Comprei um carro por r$ 23.000,00 e o revendi por r$ 24.610,00. qual foi a taxa de lucro?

Comprei um carro por r$ 23.000,00 e o revendi por r$ 24.610,00. qual foi a taxa de lucro?
Especialista aponta que a frase não está 100% correta OLX/Divulgação

Uma das frases mais ouvidas por quem pensa em comprar um carro zero-quilômetro é “Cuidado. Só em sair da concessionária o carro já perde 20% de seu valor.” Mas o quanto esta afirmação tem de verdade?

Segundo Fernando Barros, gerente de precificação da KBB Brasil, empresa especializada em pesquisa de preços de carros novos e usados, a resposta é: “Depende”.

Barros explica que a frase é verdadeira quando tomamos por base a depreciação de troca, que compara o valor que o carro foi comprado zero-quilômetro com o preço que os lojistas estão pagando por eles ao negociar com proprietários particulares.

Neste caso, de acordo com o especialista, todos os custos do empresário fazem o valor do carro despencar.

“Como os lojistas devem arcar com uma série de custos para adquirir veículos para revender, tais como encargos e impostos, manutenção da loja, salários e margem de lucro, este tipo de depreciação tende a ser mais elevada, passando dos 30%, em média, pois o empresário precisa compensar os seus gastos”, explica.

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Entretanto, se levarmos em consideração a depreciação de revenda, a frase é um mito. Este tipo de depreciação compara o preço de um carro zero-quilômetro com o valor final que ele está sendo revendido por um lojista. Ou seja, neste caso os gastos do intermediário não interferem. 

Segundo Barros, alguns fatores influenciam no valor final de revenda do veículo.

“Quando um lojista revende um veículo, o preço praticado por ele é composto pela compensação do investimento do empresário e o valor de mercado que o modelo detém, influenciado pelos fatores subjetivos como a reputação do modelo, liquidez, oferta e demanda, etc.”

Ainda de acordo com especialista, nestas condições há até a possibilidade de o carro usado se valorizar.

“Neste caso, a depreciação pode variar muito de carro para carro, não havendo, portanto, um índice pré-definido de 20% ou 30%. Pelo contrário, é nesta condição que pode haver até a valorização de preços de um carro usado”, completa.


Comprei um carro por r$ 23.000,00 e o revendi por r$ 24.610,00. qual foi a taxa de lucro?
Quem vendeu um carro ou moto acima do valor de compra, deve ficar atento ao ganho de capital. Crédito: Freepik

Comprei um carro por r$ 23.000,00 e o revendi por r$ 24.610,00. qual foi a taxa de lucro?
É preciso ter atenção na hora de preencher as informações do carro ou moto para evitar cair na malha fina. Crédito: Freepik

  1. Ganho de capital é quando a pessoa vende algo mais caro do que quando comprou. O valor de venda do veículo deve ser superior a R$ 35 mil. Por exemplo: um veículo comprado a R$ 35 mil e vendido a R$ 37 mil tem R$ 2 mil reais de ganho de capital e esse valor deve ser declarado, já que o valor de venda ultrapassou o limite de isenção de R$ 35 mil.

  2. Se você vendeu um carro acima de R$ 35 mil e teve lucro com isso, o valor recolhido desse ganho de capital deve ser informado no formulário do IR. Lembre-se, que é preciso fazer o recolhimento antes desse imposto por meio do GCAP.

  3. Quem comprou um veículo no ano passado deve preencher a declaração de Imposto de Renda informando os dados do veículo, como valor, vendedor, entre outros. Se o veículo for financiado, deve informar as parcelas pagas durante o ano.

  4. Ao comprar um carro ou moto, é preciso informar os dados de quem você comprou (pessoa física ou empresa) corretamente. No formulário devem constar o modelo, ano, Renavam, data de fabricação, placa e forma de aquisição (se foi à vista, dividido ou financiado, onde deve informar o número de parcelas).

  5. Atenção na hora de declarar o valor do veículo. O valor certo é o que você pagou nele e não o de mercado. Esse preço de aquisição deve ser informado sempre na declaração anual de Imposto de Renda até que você o venda.

  6. Vendeu o carro no ano passado? Não esqueça de dar baixa do seu veículo, do contrário, ele vai constar na Receita Federal como se ainda fosse seu. Informe nome do comprador, data e forma da venda, Renavam, marca e modelo, placa e ano de fabricação. Observe se o comprador (empresa ou pessoa física) também fez o mesmo, para evitar de cair na malha fina.

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Garantia. Comprei um carro de um particular. Tem garantia?

Escute este artigo!

É uma dúvida que, certamente, influencia na hora da negociação.

Apesar do preço atrativo, da boa conservação do usado, das vantagens oferecidas, sempre fica aquela “pulga atrás da orelha”: e se der problema, tem garantia?

É importante lembrar que ao adquirir da concessionária ou de uma loja, as regras vigentes para proteção do comprador estão no Código de Defesa do Consumidor, porém o mesmo não ocorre com a negociação entre particulares.

Acompanhe as orientações e saiba se, no seu caso, a compra de um particular é a melhor opção.

Quero comprar um veículo direto do dono, o que fazer?

Antecipar problemas é uma atitude inteligente e necessária.

Antes de fechar negócio, certifique-se de que o bem está em perfeitas condições, seguindo estes passos:

  • Peça a um mecânico de confiança para que faça uma vistoria no veículo. Uma boa verificação na lataria, na parte mecânica e elétrica pode evidenciar problemas aparentes;
  • Analise o histórico do DETRAN em relação às multas, existência de restrições e outras possíveis pendências;
  • Pergunte sobre o histórico, sobre o uso e rotinas que possam lhe dar informações extras sobre o real estado do bem.

Após bater o martelo sobre a compra, faça um contrato completo, contemplando todas as situações que possam gerar incômodos ou dissabores após a negociação.

Comprar veículo de terceiro é relação de consumo?

Parece uma pergunta simples, mas não é!

A Lei entende que a venda de veículo entre particulares não é uma relação consumerista, ou seja, não se aplicam as regras previstas no Código de Defesa do Consumidor.

Isso ocorre pois o particular que vende um carro esporadicamente não é considerado um fornecedor, como é o caso de uma loja ou concessionária, cuja atividade é a de comercializar veículos.

Por isso, as garantias dadas pelo Código de Defesa do Consumidor não são aplicadas na venda entre particulares, o que torna o risco para quem compra um carro usado muito maior.

A lei aplicada nesses casos é o Código Civil.

Mas em caso de problemas, como resolver?

Se o problema era evidente e não foi reclamado na hora da compra, a responsabilidade é do comprador.

Ele teve toda a oportunidade de questionar e analisar o veículo, mas não o fez na ocasião.

Porém, existe a possibilidade de o veículo apresentar um vício oculto: que é aquele que é difícil de constatar, e que só se manifesta após o uso do bem por um certo tempo.

Podem ser problemas que decorrem do desgaste do bem ou até mesmo que eram conhecidos antes da venda, mas foram escondidos pelo vendedor.

Se esse vício for aparente e afetar o uso do veículo ou diminui o seu valor, o comprador tem o prazo de 30 dias para solicitar a diminuição proporcional do preço ou o desfazimento do negócio, com entrega do veículo e devolução do dinheiro gasto (Art. 441 do CC/02).

Em alguns casos, quando o vício não puder ser constatado de imediato, o prazo pode ser estendido para 180 dias, quando o defeito só puder ser conhecido mais tarde.

Se ficar comprovada a má-fé do vendedor ainda há a possibilidade de acioná-lo juridicamente por perdas e danos gerados por essa negociação.

Onde reclamar?

Se o comprador não aceitar desfazer o negócio de forma amigável, a solução, nestes casos, é buscar a justiça.

Se o bem ou a causa alcançar até no máximo 40 salários-mínimos, é possível buscar os Juizados Especiais Cíveis para resolver o impasse de maneira mais célere e com baixo custo.

Porém, se isso não for possível, a Justiça Comum é sempre uma opção.

Por essa razão, calcular os riscos é importante, além de elaborar um bom contrato e fazer as verificações corretamente.

Está na dúvida de como agir? Procure a assistência de um advogado.

Uma decisão consciente e orientada pode te poupar de inconvenientes e proteger o seu patrimônio.

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