Como a tecnologia pode contribuir para a geração de energia elétrica?

Projeto de Cooperação 4

Coordenador: Eduardo Cassel

Como a tecnologia pode contribuir para a geração de energia elétrica?
O desenvolvimento sustentável da sociedade passa pela utilização racional dos recursos naturais, produzindo produtos de fontes renováveis, otimizando o consumo de energia e minimizando o impacto ambiental. Os setores agropecuário, energético e industrial utilizam recursos naturais como matéria-prima em seus processos.

Consequentemente, novas tecnologias são desenvolvidas como processos de polimerização que utilizam fenólicos naturais, processos de produção de energia, como biogás, que utiliza resíduos orgânicos para gerar energia elétrica e processos extrativos aplicados a plantas (biodiversidade) que obtém compostos com atividades biológicas. Destaca-se a cooperação da PUCRS com Centro de Ciência do Meio Ambiente – CSIC (Espanha) que resultou em patente, publicações e formação de recursos humanos, cuja parceria é muito importante para o desenvolvimento destes estudos. Além disso, o conhecimento sobre o transporte e a deposição de sedimentos por meio de modelos matemáticos pode gerar ferramentas que minimizam danos gerados no processamento de matérias-primas como metais e petróleo, o que tem um importante impacto ambiental. Neste tema, a cooperação da PUCRS com o Imperial College London (Inglaterra) tem sido bastante produtiva, gerando publicações, formação de recursos humanos e mobilidade de pesquisadores.

O consumo energético é um critério de definição de viabilidade de novas tecnologias. No setor metal-mecânico, o uso de produtos de liga leve fundida consiste numa significativa redução de energia, assim como na área de informática existe a preocupação com o desenvolvimento de técnicas de virtualização que minimizem o consumo energético de sistemas computacionais, automatizando o uso racional de recursos. Ciente que a otimização dos processos produtivos e a minimização do consumo de energia nem sempre são suficientes para reduzir a produção de gases que geram o efeito estufa, o desenvolvimento de tecnologias de captura de CO2 estão diretamente vinculados à sustentabilidade ambiental.

A cooperação entre a PUCRS e a Universidade Paul Sabatier de Toulouse (França) tem sido estratégica, por fomentar o desenvolvimento deste tema, gerando inúmeras publicações, co-tutelas e mobilidade de pesquisadores. O elo de ligação entre as propostas apresentadas é a sustentabilidade, visto que conecta a tecnologia com a biodiversidade.


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Tendências de inovação digital para o setor elétrico

14/04/2022 | Por atlantic

Como a tecnologia pode contribuir para a geração de energia elétrica?

O crescimento do setor elétrico, para suprir as demandas cada vez maiores, é um dos principais fatores que precisa ser levado em consideração durante o processo de inovação digital da área. De acordo com o Ministério de Minas e Energia (MME), 200 novas usinas entraram em operação apenas em 2021, com intuito de atender até 17 milhões de domicílios. 

Conforme o Plano Nacional de Energia de 2050, também do MME, o setor de energia elétrica deve crescer 3,3 vezes até a data de 2050. Nessa perspectiva, ações concretas para otimizar atividades e processos são essenciais para geração, transmissão e distribuição de energia. 

O Analista de Negócio do Instituto Atlântico, Daniel Colaço, explica que em paralelo a isso, com a adesão de 190 países aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) propostos pela ONU, acelerou-se o processo de transição energética e aumentou a importância deste setor, fazendo com que a produção de energia por fontes limpas aumente e o uso de combustíveis fósseis diminua. 

Desse modo, este artigo tem como objetivo elucidar as principais tendências para o setor elétrico. 

Setor elétrico: o que é a energia 3D?

Conforme o especialista do Instituto Atlântico, Daniel Colaço, o setor elétrico passa por uma modernização por meio de novas tecnologias, modelos de negócios e novos serviços. No Brasil, o cenário não é diferente, com as companhias de energia e o governo tentando acompanhar a evolução mundial. 

Para que isso seja possível, a legislação atual se adequa ao cenário do mercado, bem como fomenta a parceria com a Academia e os Institutos de Ciência e Tecnologia. Com isso, temos uma estratégia de transição energética que está pautada no que chamamos de energia 3D: Descentralizada, Descarbonizada e Digitalizada.

“Os 3 “Ds” mostram uma tendência do uso mais eficiente dos recursos energéticos, da redução do uso de combustíveis fósseis como fonte de energia, bem como uma maior automação e digitalização de processos, controles e serviços. Dessa forma, temos o aumento da eficiência energética e da confiabilidade e segurança do sistema elétrico, assim como a diversificação e melhoria dos serviços das empresas que atuam no setor”, reforça Daniel.

Para entender melhor sobre cada um, continue a leitura do texto. 

Descarbonização

A descarbonização propõe a diminuição da geração de energia elétrica por meio de combustíveis fósseis. Em contrapartida, incentiva o uso de fontes alternativas de energia, como a solar e a eólica. 

No território brasileiro, a prática é impulsionada pela assinatura do Acordo de Paris, que visa reduzir ao máximo a emissão de gases de efeito estufa. Nesse sentido, o Brasil possui uma série de indicadores em vários âmbitos que precisam ser alcançados até a data de 2030. 

Descentralização 

Partindo da premissa anterior, a descentralização de energia refere-se à diversificação da matriz energética brasileira, crescimento da geração distribuída e evolução de tecnologias como as de armazenamento de energia elétrica tornando-se mais acessíveis. Assim, teremos uma geração energética bem mais distribuída. 

Neste cenário, os usuários não são apenas consumidores de energia elétrica, mas também passam a ter a capacidade de produzir e fornecer energia elétrica, assim como de escolher o seu fornecedor e o tipo de energia, de acordo com sua origem e preço.

Digitalização 

A transformação digital do setor elétrico é um dos pilares da evolução deste segmento, tornando possível acompanhar  novos modelos de negócios de uma forma mais eficiente. O processo de digitalização trata-se da aplicação de um conjunto de tecnologias digitais voltadas  ao aprimoramento da geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. 

Com o auxílio dessas tecnologias, como Inteligência Artificial e a Internet das Coisas, espera-se que haja um aumento da eficiência energética, da confiabilidade e da segurança do sistema elétrico, adequando o segmento aos seus desafios e anseios da comunidade.

Para saber mais sobre essas inovações digitais que são tendências do setor elétrico, confira a leitura abaixo.

O setor elétrico e a Inteligência artificial

São vários os benefícios de implantar a Inteligência Artificial (IA) no gerenciamento da energia elétrica. Entre elas podemos citar a eficiência energética e operacional, redução de custos e uma maior produtividade da área. 

Assim, soluções de IA são aplicadas no aprimoramento de processos relacionados ao setor, como manutenção preditiva, continuidade de fornecimento e até mesmo no atendimento ao cliente. 

A tecnologia também pode ajudar no monitoramento do consumo de energia e combate a fraudes, por meio do impulsionamento da coleta de dados e controle, permitindo a identificação de pontos de melhoria dentro de diversas áreas e a execução de ações mais assertivas. 

De acordo com Daniel Colaço, Analista de Negócio do Instituto Atlântico, essas tecnologias também trazem benefícios à população em geral, como:

  • Aumento da qualidade dos serviços;
  • Aperfeiçoamento do atendimento;
  • Confiabilidade da rede;
  • Novos serviços;
  • Redução das tarifas.

Internet das Coisas (IoT)

O desenvolvimento da Internet das Coisas (IoT) já é uma realidade que deve ser fomentada cada vez mais no setor elétrico. Capaz de elevar o nível de monitoramento e controle da geração, transmissão, distribuição e do consumo de energia, contribuindo para uma operação mais eficiente. Além disso, se tem a redução de custos e aumento da qualidade dos serviços das empresas do setor. 

Devido a distribuição de energia no Brasil ser realizada em lugares remotos e de difícil acesso, a IoT se torna uma importante aliada nesse quesito. Isso porque as empresas podem monitorar em tempo real as redes de energia, mesmo nas regiões mais distantes. Desse modo, é possível identificar e rastrear com mais facilidade problemas ao longo do sistema elétrico, como um transformador ou um cabo com defeito, por exemplo. 

  • Leia também: IOT: 3 exemplos de internet das coisas que podem transformar as empresas

Soluções do Instituto Atlântico que podem ser aplicados no setor elétrico

O Instituto Atlântico, com mais de 21 anos de experiência e mais de 1200 projetos executados, já desenvolveu e propôs soluções para diversos mercados. Para o setor elétrico, estamos atuando nas seguintes temáticas: 

  • Aperfeiçoamento do trabalho do técnico em campo mediante o uso de tecnologias de realidade virtual e aumentada, inteligência artificial e transmissão de dados;
  • Combate às perdas técnicas e não técnicas combinando tecnologias de sensoriamento, sistemas embarcados, ciência de dados, inteligência artificial, etc;
  • Automação e resiliência do grid através de um maior monitoramento da rede e análise dos dados mediante o uso de sensores de baixo custo, computação na borda, inteligência artificial, transmissão de dados, digital twins, etc;
  • Aperfeiçoamento do atendimento ao cliente através de plataformas digitais que permitem implementar novas experiências e serviços ao cliente como por exemplo, loja de serviços virtuais, atendente virtual, customização de serviços baseados em inteligência artificial e ciência de dados;
  • Elevação do nível de segurança das empresas e de plantas críticas contra ataques cibernéticos, protegendo os dados dos clientes e profissionais (LGPD) e reduzindo o risco de problemas nas plantas críticas. Tecnologias: blockchain, automação de testes, inteligência artificial, Iot, sistemas embarcados, etc;
  • Gestão de ativos através de uma plataforma para avaliação, monitoramento e predição do funcionamento, manutenção e vida útil do ativo. Tecnologias: Inteligência artificial, aprendizado de máquina, digital twins, Iot, sensores, etc;
  • Gestão de obras baseado em algoritmos inteligentes de aprendizado de máquina;
  • Soluções aplicadas à mobilidade elétrica.

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Qual a relação entre a tecnologia e a energia?

Ao usufruirmos dos benefícios tecnológicos, estamos aumentando o consumo de energia elétrica, o que acarreta num impacto ambiental. A ciência estuda e avalia por meio de utilização de recursos renováveis os recursos e as formas de uso de energias alternativas que possam diminuir o impacto no meio ambiente.

Quais são as principais tecnologias utilizadas para a produção de energia elétrica?

Dentre as tecnologias analisadas pelo grupo há soluções de armazenamento (baterias, hidrelétricas reversíveis e hidrogênio), usinas híbridas, energias dos oceanos, eólica offshore e recursos energéticos distribuídos (geração distribuída, veículos elétricos, resposta da demanda e eficiência energética), além de serviços ...

Como a tecnologia pode nos ajudar a consumirmos menos energia?

A simples mudança para luzes, painéis e tecnologias LED provoca a diminuição do consumo de energia. Além disso, esses produtos têm uma vida útil muito mais longa, em comparação com luzes incandescentes. O LED utiliza dez vezes menos energia, economizando até 90% no valor da conta de luz.

Qual a relação entre o avanço tecnológico e o consumo de energia elétrica?

Contudo, a relação entre tecnologia e consumo de energia passa por um dilema, uma vez que, com o avanço tecnológico, aumenta a demanda por mais energia. De qualquer forma, a tendência mundial é que o consumo seja reduzido.