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Colonização de povoamento ou colonialismo de povoamento,[1] também referido como colonialismo de ocupação,[2][3][4] refere-se a uma modalidade de formação colonial concentrada na ocupação da terra ou do território. Historicamente, é promovida por um Estado nacional, que envia seus naturais (homens, mulheres e crianças) a um determinado território situado no exterior a fim de lá estabelecer uma presença perene e autônoma e construir uma sociedade economicamente viável, geralmente baseada na agricultura e no comércio. Esse tipo de colonização opõe-se à forma feitoria, bem como à forma colonização de exploração. Desde o início da Idade Moderna, vários estados europeus adotaram políticas coloniais, competindo uns com os outros para estabelecer colônias fora da Europa - inicialmente nas Américas e depois na Ásia, África e Oceania. Esse colonialismo moderno resultou na conquista do Novo Mundo e na formação das primeiras colônias de povoamento europeu, que estão na origem dos Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, bem como da América do Sul, África do Sul e Namíbia (correspondentes à antiga Colônia do Cabo).[5] Nesse processo, a população autóctone é submetida, deslocada ou fisicamente destruída (genocídio). O mesmo modelo de colonização seria aplicado nas cidades de Hong Kong e Macau, em Singapura e no Sudeste Asiático. Segundo Ilan Pappé, o colonialismo de povoamento é essencialmente um projeto de substituição e deslocamento; de assentamento e expulsão [de populações]. Baseia-se na desumanização e na eliminação [de populações autóctones]. Trata-se, enfim, de ajudar um grupo de pessoas a se livrar de outro grupo de pessoas.[6] As Treze Colônias[editar | editar código-fonte]Possivelmente, o primeiro e mais bem-sucedido caso de colonização de povoamento refere-se à maioria das Treze Colônias Britânicas (New Hampshire, Massachusetts, Nova Iorque, Ilha de Rodes, Connecticut, Nova Jérsei, Pensilvânia, Maryland e Delaware, além do distrito de Maine, hoje estados-membros dos Estados Unidos) e ao Canadá. As colônias britânicas não eram fisicamente propícias ao plantio de culturas tropicais e não dispunham de recursos minerais valiosos, como ouro e prata. Com isso, a Inglaterra não conseguiu criar, nessas colônias, uma sociedade que servisse aos objetivos do mercantilismo, deixando essas colônias quase abandonadas. Esse processo é conhecido como "negligência salutar" e deu muita liberdade aos colonos.[carece de fontes] Características gerais[editar | editar código-fonte]A colonização de povoamento na América do Norte foi marcada pelas seguintes características:[carece de fontes]
No Brasil[editar | editar código-fonte]Capitanias de povoamento (em laranja), em 1766, subordinadas administrativamente ao Rio de Janeiro. No Brasil, foram exemplos de colonização de povoamento, os territórios da Colônia do Santíssimo Sacramento, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A ocupação do sul do Brasil começou em 1680, com a fundação da Colônia do Santíssimo Sacramento, na margem esquerda do Rio da Prata (que os portugueses acreditavam ser o limite sul do Brasil). Ao contrario de outras regiões do Brasil, que foram ocupadas com a intenção de explorar recursos naturais, a Colonia do Sacramento foi criada na intenção de servir de base para o comercio com as colônias espanholas e para garantir o domínio português no sul do Brasil. Devido à enorme distancia entre a Colônia do Sacramento e o povoado brasileiro mais próximo, que era Laguna, a coroa portuguesa viu a necessidade de povoar todo esse território para evitar a sua ocupação pelos espanhóis e o consequente isolamento da Colônia do Sacramento. Assim foram criadas as capitanias de Rio Grande de São Pedro (1736) e Santa Catarina (1738). De 1748 até 1756, em sucessivas levas, chegaram cerca de cinco mil açorianos, a maior parte dos quais se fixou no litoral. Os novos colonos receberam doações de terras e passaram a se dedicar à agricultura e criação de gado. Diferente de outras regiões do Brasil, onde a maioria dos imigrantes portugueses era de homens solteiros que vinham com a intenção de enriquecer e depois voltar para Portugal, a região do sul do Brasil foi colonizada por famílias de portugueses (a maioria açorianos) que vinham com a intenção de se fixar permanentemente na região. A natureza econômica da região se definiu na economia de subsistência (ligada ao mercado nacional, mas isolada dos interesses exportadores), baseada sobretudo na produção de trigo e na colonização açoriana.[7] Outros exemplos históricos de colonização de povoamento[editar | editar código-fonte]
Referências
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
O que é colônia do povoamento?Colonização de povoamento ou colonialismo de povoamento, também referido como colonialismo de ocupação, refere-se a uma modalidade de formação colonial concentrada na ocupação da terra ou do território.
O que é uma colônia de exploração?Colônia de exploração é um termo usado para denominar uma das formas de colonização que foi empregada pelos europeus a partir da conquista de territórios a partir do século XVI. Essa forma de colonização é caracterizada pela extração dos bens e recursos naturais disponíveis na colônia em benefício da metrópole.
Quais as características das colônias de povoamento e exploração?A colônia de povoamento é um dos dois tipos de colonização, ao lado da colônia de exploração.
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Colônia de Exploração.. Quais são as colônias de povoamento?As colônias de povoamento costumam ser melhor associadas aos esforços ingleses de colonização de territórios na América do Norte. Normalmente referidas em conjunto como as Treze Colônias, os assentamentos ingleses começaram a ser construídos ainda no século XVI, em paralelo aos esforços espanhóis e portugueses.
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