De que maneira ela pode ser contraída analise como regras de higiene podem estar relacionadas

Refletindo sobre o conteúdo

Ícone: Atividade interdisciplinar.

1. Atividade interdisciplinar: Geografia e Língua Portuguesa. Leia as palavras do Secretário-Geral da ONU desde 2007.

"Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio têm sido o impulso global antipobreza mais bem-sucedido da história", disse Ban Ki-moon.

Disponível em: http://nacoesunidas.org/objetivos-do-milenio-avancam-mais-do-que-o-previsto-e-mais-metas-devem-ser-alcancadas-ate-2015-diz-onu/. Acesso em: 25 jan. 2016.

a) Com base no que foi estudado, caracterize os objetivos de Desenvolvimento do Milênio.

b) Na sua opinião, qual é o principal objetivo do Milênio? Elabore um texto que reflita sua opinião sobre o objetivo escolhido. Escreva por que você escolheu esse objetivo e sugira algumas ações que podem ser feitas para atingi-lo.

2. Sobre os principais indicadores socioeconômicos, responda:

a) Diferencie PIB de PNB.

b) Qual é o indicador mais completo para analisar um país? Justifique.

3. O professor vai dividir sala em grupos e cada grupo vai realizar uma pesquisa sobre o seguinte tema: .

Após a conclusão da pesquisa, o professor vai sor tear as questões a seguir entre os grupos e cada grupo deverá explicar aos demais alunos suas respostas e conclusões.

a) Qual é a causa da Aids? Relacione a fome com o aumento do número de mortes causadas por essa doença.

b) De que maneira ela pode ser contraída?Analise como regras de higiene podem estar relacionadas ao aumento do número de casos de Aids.

c) Quais são as formas de prevenção contra a Aids?

d) Relacione o analfabetismo à Aids.

e) Por que é difícil encontrar o remédio para combater essa doença?

f) Qual é a diferença entre ser soropositivo e ter Aids?



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De que maneira ela pode ser contraída analise como regras de higiene podem estar relacionadas
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Diversidade dos países não desenvolvidos

Classificar os países não desenvolvidos é um assunto complexo, pois sua diversidade não permite uma classificação única e padronizada.

Apesar das características comuns, não existe homogeneidade nesses países, tal como é possível observar no mundo desenvolvido. Embora haja uma grande variedade de países, a maioria manteve o status da época colonial, como exportadores de matérias-primas vegetais e minerais. Além disso, apresentam inúmeros problemas sociais e econômicos.

Os organismos internacionais, como as agências da ONU e os órgãos a elas ligados, procuram nomear os países não desenvolvidos segundo alguns critérios, mas deixam claro que as denominações são utilizadas para fins estatísticos, sem intenção de elaborar uma classificação desses países. O Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Mundial, a Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (Unctad) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) são alguns desses órgãos. Segundo a ONU, as designações "desenvolvido" e "em desenvolvimento" são usadas por conveniência estatística, portanto, não expressam nenhum juízo sobre o estágio alcançado por determinado país ou região no processo de desenvolvimento.

O Banco Mundial prefere utilizar como critério, inclusive para direcionar seus projetos contra a pobreza, a renda per capita anual do país, dividindo-os em quatro grupos:

1. De baixa renda: menos de 1.005 dólares per capita.

2. De renda média-baixa: entre 1.006 dólares e 3.975 dólares.

3. De renda média-alta: entre 3.976 dólares e 12.275 dólares.

4. De renda alta: com mais de 12.275 dólares.

Veja, na tabela a seguir, como essa classificação pode gerar distorções. Observe que, no grupo de paí ses de renda alta, estão incluídas nações que não são consideradas desenvolvidas.

Tabela: equivalente textual a seguir.

Classificação do Banco Mundial - 2014




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3

Apresentação

A Geografia assumiu um papel muito importante nesta época em que as informações são transmitidas pelos meios de comunicação com muita rapidez e em grande volume. É impossível acompanhar e entender as mudanças e os fatos ou fenômenos que ocorrem no mundo sem ter conhecimentos geográficos.

É no espaço geográfico - conceito fundamental da Geografia - que se dão as manifestações da natureza e as atividades humanas. Compreender a organização e as transformações ocorridas nesse espaço é essencial para a formação do cidadão consciente e crítico dos problemas do mundo em que vive. O papel do professor de Geografia, nesse caso, é pensar no aluno como agente atuante e modificador do espaço geográfico, formado dentro de uma proposta educacional que requer responsabilidade de todos, visando construir um mundo mais ético e menos desigual.

Organizamos uma obra com os conteúdos integrados, na qual estão intimamente relacionados o físico e o humano, o local e o global. Procuramos propor atividades que privilegiam a reflexão, a atualidade das informações e a construção da cidadania. Acreditando que a busca do conhecimento é um processo único e que a Geografia faz parte desse processo, incluímos atividades interdisciplinares em todos os volumes.

Os dois primeiros volumes da coleção abordam os contrastes que marcam o espaço geográfico: naturais, políticos, humanos, tecnológicos, econômicos e supranacionais. Com isso pretendemos mostrar que, mesmo em um mundo globalizado, encontramos inúmeras contradições e desigualdades. O terceiro volume apresenta um retrato do Brasil, país vasto e com paisagens muito variadas.

Agora é com você. Descubra uma nova forma de estudar Geografia e prepare-se para contribuir para a construção de uma sociedade mais tolerante, mais humana e mais solidária.

Os autores




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Capitalismo financeiro ou monopolista

O crescente aumento da produção e a expansão da indústria para outros países, no final do século XIX, desencadearam disputas por novos mercados consumidores e também por fornecedores de matérias-primas entre os países industrializados da Europa. Como nessa época muitas das antigas colônias na América já haviam conseguido sua independência, as potências europeias estenderam seus domínios para outros pontos do globo e partiram em busca de novas colônias na África e na Ásia, dando início à partilha desses dois continentes, período que ficou conhecido como imperialismo, como se pode ver no mapa a seguir.

14

LEGENDA: A partilha imperialista da África reforçou o relacionamento que havia entre metrópoles e colônias no período do capitalismo comercial, consolidando uma Divisão Internacional do Trabalho (DIT), na qual, agora, as metrópoles continuavam recebendo matérias-primas das colônias, mas enviavam para estas produtos industrializados no lugar dos manufaturados do colonialismo.

FONTE: Adaptado de: ALBUQUERQUE, Manoel Maurício de et al. Atlas histórico escolar. 7ª ed. Rio de Janeiro: MEC/Fename, 1979. p. 152. CRÉDITOS: Allmaps/Arquivo da editora

Nesse cenário, a atividade industrial e a economia passaram a ter um crescimento acelerado, e o funcionamento das empresas se tornou mais complexo, o que possibilitou aos bancos assumirem um novo papel. Assim, o capital tornou-se essencial para o funcionamento das empresas. Para atrair recursos, muitas empresas se tornaram Sociedades Anônimas (S.A.) e passaram a emitir ações. Nessas empresas, o capital é dividido em partes, as ações são distribuídas entre os sócios ou vendidas ao público.

Glossário:




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Refletindo sobre o conteúdo

Ícone: Atividade interdisciplinar.

1. Atividade interdisciplinar: Geografia e História. Leia o texto de um historiador, estudioso das obras de Karl Marx.

Enquanto o capitalismo mundial estiver passando por sua maior crise desde o começo da década de 1930, será improvável que Marx saia de cena.

HOBSBAWM, Eric. Como mudar o mundo: Marx e o marxismo. São Paulo: Companhia das Letras, 2011. p. 16.

a) Relacione as ideias de Marx com o que estudamos neste capítulo.

b) Cite duas características da atual crise capitalista.

2. Atividade interdisciplinar: Geografia, História e Sociologia. Leia o texto a seguir e depois faça as atividades.

O desenvolvimento do capitalismo no pós-Segunda Guerra Mundial deve ser entendido como o processo de consolidação dos oligopólios internacionais que deu origem às empresas multinacionais, sejam elas cartéis, trustes ou monopólios industriais e/ou financeiros [...] As multinacionais são, portanto, a expressão mais avançada de um capitalismo que, a partir da crise interimperialista, moldou novas formas de organização interna e de relações de trabalho, que por sua vez permitiram superar as contradições geradas pela disputa de mercados e fontes de matérias-primas entre as empresas nacionais [...]

ROSS, Jurandyr L. Sanches (Org.). Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, 2012. p. 242, 245-246.

a) Cite duas características das empresas multinacionais ou transnacionais.

b) Identifique cinco dessas empresas, o país onde está a sede de cada uma delas e descreva o ramo em que atuam.



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31

capítulo 3. A globalização e a economia-mundo

LEGENDA: A economia-mundo possibilitou a internacionalização do capital. Imagem de 2013.

FONTE: lightwise/123RF/Easypix Brasil

A multipolaridade e o conflito Norte-Sul

Nesse novo contexto, conforme foi visto no capítulo anterior, os Estados Unidos assumiram o papel de grande potência mundial. Entretanto, apesar do indiscutível poderio norte-americano, o Japão e a Alemanha (reunificada e país integrante da União Europeia) já despontavam como novos polos da economia mundial, que se tornou, então, multipolar. E cada um desses polos tinha sua área de influência, como se pode observar neste esquema.

FONTE: Adaptado de: SÁNCHEZ, J. Aróstegui et al. Historia del mundo contemporâneo. Barcelona: Vicens Vives, 2008. p. 317. CRÉDITOS: Banco de imagens/Arquivo da editora

32

No mundo pós-Guerra Fria, o conflito Leste-Oeste foi substituído pelo conflito Norte-Sul, marcado por grandes desigualdades: de um lado, a riqueza, a tecnologia e o alto nível de vida; de outro, a pobreza, a exclusão das inovações tecnológicas e científicas e os baixos níveis de vida. Em resumo: uma nítida fronteira econômica entre países desenvolvidos e ricos e países mais pobres, não desenvolvidos nem industrializados (veja o mapa abaixo).

FONTE: Adaptado de: ATLANTE geografico metodico De Agostini 2014-2015. Novara: Istituto geografico De Agostini, 2014. p. E-56. CRÉDITOS: Allmaps/Arquivo da editora

Nessa nova divisão, própria da década de 1990, podem se reconhecer algumas características do bloco formado pelos países do Sul:

- Com exceção de Estados Unidos, Canadá, Austrália e Nova Zelândia, grande número de ex-colônias asiáticas, africanas, americanas e da Oceania forma o bloco dos países do Sul. Apesar de terem características comuns, esses países apresentam profundas diferenças entre si.

- Alguns países se destacam pelas oportunidades de investimento que representam para as empresas transnacionais. São países não desenvolvidos industrializados ou em fase de industrialização. Apesar das vantagens oferecidas, como o mercado consumidor e os incentivos fiscais, esses países representam grande risco em razão de sua constante instabilidade econômica ou política. São os chamados países emergentes, entre eles, o Brasil.

- Os antigos países socialistas adotaram o sistema capitalista. Apenas Cuba, Laos, Coreia do Norte e Vietnã ainda se declaram socialistas.

Boxe complementar:



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capítulo 4. O mundo no século XXI: economia e geopolítica

LEGENDA: O Brics, grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, desponta como nova força econômica mundial na primeira década do século XXI. Na imagem, representantes do Brics reunidos em Ufa, na Rússia, durante fórum que discutia questões regionais e globais, como o conflito na Síria. Foto de 2015.

FONTE: Ivan Sekretarev/Agência France-Presse

Um mundo em transformação

A primeira década do século XXI (2001-2010) foi marcada por importantes mudanças no sistema de relações econômicas e geopolíticas do mundo globalizado. Embora uma nova ordem mundial não tenha se consolidado, a situação que se verificava na década de 1990 e no conflito Norte-Sul se alterou.

Houve o fortalecimento de outras regiões mundiais, situadas à margem dos países desenvolvidos e do chamado Norte econômico, que passaram a ser conhecidas como países emergentes.

O poder econômico da Tríade (Estados Unidos, União Europeia e Japão) diminuiu e novas potências regionais surgiram, como é o caso da China, da Índia, do Brasil e da Rússia. Com a consolidação das relações entre países emergentes (relações Sul-Sul), essas novas forças econômicas passaram a questionar o domínio dos países desenvolvidos sobre as instituições que regulam as relações políticas e foram criadas logo após a Segunda Guerra Mundial (ONU, FMI, Banco Mundial).

O mercado financeiro, que antes estava muito concentrado na Europa e na América do Norte, se expandiu e se deslocou para o continente asiático, como você pode observar nos mapas a seguir.

41

FONTE: Mapas adaptados de: MONDES émergents. Paris: Le Monde Diplomatique, 2012. p. 16. CRÉDITOS DAS CARTOGRAFIAS: Portal de Mapas/Arquivo da editora

A supremacia dos Estados Unidos passou a ser contestada, ameaçada pelo terrorismo e pelas crises que abalaram a economia do país.

Todas essas mudanças foram influenciadas por dois fatos marcantes que aconteceram no começo do século XXI: os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001, que ocorreram nos Estados Unidos, e seus impactos na geopolítica e na economia do sistema mundial; e a ascensão das economias emergentes, acentuada pelas graves crises que atingiram os países desenvolvidos, principalmente a partir de 2008.

42

Atentados terroristas de 2001: impactos geopolíticos e econômicos

LEGENDA: Memorial 11/9, espaço que relembra os atentados de 11 de setembro de 2001, em Manhattan, Nova York, Estados Unidos. Foto de 2015.

FONTE: Roberto Machado Noa/LightRocket/Getty Images

Do ponto de vista geopolítico, em decorrência dos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001, os Estados Unidos elegeram um novo inimigo: o terrorismo islâmico. Consequentemente, o país definiu políticas que atingiram as relações internacionais, com duas medidas fundamentais:

- a Doutrina Bush: dá ao país "o direito de atacar preventivamente qualquer força que seja entendida como ameaça à sua segurança". Exemplos dessa medida são as invasões do Afeganistão, em 2001, e a invasão do Iraque, em 2003;

- o Ato Patriótico: entre as medidas impostas pela lei, estão a invasão de lares, espionagem de cidadãos, interrogatórios e torturas de possíveis suspeitos de espionagem ou terrorismo, sem direito a defesa ou julgamento. Essas prisões, por vezes de cidadãos inocentes de outros países, causaram incidentes internacionais. Um exemplo disso é o que ocorreu na baía de Guantánamo, em Cuba, onde os Estados Unidos mantêm uma prisão. As condições degradantes a que os prisioneiros eram submetidos foram motivo de indignação internacional e alvo de duras críticas, tanto por parte de governos como de organizações humanitárias internacionais.

Do ponto de vista econômico, os mercados norte-americanos e mundiais foram duramente atingidos pelos ataques terroristas de 2001. A Bolsa de Nova York e a Nasdaq fecharam por alguns dias. Quando os mercados reabriram em 17 de setembro de 2001, o índice Dow Jones caiu 684 pontos, até 8.920, em sua maior queda em um só dia. No fim da semana, o Dow Jones havia perdido 1.369,7 pontos, sua maior queda em uma semana. Além disso, houve a destruição física de prédios e equipamentos de bancos e empresas situadas nesse local.

Outro efeito econômico dos ataques terroristas de 2001 foram os gastos militares que os Estados Unidos e seus aliados, todos países desenvolvidos (Reino Unido, Canadá, Austrália, França, Itália, Espanha e outros), empregaram na invasão do Afeganistão e do Iraque.

A ascensão dos países emergentes

No século XXI, a economia mundial está dividida em países desenvolvidos, países emergentes e grande quantidade de países pobres, agora denominados países menos desenvolvidos pela Conferência das Nações Unidas para Comércio e Desenvolvimento (Unctad). Entretanto, não há consenso entre os especialistas sobre quais países seriam chamados emergentes, pois existe uma vasta gama de países com características muito diversas, mas alguns se enquadram em quase todas, como Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (Brics), além de México, Turquia e Coreia do Sul. Entre outros países classificados como emergentes estão Tailândia, Vietnã, Nigéria e Taiwan.

O conceito de país emergente está relacionado com o tamanho e o crescimento da economia. Por isso não pode ser confundido com o conceito de subdesenvolvimento, que é socioeconômico - uma situação muito mais complexa, que será discutida no Capítulo 7.

A nova ordenação econômica, portanto, é baseada no tamanho dos mercados, e não nas diferenças sociais e econômicas que se expressam na qualidade de vida das populações, como o conflito Norte-Sul.

43

FONTE: Mapa elaborado com informações de: ATLANTE geografico De Agostini 2015. Novara: Instituto geográfico De Agostini, 2015;

BEYOND The Brics: a Look at the Next 11. Disponível em: www.goldmansachs.com/our-thinking/archive/archive-pdfs/brics-book/ brics-chap-13.pdf; DREAMING With Brics: The Path to 2050. Disponível em: www.goldmansachs.com/our-thinking/archive/ archive-pdfs/brics-dream.pdf. Acesso em: 25 jan. 2016. Mapa sem data na fonte original. CRÉDITOS: Portal de Mapas/Arquivo da editora

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6. (FGV-SP) Leia os textos:

I. Não existe um espaço global, mas, apenas, espaços da globalização... O mundo, porém, é um conjunto de possibilidades, cuja efetivação depende das oportunidades oferecidas pelos lugares. Esse dado é, hoje, fundamental, já que o imperativo da competitividade exige que os lugares da ação sejam global e previamente escolhidos entre aqueles capazes de atribuir a uma dada produção uma produtividade maior. Nesse sentido, o exercício desta ou daquela ação passa a depender da existência, neste ou naquele lugar, das condições locais que garantam eficácia aos respectivos processos.

SANTOS, Milton, trecho de A natureza do espaço.

II. O futebol sintetiza muito bem a dialética entre identidade nacional, globalização e xenofobia dos dias de hoje. Os clubes transformaram-se em entidades transnacionais, empreendimentos globais. Mas, paradoxalmente, o que faz o futebol popular ainda é, antes de tudo, a fidelidade local de um grupo de torcedores para com uma equipe. E o que faz dos campeonatos mundiais algo interessante é o fato de que podemos ver países em competição. Por isso acho que o futebol carrega o conflito essencial da globalização.

HOBSBAWM, Eric, entrevista à Folha de S.Paulo, 30 set. 2007.

A análise dos dois textos permite concluir que:

a) os enfoques são semelhantes, porém o texto II critica a globalização, ao contrário do texto I.

b) o texto I fala da exclusão encadeada pela globalização, enquanto o texto II comenta a oportunidade oferecida pelo atual estágio do capitalismo.

c) embora o tema central seja o mesmo nos dois textos, Santos caracteriza o espaço econômico, e Hobsbawm, o espaço cultural.

d) a globalização é a partida dos dois textos e, mesmo exemplificando temas diferentes, a crítica é muito semelhante.

e) Santos e Hobsbawm criticam veementemente a globalização, mas são flexíveis às oportunidades dos países mais pobres.



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Países

IDH

1º. Noruega
0,944
2º. Austrália 0,935
3º. Suíça 0,930
4º. Dinamarca 0,923
5º. Países Baixos 0,922
6º. Alemanha 0,916

7º. Irlanda
0,916
8º. Estados Unidos 0,915
9º. Canadá 0,913
10º. Nova Zelândia 0,913

* Dados de 2014.

Tabela: equivalente textual a seguir.



Mais baixos IDHs - 2015*

Países

IDH
188º. Níger 0,348
187º. República Centro-Africana 0,350
186º. Eritreia 0,391
185º. Chade 0,392
184º. Burundi 0,400
183º. Burkina Fasso 0,402
182º. Guiné 0,411

181º. Serra Leoa
0,413
180º. Moçambique 0,416
179º. Mali 0,419

* Dados de 2014.

FONTE DAS TABELAS: ONU. Pnud. Relatório do Desenvolvimento Humano 2015. Disponível em: www.pnud.org/content/dam/undp/library/corporate/HDR/HDR%202015/HumanDevelopmentReport_EN.pdf. Acesso em: 20 jan. 2016.

Índice de Desenvolvimento Humano ajustado à Desigualdade - IDH-D

Esse índice utiliza os mesmos indicadores usados para medir o IDH: saúde, educação e renda. A diferença é que, nesse caso, considera-se o grau de desigualdade desses indicadores na sociedade para caracterizar melhor a situação de desenvolvimento humano do país ou da região. Quanto mais desigual for o país, maior é a diferença entre o IDH e o IDH-D.

62

Veja nas tabelas a seguir os países com menor e com maior variação do IDH-D.

Tabela: equivalente textual a seguir.


IDH-D: menores perdas em relação ao IDH - 2015*

Países

IDH

IDH-D

Perda global (%)
Noruega 0,944 0,893 5,4
República Tcheca 0,870 0,823 5,4
Finlândia 0,883 0834 5,5
Eslovênia 0,861 0,782 5,9
Islândia 0,894 0,846 5,9

* Dados de 2014.

Tabela: equivalente textual a seguir.



IDH-D: maiores perdas em relação ao IDH - 2015*

Países

IDH

IDH-D

Perda global (%)
Comores 0,503 0,268 43,7
Namíbia 0,628 0,359 43,6
Guiné-Bissau 0,420 -0,240 39,4
Haiti 0,483 0,216 38,8
Costa do Marfim 0,462 0,287 38

* Dados de 2014.

FONTE DAS TABELAS: ONU. Pnud. Relatório do Desenvolvimento Humano 2015. Disponível em: www.pnud.org/content/dam/undp/library/corporate/HDR/HDR%202015/HumanDevelopmentReport_EN.pdf. Acesso em: 25 jan. 2016.

Agora, veja a posição do Brasil de acordo com esses indicadores.

Tabela: equivalente textual a seguir.


Brasil

IDH

Ranking

IDH-D

Perda global (%)
0,755 75º 0,557 26,3

FONTE: ONU. Pnud. Relatório do Desenvolvimento Humano 2015. Disponível em: www.pnud.org/content/dam/undp/library/corporate/HDR/HDR%202015/HumanDevelopmentReport_EN.pdf. Acesso em: 25 jan. 2016.

Pobreza e fome

A fome é uma das principais consequências da extrema pobreza, e envolve também questões relacionadas à insegurança alimentar e à saúde. A fome e a desnutrição são consideradas o principal risco para a saúde. Mais do que a Aids, a tuberculose e a malária juntas. Erradicar a fome é tão importante que esse é o primeiro objetivo da Declaração do Milênio, elaborada pela ONU.

Glossário:

Insegurança alimentar: é a carência e a dificuldade de acesso de pessoas aos alimentos.

Fim do glossário.

LEGENDA: Criança em severo estado de desnutrição é atendida pelos Médicos Sem Fronteiras, em Leer, estado de Unity, no Sudão do Sul. Foto de 2014.

FONTE: REUTERS/Andreea Campeanu

O WFP, sigla em inglês do Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas, define fome como a falta de alimentos no estômago e especifica que ela pode se manifestar de três maneiras distintas.

- Subnutrição: termo usado para descrever a situação das pessoas cuja ingestão de energia alimentar não é suficiente para levar uma vida ativa.

- Desnutrição: caracteriza-se pela falta de ingestão de proteínas, calorias e nutrientes, o que facilita a ocorrência de várias doenças. É avaliada por medidas antropométricas, como o peso e a altura, de acordo com a idade.

- Emaciação: caracteriza-se por perda substancial de peso e reflete desnutrição aguda.

Segundo a Food and Agriculture Organization (FAO), em 2015 havia cerca de 795 milhões de pessoas vivendo em condições de insegurança alimentar no mundo, apesar de não haver escassez de alimentos. A maior parte dessas pessoas vive em países não desenvolvidos, como se pode constatar no mapa da página seguinte, elaborado com dados do Programa Mundial da Fome.

Entre as principais causas da fome, além da pobreza, estão o preço dos alimentos, os desastres naturais, as guerras, os conflitos e uma deficiente estrutura agrícola.

O preço dos alimentos é responsável por graves crises alimentares mundiais, como as do período de 2007 a 2008 e de 2010 a 2011.

63

FONTE: Adaptado de: WORLD FOOD PROGRAM. Disponível em: www.wfp.org/content/hunger-map-2015. Acesso em: 22 jan. 2016. CRÉDITOS: Banco de imagens/Arquivo da editora

Boxe complementar:




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70

Diálogos

Atividade interdisciplinar: Sociologia, História e Língua Portuguesa.

Racismo - África do Sul e Brasil

LEGENDA: Brancos e negros em gesto que simboliza a amizade inter-racial.

FONTE: Africa Studio/Shutterstock

A África do Sul e o apartheid

A África do Sul teve, durante muitos anos (1948-1994), o racismo regulamentado por lei. Era a época do apartheid: severo regime de segregação racial que provocou a indignação do mundo contra o país, que chegou a sofrer sanções da ONU.

Esse regime de ódio e discriminação criado pela elite branca sul-africana para manter o status quo e subjugar a maioria negra tornou-se oficial em junho de 1948, embora a discriminação tenha começado bem antes. Remonta à chegada dos holandeses e franceses ao território, no século XVII, e ao domínio inglês, no século XIX. Mas a forma de segregação que se iniciou em 1948 chocou o mundo e lançou no isolamento a África do Sul, o país mais rico do continente.

Os principais pontos das leis do apartheid eram:

- Brancos e negros não podiam frequentar os mesmos lugares públicos, como escolas, lojas, hospitais, banheiros, etc.

- Os brancos, que constituíam uma pequena parte da população (cerca de 14%), tinham direitos reservados sobre a maior parte do país (mais ou menos 87%).

- Os dois grupos - brancos e negros - deviam viver separados.

- Os negros deveriam ser segregados em territórios especiais chamados bantustões. Eram dez bantustões, divididos conforme a etnia.

- Ao nascer, todos os sul-africanos eram classificados como brancos, negros, asiáticos ou mestiços.

Essa política começou a a ser questionada a partir da década de 1980, após muitos confrontos com a população negra, pressões internacionais e impulsionada pelas mudanças que o país sofria na transição para a industrialização.

LEGENDA: Soweto é uma cidade próxima a Johannesburgo, criada a partir da junção de vários bairros negros. Em 1976, quando era um subúrbio da grande cidade, foi palco de um sangrento choque entre a polícia e os estudantes negros, que ficou conhecido como Massacre de Soweto. Foto de 2015.

FONTE: Cedric Weber/Shutterstock

71

O maior opositor ao regime do apartheid e mais importante líder negro da África do Sul foi Nelson Mandela (1918-2013), que passou 27 anos (1963-1990) preso por suas convicções políticas contrárias ao apartheid.

O regime teve fim em 1994 e Nelson Mandela foi eleito presidente pelo partido Congresso Nacional Africano (CNA).

Passados mais de vinte anos do fim dessa política, os negros sul-africanos ainda enfrentam dificuldades na sua integração total à sociedade.

Brasil: o racismo e o Estatuto da Igualdade Racial

Como em outras sociedades, no Brasil também existe racismo, preconceito e intolerância. Mas a situação das minorias discriminadas (negros, índios, estrangeiros, brasileiros que moram fora de sua região de origem, homossexuais, deficientes físicos, etc.) tem se modificado, graças a leis mais rigorosas, às chamadas ações afirmativas e às campanhas educativas voltadas à população.

Pela Constituição de 1988, racismo é crime inafiançável e que não prescreve, sujeito à pena de prisão. Mas a luta dos negros pela igualdade vem de longe, através da militância de organizações que receberam o nome geral de Movimento Negro (MN). A participação de uma nova geração orgulhosa de sua origem e de seus caracteres físicos tem sido importante para realizar muitas conquistas. A Consciência Negra dessa nova gera ção foi a grande responsável pelas conquistas de sua etnia. Em 2014, segundo o IBGE, 53,6% das pessoas se declaravam de cor ou raça preta ou parda e aquelas que se assumiam como brancas foi 45,5%. Uma grande mudança em relação aos resultados de 2004, quando 51,2% se declaravam brancos e a presença de pretos ou pardos era de 48,2%.

Os negros passaram a ocupar cargos públicos importantes, como ministro do Supremo Tribunal Federal, deputados e ministros de Estado.

O resultado mais expressivo da luta contra o preconceito e a discriminação de cor foi a criação, em 2003, da Secretaria Especial da Promoção da Igualdade Racial, que visa acabar com as desigualdades entre etnias, com ênfase nos problemas da população negra. O Estatuto da Igualdade Racial, de julho de 2010, diz em seu Art. 1º: "Esta Lei institui o Estatuto da Igualdade Racial, destinado a garantir à população negra a efetivação da igualdade de oportunidades, a defesa dos direitos étnicos individuais, coletivos e difusos e o combate à discriminação e às demais formas de intolerância étnica". Mesmo antes dessa redação final, no Estatuto já eram propostas as denominadas "ações afirmativas", que visam compensar ou reparar os efeitos de anos de discriminação e oportunidades desiguais, principalmente entre brancos e negros. Um ponto polêmico e objeto de muitas discussões é a questão da reserva de cotas nas universidades públicas e privadas para negros ou indígenas. Entretanto, em 2012, o Supremo Tribunal Federal decidiu que o sistema de cotas é constitucional e, portanto, perfeitamente legal.

LEGENDA: Marcha das Mulheres Negras, em comemoração ao dia da Consciência Negra, em Brasília (DF). Foto de 2015.

FONTE: Ubirajara Machado/Fotobrasilis




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81

capítulo 8. África subsaariana e América Latina

LEGENDA: Johannesburgo, na África do Sul. Foto de 2015.

FONTE: Felix Lipov/Shutterstock

LEGENDA: Trabalhadores no campo, em Alaga, na Etiópia. Foto de 2015.

FONTE: Thomas Imo/Photothek/Getty Images

LEGENDA: Buenos Aires, na Argentina. Foto de 2015.

FONTE: Franck Fife/Agência France-Presse

LEGENDA: Trabalhador em plantação em Florida, na Colômbia. Foto de 2015.

FONTE: Mariana Greif Etchebehere/Bloomberg/Getty Images

LEGENDA DAS IMAGENS: África subsaariana e América Latina são regiões não desenvolvidas que apresentam grandes contrastes em razão das desigualdades sociais, econômicas e regionais, como podemos ver nestas fotografias.




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Religião animista: fundamentada na divinização das forças da natureza. Antropologicamente, o termo é pouco usado atualmente.

Fim do glossário.

FONTE: Adaptado de: CIA. The World Factbook. Disponível em: www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/. Acesso em: 31 jan. 2016. CRÉDITOS: Arte Ação/Arquivo da editora

- Desigual distribuição da população, por causa dos grandes espaços ocupados por florestas pluviais e desertos. As áreas de concentração populacional localizam-se próximo ao golfo da Guiné, no litoral Atlântico, ao redor do lago Vitória e em alguns pontos do litoral Índico.

- Predomínio da população rural sobre a população urbana, segundo o documento World Development Indicators de 2014, publicado pelo Banco Mundial, a população rural diminuiu de 72% (1990) para 63% (2012) nessa região. A principal causa dessa diminuição foi o êxodo rural, que causou o surgimento de favelas na periferia das grandes cidades. O mesmo documento mostra que os países com maior porcentagem de população rural são Burundi (89%), Uganda (84%) e Níger (82%). Os países com as maiores taxas de população urbana são Gabão (86%), República do Congo (64%) e África do Sul (62%).

- Condições de vida e indicadores pouco satisfatórios. Veja na tabela abaixo a situação da África subsaariana em comparação com outras regiões do mundo.

Tabela: equivalente textual a seguir.

Regiões não desenvolvidas do mundo: indicadores selecionados - 2015




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99

6. (UFMG) Recentemente, aspectos de ordem política e humano-econômica da América Latina têm contribuído para modificar a participação desse subcontinente no cenário mundial. Considerando-se esses aspectos, é incorreto afirmar que o subcontinente latino-americano:

a) é um dos grandes exportadores mundiais de combustíveis fósseis e oferece outras possibilidades energéticas em diversidade e volume que permitem sua utilização em outras partes do mundo.

b) exerce grande poder de atração sobre empresas multinacionais, por abrigar considerável mercado potencial, formado por população numerosa e, ainda, com grande parte de suas necessidades não atendidas.

c) registra, hoje, graças ao emprego de tecnologias nele geradas, ritmo de desenvolvimento industrial que supera aquele verificado em outras regiões do mundo, que também abrigam países em desenvolvimento.

d) tem gerado dúvidas sobre a segurança dos investimentos externos na região, devido às recentes nacionalizações de unidades industriais estrangeiras localizadas em alguns dos países que o constituem.

7. (UFMS) De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o conceito de Desenvolvimento Humano é a base do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) que, de acordo com Amartya Sen (Nobel de Economia em 1998), pretende ser uma medida sintética do desenvolvimento humano, mas não indica "o melhor lugar do mundo pra se viver". O IDH pressupõe que o desenvolvimento de uma população não deve ser visto apenas pela dimensão econômica. Assim, no cálculo do IDH, três são as dimensões consideradas: educação, longevidade e renda.

Em qual das alternativas a seguir há APENAS indicadores usados no cálculo do IDH de um país?

a) Proporção da população atendida com água encanada e esgoto, esperança de vida ao nascer, produção industrial e PIB per capita.

b) Taxa de alfabetização de pessoas acima de 15 anos, esperança de vida ao nascer, crescimento vegetativo e pobreza por insuficiência de renda.

c) Proporção da população com acesso à água potável, taxa bruta de frequência à escola, renda per capita e taxa de alfabetização.

d) Taxa de matrícula escolar, PIB per capita, esperança de vida ao nascer e taxa de alfabetização.

e) Produção industrial, número de estabelecimentos escolares, taxa bruta de frequência à escola e taxa de mortalidade infantil.

8. (UFPI) Os países são classificados em desenvolvidos e em subdesenvolvidos a partir da utilização de seus "indicadores sociais e econômicos", publicados por instituições internacionais.

Sobre essa questão, dê a sequência correta das afirmações, classificando-as como falsas ou verdadeiras:

1) São indicadores sociais e econômicos: a renda per capita, a expectativa de vida ao nascer, a taxa de mortalidade infantil e o índice de analfabetismo.

2) O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é um indicador que mede o progresso dos países em termos de qualidade de vida de sua população.

3) Países subdesenvolvidos e industrializados, como o Brasil, México e África do Sul, apresentam renda média que, se fosse melhor distribuída, elevaria os indicadores sociais da população.

4) Em qualquer país do mundo, a riqueza não é distribuída de maneira igual entre todos os habitantes, havendo ricos e pobres. Nos países desenvolvidos, ao contrário daqueles subdesenvolvidos, o número de pobres é pequeno e a maioria da população tem um padrão de vida médio.

9. (Fatec-SP) Entre os graves problemas sociais apresentados pelo continente africano, destaca(m)-se, principalmente:

a) o drama dos refugiados e de pessoas que se deslocam no interior de seus países, tanto por motivos políticos quanto ambientais.

b) a fome, em consequência de todos os seus países serem pobres, subdesenvolvidos e apresentarem na classificação do IDH o índice BAIXO (menor que 0,49).

c) a dominação exercida pelos povos orientais e norte-americanos, desde o século XV, com o processo de expansão do capitalismo concorrencial.

d) as doenças tropicais, como a malária, causadora de epidemias e mortes, sobretudo na África do Norte.

e) a alta taxa de mortalidade infantil nos países localizados no extremo Sul, que também apresentam as maiores densidades demográficas.

10. (UFPE) A esperança de vida ao nascer, o Produto Interno Bruto e o nível de instrução da população são três indicadores socioeconômicos utilizados para o cálculo:

a) do Índice de Globalização.

b) do Crescimento Vegetativo Populacional.




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Países

Produção (em milhões de toneladas)
Brasil 768.090.444
Índia 341.200.000
China 128.200.912
Tabela: equivalente textual a seguir.
Trigo: maiores produtores - 2013

Países

Produção (em milhões de toneladas)
China 121.926.400
Índia 93.510.000

Estados Unidos
57.966.656
Tabela: equivalente textual a seguir.
Arroz: maiores produtores - 2013

Países

Produção (em milhões de toneladas)
China 203.612.192
Índia 159.200.000
Indonésia 71.279.712
Tabela: equivalente textual a seguir.
Soja: maiores produtores - 2013

Países

Produção (em milhões de toneladas)
Estados Unidos 91.389.350
Brasil 81.724.477
Argentina 49.306.201
Tabela: equivalente textual a seguir.
Laranja: maiores produtores - 2013

Países

Produção (em milhões de toneladas)
Brasil 17.549.536
Estados Unidos 7.574.094
China 7.304.840

FONTE: Tabelas elaboradas com base nos dados de: FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION OF THE UNITED NATIONS (FAOSTAT). Food and Agriculture Data. Disponível em: http://faostat3.fao.org/browse/rankings/countries_by_commodity/E. Acesso em: 10 fev. 2016.

111

Assim como a agricultura, a pecuária também fornece alimentos (leite, carne, ovos) e matérias-primas (lã e peles) para a indústria. Os principais rebanhos do mundo são constituídos de gado bovino, suíno e ovino.

A pecuária mundial se apresenta de diferentes formas, que refletem o nível tecnológico dos países, os tipos de clima a que eles estão sujeitos, os mercados consumidores, entre outros aspectos.

A pecuária moderna (utilização de tratores, aplicação de fertilizantes, confinamento de gado, acompanhamento de agrônomos e zootécnicos, realização de pesquisas, manipulação genética e uso da biotecnologia) predomina nos países desenvolvidos - nordeste dos Estados Unidos, Europa ocidental, Austrália, Nova Zelândia - e em algumas áreas de países de industrialização tardia, como o centro-sul do Brasil. Nessas áreas, cada vez mais as transnacionais incorporam a pecuária ao espaço das chamadas empresas agrícolas.

Em outras regiões do mundo, como a América Latina, a Ásia e a África, a pecuária não dispõe de todos esses avanços tecnológicos. O gado geralmente é criado solto nos pastos, sem maiores cuidados.

Tabela: equivalente textual a seguir.


Bovinos: maiores criadores - 2013


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industrialização tardia: processo de industrialização de alguns países, realizado depois da Segunda Guerra Mundial.

Fim do glossário.

Existem dois casos bem peculiares: a China e a Índia são países de industrialização tardia, com grande número de pessoas que vivem na zona rural. As porcentagens dos gráficos acima são muito significativas, já que ambos são países com grandes populações e com expressiva participação da agricultura na composição do PIB, principalmente na Índia.

Mas o que distingue a agropecuária dos países industrializados é o acesso a modernas técnicas de cultivos, que procuram amenizar a dependência desse setor em relação aos fatores naturais, como o clima, o tempo meteorológico, os tipos de solo, o relevo e as condições de acesso à água.

Em parte, o grau de dependência da agropecuária em relação a esses fatores está atrelado à disponibilidade de sofisticados métodos de cultivo. O progresso e a descoberta de técnicas modernas criou condições para que áreas inóspitas pudessem ser aproveitadas, como as regiões desérticas em Israel e na Califórnia (Estados Unidos), que apresentam excelentes resultados nesse setor. Entretanto, em muitos lugares do mundo, a agropecuária é praticada com poucos recursos e de forma tradicional, como veremos mais adiante.

FONTE: Gráficos elaborados com base em: THE WORLD BANK. World Development Indicators 2015. Disponível em: http://wdi.worldbank.org/table/2.3; http://wdiworldbank.org/table/4.2. Acesso em: 10 fev. 2016. CRÉDITOS: Arte Ação/Arquivo da editora

Agrossistemas ou sistemas agrários

Agrossistema ou sistema agrário é o tipo ou o modo de produção agropecuária que leva em consideração vários critérios para a organização do espaço agrário, embora todos eles estejam associados a três fatores básicos. Veja o quadro a seguir.

Quadro: equivalente textual a seguir.




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113

capítulo 10. Os recursos minerais e as fontes de energia

LEGENDA: Vista aérea de garimpo de ouro no município de Poconé (MT), em 2015.

FONTE: Mario Friedlander/Pulsar Imagens

Recursos minerais

As rochas que compõem a crosta terrestre são formadas por minerais. Os minerais, por sua vez, são constituídos por elementos químicos.

Quando os minerais são compostos de elementos químicos que têm valor econômico, são chamados minérios. E os minérios que possuem metal em sua composição são chamados minérios metálicos, como os minérios de ferro, alumínio, manganês, entre outros. Os minérios que não possuem metal são chamados minérios não metálicos, como o calcário e o sal de cozinha.

Dizemos que os minérios possuem valor econômico quando são utilizados em atividades econômicas, têm valor de mercado e são de fácil extração.

Os minerais são importantes matérias-primas usadas principalmente pela indústria siderúrgica, indústria da construção ou metalurgia em geral. Também são empregados na área de saúde, nos tratamentos de câncer e de reposição de sais minerais.

Os recursos minerais, assim como os produtos agrícolas, são chamados commodities no mercado mundial, sendo a London Metal Exchange (LME), no Reino Unido, o principal centro de negócios de minerais.

114

Por causa das diferenças de estrutura geológica que existem na crosta terrestre, esses recursos estão desigualmente distribuídos pelo mundo. Os minérios são encontrados em escudos cristalinos ou crátons, que são as formações mais antigas da crosta terrestre, datadas do Pré-Cambriano. Os escudos mais antigos, do Éon Arqueano, são ricos em minérios não metálicos, como a ardósia. Nos terrenos do Éon Proterozoico, são encontrados minérios metálicos, como o ferro, o manganês, o ouro, a prata, entre outros. Os principais escudos cristalinos são o canadense, o guianense, o brasileiro, o australiano ocidental, o africano, o báltico (Escandinávia), o do Decã (Índia) e os de Angara e Kolima (Rússia).

Glossário:

Pré-Cambriano: divisão temporal que se estende desde a formação da Terra até o início da era Paleozoica (mais ou menos 570 milhões de anos). Recebe esse nome porque ocorreu antes da primeira divisão da era Paleozoica, denominada Cambriano.




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Page 17

Países

Cabeças
Brasil 189.000.000
Índia 211.764.292
China 113.644.709
Tabela: equivalente textual a seguir.
Suínos: maiores criadores - 2013

Países

Cabeças
China 428.348.000

Estados Unidos
69.777.500
Brasil 36.743.593
Tabela: equivalente textual a seguir.
Ovinos: maiores criadores - 2013

Países

Cabeças
China 175.000.240
Austrália 75.547.846
Índia 63.500.000

FONTE: Tabelas elaboradas com base nos dados de: FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION OF THE UNITED NATIONS (FAOSTAT). Food and Agriculture Data. Disponível em: http://faostat3.fao.org/browse/Q/QA/S. Acesso em: 10 fev. 2016.

O comércio mundial dos produtos agrícolas

É no comércio dos produtos agrícolas no exterior que os paí ses desenvolvidos levam vantagem sobre os países emergentes e os não desenvolvidos.

A competição não envolve apenas a capacidade técnica e científica. Os mais ricos, reunidos em blocos econômicos, têm como grande arma o protecionismo de seus setores agrícolas (subsídios, dificuldades para as importações e facilidades para as exportações) e, assim, aumentam seu poder de competição no mercado internacional. A política desses países sempre privilegiou a agricultura, enquanto no interior dos blocos econômicos o discurso é o da "livre circulação de mercadorias". Essa política aumenta mais ainda a desigualdade econômica entre os países do Norte e do Sul. Sem falar nos preços mais baixos, no mercado mundial, das principais commodities (geralmente produzidas em países não desenvolvidos).

Na União Europeia, essa prática é chamada de Política Agrícola Comum (PAC) e tem como objetivos dar preferência de compra aos produtos europeus, fixar uma tarifa comum para as exportações destinadas a países fora do bloco, adotar a unificação do mercado agrícola europeu e estabelecer um preço único por produtor.

Nos Estados Unidos, a Lei Agrícola (Farm Bill), de 2002, apoia os produtos rurais para sustentar a renda da agropecuária. Os países não desenvolvidos (da Ásia, América Latina e África) não têm como enfrentar esse protecionismo ou imitá-lo com os mesmos subsídios, por falta de recursos. Por isso, é preciso que os órgãos que regulamentam o comércio internacional tentem reverter urgentemente essa situação para dar oportunidades iguais a todos no mercado externo.

LEGENDA: Sede da Organização Mundial do Comércio (OMC), em Genebra, na Suíça, em 2014. Criada em 1º de janeiro de 1995, a OMC tem como principais objetivos mediar e resolver conflitos comerciais entre os países-membros.

FONTE: David Ridley/Alamy/Fotoarena



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  • Estrutura fundiária

O trabalho
É o fator que define se o sistema agrícola é atrasado ou moderno, intensivo ou extensivo. É o local de fixação das sementes e define o tamanho das propriedades. Utiliza grande ou pequena quantidade de mão de obra, qualificada ou não qualificada, familiar ou contratada.

107

Os principais critérios utilizados para definir os agrossistemas são a densidade da produção no espaço, a estrutura fundiária, a finalidade da produção, as relações de trabalho e as técnicas utilizadas.

Glossário:

Estrutura fundiária: maneira como as propriedades agrárias são distribuídas.

Fim do glossário.

A agropecuária extensiva se caracteriza pela pequena concentração de atividades nas propriedades e menor produtividade por hectare. A agropecuária intensiva aproveita ao máximo o espaço físico, com atividades concentradas e altos rendimentos por hectare. Embora não seja regra geral, o sistema intensivo utiliza mais frequentemente propriedades menores, e o sistema extensivo, propriedades maiores.

De acordo com o tamanho ou a estrutura fundiária, as propriedades podem ser classificadas em latifúndios (grandes propriedades), médias propriedades e minifúndios (pequenas propriedades). No Brasil, onde o problema da posse da terra é delicado, os latifúndios são considerados segundo dois critérios: o latifúndio por extensão, que leva em conta o tamanho das propriedades; e os latifúndios por exploração, que embora não sejam propriedades muito extensas são mantidas improdutivas para fins de especulação imobiliária.

LEGENDA: Agricultores trabalhando com máquina em plantação, no município de Porto Nacional (TO). Foto de 2015.

FONTE: Mauricio Simonetti/Pulsar Imagens

Quando a produção agropecuária é destinada aos mercados interno ou externo e utiliza mão de obra contratada (fixa ou temporária), recebe o nome de agropecuária comercial ou patronal. Se a produção é destinada ao mercado e quem trabalha na propriedade é o núcleo familiar, é denominada agricultura familiar. Caso a produção atenda apenas às necessidades de consumo do agricultor e de sua família, é chamada agricultura de subsistência.

Quanto às técnicas empregadas, os sistemas agrários podem ser classificados em tradicionais (itinerante, jardinagem e plantation), modernos (agricultura de precisão ou moderna) e de técnicas alternativas (agricultura orgânica e hidroponia).

Agricultura itinerante

Esse tipo de agricultura é praticado geralmente em pequenas e médias propriedades (ou em parcelas de latifúndios), por famílias ou comunidades com poucos recursos e que não têm capital para melhorar sua produção. Conta com mão de obra familiar, às vezes numerosa e sem qualificação, e utiliza técnicas rudimentares, como o uso de enxadas e a realização de queimadas. Essas práticas, aliadas à falta de recursos, provoca muitas vezes o desgaste dos solos, obrigando a família a se mudar para novas áreas. O termo itinerante deriva dessas mudanças frequentes geradas pelo esgotamento do solo. Atualmente a agricultura itinerante é praticada principalmente em áreas da América Latina, da África e do Sul e Sudeste Asiático.

LEGENDA: Agricultor trabalhando em plantação de hortaliças, no município de Santa Maria (RS). Foto de 2015.

FONTE: Gerson Gerloff/Pulsar Imagens

108

Agricultura de jardinagem

É praticada na Ásia, principalmente no Japão, na Indonésia e na Tailândia, onde o arroz é cultivado em planícies inundáveis e até em áreas montanhosas em que se constroem terraços. As principais características da jardinagem são a escassez de espaço para o plantio, a utilização de numerosa mão de obra manual, a pequena propriedade agrícola, a elevada produtividade, o uso de adubos e a irrigação. Embora a agricultura de jardinagem seja uma área policultora, nesse tipo de cultivo predominam os grandes arrozais. Entre os maiores produtores mundiais de arroz estão os países que praticam esse tipo de agricultura.

LEGENDA: Agricultura de jardinagem realizada em terraços no distrito rural de Mu Cang Chai, em Yen Bai, no Vietnã. Foto de 2015.

FONTE: naihei/Shutterstock

Plantation

É o sistema agrícola típico dos países não desenvolvidos, utilizado amplamente durante a colonização europeia na África, na América e na Ásia. As características atuais da plantation são o latifúndio (grande extensão rural), a monocultura (cultivo de um só produto) e a mão de obra barata e não qualificada, tendo como objetivo a exportação. No Caribe continental, extensas áreas agrícolas de países pobres pertencem a grandes grupos transnacionais. A plantation ocupa áreas do Brasil, da Colômbia, da América Central continental e insular, da África e da Ásia.

Agricultura moderna ou de precisão

É a agricultura típica de países desenvolvidos, como os Estados Unidos e os países da Europa ocidental. Também é praticada no Canadá, no Japão, na Austrália, na Nova Zelândia e em países emergentes, como a Rússia, o Brasil e a Argentina. Caracteriza-se pelo uso de sementes selecionadas, pequena mão de obra, uso intensivo de máquinas, técnicas modernas e caráter empresarial.

A agricultura dos Estados Unidos, a mais desenvolvida do mundo, organiza sua produção em grandes faixas ou cinturões agrícolas (belts) especializados no cultivo de determinados produtos (trigo, milho, algodão e produtos subtropicais), como veremos no Capítulo 13. Grandes propriedades, mão de obra familiar e alta mecanização caracterizam os cinturões agrícolas norte-americanos.

O agronegócio ou agrobusiness é uma característica da agricultura moderna, que recebe investimentos intensivos de capitais e tecnologia. Compreende todas as operações de produção agrícola: o preparo da terra, a colheita, o armazenamento e a distribuição desses produtos e seus derivados.

Agricultura de precisão, que utiliza sistemas de sensoriamento remoto, centro de pesquisas em biotecnologia e tecnologia da informação são expressões muito usadas na agricultura moderna.

Com a agricultura de precisão é possível ma pear a área plantada e determinar onde é preciso corrigir o solo. Essa técnica é realizada com o uso de sensores conectados a satélites e tratores equipados com GPS, sistema que envia e recebe sinais dos satélites, o que permite fazer um levantamento da situação da lavoura.

A existência de uma boa rede de telecomunicações é fundamental para a tecnologia da informação. Um polo de informática produz softwares para uso dos agricultores. Esses métodos modernos de processamento de produção, armazenamento e distribuição de produtos são essenciais para o agrobusiness.

Glossário:



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Éon: mais longa subdivisão na escala do tempo geológico.

Arqueano: Éon do Pré-Cambriano, que se estende de 3,85 bilhões de anos até 2,5 bilhões de anos atrás.

Proterozoico: Éon mais recente do Pré-Cambriano e se estende de 2,5 bilhões de anos a 570 bilhões de anos atrás.

Fim do glossário.

Por esse motivo, nem sempre os países industrializados, que são os maiores consumidores de minérios, dispõem dessas riquezas em seus territórios. É o caso do Japão e dos Novos Países Industrializados da Ásia (Tigres Asiáticos), como Cingapura, Hong Kong e Taiwan.

Os recursos minerais, na maioria das vezes, são encontrados em países não desenvolvidos, onde a mão de obra barata torna os custos da exploração de minérios mais baixos. Os Estados Unidos, o Canadá, a Austrália e os países emergentes, como a China, o Brasil e a Rússia, e também o continente africano, foram favorecidos pela natureza nesse aspecto. Veja o mapa a seguir.

FONTE: Adaptado de: ATLANTE geografico De Agostini 2015. Novara: Istituto Geografico De Agostini, 2015. p. 74. CRÉDITOS: Allmaps/Arquivo da editora

A extração e o beneficiamento de produtos minerais são atividades que demandam grandes investimentos. Por esse motivo, muitos países criam empresas estatais para esse tipo de atividade. Existem também empresas transnacionais que operam nesse setor. A Vale (antiga Companhia Vale do Rio Doce), empresa da qual o Brasil detém a maior parte do capital, é um exemplo dessas companhias.

Nos últimos anos, muitas dessas empresas se uniram - como a anglo-suíça Xstrata e a suíça Glenore, atuante também no setor de alimentos, que realizaram uma grande fusão em 2012. Por esse motivo há uma grande concentração no setor. Os principais países que atuam na exploração mineral são o Reino Unido, a Austrália, o Brasil, o Canadá, os Estados Unidos, a China, a África do Sul e a Índia.

Veja, na tabela na página seguinte, as cinco principais empresas mineradoras em faturamento no ano de 2015.

115

Tabela: equivalente textual a seguir.


Maiores companhias mineradoras, por faturamento - 2015




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112

Boxe complementar:

Relacionando os assuntos

Ícone: Não escreva no livro.

O G-20 comercial e a Rodada Doha

Em 2001, representantes da Organização Mundial do Co mércio (OMC) decidiram, em reunião realizada na cidade de Doha (Catar), lançar uma nova rodada de negociações para a liberalização do comércio mundial. Em pauta estava o fim dos subsídios agrícolas praticados pelos países desenvolvidos, pois os países emergentes e menos desenvolvidos, que são os maiores fornecedores de produtos agropecuários, se sentem prejudicados porque não podem competir em igualdade de condições com os agricultores subsidiados.

Glossário:

Subsídio: apoio financeiro concedido a alguma atividade para estimular seu desempenho.

Fim do glossário.

A nova rodada de negociações, chamada "Agenda de Doha" para o Desenvolvimento, também conhecida como Rodada Doha, tinha previsão para terminar em 2006. Várias reuniões se sucederam à Conferência de Doha: Cancun, no México (2003); Genebra, na Suíça (2004); Paris, na França (2005); Hong Kong, na China (2005); Potsdam, na Alemanha (2007); e Bali, na Indonésia (2013). Porém, desacordos sobre questões no setor agrícola levaram a um impasse: de um lado, países ricos, que querem maior acesso aos mercados de bens e serviços dos países em desenvolvimento; de outro, estes últimos, que em troca querem mais espaço para seus produtos agrícolas nos mercados dos países ricos. Com poucas resoluções, o prazo da Rodada Doha terminou, e o diretor-geral da OMC [até agosto de 2013], Pascal Lamy, suspendeu as negociações devido ao impasse que encerrou um encontro entre os representantes dos principais paí ses envolvidos na rodada - Brasil, Austrália, União Europeia (UE), Índia, Japão e Esta dos Unidos. A OMC tenta há mais de 15 anos concluir as negociações para liberalizar o comércio internacional. Até 2016, no entanto, não houve resultados em razão da divergência nas posições de países desenvolvidos e não desenvolvidos.

- Depois de ler o texto, faça o que se pede.

- Os países emergentes e os países não desenvolvidos, apesar de serem grandes produtores e exportadores de alimentos, ainda são dependentes dos mercados das nações desenvolvidas. Explique o motivo dessa histórica dependência.

Fim do complemento.



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Page 21

Biotecnologia: refere-se ao conjunto de técnicas e conhecimentos que permite o uso de agentes biológicos para obter bens ou assegurar serviços.

Software: o termo refere-se a qualquer programa de computador.

Fim do glossário.

109

Todas essas técnicas modernas, no entanto, não resolvem alguns problemas crônicos da agropecuária de alguns países: a necessidade de reforma agrária, a erradicação da mão de obra escrava e a predominância de relações perversas de trabalho. Além disso, com a utilização da biotecnologia agrícola, que pretende apenas aumentar a produtividade e os lucros dessa atividade, o acesso a essas técnicas vai aumentar ainda mais as diferenças entre os agricultores de países ricos e os de países pobres, já que as patentes técnicas encontram-se nas mãos de grandes transnacionais.

Boxe complementar:

Produtos transgênicos

A maior novidade da agricultura moderna são os centros de pesquisa de modificação genética e molecular de sementes para aumentar a produtividade e torná-las mais resistentes a pragas. É nesses centros que são criados os transgênicos.

Os transgênicos são organismos geneticamente modificados (OGM), porque possuem genes de outras espécies inseridos artificialmente em seu código genético.

A engenharia genética é a parte da biotecnologia responsável pelos organismos geneticamente modificados que tantas polêmicas e protestos têm causado.

As principais espécies transgênicas cultivadas são a soja, o milho, o algodão e a canola. E a área global do cultivo de transgênicos em 2014 foi de 181,5 milhões de hectares, em 28 países. Destacam-se nesse setor cinco países: Estados Unidos, Brasil, Argentina, Índia e Canadá, como você pode observar na tabela abaixo.

Tabela: equivalente textual a seguir.

Área global de transgênicos - 2014




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Page 22

A agropecuária: uma atividade muito antiga

Agropecuária é o termo que se usa para designar o conjunto de atividades características da zona rural: a agricultura e a pecuária ou criação de gado.

No mercado mundial, os produtos agropecuários são denominados commodities (do inglês commodity, que significa 'mercadoria'). Eles movimentam muito dinheiro no mercado internacional e fazem parte da pauta de exportação e importação de muitos países, incluindo o Brasil.

A agropecuária é uma das mais antigas atividades humanas. Desde a Pré-História até os dias de hoje, essa atividade vem passando por profundas transformações: do estágio de caça e coleta, a humanidade chegou ao plantio no final do Período Neolítico (8000 a.C.-5000 a.C.). A partir desse período, a agricultura foi desenvolvida inicialmente nas margens dos rios Nilo (Egito), Ganges (Índia), Tigre e Eufrates (Mesopotâmia) e Yang Tsé-kiang (China). Finalmente, com a agricultura e as primeiras domesticações de animais, teve início a transformação do espaço natural em espaço geográfico.

104

FONTE: Adaptada de: SALARIYA, David. Como seria sua vida no antigo Egito? São Paulo: Scipione, 2005. p. 26. CRÉDITOS: J. Rodrigues/Arquivo da editora

A subordinação do campo à cidade

A Revolução Industrial, que começou no século XVIII, e a consequente revolução urbana, causada pela nova atividade econômica, foram as grandes responsáveis pelas transformações radicais ocorridas nas relações entre o campo e a cidade e que se acentuaram no século XX. Um dos principais acontecimentos que contribuíram para essas mudanças foi a saída de grandes massas de trabalhadores do campo em busca de melhores condições de vida nas cidades, o chamado êxodo rural, que acabou acelerando a urbanização da humanidade.

A inserção da agropecuária na economia industrial, que subordinou essa atividade à cidade, foi um aspecto fundamental dessas transformações. Nesse processo, o campo passou a ser o fornecedor de matérias-primas para a indústria e de alimentos para a população urbana. Ao mesmo tempo, tornou-se grande consumidor de produtos industrializados, como máquinas agrícolas, pesticidas, vacinas e rações para animais.

As indústrias também deixaram de ser exclusividade das cidades. Elas passaram a ser instaladas também no campo, localizando-se, muitas vezes, em propriedades agrárias. São as chamadas agroindústrias, como as usinas de açúcar e de álcool combustível, o etanol.

LEGENDA: Caminhões carregados com cana-de-açúcar em usina, em Sertãozinho (SP). Foto de 2015.

FONTE: Paulo Fridman/Bloomberg/Getty Images

105

O agronegócio ou agrobusiness, conjunto de operações comerciais e industriais que envolvem a produção agropecuária, passou a dominar grande parte dessas atividades. A produção em grande escala tem como principal objetivo a exportação de produtos agropecuários. E as commodities são negociadas em Bolsas de Mercadorias e Futuros (BMF) situadas em grandes centros urbanos. A BMF mais importante e tradicional é a Bolsa de Chicago ou Chicago Board of Trade (Cbot), que determina cotações que servem de referência para os negócios com soja em grão, café, trigo, algodão, entre outros. As demais Bolsas acompanham seus negócios durante todo o dia.

LEGENDA: Corretores em ação, na Bolsa de Chicago, nos Estados Unidos. Foto de 2015.

FONTE: Scott Olson/Getty Images

Participação no PIB e na força de trabalho

Alguns países ainda vivem basicamente da agricultura, que representa uma porção importante do Produto Interno Bruto (PIB), e mantêm uma significativa população ativa no setor, embora, na sua grande maioria, esses países não façam uso de técnicas modernas. São, de modo geral, países não desenvolvidos e não industrializados. Veja alguns exemplos nos gráficos abaixo.

FONTE: Gráficos elaborados com base em: THE WORLD BANK. World Development Indicators 2015. Disponível em: http://wdi.worldbank.org/table/2.3; http://wdiworldbank.org/table/4.2. Acesso em: 10 fev. 2016. CRÉDITOS: Arte Ação/Arquivo da editora

Em países de industrialização mais antiga, pode-se dizer que a agropecuária diminuiu sua participação no PIB, e a mecanização agrícola reduziu a mão de obra utilizada nesse setor. Entretanto, a produtividade e a variedade foram garantidas por técnicas modernas de cultivo e colheita, o que ainda faz a agropecuária ser um importante setor na economia desses países.

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FONTE: Gráficos elaborados com base em: THE WORLD BANK. World Development Indicators 2015. Disponível em: http://wdi.worldbank.org/table/2.3; http://wdiworldbank.org/table/4.2. Acesso em: 10 fev. 2016. CRÉDITOS: Arte Ação/Arquivo da editora

Nos países de industrialização tardia, a pseudomodernização do campo resultou em um êxodo rural que engrossou as estatísticas de desempregados e miseráveis nas cidades.

Glossário:



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Refletindo sobre o conteúdo

1. Acompanhe o relato de dois especialistas sobre temas agrícolas mundiais.

O caso mais extremo de desigualdade na repartição da terra é aquele do latiminifundismo, uma estrutura social agrária muito difundida nos campos da América Latina. Nessa região, imensas propriedades agrícolas com vários milhares, ou até mesmo dezenas de milhares, de hectares - frequentemente subexplorados - monopolizam a maioria das terras agrícolas, enquanto o campesinato pobre se encontra confinado nos minifúndios que, de tão pequenos, não produzem nem o suficiente para cobrir as necessidades alimentares mínimas de suas famílias.

MAZOYER, Marcel; ROUDART, Laurence. História das agriculturas no mundo: do neolítico à crise contemporânea. Brasília: Ministério do Desenvolvimento Agrário; São Paulo: Ed. da Unesp, 2010. p. 515.

a) O que é latiminifundismo?

b) Por que a situação citada no texto pode ser encarada como "O caso mais extremo de desigualdade na repartição da terra" na América Latina?

2. Leia a seguir um texto sobre a questão agrária.

[...] a nova geopolítica ligada ao comércio e ao acesso privilegiado a recursos produtivos essenciais evidencia a intensificação da espoliação praticada por velhos e novos atores: grandes corporações multinacionais, novas "corporações imperiais" fruto de fusões ao mais alto nível, governos como o chinês entrando no controle das reservas de vários produtos-chave, governos e corporações comprando terras em outros países para a produção de alimentos, empresas nacionais disputando seu quinhão dos recursos e das terras do próprio país.

MONTENEGRO, Jorge. In: SAQUET, Marcos Aurélio e SANTOS, Roseli Alves dos (Org.). Geografia agrária, território e desenvolvimento. São Paulo: Expressão Popular, 2010. p. 14.

a) Dê exemplos de um recurso essencial e de uma corporação transnacional que atue no setor agrícola.

b) Relacione o texto ao que foi discutido até aqui sobre o capitalismo.




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Países

Área (em milhões de ha)

Principais espécies modificadas
Estados Unidos 73,1 Milho, soja, beterraba de açúcar e canola
Brasil 42,2 Soja, milho e algodão
Argentina 24,3 Soja, milho e algodão
Índia 11,6 Algodão
Canadá 11,6 Soja e beterraba de açúcar

FONTE: Elaborada com base em dados de: INTERNATIONAL SERVICE FOR THE ACQUISITION OF AGRI-BIOTECH APPLICATIONS (ISAAA). 2014 Biotech Crop Report. Disponível em: www.isaaa.org/resources/publications/briefs/49/infographic/pdf/B49-HighlightsInfographic-English.pdf. Acesso em: 8 fev. 2016.

Fim do complemento.

LEGENDA: Exemplo do uso da tecnologia no campo: veículo equipado com GPS, computador e comandos inteligentes em Yvelines, na França. Foto de 2015.

FONTE: Stephane Gautier/Alamy/Latinstock

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Agricultura orgânica e hidroponia

Se os transgênicos causam polêmica e são rejeitados, outro tipo de produto agrícola está em alta: os orgânicos. O cultivo desses produtos leva em conta os cuidados com o meio ambiente e com a saúde. Sua produção é mais cara e, portanto, destina-se a um grupo específico de consumidores.

O Programa Nacional Orgânico (NOP), organismo que controla esse tipo de produto nos Estados Unidos, só concede o selo "Certificado Orgânico" aos produtos que tiverem 95% de conteúdo orgânico.

Os produtos "naturais" diferem dos "orgânicos" porque, para serem classificados dessa forma, basta que eles não contenham aditivos. Isso significa que a carne de frango sem corantes ou conservantes é considerada "natural", apesar de proceder de animais criados com hormônios e alimentados com grãos cultivados com fertilizantes químicos.

A hidroponia é uma técnica de agricultura sem o uso do solo. No modo mais comum de hidroponia, as raízes ficam imersas em uma solução de água com todos os nutrientes necessários para o crescimento das plantas. Pode ser praticada em escala doméstica ou comercial.

Principais produtos agropecuários

A agricultura fornece tanto produtos essenciais à alimentação quanto matérias-primas para vários tipos de indústria. Além das facilidades tecnológicas de que um país dispõe, o clima, o tipo de solo e a água favorecem a produção agrícola.

LEGENDA: Colheita do trigo em Qingzhou, província de Shandong, na China. Foto de 2015.

FONTE: China Daily/Reuters/Latinstock

Veja nas tabelas abaixo os principais produtos agrícolas do mundo e seus maiores produtores.

Tabela: equivalente textual a seguir.


Cana-de-açúcar: maiores produtores - 2013


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Fontes de energia

Você já tentou imaginar o que a redução do consumo de energia pode significar para a economia de um país?

Os transtornos que isso causaria em sua casa são muito pequenos perto da sensação de catástrofe que pode rondar a economia de um país ameaçado pelo corte de energia. O prejuízo para a indústria, para o comércio e para todos os setores da economia seria enorme, sem falar nos transtornos que ocasionariam nos aeroportos, no trânsito das metrópoles, nos hospitais e nas escolas. Isso demonstra nossa total dependência da eletricidade e do uso das fontes de energia em geral.

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Desde que o ser humano passou a usar outros tipos de energia, que não a dos animais e da força humana, os combustíveis fósseis e outras fontes mais modernas tornaram-se imprescindíveis e hoje são responsáveis pelo progresso da economia e pelo bem-estar da humanidade. Por essa razão, países favorecidos pela natureza com esses recursos passaram a ser privilegiados na economia industrial e pós-industrial.

Classificação das fontes de energia

Energia é a capacidade de realizar trabalho. As fontes de energia naturais, também chamadas fontes de energia primária, são classificadas em dois tipos:

- Fontes de energia renováveis são as que não se esgotam, como a energia solar, dos vegetais (biomassa), da correnteza dos rios (hidráulica), dos ventos (eólica), do calor interno do planeta Terra (geotérmica), entre outras. As fontes de energia renováveis são consideradas também fontes alternativas porque diminuem a dependência de fontes não renováveis, como o petróleo.

- Fontes de energia não renováveis são as que vão se esgotar e não serão repostas, como o petróleo, o gás natural, o urânio, o carvão mineral, entre outras. O petróleo é a fonte de energia mais consumida no mundo. Observe o gráfico abaixo.

Outros1

1. Inclui energia solar, geotérmica, eólica e outras.

FONTE: Adaptado de: INTERNATIONAL ENERGY AGENCY. Key World Energy Statitics 2015. Disponível em: www.iea.org/publications/freepublications/publication/KeyWorld_Statistics_2015.pdf. p. 28. Acesso em: 10 fev. 2016. CRÉDITOS: Banco de imagens/Arquivo da editora

Carvão mineral

O carvão mineral foi a principal fonte de energia utilizada na Revolução Industrial e durante os séculos XVIII e XIX. A partir de 1870, começaram a ser usadas novas formas de energia, como o petróleo e a eletricidade. A indústria automobilística consolidou a supremacia do petróleo no século XX.

Atualmente, a segunda fonte de energia mais empregada no mundo é o carvão mineral, que possui três utilizações importantes:

- Como matéria-prima na produção de aço nas usinas siderúrgicas - carvão siderúrgico.

- Na geração de energia elétrica a partir do aquecimento das caldeiras em usinas termelétricas - carvão energético.

- Como matéria-prima do setor carboquímico na produção de inseticidas, tintas, corantes, entre outros.

Mais de 80% das jazidas de carvão mineral estão no hemisfério norte. Veja, nos gráficos a seguir, os maiores produtores, exportadores e importadores de carvão mineral.

FONTE: Gráficos elaborados com percentuais calculados com base em: INTERNATIONAL ENERGY AGENCY. Key World Energy Statitics 2075. Disponível em: www.iea.org/publications/freepublications/publication/KeyWorld_Statistics_2015.pdf. p. 15. Acesso em: 10 fev. 2016. CRÉDITOS: Banco de imagens/Arquivo da editora

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A formação do carvão

O carvão mineral é formado em terrenos sedimentares da decomposição de restos de vegetais que ocorre ao longo de milhões de anos.

O período geológico em que os depósitos de carvão da Terra começaram a se formar foi denominado Carbonífero (Era Paleozoica).

Glossário:




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Empresas (países)

Faturamento (em bilhões de US$)
Glenore Xstrata (Reino Unido e Suíça) 209,2
BPH - Billinton (Reino Unido e Austrália) 69,4
Rio Tinto (Reino Unido e Austrália) 45,6
China Sheshua Energy (China) 40
Vale (Brasil) 33,2

FONTE: STATISTA. 2015 ranking of the global top mining companies based on revenue (in billion U.S. dollars). Disponível em: www.statista.com/statistics/272707/ranking-of-top-10-mining-companies-based-on-revenue/. Acesso em: 10 fev. 2016.

Essas empresas precisam obter a concessão dos governos dos países onde vão atuar. No Brasil, por exemplo, nenhum tipo de exploração pode ser feita sem a aprovação do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). Como geralmente essas concessões levam muitos anos para ser obtidas, as empresas procuram investir em países com estabilidade política e econômica. Além disso, buscam incentivos fiscais, boa infraestrutura de transportes, facilidades para importar máquinas, etc.

Glossário:

Concessão: transferência à iniciativa privada da administração de um serviço prestado tradicionalmente pelo Estado.

Fim do glossário.

Principais recursos minerais

De acordo com o volume extraído, o mais importante minério é o ferro, que alimenta a indústria siderúrgica. Outros minerais metálicos explorados são: a bauxita (alumínio), o manganês, o cobre, o chumbo, a cassiterita, o nióbio, o ouro e o zinco. Veja, nos gráficos a seguir, os principais produtores de alguns desses minerais.

FONTE: Elaborado com percentuais obtidos de: U.S. GEOLOGICAL SURVEY. Mineral Commodities Summary, 2015, p. 85. Disponível em: http://minerals.usgs.gov/minerals/pubs/mcs/2015/mcs2015.pdf. Acesso em: 8 fev. 2016. Os números apresentados no documento são arredondados, e, como os percentuais são calculados a partir deles, o total da produção não fecha 100%. CRÉDITOS: Banco de imagens/Arquivo da editora

CRÉDITOS: Banco de imagens/Arquivo da editora

CRÉDITOS: Banco de imagens/Arquivo da editora

FONTE: Gráficos elaborados com percentuais obtidos de: U.S. GEOLOGICAL SURVEY. Mineral Commodities Summary, 2015, p. 104. Disponível em: http://minerals.usgs.gov/minerals/pubs/mcs/2015/mcs2015.pdf. Acesso em: 8 fev. 2016. Os números apresentados no documento são arredondados, e, como os percentuais são calculados a partir deles, o total da produção não fecha 100%. CRÉDITOS: Banco de imagens/Arquivo da editora



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