O que se estuda no curso de arquitetura e urbanismo

O que se estuda no curso de arquitetura e urbanismo

Pensando em prestar vestibular para Arquitetura e Urbanismo, mas sente que falta informação para tomar sua decisão? Então é hora de se aprofundar no tema e saber se essa realmente é a sua área.

Saiba como funciona o curso, quais são as principais exigências do mercado de trabalho e entenda qual é o perfil ideal para ter sucesso na carreira. Ficou interessado? Então, sem mais demora, vamos ao conteúdo!

O que se estuda no curso de arquitetura e urbanismo

O perfil ideal para se tornar um arquiteto de sucesso

Se você ainda tem dúvidas a respeito de qual curso fazer — por exemplo, entre engenharia civil ou arquitetura —, saiba que existem algumas habilidades e competências que são determinantes para os profissionais dessas áreas. Elas podem ser desenvolvidas com o tempo e muito estudo. Por isso, é importante que você se identifique com essas características, seja porque considera que as tem ou porque imagina que é capaz de alcançá-las com muito esforço e dedicação ao longo do curso.

É importante que o profissional de Arquitetura e Urbanismo tenha forte senso crítico e seja capaz de compreender e traduzir as necessidades das pessoas, pois sua atuação — tanto em espaços interiores, quanto exteriores — depende disso. Da mesma forma, ter um perfil humanista e consciência ambiental também é importante, uma vez que, em sua rotina de trabalho, o arquiteto poderá atuar com urbanismo, paisagismo, conservação de patrimônio. Para tanto, é necessário fazer o uso racional dos recursos disponíveis.

Ao longo do curso, o estudante precisará ter domínio sobre aspectos sociais, históricos e econômicos importantes para a sua atuação profissional. São esses conhecimentos que darão uma compreensão mais profunda a respeito dos impactos de seu trabalho no ambiente, de maneira que se transforme em um agente de transformação consciente a respeito do equilíbrio ecológico e do desenvolvimento sustentável.

Além disso, o aluno será preparado também para ter a devida compreensão a respeito dos sistemas estruturais, aprendendo a estudar a resistência dos materiais, assim como a estabilidade das construções e das fundações. Ter interesse em assuntos como condições climáticas, energéticas e tudo o que envolve as técnicas associadas a esses temas também é importante, pois isso será amplamente estudado ao longo da graduação — e constantemente revisitado durante a rotina de trabalho.

Evidentemente, o gosto pelo desenho e pela geometria também são interessantes para o arquiteto — assim como a facilidade para lidar com ferramentas tecnológicas para a realização do devido tratamento de informações e representação aplicada à arquitetura, ao urbanismo, ao paisagismo e ao planejamento urbano e regional.

Em resumo, se você é o tipo da pessoa que se interessa por planejamento de ambientes, design, moda, desenhos, possui forte senso crítico e humanista, além de certa facilidade para lidar com números — e facilidade em matérias da área de exatas, como física e matemática —, existe uma boa chance de Arquitetura e Urbanismo ser um curso que se encaixa no seu perfil.

A escolha de uma faculdade de alta qualidade

O primeiro aspecto a ser observado na escolha de uma faculdade de Arquitetura e Urbanismo é avaliar se os cursos da instituição são autorizados ou reconhecidos pelo MEC. Isso é muito importante, pois somente assim é possível ter certeza de que o seu diploma será válido em todo o território nacional. Além disso, para conferir esse reconhecimento às instituições, o Ministério realiza uma série de avaliações, o que garante a qualidade do ensino oferecido.

Feito isso, confira também como é composto o corpo docente da faculdade e a maneira como ela é vista pelo mercado. Instituições com maior prestígio costumam colocar seus alunos com maior facilidade no mercado de trabalho. Sendo assim, esteja atento a esse aspecto para fazer uma boa escolha. No caso do curso de Arquitetura e Urbanismo, avalie o impacto e o reconhecimento dos profissionais que saíram da faculdade que você pretende cursar.

Muitas vezes as instituições investem pesado em propaganda e acabam conquistando alunos mesmo quando não têm tradição em formar profissionais suficientemente qualificados para ocupar as melhores vagas. Por isso, fique atento e procure se informar.

No curso de Arquitetura e Urbanismo, é imprescindível que a teoria seja aplicada de acordo com a prática do mercado e que exista uma proximidade entre professor e aluno. Cursos com disciplinas focadas na realidade local e regional são mais interessantes, pois seus estudantes são preparados para conquistar os melhores postos de trabalho da região.

Outra dica válida é visitar o local em que a faculdade se encontra. Assim, você pode conhecer a estrutura da instituição — incluindo laboratórios, salas, bibliotecas — e, dessa maneira, ver se realmente ela oferece condições para você se desenvolver profissionalmente.

Alguns diferenciais também podem ser úteis para facilitar a sua escolha, como a possibilidade de fazer intercâmbio e as opções de bolsas de estudo. Isso depende de convênios que a faculdade oferece com instituições estrangeiras e que permitem ao aluno uma experiência fora do país.

As matérias estudadas no curso de Arquitetura e Urbanismo

Desde o começo do curso, o aluno é preparado para desenvolver as habilidades e competências necessárias para uma boa atuação profissional. É nesse contexto que as matérias são preenchidas no programa, evoluindo gradativamente até a formação completa.

Em média, o curso dura quatro anos — período no qual o aluno aprende a projetar espaços, considerando conforto, estética e funcionalidade. Por isso, a grade é interdisciplinar e envolve disciplinas de humanas e exatas.

A grade básica do curso compreende matérias como:

  • Desenho Artístico;

  • Desenho Técnico;

  • Introdução à Gestão de Projetos;

  • História da Arquitetura;

  • Análise e Gestão Ambiental;

  • Gestão de Projetos;

  • Urbanismo e Infraestrutura;

  • Projeto e Instalações Prediais;

  • Teoria das Estruturas;

  • Planejamento Urbano.

Assim, matérias de introdução à Arquitetura servem para dar ao estudante um conhecimento básico sobre o universo desse profissional. É nesse momento que ele compreende melhor do que se trata a Arquitetura, quais são as particularidades da profissão, a ligação com a sociedade, entre outros aspectos fundamentais do setor.

Já nas matérias de desenho, o aluno aprende a importância das representações gráficas, indo dos esboços para as ferramentas e softwares utilizados para trabalhar com plantas e escalas, especificando detalhes das estruturas — algo essencial para o sucesso profissional.

Em Topografia, é possível fazer um estudo detalhado dos terrenos — tema especialmente relevante para o arquiteto. Dominando esse tipo de conhecimento, o profissional conhece as informações referentes à determinada área em que uma obra deve ser construída, dando continuidade ao projeto com garantias de segurança.

Ao estudar Projetos de interiores, o aluno adquire uma visão ampla sobre o planejamento de espaços equilibrados e harmônicos. Trata-se de uma matéria fundamental para dar ao estudante a devida compreensão a respeito de como o estilo deve estar em conformidade com a qualidade do projeto, avaliando também questões estéticas e conceituais de cada ambiente.

Outra matéria muito importante é Restauração e Revitalização, disciplina em que o aluno desenvolve conhecimentos sobre os processos de modernização de ambientes, reforma e conservação de patrimônios históricos e culturais, entre outros aspectos. Com essa matéria, o aluno tem uma visão mais clara de como atuar na recuperação de edificações, agindo de maneira racional e técnica.

O dia a dia de atividades dentro da faculdade

Se a sua dúvida é em relação à rotina dentro do curso, saiba que cada ano tem um foco distinto, dependendo dos conceitos básicos que precisam ser assimilados.

A faculdade é o espaço em que o aluno aprende a projetar espaços e a organizá-los, considerando os diferentes elementos que serão necessários para que esse processo respeite critérios de conforto, funcionalidade e estética. Para tanto, o curso trabalha com elementos que mesclam disciplinas de várias áreas do conhecimento, sendo que a maior parte da carga horária é composta por aulas práticas.

Assim, no primeiro ano, as atividades costumam se concentrar na formação em arte e desenho, envolvendo temas como Topografia e Gráfica Estrutural. Além disso, é nesse momento me que o graduando conhece mais a fundo a História da Arquitetura, sabendo identificar as diferentes escolas arquitetônicas. Dessa maneira, ele conhece a maior quantidade possível de estilos de desenhos — bem como de conceitos —, para desenvolver e aperfeiçoar o seu próprio estilo.

No segundo ano, a ideia é trabalhar mais a parte tida como operacional da profissão, ou seja, oferecer matérias menos teóricas e mais voltadas à área da Engenharia, como Mecânica e Resistência de Materiais. É também o período em que o aluno tem as primeiras experiências com sistemas de projeto de estruturas da classe CAD — abreviação da sigla em inglês CAAD, que significa computer aided architectural design, ou projeto arquitetônico assistido por computador.

Já o terceiro ano é quando as matérias práticas passam a ser dominantes, com estudos envolvendo laboratórios de maquetes e exigências de trabalhos mais práticos do que teóricos em matérias como Urbanismo e Infraestrutura e Projeto de Instalações Prediais. Essas disciplinas exigem uma rotina mais próxima da atividade profissional do arquiteto — e é quando o graduando começa a vivenciar a prática da profissão.

No quarto ano, o aluno tem contato com matérias que dão uma visão mais ampla da Arquitetura e Planejamento Urbano. É nessa fase em que são finalizadas as disciplinas referentes à Engenharia de Estruturas. Caso esteja em dia com os créditos acadêmicos, é também quando há a realização do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).

A necessidade de um foco prático ao longo do curso

A parte prática é o que costuma diferenciar radicalmente cursos similares, como é o caso de Arquitetura e Design de interiores, por exemplo.

Com a teoria, o aluno conhece os procedimentos e tem acesso a toda a literatura que norteia o trabalho do profissional da área. Essa parte é fundamental para que o futuro arquiteto tenha conceitos fortes o bastante para sustentar suas ações e se aprofundar no seu campo de atuação. Entretanto, é lidando com a parte prática que ele aprende a realizar os procedimentos e ganha experiência para exercer sua atividade.

Por isso, ao longo de todo o curso, o estudante tem contato com matérias que valorizam muito mais a parte prática do que a teórica. Isso não significa, no entanto, que as duas coisas não andem juntas. Pelo contrário! Como visto, o começo do curso apresenta uma ênfase em matérias teóricas e isso vai se modificando com o passar dos períodos até a chegada do TCC.

Assim, matérias que podem parecer demasiadamente práticas precisam ser compreendidas como ferramentas necessárias para que o profissional atue com precisão em diferentes desdobramentos da profissão, como em Projetos de Interiores, Arquitetura Industrial, Edificação e Construção, Restauro de Edifícios, Urbanismo, entre outros.

A prática é fundamental para o estudante de Arquitetura e Urbanismo. É por meio dela que ela terá condições para se preparar para a rotina de trabalho — ainda sob a supervisão de professores. Nesse sentido, o estágio se mostra como uma etapa fundamental durante o curso, pois, além de oferecer experiência ao aluno, é uma chance de se aprofundar tanto no conhecimento adquirido em sala de aula quanto nas competências necessárias para o futuro profissional.

A realização de um estágio em uma empresa de qualidade

É bom lembrar que o estágio torna mais fácil a entrada no mercado de trabalho e permite que o graduando aprenda na prática como proceder de maneira compatível com as exigências da profissão.

A possibilidade de realizar o estágio em uma boa empresa pode ser um passo decisivo para o aluno na busca por um espaço no mercado de trabalho. Conseguindo a vaga em uma empresa que oferece um plano de carreira, por exemplo, o estudante pode trabalhar para desenvolver suas habilidades e competências de acordo com as necessidades da companhia. Assim, é possível evoluir até se tornar um empregado efetivado, chegando a ocupar as vagas mais disputadas dentro da organização.

Além disso, um bom estágio pode oferecer vantagens como:

  • facilitar a decisão a respeito da especialização profissional;

  • condições para o aluno adquirir habilidades na prática;

  • independência financeira;

  • experiência profissional em um momento ainda inicial da carreira;

  • possibilidade da criação de novos contatos e ampliação do networking.

No estágio o aluno pode vivenciar, na prática, determinada especialização da carreira. Assim, ele conhece a realidade da área e explora suas diferentes possibilidades, tendo condições para saber se é esse o caminho que realmente deseja seguir.

Além disso, essa experiência permite o contato direto com profissionais que já ocupam espaço no mercado de trabalho. Colaborando com uma empresa de qualidade, o aluno pode até trabalhar ao lado de arquitetos renomados, o que certamente contribui — e muito — para a construção de um currículo diferenciado e para o desenvolvimento profissional.

Essa é outra vantagem do estágio: ele oferece um aprendizado supervisionado por pessoas qualificadas, vivendo uma situação em que as atividades precisam ser realizadas para que as habilidades e competências sejam desenvolvidas, mas com maior tolerância ao erro.

É importante lembrar que, uma vez que o aluno não se identifica com as atividades do estágio, ele ainda pode repensar sua trajetória profissional e sair da experiência com mais benefícios do que prejuízos.

Para o profissional de Arquitetura e Urbanismo, o estágio é uma etapa fundamental. Por isso, realizar o curso em uma faculdade que garante parcerias com boas empresas é um diferencial que deve ser levado em consideração pelo estudante na hora de escolher a instituição para a qual vai prestar vestibular.

O que se estuda no curso de arquitetura e urbanismo

O que se estuda no curso de arquitetura e urbanismo

As principais áreas de atuação dentro da Arquitetura e Urbanismo

O profissional formado na área tem uma série de opções para desenvolver sua trajetória. Entre as mais comuns, podemos citar as seguintes.

Arquitetura de interiores

É a atividade em que o arquiteto projeta, planeja e acompanha as reformas dos ambientes internos, sendo o responsável por definir os materiais de acabamento, bem como a maneira como os móveis serão distribuídos.

Arquitetura industrial

É o ramo da Arquitetura em que o especialista realiza o planejamento de projetos voltados para indústrias — de acordo com as normas de segurança e com foco na funcionalidade e eficiência.

Arquitetura verde

É o trabalho voltado ao desenvolvimento de projetos — comerciais ou residenciais — que estejam em conformidade com a preservação do meio ambiente e integrados às características naturais do local.

Edificação e construção

É a atividade que envolve a projeção e a coordenação de obras, determinando os materiais a serem utilizados e controlando os prazos e custos envolvidos no projeto.

Luminotécnica

Envolve a realização do projeto de iluminação de espaços, sejam eles grandes ou pequenos. Costuma oferecer boas oportunidades — em especial para a realização da iluminação de eventos.

Paisagismo e ambiente

Voltada para o profissional que atua na criação de espaços abertos, tais como parques, praças e jardins.

Restauro de edifícios

Atividade que consiste na recuperação de casas e de prédios antigos ou deteriorados, buscando manter suas características originais e propondo soluções para que eles se tornem habitáveis.

Urbanismo

É o planejamento de uma cidade, bairro ou região, desenvolvendo o plano diretor e o zoneamento urbano.

A previsão do mercado de arquitetura para os próximos anos

De maneira geral, podemos dizer que o futuro do profissional da área tende a ser positivo em relação a oportunidades no mercado de trabalho.

O arquiteto encontra espaço no setor público e no privado. As vagas em órgãos públicos, normalmente, são para atividades mais burocráticas — mas que costumam garantir maior estabilidade financeira.

Para tanto, o arquiteto precisa prestar concursos que, na maioria das vezes, contemplam profissionais dedicados à área de urbanismo ou restauração e conservação. Assim, os interessados precisam ficar de olho nas oportunidades que surgem em prefeituras e secretarias, companhias de saneamento, diferentes tipos de empresas estatais e as forças armadas.

O setor privado permite um leque maior de possibilidades. É possível trabalhar em empresas, montar seu próprio escritório de arquitetura, atuar em construtoras, prestar assessoria, entre outras oportunidades.

Dependendo da situação do país, o mercado da área de Arquitetura e Urbanismo pode apresentar características diferentes. Assim, em momentos de crise econômica, por exemplo, o mercado de construção costuma ser fortemente atingido, fazendo com que o investimento em imóveis caia. Em contrapartida, há uma valorização dos imóveis mais antigos, que precisam passar por reformas e reparos antes de serem ocupados.

É nesse espaço que o arquiteto consegue boas oportunidades. É importante destacar que a arquitetura de interiores é uma área importante para os formados, pois são esses profissionais que emitem laudos técnicos antes da realização das reformas.

Devido à preocupação cada vez maior nas cidades de ocupar melhor o espaço público, o urbanista também tem um bom mercado. Assim, prefeituras têm investido na revitalização de praças e parques, gerando uma demanda por profissionais que atuem na concepção e execução do projeto.

Enfim, espaço para a atuação do profissional de Arquitetura e Urbanismo existe e a tendência é que, com a melhora na economia, a demanda cresça ainda mais.

Conclusão

A importância do arquiteto está na sua habilidade em criar espaços úteis para as necessidades das pessoas, considerando dimensões adequadas àquilo que se pretende fazer no ambiente, bem como a melhor iluminação e o uso dos materiais envolvidos. O arquiteto é o profissional que precisa tem bom senso para lidar com texturas, temperatura, composições, entre outros elementos e, em função disso, propor soluções.

Assim como em qualquer outra área do conhecimento, o que define se o curso é bom é o fato de ele ter realmente a ver com o aluno. Fazendo o que gosta, a tendência é que você consiga progredir na carreira até se transformar em um profissional de sucesso, reconhecido pela qualidade dos serviços prestados.

Por isso, a ideia é procurar pela profissão que mais tem a ver com você e com o seu perfil. Nesse caso, o curso de Arquitetura e Urbanismo oferece possibilidades interessantes para você se encaixar. Se você entende que esse é o seu caminho, não perca tempo. Comece agora mesmo a se preparar para o vestibular e trace seu trajeto até o sucesso.

Se após ler este texto você sente que se identifica com a área, então não deixe de se inscrever no curso em uma boa instituição de ensino. Tenha foco em seu futuro profissional e aproveite as oportunidades oferecidas pela faculdade!

Gostou de saber mais sobre a graduação de Arquitetura e Urbanismo? Se você ficou com alguma dúvida, entre em contato com a gente e conheça melhor o nosso curso.

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