Como são denominados os seres vivos de acordo com a nomenclatura binominal?

O naturalista sueco Lineu foi, e ainda é, muito importante para a sistemática: parte da biologia que estuda a diversidade biológica. Foi ele quem propôs classificar os seres vivos em categorias taxonômicas, a partir da análise de semelhanças entre grupos de indivíduos. Assim, definiu espécie como o taxa mais específico, sendo procedido do gênero, família, ordem, classe, filo e reino.

Índice

  • Nomenclatura popular
  • Mapa Mental: Nomenclatura Binomial
  • Regras para a escrita dos nomes das espécies

Cada espécie possui um ou mais nomes vulgares, e que podem variar de cultura para cultura; e a um mesmo grupo de animais, pode ser atribuído um único nome. Por exemplo: mosquito, carapanã, pernilongo e muriçoca são nomes que se dão indivíduos de insetos Subordem Nematocera. Considerando este fator, Lineu propôs um sistema de nomenclatura biológica, com a finalidade de padronizar a forma de nomear espécies, facilitando a comunicação entre os cientistas e público interessado. Assim, cada espécie possui um nome científico específico, sendo este utilizado universalmente, em qualquer lugar do planeta.

Este sistema, denominado nomenclatura binomial, ou sistema lineano; sugere que:

- Todo nome científico deve possuir duas palavras;

- A primeira palavra do nome científico se refere ao gênero do indivíduo;

- A segunda palavra do nome científico é o epíteto específico: um nome que caracteriza a espécie. Este pode ser alguma característica específica de seus indivíduos, ou mesmo uma homenagem, do cientista que registrou a espécie, a alguém ou a alguma coisa;

- A primeira letra da primeira palavra do nome científico deve estar em maiúsculo. As demais, em minúsculo, assim como o epíteto específico;

- O nome científico deve ser escrito em itálico. Em casos em que escrever assim, de forma legível, é inviável, deve ser utilizada a escrita a grifo;

- Se o mesmo nome for escrito mais de uma vez em um mesmo documento, a partir da segunda pode-se abreviar o gênero: Helicobacter pylori (...) H. pylori;

- Algumas espécies podem possuir três nomes, como é o nosso caso: Homo sapiens sapiens. O primeiro nome se refere ao gênero. O primeiro e o segundo, à espécie; e todos eles, à subespécie. Nestes casos, valem as mesmas regras.

Aproveite para conferir a nossa videoaula relacionada ao assunto:

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Nomenclatura é a atribuição de nomes (nome científico) a organismos e às categorias nas quais são classificados.

O nome científico é aceito em todas as línguas, e cada nome aplica-se apenas a uma espécie.

Há duas organizações internacionais que determinam as regras de nomenclatura, uma para zoologia e outra para botânica. Segundo as regras, o primeiro nome publicado (a partir do trabalho de Lineu) é o correto, a menos que a espécie seja reclassificada, por exemplo, em outro gênero. A reclassificação tem ocorrido com certa frequência desde o século XX.

O Código Internacional de Nomenclatura Zoológica preconiza que neste caso mantém-se a referência a quem primeiro descreveu a espécie, com o ano da decisão, entre parênteses, e não inclui o nome de quem reclassificou. Esta norma internacional decorre, entre outras coisas, do fato de ser ainda nova a abordagem genética da taxonomia, sujeita a revisão devido a novas pesquisas científicas, ou simplesmente a definição de novos parâmetros para a delimitação de um táxon, que podem ser morfológicos, ecológicos, comportamentais etc.

O sistema atual identifica cada espécie por dois nomes em latim: o primeiro, em maiúscula, é o gênero, o segundo, em minúscula, é o epíteto específico. Os dois nomes juntos formam o nome da espécie. Os nomes científicos podem vir do nome do cientista que descreveu a espécie, de um nome popular desta, de uma característica que apresente, do lugar onde ocorre, e outros. Por convenção internacional, o nome do gênero e da espécie é impresso em itálico, grifado ou em negrito, o dos outros táxons não. Subespécies têm um nome composto por três palavras.

Ex.: Canis familiares, Canis lupus, Felis catus.

A nomeação dos seres vivos que compõe a biodiversidade constitui uma etapa do trabalho de classificação. Muitos seres são "batizados" pela população com nomes denominados populares ou vulgares, pela comunidade científica.

Esses nomes podem designar um conjunto muito amplo de organismos, incluindo, algumas vezes, até grupos não aparentados.

O mesmo nome popular pode ser atribuído a diferentes espécies, como neste exemplo:

Como são denominados os seres vivos de acordo com a nomenclatura binominal?


Ananas comosus 


Ananas ananassoides

Estas duas espécies do gênero ananas são chamadas pelo mesmo nome popular Abacaxi.

Outro exemplo é o crustáceo de praia Emerita brasiliensis, que no Rio de Janeiro é denominado tatuí, e nos estados de São Paulo e Paraná é chamado de tatuíra.

Em contra partida, animais de uma mesma espécie podem receber vários nomes, como ocorre com a onça-pintada, cujo nome científico é Panthera onca.

Outros nomes populares:

canguçu, onça-canguçu, jaguar-canguçu

Um outro exemplo é a planta Manihot esculenta, cuja raiz é muito apreciada como alimento. Dependendo da região do Brasil, ela é conhecida por vários nomes: aipim, macaxeira ou mandioca.

Considerando os exemplo apresentados, podemos perceber que a nomenclatura popular varia bastante, mesmo num país como o Brasil, em que a população fala um mesmo idioma, excetuando-se os idiomas indígenas. Imagine se considerarmos o mundo todo, com tantos, com tantos idiomas e dialetos diferentes, a grande quantidade de nomes de um mesmo ser vivo pode receber. Desse modo podemos entender a necessidade de existir uma nomenclatura padrão, adotada internacionalmente, para facilitar a comunicação de diversos profissionais, como os médicos, os zoólogos, os botânicos e todos aqueles que estudam os seres vivos.

 

Como referenciar: "Nomenclatura Científica dos Seres Vivos" em Só Biologia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2022. Consultado em 18/05/2022 às 09:49. Disponível na Internet em https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Seresvivos/Ciencias/bioclassifidosseresvivos1.php

Sabemos que existe uma infinidade de seres vivos no planeta e cada um recebe um nome popular de acordo com a região onde é encontrado. Pense como seria impossível todos os pesquisadores do mundo trocarem informações a respeito de um ser vivo se cada um der um nome diferente a ele.

Pensando nisso, Carl von Linné, também conhecido como Lineu por nós, brasileiros,  apresentou, em 1735, um livro chamado Systema Naturae, onde propôs uma forma de classificação para os seres vivos, bem como regras para a nomenclatura biológica.

Mapa Mental: Nomenclatura Binomial

* Para baixar o mapa mental em PDF, clique aqui!

As regras propostas por Lineu fizeram com que ocorresse uma padronização na escrita dos nomes das espécies a fim de evitar confusões ao falarmos de um organismo para pessoas de diferentes regiões.

Manihot esculenta é o nome científico da mandioca, também chamada de macaxeira e aipim

Regras para a escrita dos nomes das espécies

As regras propostas por Lineu ainda são utilizadas, entretanto com algumas modificações. Observe abaixo algumas das regras utilizadas para a escrita dos nomes das espécies.

- Todos os nomes científicos devem ser escritos em latim ou latinizados.

- Todo nome científico de espécie é composto por dois nomes (daí o nome: nomenclatura binomial). O primeiro nome deve ter sua inicial maiúscula e diz respeito ao gênero. O segundo nome é o epíteto específico e deve ser escrito com inicial minúscula.

Observe que o nome da espécie é formado pelo gênero e pelo epíteto específico. Zea mays é o nome científico do milho

- Subespécies terão nomenclatura trinomial. Exemplo: Papilio thoas brasiliensis.

- Subgêneros são indicados entre parênteses. Eles devem ser escritos também com a inicial maiúscula. Exemplo: Thais (Stramonita) haemastoma.

- Os nomes das espécies devem vir destacados no texto, preferencialmente em itálico. Em casos em que não é possível utilizar o itálico, os nomes podem aparecer sublinhados. O importante é destacá-lo do restante do texto. Exemplo: Solanum tuberosum ou Solanum tuberosum.

- Quando citar o autor, este deve vir logo após o nome da espécie, escrito com letras normais e sem nenhuma pontuação entre a espécie e ele. Exemplo: Caryocar brasiliense Cambess.

- Quando citar o ano da primeira publicação, este deverá vir separado do autor por vírgula. Exemplo: Apis mellifera Linnaeus, 1758.


Por Ma. Vanessa dos Santos

Como são denominados os seres vivos de acordo com a nomeclatura binominal?

Foi ele quem propôs classificar os seres vivos em categorias taxonômicas, a partir da análise de semelhanças entre grupos de indivíduos. Assim, definiu espécie como o taxa mais específico, sendo procedido do gênero, família, ordem, classe, filo e reino.

O que é a classificação binomial dos seres vivos?

Nomenclatura binomial ou nomenclatura binária designa o conjunto de normas que regulam a atribuição de nomes científicos às espécies de seres vivos. Chama-se binominal porque o nome de cada espécie é formado por duas palavras: o nome do gênero e o epíteto específico, normalmente um adjetivo que qualifica género.

Como os seres vivos são denominados?

Atualmente os seres vivos são agrupados em cinco grandes grupos, conhecidos como reinos: Monera, Protista, Fungo, Vegetal e Animal.

Quais são as classificações e nomenclaturas dos seres vivos?

O nome do gênero e da espécie devem ser escrito em latim e grifados; Cada organismo deve ser reconhecido por uma designação binominal, onde o primeiro termo indica o seu gênero e o segundo, a sua espécie. ... Nomenclatura e Classificação dos Seres Vivos..