É melhor ter plaquetas altas ou baixas?


Tudo o que você precisa saber sobre a trombocitemia essencial, a doença do sangue que pode causar trombose e hemorragias.

Não, a trombocitemia essencial não é câncer.

Não é porque não há a proliferação de células malignas, mas o excesso de células normais. Estudos indicam que a doença permanece estável por 10 a 20 anos.

Pode virar leucemia? Sim, mas em apenas menos de 5% dos casos.

Fatos sobre a trombocitemia essencial

1. A trombocitemia essencial é uma doença do grupo das mieloproliferativas.  Nessa doença ocorre um descontrole da medula óssea dando origem a um aumento na concentração de plaquetas no sangue.

2. O paciente com trombocitemia essencial não apresenta sintomas da doença, na maioria dos casos. Assim, normalmente, ela é descoberta após a realização de um hemograma de rotina.

3. O diagnóstico só é confirmado pelo médico quando ele afasta outras causas para o aumento de plaqueta.

4. Há um ponto um pouco técnico, mas importante saber: mais da metade das pessoas com trombocitemia essencial apresentam uma anormalidade no gene JAK2, a chamada mutação V617F. Essa característica facilita demais o diagnóstico.

É melhor ter plaquetas altas ou baixas?

5. A princípio, quando identificada a doença, o tratamento, na maioria das vezes, é feito com medicamentos que reduzem o número de plaquetas no sangue. Dessa forma, eles diminuem o risco de trombose e de hemorragias.

6. Uma vez medicado, quem tem trombocitemia essencial leva uma vida normal. Bem como sem efeitos colaterais da medicação.

7.  Do mesmo modo que essa recomendação vale para todos, é ainda mais importante para quem tem trombocitemia essencial: é importante ter um dia a dia saudável, sem fumar, para evitar a hipertensão, a obesidade e a diabetes (elas podem causar tromboses).

8. A trombocitemia essencial é uma doença rara, não hereditária, sem uma causa conhecida.

9. Frequentemente, ela acomete adultos com mais de 40 anos, com um maior número de casos entre pessoas com mais de 60 anos.

10. Nas raríssimas ocasiões em que a trombocitemia essencial é identificada em pessoas com menos de 40 anos é tratada com ácido acetilsalicílico, a famosa Aspirina.

Tudo começa na medula óssea: o passo a passo da trombocitemia essencial

A medula óssea é a responsável pela fabricação dos componentes do sangue. Sua responsabilidade é produzir glóbulos vermelhos, responsáveis pela oxigenação do organismo; glóbulos brancos, que defendem o corpo das infecções e as plaquetas, que evitam hemorragias. Ela é formada por células-tronco, que dão origem a outras células.

Quando o organismo está trabalhando normalmente, as células nascem, amadurecem e são lançadas na corrente sanguínea somente quando já estão maduras (adultas) e aptas para desempenhar as suas funções. Se há o mau funcionamento das células-tronco, elas sofrem uma mutação e passam a se proliferar sem controle.

Assim, as plaquetas, também chamadas de trombócitos, são as mais afetadas, e passam a ser produzidas em excesso. Como elas têm a função de coagular o sangue, há um grande risco de formarem coágulos (trombos), bloqueando os vasos sanguíneos. Dessa forma, surgem as tromboses.

O que são as famosas células-tronco?

Se surgirem reações negativas ao medicamento.


O que é mais perigoso plaquetas altas ou baixas?

Se você tiver plaquetas baixas, poderá ter sangramento interno, enquanto se tiver plaquetas altas, podem formar-se coágulos que podem ser bastante prejudiciais. Os níveis ideais de plaquetas no sangue devem variar de 150.000 a 450.000 mm3.

O que acontece quando as plaquetas estão altas?

A plaqueta alta normalmente não causa sinal ou sintoma, sendo identificada através do hemograma. É considerado plaqueta alta quando são identificadas mais de 450.000 plaquetas/ µL de sangue.

O que acontece quando a pessoa está com as plaquetas baixas?

Dessa forma, a diminuição da quantidade de plaquetas, conhecida como plaquetopenia ou trombocitopenia, pode interferir na coagulação sanguínea e levar ao aparecimento de alguns sintomas como manchas roxas ou avermelhadas na pele, sangramento nas gengivas ou pelo nariz e urina avermelhada.

Como saber se as plaquetas estão boas?

A contagem de plaquetas é feita através da análise a uma amostra de sangue. São considerados níveis normais quando a contagem de plaquetas se encontra dentro do intervalo de 150 mil a 400 mil por microlitro de sangue. O risco de hemorragia aumenta quando a contagem de plaquetas está abaixo do valor mínimo normal.