, carregam 40% da carga de DTHA, com 125.000 mortes a cada ano

O Centers for Disease Control and Prevention (CDC), centro de vigilância de doenças dos Estados Unidos, estima que 48 milhões de pessoas adoecem anualmente, 128 mil são hospitalizadas e 3 mil morrem anualmente devido a essas doenças.

No Brasil, no período de 2007 a 2020, foram notificados, por ano, uma média de 662 surtos de DTHA, com o envolvimento de 156.691 doentes (média de 17 doentes/surto), 22.205 hospitalizados e 152 óbitos.

Situação epidemiológica dos surtos de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar (DTHA)

Banco de dados 2000 a 2021*

* O sistema de informação em saúde utilizado para registro das notificações de agravos e doenças no Brasil é o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), implantado de forma gradual a partir de 1993 e regulamentado em 1998, com versões cada vez mais aprimoradas. Até 2006 os dados eram inseridos no Sinan Windows (Sinan W) e a partir de 2007 foi implantado o Sinan Net, o qual incorporou mudanças nas variáveis da ficha de notificação de surtos DTA. Consequentemente, algumas variáveis da ficha utilizadas até 2006 diferem daquelas existentes na ficha utilizada a partir de2007.
*Dados do ano anterior ao vigente são preliminares e estão sujeitos a atualizações.

Ficha de notificação e investigação de surtos de DTA e dicionário de dados – Sinan

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO
✔ Atualização sobre notificação de surto de DTHA no Sinan-Net
✔ Distribuição temporal dos surtos notificados de doenças transmitidas por alimentos – Brasil, 2007-2015.
✔ Informe sobre surtos notificados de doenças transmitidas por água e alimentos – Brasil, 2016-2019.

PROTOCOLOS DE TRATAMENTO
Após consulta médica, é indicada terapêutica específica de acordo com a suspeita clínica. Em todos os casos, é importante avaliar o estado de hidratação, principalmente em crianças, idosos e imunodeprimidos que apresentam diarreia e vômito.
Quando a diarreia é aguda, deve-se seguir o manejo do paciente com diarreia preconizado pelo Ministério da Saúde, adotando-se o plano de tratamento mais adequado, conforme o estado de hidratação.

Manejo de paciente com diarreia

Materiais e multimídia

  • Manual Integrado de Vigilância, Prevenção e Controle das Doenças Transmitidas por Alimentos
  • Manual Técnico de Diagnóstico Laboratorial da Salmonella spp.
  • Guia de Vigilância em Saúde
  • Guia para Diagnóstico Laboratorial em Saúde Pública
  • Webinar – Atualizações sobre notificação de surto de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar – DTHA
  • Vigilância Epidemiológica das Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar: Manual de Treinamento
  • Nota Técnica Nº 52/2021-CGZV/DEIDT/SVS/MS - Orienta a notificação e investigação integrada de caso compatível com a doença de Haff.

O que é doença relacionada a água ou de transmissão hídrica como elas podem ser transmitidas para o ser humano?

Doenças relacionadas com o contato com água contaminada: Algumas vezes o simples contato com a água pode expor nosso corpo a agentes patogênicos. Esse é o caso da esquistossomose, que é transmitida após a penetração de larvas (cercárias) pela nossa pele e mucosas. Essa doença pode ser aguda ou crônica.

O que é doença relacionada a água ou de transmissão hídrica?

Doenças de veiculação hídrica são aquelas causadas pela presença de microrganismos patogênicos (bactérias, como a Salmonella, vírus, como o rotavírus, e parasitas como a Giardia lamblia) na água utilizada para diferentes usos.

Quais são as doenças de transmissão hídrica?

Principais doenças de veiculação hídrica.
Diarreia por Escherichia coli. A bactéria Escherichia coli, também conhecida como E. ... .
Amebíase. A amebíase é causada por um protozoário que recebe o nome de Entamoeba histolytica. ... .
Cólera. ... .
Leptospirose. ... .
Disenteria bacteriana. ... .
Hepatite A. ... .
Esquistossomose. ... .
Febre tifoide..

Quais são as doenças de transmissão hídrica e alimentar?

As doenças de transmissão hídrica e alimentar (DTHA) são aquelas causadas pela ingestão de água e/ou alimentos contaminados. Existem mais de 250 tipos de DTHA no mundo, podendo ser causadas por bactérias e suas toxinas, vírus, parasitas intestinais oportunistas ou substâncias químicas.