Batman o cavaleiro das trevas ressurge

Batman o cavaleiro das trevas ressurge

12 ANOS 164 minutos

  • Direção

  • Título original

    The Dark Knight Rises

  • Gênero:

  • Ano:

    2012

  • País de origem:

    EUA / Reino Unido

Crítica


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Sinopse

O terrorista Bane retorna para Gotham City, provocando o pânico e o desespero. Sem forças para enfrentar o terrível criminoso, sedento de sangue, a polícia da cidade chega ao seu limite, fazendo com que Batman retorne de seu exílio por ter sido responsabilizado pelos crimes de Harvey Dent.

Crítica

Nada é pior do que a expectativa. Quanto mais se tem, mais difícil ela é de ser alcançada. E nenhum filme é mais aguardado em 2012 do que Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge, capítulo final da trilogia do Homem-Morcego capitaneada pelo genial Christopher Nolan. Talvez Os Vingadores seja o único que tenha gerado o mesmo nível de curiosidade. Mas se este era para crianças e adolescentes, agora temos um definitivamente adulto e maduro. Nolan fez o impossível, entregando um longa ainda melhor do que o episódio anterior, Batman: O Cavaleiro das Trevas (2008). Estamos diante de um épico, uma verdadeira ópera que narra a queda e a ascensão de um dos personagens mais icônico da cultura pop atual. E nada mais será igual depois do que aqui temos o privilégio de presenciar.

Batman o cavaleiro das trevas ressurge

Após o término de Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge, nos damos conta que estamos frente à uma trilogia do mesmo nível de O Senhor dos Anéis, em que os três segmentos se interligam de forma inteligente e perspicaz na condução de uma história muito mais grandiosa do que suas partes em separado. Bruce Wayne (Christian Bale), como todos sabem, é o milionário que viu os pais morrerem assassinados quando ainda era criança e que cresceu com um indomável desejo de justiça e de vingança dentro de si. Mas essa recuperação ele visava para o todo, para Gothan City, a cidade onde mora, e para aqueles que estão ao seu redor. Não era apenas para si próprio, como somos levados a imaginar à princípio. E esse engano terá consequência intensas, principalmente quando percebemos o quadro como um todo e o quão surpreendente ele é.

Se em Batman Begins (2005) acompanhamos o surgimento da lenda, o treinamento do herói e seu primeiro confronto com vilões de peso – Ra’s Al Ghul (Liam Neeson) e Espantalho (Cillian Murphy) – em Batman: O Cavaleiro das Trevas foi experimentado com verdadeira intensidade o gosto pelo caos numa cidade em que um homem só precisa controlar o domínio das forças do mal, algo mais do que exemplificado na figura do lunático Coringa (Heath Ledger) e na transformação vivida pelo defensor público Harvey Dent (Aaron Eckhart), que após um acidente se transforma no insano Duas Caras. Pois Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge dá um passo além nesta tragédia. Quando a história começa se passou oito anos desde a última aparição de Batman, e se Gothan pensa viver momentos de paz e tranquilidade, logo será preciso rever estes conceitos.

Batman o cavaleiro das trevas ressurge

Bruce Wayne ainda sente os efeitos de sua última batalha, e um joelho avariado o força a viver com o apoio de uma bengala, isolado em uma das alas de sua imensa mansão. Se ele está distante do mundo exterior, esse não tardará a alcançá-lo, o que acontece quando se depara com a gatuna Selina Kyle (Anne Hathaway) roubando do seu cofre um colar de pérolas que pertenceu à sua mãe. Essa intromissão o leva a tomar consciência de outros problemas: o comissário Gordon (Gary Oldman) está hospitalizado e fora de combate, um jovem oficial da policia (Joseph Gordon-Levitt) tem se destacado por não aceitar a corrupção institucionalizada, uma nova benfeitora (Marion Cotillard) busca seu apoio para causas humanitárias urgentes, as indústrias Wayne enfrentam problemas e o controle de Lucius Fox (Morgan Freeman) não é mais suficiente, além do seu braço direito, o mordomo Alfred (Michael Caine), que está cada vez mais incomodado com as atitudes do patrão. Mas o pior é a força que se desenvolve nos subterrâneos da cidade, um exército silencioso sob o comando do mercenário Bane (Tom Hardy), que logo descobre-se ser um ex-integrante da Liga das Sombras, organização comandada pelo antigo inimigo Ra’s Al Ghul e da qual foi expulso pela extrema violência e pouca confiança.

O cenário está montado, e como num jogo de xadrez extremamente intrincado e inteligente, cada um tem um importante papel a cumprir. É impressionante como, numa obra tão gigante e com um elenco tão numeroso, como cada um é dignamente aproveitado, mesmo que em participações mínimas. Cada figura relevante na trajetória de Batman encontra seu espaço, até mesmo os mais inimagináveis. A dedicação dos homens de Wayne – Alfred, Gordon, Fox e Blake – é de comover qualquer um. A aparição de Selina, aquela que se tornaria conhecida como a Mulher-Gato (mesmo que esse codinome não seja pronunciado em nenhum momento da história) e de Miranda (Cotillard), as duas mulheres na vida do protagonista, adicionam medo, desejo e dúvida à trama, enquanto que o vilão-mor Bane é o puro mal, numa forma que irá consumir o protagonista tanto física quanto mentalmente. Batman está prestes a ser partido ao meio (literal e de modo figurado), e somente ao abraçar o sentimento que mais evitou até então é que encontrará forças para superar qualquer resistência e, finalmente, atingir a vitória. Não importando quão alto seja o preço dela.

Batman o cavaleiro das trevas ressurge

Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge, além de ser um grande filme, possui fôlego para ir muito além. Não será surpresa alguma se o nível de excelência que alcança o torne referência para novos projetos, aumentando ainda mais o padrão quando o assunto são adaptações cinematográficas de super-heróis das histórias em quadrinhos. Absurdamente realista e assumidamente verossímil, é um drama que consome nossas mais profundas energias, colocando-nos à mercê de uma saga irretocável. Christopher Nolan é um mestre, Christian Bale e demais integrantes do elenco correspondem plenamente ao que se esperava de suas atuações ao defenderem personagens tão simbólicos, e a DC Comics finalmente se equilibra à altura da Marvel. Criado em 1932 por Bob Kane, Batman fica, sem sombra de dúvidas, acima do tom cartunesco imaginado por Tim Burton (Batman, 1989, e Batman: O Retorno, 1992) ou do colorido desenhado por Joel Schumacher (Batman Eternamente, 1995, e Batman & Robin, 1997). Seu posto é de sombras e escuridão, mas sempre com a legítima luz no fim do túnel. E agora, indiscutivelmente, mais do que nunca.

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  • Bio
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Batman o cavaleiro das trevas ressurge

é crítico de cinema, presidente da ACCIRS - Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul (gestão 2016-2018), e membro fundador da ABRACCINE - Associação Brasileira de Críticos de Cinema. Já atuou na televisão, jornal, rádio, revista e internet. Participou como autor dos livros Contos da Oficina 34 (2005) e 100 Melhores Filmes Brasileiros (2016). Criador e editor-chefe do portal Papo de Cinema.

Batman o cavaleiro das trevas ressurge

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Grade crítica

Which Batman has Bane in it?

Eight years after the Joker's reign of anarchy, Batman, with the help of the enigmatic Catwoman, is forced from his exile to save Gotham City from the brutal guerrilla terrorist Bane.

Who plays Joker in Dark Knight Rises?

Joker (The Dark Knight).

Is The Dark Knight Rises on Netflix?

Especially the movies, which don't have the likes of Stranger Things or Umbrella Academy to monopolize viewers' time, but The Dark Knight Rises is the latest movie to fly into the Netflix top spots.

Is The Dark Knight PG

The Dark Knight (Batman) is rated PG-13 by the MPAA for intense sequences of violence and some menace.