A associação existente entre os ruminantes e as bactérias que vivem em seu estômago é um caso de

 Digestão de celulose nos vertebrados

Muitos dos mamíferos são herbívoros, dependem assim de alimentos essenciais para a digestão da celulose. Muitos animais ruminantes dependem também de microorganismos simbiônticos para a digestão da celulose.

Os ruminantes incluem alguns dos mais importantes animais domésticos produtores de carne e leite (gado, ovelha e cabras), que possuem tratos digestivos especializados para a digestão da celulose.

O estômago de um ruminante consiste de diversos compartimentos, ou seja, o verdadeiro (estômago digestivo) é chamado de abomaso, é precedido por diversos compartimentos grandes, o maior deles é chamado de rúmen, funciona como um grande tanque de fermentação onde o alimento que foi misturado com saliva, sofre uma fermentação intensa, encontrando nesse compartimento grande número de bactérias e protozoários causando a degradação da celulose e a tornam disponível a digestão complementar. Os produtos da fermentação (na maior parte ácidos acéticos, propiônicos e butírico) são absorvidos e utilizados, o dióxido de carbono e o metano formados no processo de fermentação, onde são liberados pela eructação.

A ruminação, ou mastigação do bolo alimentar, consiste na regurgitação e remastigarão de substâncias fibrosas indigestivas, consequentemente engolidas novamente assim se da o nome para seu grupo, alimento reentra no rúmen, ele sofre uma outra fermentação. As partículas que foram decompostas passam para outras partes do estômago, onde são sujeitas aos sucos digestivos usuais no abomaso. Os produtos fermentados no rúmen são a principal fonte de energia.

A saliva de um ruminante nada mais é que uma solução diluída de bicarbonato de sódio, que serve como um tampão e como um meio de fermentação adequado para os microorganismos. A quantidade se saliva que um ruminante secreta diariamente é estimado em 6 a 16 litros em ovelhas e cabras e de 100 litros a 190 litros no gado.

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Os protozoários do rúmen são ciliados que superficialmente se assemelham as formas livres como paramécios, ocorrendo em grandes números que chegam a vários milhares por milímetro de conteúdo do rúmen. Os ciliados são organismos anaeróbicos obrigatórios e satisfazem suas necessidades energéticas por meio de processos fermentativos. A produção energética é relativamente baixa para os microorganismos, tornando assim disponível o produto de fermentação ao animal hospedeiro. Assim a digestão da celulose é a único modo de ficar disponível aos mamíferos, a perda relativamente pequena para os microorganismos simbiônticos é insignificante.

Esses microorganismos do rúmen contribuem de muitas outras formas para a nutrição do hospedeiro, ou seja, eles podem sintetizar proteína a partir de compostos de nitrogênio inorgânico, tais como os sais de amônio. É particularmente útil que a uréia (eliminado na urina), possa ser adicionada ao alimento dos ruminantes e aumentar a síntese protéica.

A síntese protéica microbiana no rúmen é de estrema importância quando o animal é alimentado com ração de baixa qualidade. Descobriu-se que em um camelo alimentado com uma dieta quase sem proteínas, virtualmente não excreta uréia na urina. A uréia continua sendo a formada no metabolismo, mas ao invés de ser excretada na urina, ela reentra no rúmen, através da parede desse órgão e em parte com a saliva. Dentro do mesmo ela hidrolisada em dióxido de carbono e amônia, sendo a ultima utilizada pelos microorganismos para a ressíntes de proteína.
 

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E aí, pessoal, beleza?

Hoje vou falar sobre uma matéria de Biologia que muitas vezes os alunos acabam deixando de lado, por acharem que não é tão importante: o mutualismo. Entretanto, esse conceito tem, sim, bastante peso nos estudos para o Enem e outros vestibulares e, por isso, é importante revisarmos.

Além de repassarmos o conceito, também trouxe alguns exercícios relacionados ao assunto para praticarmos. Então, simbora? 

O que é mutualismo?

O mutualismo é uma relação ecológica entre indivíduos de espécies distintas. Nessa relação, ambas as partes são beneficiadas por essa interação. Pelo fato de acontecer entre indivíduos de espécies distintas, essa relação é chamada de interespecífica e, por trazer vantagens a ambas as espécies, é conhecida como relação harmônica.

O mutualismo pode ser dividido em diversas categorias:

  • Mutualismo obrigatório: os indivíduos apresentam uma relação obrigatória. Se interrompida, pelo menos um dos envolvidos pode não sobreviver. Exemplo: líquen;
  • Mutualismo facultativo: os dois organismos envolvidos ganham benefícios, mas não sobrevivem sem essa relação. Exemplo: pássaro-palito e crocodilo.
  • Mutualismo trófico: os envolvidos fornecem nutrientes específicos um ao outro. Exemplo: líquen e micorrizas;
  • Mutualismo defensivo: um dos envolvidos promove a defesa do outro e recebe alimento deste. Exemplo: interação entre formigas e acácias;
  • Mutualismo dispersivo: entre animais e plantas, em que o animal garante o transporte de pólen ou da semente e recebe em troca alimento. Exemplo: interação entre aves e algumas plantas com frutos.

Agora que já vimos rapidamente o conceito de mutualismo, vamos aos exercícios resolvidos.

Assista: AS DOENÇAS MAIS MORTAIS DO MUNDO!

  1. (UCDB-DF) O cupim vive associado a protozoários capazes de digerir a celulose, tornando o alimento acessível a ambos os animais. Esse tipo de associação é conhecido como:

a) Parasitismo.

b) Predatismo.

c) Mutualismo.

d) Canibalismo.

e) Esclavagismo.

Resposta: alternativa c.

Como ambas as espécies são beneficiadas na associação, trata-se de um caso de mutualismo.

  1. (Mackenzie) Muitos seres vivos vivem em associação com outros seres de outras espécies, mantendo com eles relacionamentos harmônicos (mutualismo) ou desarmônicos (parasitismo). Os seguintes relacionamentos: Rhizobium, micorrizas e liquens são:

a) todos casos de mutualismo.

b) dois casos de mutualismo e um de parasitismo.

c) dois casos de parasitismo e um de mutualismo.

d) dois casos envolvendo algas e um envolvendo bactéria.

e) dois casos envolvendo bactérias e um envolvendo fungo

Resposta: alternativa a) todos os casos de mutualismo.

As bactérias do gênero Rhizobium tem uma relação de mutualismo com plantas leguminosas. Nessa relação, a bactéria dá à planta nitrogênio e a planta dá à bactéria os carboidratos que esta última para seu desenvolvimento.

Já as micorrizas são uma associação entre fungos e raízes de vegetais. Os fungos ajudam a melhorar a transferência de minerais para as plantas, e as plantas dão nutrientes orgânicos para o fungo.

No caso dos liquens, existe ali uma associação entre fungos e cianobactérias ou algas. Nessa relação, observamos que os micro-organismos fotossintetizantes promovem o fornecimento de compostos orgânicos para os fungos, enquanto os fungos criam um ambiente adequado para seu desenvolvimento.

  1. (UFPR) Para atrair potenciais polinizadores, as plantas comumente armazenam néctar nas suas flores em estruturas específicas chamadas de nectários. Contudo, várias espécies de plantas também podem apresentar nectários longe das flores, os chamados “nectários extraflorais”. Essas estruturas podem ser encontradas em vários locais, como folhas e brotos. Durante a sua procura por alimento, formigas se deparam com esses nectários, passam a se alimentar do néctar produzido, a eles retornando repetidamente. Durante essa atividade, as formigas acabam patrulhando essas plantas e defendendo-as contra potenciais herbívoros, como lagartas e percevejos.

Esse tipo de interação entre formigas e plantas com nectários extraflorais pode ser categorizado como:

a) epifitismo.

b) mutualismo.

c) colonialismo.

d) predação.

e) parasitismo.

Resposta: alternativa b) mutualismo.

Como nessa interação ambas as partes são beneficiadas, elas estabelecem uma relação de mutualismo.

  1. (Carlos Chagas) – A associação existente entre os ruminantes e as bactérias que vivem em seu estômago é um caso de: 

a) mutualismo. 

b) parasitismo. 

c) comensalismo. 

d) competição interespecífica. 

e) competição intraespecífica.

Resposta: alternativa a) mutualismo.

Os ruminantes são herbívoros, mas não produzem a celulase, que é uma enzima necessária para quebrar a celulose das folhas. Esse processo é realizado pelas bactérias que vivem no estômago dos ruminantes. Em troca, as bactérias ganham alimentação e moradia.

  1. (Uece) Considere a afirmação abaixo:

“Micorriza é uma associação entre certos fungos presentes no solo e nas raízes das plantas. Nesta relação, o vegetal fornece matéria orgânica para a sobrevivência dos fungos e estes absorvem nutrientes minerais e água, transferindo-os para as raízes da planta”.

Estamos nos referindo a um exemplo de:

a) Comensalismo.

b) Inquilinismo.

c) Protocooperação.

d) Mutualismo.

Resposta: alternativa d) Mutualismo.

É um caso de mutualismo, pois a associação é obrigatória. Se o fosse de organismos que podem viver isoladamente, sem a associação, a resposta seria protocooperação.

Assista: HOMOZIGOTO E HETEROZIGOTO: DIFERENÇAS!

Espero que esses exercícios tenham ajudado você a compreender melhor o conceito de mutualismo e tenham auxiliado na sua prática e nos seus estudos. E se você quiser ver mais conteúdos bacanas sobre Biologia, não se esqueça de visitar o meu blog!

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A associação existente entre os ruminantes e as bactérias que vivem em seu estômago é um caso de

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Qual é a associação existente entre os ruminantes e as bactérias que vivem em seu estômago?

Quando esses animais estão com o alimento na boca, eles o mastigam muito pouco. Uma vez deglutido, esse alimento vai para o rúmen, onde é amassado e sofre a ação de bactérias, protozoários e fungos que degradam a celulose encontrada no alimento ingerido.

Como você classificaria a associação descrita entre os protozoários e os ruminantes?

1. A associação entre protozoários e ruminantes é interespecífica harmônica, do tipo mutualismo, pois os indivíduos de ambas as espécies se beneficiam da associação, que é obrigatória.

Que tipo de associação existente entre os ruminantes e os microrganismos que quebram a celulose explique os benefícios para os seres vivos envolvidos?

Os mamíferos ruminantes são animais capazes de digerir a celulose ingerida na alimentação. Isso ocorre porque: a) no omaso dos ruminantes é encontrada uma grande quantidade de enzimas que digerem a celulose. b) no rúmen e no retículo são encontrados micro-organismos simbióticos que promovem a digestão da celulose.

Qual a relação entre bactérias e ruminantes?

Os bovinos são herbívoros, mas, apesar disso, não produzem uma enzima denominada celulase, necessária para quebrar a celulose das folhas., Esse trabalho, então, é realizado pelas bactérias que, em troca, ganham alimentação e moradia.