A mesma palavra duas vezes na.mesma frase

Você certamente já ouviu expressões como “descer para baixo”, “subir para cima” e “última versão definitiva”. Está correto? Obviamente, não. Trata-se de pleonasmo (ou redundância): um vício de linguagem. 

O pleonasmo (do grego, pleonasmos = superabundância) é a repetição desnecessária de um termo dentro de um texto. 

Pleonasmo literário:

A repetição existe de forma proposital dentro de textos literários. Nesse caso, é sempre referida como pleonasmo literário, de reforço, estilístico ou semântico.

Em outras palavras, é o uso da repetição de forma ‘correta’, possibilitado pela “licença poética”, para enfatizar algo que o autor quer mostrar. É também utilizado para dar “musicalidade” ao texto literário.

Confira alguns exemplos de Pleonasmo Literário:

  • "Morrerás morte vil na mão de um forte." (Gonçalves Dias)
  • "E rir meu riso" 
  • "E derramar meu pranto." (Vinicius de Moraes)
  • "Chovia uma triste chuva de resignação"(Manuel bandeira)

Pleonasmo vicioso:

A Repetição fora da Literatura é conhecida como “Redundância” ou “Pleonasmo Vicioso” e é um erro, um vício de linguagem. É dizer a mesma coisa duas vezes. É a repetição de algum termos ou ideia na frase. Portanto, é necessário evitar. 

Confira algumas situações em que pode ocorrer o Pleonasmo vicioso. Note que, em alguns casos, nem sabemos que estamos cometendo um pleonasmo/redundância. Veja alguns exemplos:

  • Subir para cima;
  • Descer para baixo; 
  • Conjuntivite nos olhos;
  • Plebiscito popular;
  • Morte morrida.

Pleonasmo lexical:

Ocorre quando repete-se duas palavras com o mesmo sentido. Veja exemplos:

  • Acabamento final; 
  • Subir para cima;
  • Vida vivida;
  • Novidade inédita;
  • Manter o mesmo;
  • Repetir de novo, etc.

Pleonasmo gramatical:

No pleonasmo gramatical há a repetição de vocábulos, como as preposições e outras partículas textuais. Exemplos:

  • “A minha amiga eu a vi no supermercado”.
  • “Digo que com algumas pessoas vale a pena conversar com elas.”
  • “Minha amiga mora naquela casa onde lá tem um portão vermelho.”

Epítetos de natureza:

São expressões redundantes que as pessoas utilizam no dia a dia e têm o objetivo de realçar as características naturais de seres e objetos. Exemplos:

  • Sol quente;
  • Mar salgado;
  • Gelo frio;
  • Defunto mudo;

Tautologia:

Já a tautologia é a repetição de um sentido, em um trecho geralmente maior: é dizer a mesma coisa em outras palavras. Por exemplo:

  • “É possível que haja uma guerra bélica por causa da água.” (“guerra” e “bélico” têm o mesmo sentido)
  • “Nunca coloque os problemas como a primeira prioridade na vida.” (“prioridade” e “primeiro”, na frase, possuem o mesmo sentido)
  • “Traição no casamento não é algo correto, porque é ficar com alguém fora do relacionamento.” (“ficar com alguém fora do casamento” já está expresso em “traição no casamento”). 

Quando tem duas palavras iguais na mesma frase?

A anáfora é a repetição da mesma palavra, que pode ter a mesma ideia ou não, no início de cada frase. Muitos confundem sua definição com o pleonasmo, porém essa figura de linguagem é a repetição da mesma ideia por meio de palavras diferentes em uma mesma frase.

Pode usar a mesma palavra duas vezes na mesma frase?

A Repetição fora da Literatura é conhecida como “Redundância” ou “Pleonasmo Vicioso” e é um erro, um vício de linguagem. É dizer a mesma coisa duas vezes. É a repetição de algum termos ou ideia na frase. Portanto, é necessário evitar.

Quando uma frase é repetitiva?

É quando uma palavra ou conjunto de palavras do final de uma frase ou oração repetem-se no inicio da seguinte frase ou oração e assim sucessivamente: Amar é sonhar, sonhar é viver, viver é curtir, curtir é amar.

O que é anáfora é um exemplo?

Anáfora tem sua origem na palavra grega anaphorá, que indica o ato de trazer ou manter uma repetição. Exemplos de anáforas: Eu quero amor! Eu quero alegria!