Por que educação comparada analisa-se o processo cultural

A metodologia comparada é um rico instrumento analítico dos sistemas educativos. Auxiliando a identificar semelhanças e diferenças, amplia o campo de análise e de compreensão da realidade nacional em face da de outros países, particularmente no campo das políticas públicas e gestão da educação.

Como os estudos em educação Comparada pode contribuir para o desenvolvimento de estudos e pesquisas?

Por meio de estudos comparativos, obtinham-se informações sobre a dinâmica dos sistemas educacionais bem como de soluções encontradas em outros contextos nacionais, de formar a apoiar os governos dos diferentes países na organização da educação e na solução de problemas de ordem tanto pedagógica quanto administrativa.

O que tange a educação comparada?

Com a Educação Comparada, a emergência de um Outro, sujeito de aprendizagem que, não somente, se inscreve numa realidade, mas emerge como parte de uma filiação disciplinar, cultural e ideológica (FERREIRA, 2014).

Quem foi o precursor da educação Comparada?

Decorrente da evolução do pensamento e da reflexão pedagógica, a EC, se encontra já na antiguidade, quando Tucídides, Heródoto e Xenofonte trouxeram comparações que permitiram diferenciar o modo educativo espartano do ateniense; a educação persa da grega e da egípcia.

O que é a educação Comparada?

“A Educação Comparada, em seu sentido mais amplo, pode ser definida como a comparação intercultural da estrutura, do processo, das metas, e dos métodos e dos rendimentos dos distintos sistemas educativos e seus elementos.”

O que é educação comparada PDF?

A Educação Comparada não constitui propriamente disciplina curricular, mas método para deslinde da realidade, aferindo sistemas pedagógicos, do ponto de vista didático e institucional. Por via de regra, os estudos da matéria não efetuaram abordagem epistemológica, optando pela aplicação pura e simples do método.

O que é um estudo comparativo?

Os estudos comparativos caracterizam-se pela presença de dois ou mais grupos de comparação. Podem ser do tipo: Observacionais: quando o pesquisador não interfere na formação dos grupos de comparação, apenas observando as características dos indivíduos para verificar a qual grupo eles pertencem.

Qual a origem da educação Comparada?

Educação comparada: Os estudos de educação comparada remontam ao início do século XIX. Admite-se, como marco inicial desses estudos, a obra de Marc-Antoine Julien, Esboço e considerações preliminares de uma obra sobre a educação comparada, publicada em 1817.

O que é a Educação Comparada?

Quais os aspectos a serem considerados na educação Comparada?

Em se tratando dos Estudos Comparados na educação, alguns pressupostos motivam o processo de comparação: interesses acadêmicos, políticos, econômicos, culturais e sociais, os quais se inter-relacionam e dialogam, auxiliando na construção do processo de educação.

O que é uma educação comparada?

Quais são os métodos da educação comparada?

Existem duas abordagens gerais para a comparação: aquelas que são orientadas para a variância (e, portanto, tendem a embasar-se em uma epistemologia positivista e a utilizar métodos quantitativos) e aquelas que são orientadas por processo (e assim tendem a empregar uma epistemologia mais interpretativa, construtivista …

Como saber sobre a importância da Educação?

Então, gostou de saber mais sobre a importância da educação? Como você pôde perceber, se dedicar aos estudos e obter um diploma de nível superior é um investimento não só em conhecimento para trilhar uma carreira, como também em experiências que serão úteis nas mais diversas esferas da vida.

Por que a educação de qualidade faz muita diferença?

Na sociedade contemporânea que vivemos hoje e neste novo momento de globalização, passamos por um momento de profundas e rápidas transformações econômicas, sociais, culturais e tecnológicas. As informações circulam com tanta rapidez que se tornam superficiais e é neste momento que uma educação de qualidade faz muita diferença.

Qual a finalidade da Educação?

(CERUTTI, ano, p. 4-5) Notamos que a educação tem tido por finalidade apenas a formação técnica das pessoas, mas a educação deve ser instrumento de inclusão, de possibilidade de melhoria na qualidade de vida do indivíduo e consequentemente de uma nação inteira.

Qual a importância da Educação na carreira?

A busca pelo reconhecimento de nossa dedicação, nosso empenho e nossas competências também é um combustível muito importante. A importância da educação na carreira também entra aqui como um fator motivante.

Por que educação comparada analisa-se o processo cultural
Chelsea Maria de Campos MARTINS 1

Universidade Estadual Paulista (UNESP), Brasil

Por que educação comparada analisa-se o processo cultural
Gabriel Pereira do AMARAL 2

Universidade Estadual Paulista (UNESP), Brasil

Por que educação comparada analisa-se o processo cultural
Rosimeire dos SANTOS 3

Secretaria Municipal da Educação, Assis – SP, Brasil

EDUCAÇÃO COMPARADA: APONTAMENTOS SOB A ÓTICA DE ESTUDANTES DA PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO

Revista on line de Política e Gestão Educacional, vol. 25, núm. 4, Esp., pp. 1899-1915, 2021

Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho

Recepción: 20 Agosto 2021

Recibido del documento revisado: 12 Octubre 2021

Aprobación: 15 Noviembre 2021

Publicación: 08 Diciembre 2021

DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v25iesp.4.15947

Resumo: Nesse estudo apresenta-se uma análise da Educação Comparada a partir do material básico apresentado na disciplina “Introdução aos Estudos de Educação Comparada e Internacional” do Programa de Pós-Graduação em Educação, da UNESP, campus de Marília/SP, voltado principalmente para a investigação e os procedimentos metodológicos. Em seguida apresenta-se uma síntese das pesquisas selecionadas sobre a temática expostas pelos estudantes da pós-graduação. Por meio da análise de conteúdo o estudo revelou que a Educação Comparada, como viés de pesquisa interdisciplinar, requer esquemas que estejam amparados em estudos que contemplem aspectos sociais, políticos e culturais, passando pela crítica reflexiva, pela compreensão das especificidades da educação, bem como pelas tendências, influências internas e externas, e os desafios da Educação Comparada na conjectura educacional do Brasil e do mundo. A análise permite inferir que os estudos voltados para essa metodologia não buscam tão somente encontrar semelhanças ou diferenças, mas promover discussões aprofundadas acerca do papel da Educação Comparada para o desenvolvimento educacional e sua influência na história da educação, permeando desafios, possibilidades e contribuições.

Palavras-chave: Educação comparada, Pesquisas em estudo comparativo, Pós-graduação Stricto Sensu.

Resumen: Ese estudio presenta un análisis de educación comparativa a partir del material básico presentando en la disciplina "Introducción a los Estudios de Educación Comparativa y Internacional" del Programa de Pos-Graduación en Educación, Del UNESP, campus de Marilia/SP, vuelto principalmente para la investigación y los procedimientos metodológico. En seguida presentara una síntesis de las averiguaciones seleccionadas sobre la temática expuesta por los estudiantes de pos-graduación. Por medio del análisis del contenido o estudio revelo que la Educación Comparativa, como vimos en la averiguación interdisciplinaria, requiere de esquemas que estén contemplados en estudios que contemplen aspectos sociales, políticos y culturales, pasando por la crítica reflexiva, por la comprensión de las especificaciones de educación, bien como las tendencias, influencias internas y externas, y los desafíos de la Educación Comparativa en conjunción educacional de Brasil y del mundo. En análisis permite interferir con los estudios volcados para esa metodología, no buscan solamente encontrar semejanzas o diferencias, sino que promover discusiones profundas acerca del papel de Educación Comparativa para el desenvolvimiento educacional y su influencia en la historia de la educación, permeando desafíos, posibilidades y contribuciones.

Palabras clave: Educación Comparativa, Averiguaciones en Estudio Comparativo, Pos Graduación Stricto Sensu.

Abstract: This study presents an analysis of Comparative Education from the basic material presented in the discipline "Introduction to Comparative and International Education Studies" of the PostGraduate Program in Education, at UNESP, campus of Marília/SP, mainly focused on research and methodological procedures. Then, a synthesis of selected research on the subject presented by graduate students is presented. Through content analysis, the study revealed that Comparative Education, as an interdisciplinary research bias, requires schemes that are supported by studies that address social, political and cultural aspects, passing through reflective criticism, understanding the specifics of education, as well as by trends, internal and external influences, and the challenges of Comparative Education in the educational conjecture of Brazil and the world. The analysis allows us to infer that studies focused on this methodology do not seek only to find similarities or differences, but to promote in-depth discussions about the role of Comparative Education for educational development and its influence on the history of education, permeating challenges, possibilities and contributions.

Keywords: Comparative education, Research in comparative study, Postgraduate stricto sensu.

Introdução

Historicamente a Educação Comparada ocupou-se da descrição de sistemas educacionais, desafio enfrentado por vários pesquisadores e estudiosos na discussão de diferentes estratégias educacionais, coletando informações a partir de vivências em outras realidades, de tendências, de influências internas e externas que delinearam e ou influenciaram os sistemas educacionais de seus países.

Assim, a Educação comparada trilhou um caminho sinuoso ancorada no esforço constante de desenvolver estudos com a finalidade de mapear os sistemas educacionais, a fim de compreender suas dinâmicas e complexidades. Entre a reflexão histórica e as inquietações dos desafios das fronteiras e limitações da comparação, ela se manteve, desde o seu início, empenhada em compreender a dinâmica dos sistemas educativos locais, regionais, nacional e mundial na busca de ressignificação, de reestruturação dos mesmos (HALLS, 1990; NÒVOA, 1998).

Schneider e Schmitt (1998) acerca do método comparativo e de seu papel, em especial, na sociologia, assinalam que surge nos estudos clássicos do século XIX, com Auguste Comte (1798-1857), Durkheim (1858-1917) e Weber (1864-1920) ainda que de maneira diferenciada, esses autores utilizaram-se da comparação como instrumento de explicação e generalização, de acordo com cada autor e suas proposições, no uso de comparação na análise sociológica.

Mas somente no século XX, segundo Ferreira (2008), a Educação Comparada ganha status acadêmico, centrada especialmente na discussão sobre o destino das abordagens educacionais, principalmente nos aspectos metodológicos, razões de debates dessas influências em seus respectivos países.

Ferreira (2008) assinala ainda que a comparação perpassa desde as relações sociais da antiguidade até o contexto recente de globalização econômica e cultural, em que o conhecimento científico se constitui como essencial para o desenvolvimento da educação comparada, no sentido de possibilitar reformas educativas mais fundamentadas. O autor destaca, enquanto fator significativo do método de Educação Comparada, o processo de investigação em que:

A comparação em educação gera uma dinâmica de raciocínio que obriga a identificar semelhanças e diferenças entre dois ou mais factos, fenómenos ou processos educativos e a interpretá-las levando em consideração a relação destes com o contexto social, político, económico, cultural, etc. a que pertencem. Daí a necessidade de outros dados, da compreensão de outros discursos (FERREIRA, 2008, p. 125).

Neste sentido, o processo de comparação pressupõe examinar questões práticas e ou teóricas que influem diretamente em seu campo de atuação, com a intenção de comparação crítico-reflexiva da análise de semelhanças e disparidades tanto em relação às suas funções, estrutura, objetividade, fundamentos, quanto em outros aspectos do universo educacional permeados pelo contexto social, econômico, político e cultural de cada país, sistema, temática ou discurso.

Marc-Antoine Jullien (1775-1848) foi considerado precursor da Educação Comparada, com a publicação, em 1817, “Esquisse ET vues préliminaires d’un ouvrage - Sur l’éducation comparée”. Esta obra reuniu seus artigos impressos no “Journal d’Éducation” e sendo considerada a primeira sistematização de uma abordagem comparativa (KALOYIANNAKI; KAZAMIAS, 2012).

Nesta obra, o autor propôs o plano de comparação entre os sistemas estatais de educação para a Europa por meio do instrumento “Sumários analíticos de informações” baseados em fatos e observações visando classificar em tábuas analíticas e comparáveis para inferir princípios e regras bem definidas.

Este instrumento era composto por um questionário que consistia em uma série de questões sobre seis áreas da educação, a saber: ensino primário e comum; ensino secundário e clássico; ensino superior e científico; ensino normal; educação de meninas e educação em relação à legislação e instituições sociais e para Jullien, esta abordagem metodológica possibilitaria corrigir as fragilidades, de maneira geral, da condição da educação e instrução pública em todos os países da Europa.

Para Kaloyiannaki e Kazamias (2012), a metodologia de Jullien pode ser descrita como “empírico-dedutiva” e talvez “qualitativa quase etnográfica”, uma vez que análise reunia fatos e observações para responder as questões propostas nos “Sumários analíticos de informações” (KALOYIANNAKI; KAZAMIAS, 2012, p. 28).

Lourenço Filho (2004) não desconsiderando o plano de comparação de Jullien, entretanto, apresentou a seguinte crítica:

Peca, certamente, por exagero, essa noção esquemática. Contém, no entanto, uma parcela de verdade, não porque ação educativa intencional praticamente expressa pela administração das escolas se possa transformar numa construção de cunho axiomático, derivada das tabelas resultantes de tais confrontos de base empírica, mas porque estudos dessa natureza realmente fornecem elementos para mais perfeita análise das duas importantes séries de noções, anteriormente mencionadas. Primeiro, a visão das forças com que os fatores do processo educacional, em geral, se projetam nos sistemas de ensino. Depois, a das situações problemáticas que os organizadores do ensino em cada caso defrontem para que, menos imperfeitamente, lhes possam encaminhar a solução (LOURENÇO FILHO, 2004, p. 20).

Nesse sentido, fica evidente o caráter da obra de Jullien como precursor de uma base teórica na Educação Comparada, que tinha como intuito de aperfeiçoar a ciência da educação, advinda de viagens em outros países com o desígnio de estudar os sistemas educacionais na busca de soluções práticas para os problemas educacionais.

As discussões em torno do método comparativo no campo das ciências sociais, principalmente, no campo da educação, deixam evidente a necessidade e importância dos estudos comparativos em educação, é possível perceber um exímio campo de análise, as diferentes posições acerca das múltiplas relações existentes: políticas, sociais, econômicas, culturais ao realizar comparações.

Esses estudos se intensificam a partir do século XX, com o aporte de apresentar esse caminhar, segue um breve panorama do mapa europeu da Educação Comparada, pode-se inferir que nos estudos comparativos, os ramos de investigação e aplicação se entrecruzam e buscam evidenciar as múltiplas relações que se constroem ao longo dos tempos, legados como os de: a) Michael Sadller na Grã-Bretanha que buscou desvendar os fundamentos dos fenômenos educacionais, ou seja, compreender os sistemas educativos de cada país e explicar as especificidades de cada um, levando em consideração o contexto social; b) Nicholas Hans na Inglaterra que concentrou mais nos aspectos epistemológicos, buscando delimitar o campo de ação e explicitar os métodos da Educação Comparada; c) Friedrich Schneider e Franz Hilker e seus sucessores na Alemanha provocaram o avanço da Educação Comparada tornando-a um componente de educação geral (MITTER, 2012).

Esses pesquisadores, com ideias alinhadas, foram os responsáveis pela propagação de “uma dimensão europeia da história da educação e de suas forças motrizes” para a Educação Comparada, que foi dominada por estudos culturais até o final do século XX, conforme sinaliza Mitter (2012, p. 123) a importância de “[...] estudar cada sistema nacional em seu ambiente histórico e sua ligação íntima com o desenvolvimento de um caráter e de uma cultura nacional” assim, caracterizando aplicação sistemática do método comparativo.

Outro pesquisador que apresentou um novo olhar na sistematização para a pesquisa comparada em educação foi George Bereday com a publicação do relato sobre o método comparativo em educação, em 1964, caracterizou a Educação Comparada em três períodos: de empréstimo, de predição e análise. Sendo o período de empréstimo o momento de catalogações de dados educacionais descritivos e as melhores práticas educativas transportadas para outros países. O período de predição ampliava a ideia de “pedir emprestado”, mas o mais significativo é predizer o provável sucesso de um determinado sistema educativo, utilizando como base para as experiências similares noutros países. O período de análise caracterizado pelo desenvolvimento de teorias e métodos para a formulação das etapas, dos processos e dos mecanismos comparativos (FERREIRA, 2008).

Bereday (1973) acrescenta, ainda, os aspectos fundamentais de preparação para o estudo comparado, como o conhecimento da língua da área em estudo, a residência no exterior e vigilância incessante do observador sobre preconceitos culturais e pessoais, pois sem estes requisitos impossibilitam o acesso à verdadeira realidade dos sistemas educacionais analisados.

Neste sentido, é relevante destacar aos estudos do método de Educação Comparada “[...] a atenção ao mapa geográfico, institucional e temático da Europa, com seus diferentes locais de trabalho, sempre que somos convidados a investigar eventos, tendências ou realizações em qualquer abordagem comparada” (MITTER, 2012, p. 115).

Mitter (2012) assinala também que os fatos e tendências exerceram impactos significativos para a demarcação territorial nas unidades regionais e estaduais, de tal modo que essa demarcação passou a ser mais significativa no contexto da Educação Comparada.

Nessa direção, a Educação Comparada ganha amplitude a partir dos eventos científicos, como por exemplo, em 1961, na conferência em Londres, surge a Comparative Education Society in Europe (CESE), representando uma associação transnacional que ampliou as atividades comparativistas de diversos países europeus bem como na América do Norte. Outra associação resultado do congresso em Montreal de 1970 foi a World Council of Compative Education Societies (WCCES) e ainda hoje continua atuando com as questões de Educação Comparada. Já a associação International Association for the Evaluation of Educational Achievemen (IEA) propiciou técnicas inovadoras das Ciências Sociais bem como aos estudos comparados. Outras associações foram fundadas em vários países, como Bulgária, Grã-Bretanha, Grécia, Polônia, Rússia, Espanha, Turquia entre outros países caracterizando um movimento crescente baseado nos princípios de atuação transnacional (MITTER, 2012).

Assim, com a sistematização dos eventos, que propiciou subsídios teóricos surgem diferentes raízes teóricas contemporâneas representadas por Robert Cowen, Andreas Kazamias, Antônio Nóvoa e Jürgen Schriewer e no Brasil, um dos pioneiros foi Lourenço Filho.

Na obra Educação Comparada (2004) Lourenço Filho apresenta alguns estudos, em especial, o capítulo 4: “Métodos e tendências de estudo na educação comparada” – discorre sobre os procedimentos de investigação por meio de método de observação, direta e indireta, de experimentação, de análise e síntese, de indução e dedução para o estudo dos sistemas nacionais de ensino que são analisados nas escalas sociais, política, cultural, ou seja, no campo de análise macro educação, com pressuposto de uma educação comparada descritiva e ao mesmo tempo uma educação comparada explicativa, mediante a investigação das causas dos fatos, como estudo interdisciplinar.

Assim, por este caminhar que o paradigma de Educação Comparada vem apresentando mudanças teóricas em relação aos:

  • Conceitos-chaves de análise e interpretação de fatos e acontecimentos na realidade educacional e na discussão sobre educação;

  • Impactos sofridos pela disciplina provenientes de ciências afins e das humanidades (MITTER, 2012. p. 121).

Outro método comparatista significativo por sua contribuição, para o campo da Educação Comparada, é o estudo realizado pelo Bray e Thomas (1995) que utiliza a figura de um cubo para explicitar a análise em três dimensões: níveis geográficos/locacionais, aspectos da educação e da sociedade e grupos demográficos não locacionais, figura que possibilita que a pesquisa possa ser mapeada de acordo com as conjecturas investigadas nos campos macro ou micro do sistema.

Outro autor que mapeou a Educação Comparada foi Nóvoa (2009) com a publicação do artigo intitulado “Modelos de análise de educação comparada: o campo e o mapa”. Neste artigo constrói uma cartografia da produção de autores do campo da educação comparada, em função de sete propostas de configurações: historicistas; positivistas; modernização; resolução de problemas; críticas e sócio histórica. Esta divisão da cartografia é construída ainda por dois eixos: teorias do conflito/ teorias do consenso; abordagens descritivas /abordagens conceituais. Com base neste quadro interpretativo, que o autor reconfigura a educação comparada que leva em conta novos problemas, novos modelos e novas abordagens. Ao defender sua tese na elaboração desta cartografia, Nóvoa (2009, p. 24) alerta que:

Esta história fala-nos do outro, de estranhezas e de alteridades, dos diferentes sentidos atribuídos a um mesmo fato (de um mesmo texto), e revela- nos alguns dos limites das nossas interpretações do mundo. É nas margens desta tríade – o outro, o sentido, os limites – que se organiza minha reflexão.

No mesmo olhar da tríade proposta por Nóvoa (2009), Franco (2000, p. 198) destaca a importância da compreensão do reconhecimento dos diferentes espaços culturais nos estudos de Educação Comparada:

Quando se reconstrói a história dos países e de seus povos, ou quando se desenvolve um processo de intercâmbio intercultural ou um projeto de cooperação internacional, a atitude de comparação está sempre presente, mesmo que não seja algo consciente ou que não se revele de modo explícito. O próprio processo de conhecimento do outro e de si próprio, nesta troca entre realidades culturais diversas, implica um confronto que vai além do mero conhecimento do outro. Implica a comparação de si próprio com aquilo que se vê no outro.

Portanto, o discurso do reconhecimento do outro, os olhares citados por Nóvoa (2009) e Franco (2000) enfatizaram a necessidade de compreensão ao ressignificar-se a partir do outro, em especial, durante aplicação do método de Educação Comparada num processo de investigação.

Assim, a Educação Comparada, ao analisar a estrutura e funcionamento do sistema de ensino dos países, não se restringe a representar a busca pelas semelhanças e pelas diferenças entre os sistemas, mas compreender e encontrar sentidos, em especial preocupada com a dimensão educacional destes sistemas, contemplando os diferentes aspectos culturais, os ritmos políticos, a globalização, as relações transnacionais.

É nesta direção, que os estudos comparativos da educação oferecem um vasto campo de análise dos sistemas educacionais, que são materializados em relatórios de institucionalização do ensino; de análise dos processos e ou das relações sociopolíticos, bem como substancializados em pesquisas que podem contribuir com a (re) formulação de políticas públicas.

Considerando essa perspectiva de estudo, de possibilidades de métodos e abordagens comparativas, entende-se que comparar é uma ferramenta complexa e, é nesse contexto que se buscou refletir sobre a Educação Comparada, a partir dos estudos que vêm sendo realizados pelos estudantes da pós-graduação, mestrado e doutorado, em pesquisas comparatistas. Para isso objetivou-se esboçar um panorama sobre a pesquisa em educação comparada apresentadas no desenvolvimento da disciplina “Introdução aos Estudos de Educação Comparada e Internacional” do Programa de Pós-Graduação em Educação, não se buscou qualificar as pesquisas no que diz respeito a sua qualidade acadêmica, tão pouco em sua relevância, mas sim perceber as principais temáticas e enfoques que os pesquisadores têm utilizado ao desenvolver pesquisas com viés comparatista na educação e quais os desafios e as possibilidades dessa metodologia para o campo das pesquisas científicas.

A Educação Comparada: os caminhos traçados no seminário

Este trabalho buscou analisar a produção acadêmica no campo de estudos da educação comparada selecionado pelos estudantes da pós-graduação, ou seja, os procedimentos metodológicos adotados se constituíram por meio da análise de onze textos apresentados no seminário da disciplina “Introdução aos Estudos de Educação Comparada e Internacional”, no segundo semestre de 2020, do Programa de Pós-Graduação em Educação, da UNESP campus de Marília.

Para o estudo utilizou-se a análise de Conteúdo de Bardin (2008), que se constitui uma metodologia usada para descrever e interpretar o conteúdo de toda classe de documentos e textos, conduzindo a descrições sistemáticas qualitativas ou mesmos quantitativos que ajudam a reinterpretar as mensagens e a atingir uma compreensão de seus significados.

Como método de investigação essa análise compreende procedimentos especiais para o processamento de dados científicos. A análise contemplou onzes textos. Os processos de leitura, análise, contabilização e categorização foram realizados a partir da totalidade dos conteúdos das pesquisas, mas especial atenção deu-se à leitura dos objetivos e dos procedimentos metodológicos explicitados pelos pesquisadores. Em muitos casos o próprio título da pesquisa já dava uma ideia do tema e de como o mesmo seria abordado ao longo do texto e, mesmo assim, procedeu-se a leitura dos objetivos e dos procedimentos. Esse processo resultou em dados quantitativos, mas para entender melhor o que significavam esses dados as pesquisas foram analisadas de forma qualitativa com base em seu conteúdo.

Em relação ao perfil dos discentes, são estudantes matriculados no Programa de Pós- Graduação em Educação, da UNESP, campus de Marília/SP, cursando o mestrado e doutorado. A maioria (80%) atua profissionalmente no sistema de ensino público municipal e ou estadual na educação básica; 15% trabalham no ensino superior (instituição privada) e 5% são estudantes. Verifica-se que o critério de escolha do texto para o seminário, em sua maioria, está ligado à temática de pesquisa do discente e outros voltados para o campo de estudos ou metodologia de estudos comparados, categorizados conforme figura a seguir:

Por que educação comparada analisa-se o processo cultural
Figura 1

TEMÁTICAS SELECIONADAS


Fonte: Elaborado pelos autores.

Em relação aos textos apresentados no seminário no que se refere aos níveis de ensino observa-se estudos que abordam temáticas voltadas para a educação básica, bem como para o ensino superior. Apresentando pesquisas de educação comparada internacional com a presença de cooperação que ocorreu em estudos desenvolvidos entre pesquisadores e universidades de diferentes países: Brasil e Portugal; Brasil e México e Brasil e Espanha. Pode-se verificar, também, que desenvolveram pesquisas olhando além dos países em que viviam ou aos quais suas universidades de origem estavam vinculadas e, quanto ao tema de pesquisa ou foco de análise, percebe-se também uma diversidade, que vai desde a formação de professores até questões de política e legislação educacional.

Constata-se que os trabalhos estavam articulados com a finalidade proposta pela disciplina - Introdução aos Estudos de Educação Comparada e Internacional- apresentando estudos de Educação Comparada voltados para Processos e Efeitos nas Políticas, Metodologias e Práticas da Educação.

No entanto, foi possível inferir que alguns estudos denominados como comparativos ou que se autodenominam estudos comparados em educação nem sempre são de fato, o que Bray (2010) e Palomba (2011) alertam, algumas pesquisas que vem sendo apresentadas como de educação comparada ou que se autodenominam estudos comparados em educação nem sempre são de fato. Esses autores apontam que mesmo o campo de estudo e o fato de estabelecer comparações educacionais não ser novo, alguns trabalhos, à luz dos principais teóricos da área, carecem de clareza teórica, profundidade epistemológica e metodológica. Entretanto, cabe destacar também que as pesquisas analisadas, contabilizadas e categorizadas nesse trabalho representam uma pequena amostra de estudos comparativos internacionais visto que esses estudos têm se intensificado, e mesmo as tentativas de produção em estudos comparativos, acabam por demonstrarem sua importância.

Os estudos apresentados nos seminários foram objetos de análise de todo o grupo e de provocações, correlacionando os apontamentos dos autores, com os estudos introdutórios da disciplina. A seguir uma breve síntese dos onze artigos apreciados.

O artigo “Comparações entre currículos”, autores Bob Adamson e Paul Morris (2015) – discute “o campo de estudos curriculares oferecem muitas ferramentas teóricas e metodológicas para comparar currículos” (ADAMSON; MORRIS, 2015, p. 345). Estes autores utilizaram o método do quadro descritivo de Bereday (1973) para comparar os componentes curriculares e conduzir análise da pesquisa.

O artigo “Definição e objetivo da Educação Comparada” de Nicholas Hans (1971) apresenta uma descrição histórica sobre a educação em países estrangeiros e concomitante à explicação da evolução da Educação Comparada na tentativa de compreender a relação entre educação e a sociedade, em caráter nacional, desenvolvida pelos comparatistas como Sadler, Kandel, Hans, Schneider entre outros autores em seus países.

Outro texto apresentado foi “História da formação de professores em cursos a distância: é possível uma comparação entre Brasil e Portugal?” de Maria Luisa Furlan Costa (2009) este texto retoma o processo de cursos a distância no Brasil e Portugal, faz a descrição histórica de criação e destaca as semelhanças (aproximação) e diferenças (distanciamento) entre eles.

O texto “Reflexões sobre a importância dos estudos de educação comparada na atualidade”, autora Elma Júlia Gonçalves Carvalho (2013) o artigo apresenta o estudo histórico da Educação Comparada e o recente uso deste método no Brasil.

Outra apresentação foi do artigo “Educação Comparada Brasil-Espanha: estado da arte 1990-2014”, autores Donaldo Bello de Souza e Neusa Chaves Batista (2018) abordam a temática a partir de um estudo de caráter bibliográfico com cinco unidades de análise de comparações, a saber: Políticas de Educação, Modos de aprender, Tempos, Currículos e Organizações Educativas. Estes estudos analisados, nesta pesquisa, utilizaram como referencial teórico os autores: Bray, Adamson e Mason (2015).

Apresentação do artigo “Reformas na administração educacional: uma análise comparada entre Brasil e Portugal”, autora Elma Júlia Gonçalves Carvalho (2014) um estudo comparado das reformas ocorridas na administração de sistema educativo do Brasil e Portugal, a partir da década de 1990, com os objetivos de compreender as razões da relativa homogeneidade do novo modelo de gestão escolar.

O texto “Gestão da Educação: em perspectiva comparada Brasil-Portugal”, autora Elma Júlia Gonçalves de Carvalho (2011) – estudo comparado das propostas administrativas descentralizada, participativa e autônoma, entre Brasil e Portugal.

O artigo “Gestão Democrática da educação sob perspectiva comparada Brasil- Portugal: entre a exigência legal e a exequibilidade real”, autores Donaldo Bello Souza e Dora Fonseca Castro (2012) discorrem no campo das políticas públicas e discutem a gestão democrática, sob perspectiva comparada entre Brasil e Portugal.

O artigo “Estudo Comparado Internacional: contribuições para o campo da Educação Especial”, autores Reginaldo Celio Sobrinho; Maria das Graças Carvalho Silva de Sá; Edson Pantaleão e Denise Meyrelles de Jesus (2015) – a produção de conhecimento em Educação Especial, no âmbito da Educação Comparada e conexões de uma perspectiva investigativa comparada com as obras de Norbert Elias.

O texto “Os cursos de formação/Especialização de Professores de Deficientes Auditivos no Brasil em Portugal (1950-1980)”, autora Geise de Moura Freitas (2019) apresenta uma perspectiva de educação comparada e analisar os modelos de formação docente do Curso Normal (1951-1957) e os Cursos de especialização de Professores de Deficientes Auditivos (1957-1972/1981-1985) mantidos pelo Instituto Nacional de Surdos-Mudos (INSM)/Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES) e os cursos congêneres do Instituto Jacob Rodrigues Pereira – IJRP (1952-1956/1961-1963/1982- 1984).

A dissertação “Educação Especial no ensino superior: processos sociais comparados entre México e Brasil”, autor Júnio Hora Conceição (2017) tem como proposta analisar processos desencadeados pelas políticas públicas de alunos da Educação Especial no Ensino Superior, entre o México e o Brasil, no período de 1996 a 2016.

Ao analisar os textos apresentados buscou-se também estabelecer possíveis relações entre os estudos e o objetivo da disciplina, assim os textos “Comparações entre currículos” - Bob Adamson e Paul Morris (2015) e “Definição e objetivo da Educação Comparada” de Nicholas Hans (1971) como são escritos por teóricos da Educação Comparada contribuíram com formação geral dos alunos.

Já o seminário “História da formação de professores em cursos à distância: é possível uma comparação entre Brasil e Portugal?” de Maria Luisa Furlan Costa (2009) foi direcionado para a pesquisa da discente que estuda a Universidade Aberta de Portugal e o Sistema Universidade Aberta do Brasil.

Os seminários relacionados aos artigos: “Reflexões sobre a importância dos estudos de educação comparada na atualidade”, autora Elma Júlia Gonçalves Carvalho (2013), “Reformas na administração educacional: uma análise comparada entre Brasil e Portugal”, autora Elma Júlia Gonçalves Carvalho (2014), “Gestão Democrática da educação sob perspectiva comparada Brasil-Portugal: entre a exigência legal e a exequibilidade real”, autores Donaldo Bello Souza e Dora Fonseca Castro (2012) e “Gestão da Educação: em perspectiva comparada Brasil-Portugal”, autora Elma Júlia Gonçalves de Carvalho (2011) contribuíram com a formação do grupo de discentes para ampliar os conhecimentos de análise comparativa não somente entre Brasil e Portugal, mas de compreensão de aprofundamento do método comparativo.

Outro seminário fruto do artigo “Educação Comparada Brasil-Espanha: estado da arte 1990-2014”, autores Donaldo Bello de Souza e Neusa Chaves Batista (2018) colaborou com a discente que pesquisa a questão do currículo na educação básica entre Brasil e Espanha.

Em relação aos seminários das produções: “Estudo Comparado Internacional: contribuições para o campo da Educação Especial”, autores Reginaldo Celio Sobrinho; Maria das Graças Carvalho Silva de Sá; Edson Pantaleão e Denise Meyrelles de Jesus (2015), “Os cursos de formação/Especialização de Professores de Deficientes Auditivos no Brasil em Portugal (1950-1980)”, autora Geise de Moura Freitas (2019) e Dissertação “Educação Especial no ensino superior: processos sociais comparados entre México e Brasil”, autor Júnio Hora Conceição (2017) contribuíram para a ampliação do panorama de pesquisa em Educação Especial, as estratégias e os direcionamentos para a formação docente nessa área, bem como os desafios para os discentes do curso que estudam a Educação Especial numa perspectiva de Educação Comparada.

Considerações finais

Esse estudo teve como aporte apresentar uma análise do desenvolvimento da disciplina “Introdução aos Estudos de Educação Comparada e Internacional” a partir dos textos apresentados nos seminários e das discussões do grupo. Esboçar esse panorama, ainda que seja um recorte de pesquisas em educação comparada desenvolvida em diversas universidades, possibilitou identificar algumas aproximações e distanciamentos entre os materiais apresentados na disciplina e os textos selecionados pelos discentes da pós-graduação.

Essas inquietações e reflexões acerca do papel da Educação Comparada para o desenvolvimento educacional, principalmente como metodologia de pesquisa, a partir do material explorado, apontaram para a necessidade de conhecimento específico, o que exige se debruçar na análise de estudos comparatistas, fato que poderá permitir caracterizá-lo na relação de construção dos saberes com o mundo, consigo mesmo e com o outro, bem como sobre seus desafios, limites e possibilidades na contribuição de medidas que possibilitem os avanços educacionais contemporâneos.

Os dados encontrados além de reafirmar que esse campo de estudo, suas definições, limitações e possibilidades se constitui, ainda que tenha considerável acervo teórico, uma área a ser explorada, principalmente no que se refere à compreensão dos caminhos do método de Educação Comparada, os quais exigem estudar os fenômenos sociais, os limites e as possibilidades traçadas pelas opções teóricas que o pesquisador adotar.

Em fase de conclusão, pode-se inferir que é este um campo ainda em desenvolvimento, e possível de muito estudo e pesquisa. Considerando relevante a oferta da disciplina nesse foco, e em especial seu desenvolvimento voltado para a atenção e a análise dos trabalhos com ênfase nos aspectos epistemológicos, teóricos, metodológicos e conceituais da educação comparada. Fato este que permite inferir ser uma estratégia para fortalecer e qualificar as pesquisas e as atividades acadêmicas, atribuindo aos estudos comparativo rigor metodológico e maior segurança para o pesquisador e para os leitores.

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Notas de autor

1 Universidade Estadual Paulista (UNESP), Marília – SP – Brasil. Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Educação. Membro do Grupo de Pesquisa COPPE – Coletivo de Pesquisadores em Políticas Educacionais. Supervisora de Ensino na Diretoria de Ensino – Região de Taquaritinga/Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (SEDUC/SP).

2 Universidade Estadual Paulista (UNESP), Marília – SP – Brasil. Mestrando no Programa de Pós-Graduação em Educação. Professor de Língua Portuguesa e Inglesa da Rede Estadual Paulista de Ensino. Membro do Grupo de Pesquisa COPPE – Coletivo de Pesquisadores em Políticas Educacionais. Pesquisador bolsista CAPES.

3 Secretaria Municipal da Educação, Assis – SP – Brasil. Assessoria Técnica – Diretora Técnica da ASPAT/CEDET. Membro do Grupo de Pesquisa REINEVA – Rede Internacional de Investigação em Altas Capacidades. Membro do Grupo de Pesquisa COPPE. Doutora em Educação Escolar (UNESP/FCLAR).

Información adicional

Como referenciar este artigo: MARTINS, C. M. C.; AMARAL, G. P.; SANTOS, R. Educação comparada: apontamentos sob a ótica de estudantes da Pós-Graduação Em Educação. Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 25, n. esp. 4, p. 1838-1854, dez. 2021. e-ISSN:1519-9029. DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v25iesp.4.15947