A “Indústria Cultural”, conceito desenvolvido na Escola de Frankfurt pelos filósofos Adorno e Horkheimer, retrata a difusão de cultura em massa com finalidade econômica que manipula a sociedade de consumo. Tendo em vista isso, a realidade dos ”influencers” digitais no mundo consumista não se distingue da indústria de cultura, na qual a propagação de conteúdo em massa, além do poder de influência sob a mídia são bastante recorrentes. Com isso, tais influenciadores provocam entraves preocupantes na sociedade, como o consumismo exacerbado e, consequentemente, danos no meio ambiente. Show
A princípio, é oportuno discutir o poder dos influenciadores para o consumismo compulsivo dos indivíduos. Karl Marx, sociólogo prussiano, o “fetichismo de mercadoria”, condiz o ato da compra é realizada não por necessidade real, mas por uma felicidade fantasiosa e passageira. Nesse sentido, é nítido arrematar os influenciadores como papel influente nas decisões de compra, uma vez que a redes sociais dispõe de produtos variados. Com isso, a situação brasileira assemelha a máxima de Marx tornando-se relevante a discussão da vulnerabilidade desses consumidores digitais. Paralelamente, convém salientar os efeitos negativos desse hiperconsumo ao meio ambiente gerado pela parte influenciadora. De acordo com o artigo 225 da Constituição Federal brasileira, é direito de todos ter o meio ambiente ecologicamente equilibrado. Contudo, a própria sociedade colabora no cenário de poluição, e os influenciadores digitais mostram-se despreocupados quanto à importância ambiental em seus perfis, sendo vetores da produção de lixo. Nesse sentido, o impacto nocivo dos produtores de conteúdo digital suscita análises imperiosas ao que tange a norma constitucional da Carta Magna.. Portanto, faz-se mister que a mídia nos canais de TV, junto às agências de publicidade, realizem campanhas informativas e reflexivas sobre a transparência nociva – embora existam positivas – dos “influencers” das redes sociais, a fim de atenuar a conscientização necessária a respeito de seus malefícios comportamentais na sociedade de consumo. Dessa forma, a manipulação atenuada aos influenciadores da cultura digital distanciam a noção da indústria cultural. Com a popularização das redes sociais, como Facebook, Instagram, YouTube e Twitter, a forma com que as pessoas consomem e se relacionam com as marcas passou por uma nova transformação, desta vez impulsionada pelos influenciadores digitais. Com milhares – quando não milhões – de seguidores, esses perfis têm o poder de influir diretamente no poder de compra de outras pessoas, divulgando marcas, recomendando produtos e criando tendências que podem ajudar as empresas com as quais fecham parcerias a vender mais e conquistar melhores resultados. Neste post, conheça mais sobre o impacto dos influenciadores digitais no mercado e nos padrões de consumo atuais. Acompanhe! Os hábitos do brasileiro e seu impacto no mercadoSegunda pesquisa TIC Domicílios realizada em 2019, 70% da população brasileira está conectada à internet. Isso representa mais de 126 milhões de pessoas navegando todos os dias. A isso devemos somar o fato de que o Brasil é o segundo país do mundo que passa mais tempo na internet. De acordo com um estudo da Hootsuite, o brasileiro fica, em média, mais de nove horas por dia conectado. Para dar outra perspectiva, passamos 145 dias do ano ligados à rede mundial. E não é só isso: a pesquisa GlobalWebIndex mostra que o Brasil também ocupa o segundo lugar do ranking dos países que mais passam tempo nas redes sociais. A média diária dos brasileiros nessas plataformas é de 225 minutos, ou seja, quase quatro horas diárias checando a timeline, trocando mensagens e assistindo a vídeos. Números como esses mostram a importância da internet na vida contemporânea e como ter uma presença digital forte e consistente é fundamental para chegar aonde o consumidor está e conseguir estabelecer uma comunicação eficaz e mais direcionada. A influência dos influenciadoresImersos nessa realidade altamente conectada, o impacto dos influenciadores digitais no mercado é inegável. E os dados sustentam essa afirmação. Um estudo da Qualibest mostra que os influencers já são a segunda maior fonte de informação para a tomada de decisão dos consumidores. Nada menos do que 49% dos entrevistados afirmaram que já consumiram um produto ou serviço porque foram influenciados digitalmente. Para se ter uma ideia, os influencers só ficam atrás das recomendações dadas por parentes e amigos. E o poder de influência dessas pessoas e perfis vai além: uma pesquisa da YouPix revela que apenas 10% do público entre 18 e 34 anos de idade afirma nunca ter sido influenciado no meio digital. Além disso, a pesquisa mostra que 64% desses jovens já pesquisou uma marca ou um produto por meio de influencers. E compreender as mudanças no mercado e nos padrões de consumo que são causadas pelos influenciadores digitais passa também por entender a relação deles com o seu público. Nesse sentido, dados do relatório Think With Google, voltado especificamente para o YouTube, nos dão uma pista. De acordo com o levantamento, 70% dos adolescentes inscritos na plataforma afirmam ter mais identificação com os influencers do que com celebridades "tradicionais", como atores e cantores, por exemplo. Além disso, 40% dos millennials – nascidos entre o começo dos anos 1980 e meados dos anos 1990 – dizem que os youtubers que acompanham os compreendem melhor do que seus próprios amigos. Leia também: Influenciadores virtuais no e-commerce O crescimento do marketing de influênciaDiante desse cenário, cresce no mercado o chamado marketing de influência. Trata-se de uma abordagem que busca desenvolver ações de vendas e divulgação junto a influenciadores digitais, justamente por conta da relação de confiança e do seu poder de instigar decisões em seus seguidores, especialmente nos jovens. O marketing de influência tem alto poder de engajamentos e consegue amplificar o alcance da mensagem. Parte desse sucesso tem a ver com o fato de que influencers são pessoas reais, gente como a gente, fator que tende a aumentar a confiança do consumidor e a credibilidade da mensagem que a marca deseja passar. E essa é uma noção que vem sendo rapidamente assimilada pelo mercado. Segundo a pesquisa ROI & Influência, feita pela YouPix em 2019, 68% das marcas consideram o marketing de influência importante em seus planos de comunicação. O levantamento aponta ainda que, naquele ano, 56% das empresas previam aumentar o investimento na área para o ano seguinte. Por fim, vale destacar que, para que sejam eficazes, as ações de marketing de influência devem ser feitas junto a digital influencers que tenham a ver com os negócios e que tenham seus conteúdos consumidos pela mesma audiência que compõe a base de clientes da empresa. Esperamos que este post tenha ajudado você a entender o impacto do mercado de influenciadores digitais no consumo e no mercado em geral. Para mais artigos e estratégias para se destacar com o seu comércio eletrônico, continue acompanhando o blog da Betminds e se inscreva aqui no The Future
Of E-commerce, a newsletter com foco em e-commerce com conteúdos todas as segundas, terças e quintas direto no seu e-mail! Acompanhe também a Betminds nas redes sociais: nós siga no linkedin e no Instagram. Até a próxima matéria :) Como os influenciadores digitais impactam nas decisões de consumo?Ser um influenciador significa ter um efeito direto nas decisões de compra, estilo de vida e nas opiniões dos outros. Em geral, os influenciadores passam a impressão de uma vida perfeita, de glamour, fama e realização, onde se tem acesso a todos os mais novos e exclusivos produtos do mercado.
Como iniciar uma redação sobre influenciadores digitais?Para realizar a proposta, você deverá construir um texto dissertativo-argumentativo respondendo ao questionamento da proposta, demonstrar domínio da norma culta da língua, mobilizar diversas áreas do conhecimento, ou seja, seu conhecimento de mundo para desenvolver o tema, respeitando a estrutura do texto dissertativo- ...
Qual o papel do influenciador digital na tomada de decisão do consumidor?A figura do influenciador digital é, portanto, vital, quando se trata de processo de decisão de compra, uma vez que mais da metade dos entrevistados consideram a sua opinião e o seu trabalho de divulgação de conteúdo como importante e como moldador de opinião, bem como pelas informações colhidas diretamente com quem ...
Qual a importância dos influenciadores digitais para a sociedade de consumo?Com milhares – quando não milhões – de seguidores, esses perfis têm o poder de influir diretamente no poder de compra de outras pessoas, divulgando marcas, recomendando produtos e criando tendências que podem ajudar as empresas com as quais fecham parcerias a vender mais e conquistar melhores resultados.
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