Aponte as motivações econômicas e religiosas que estimularam portugueses e espanhóis

A expansão marítima portuguesa foi a primeira de toda a Europa. Para os portugueses, a navegação foi a forma encontrada para comercializar com diferentes partes do mundo.

Por Leandro Carvalho

Os portugueses foram os primeiros europeus a se lançar ao mar no período das Grandes Navegações Marítimas, nos séculos XV e XVI. No presente texto iremos abordar os motivos do pioneirismo português na conquista dos oceanos.

O primeiro motivo que levou os portugueses ao empreendimento das Grandes Navegações foi a progressiva participação lusitana no comércio europeu no século XV, em razão da ascensão de uma burguesia enriquecida que investiu nas navegações no intuito de comercializar com diferentes partes do mundo.

A centralização monárquica portuguesa aconteceu ainda no século XIV com a Revolução de Avis, Portugal foi considerado o primeiro reino europeu unificado, ou seja, foi o primeiro Estado Nacional da história da Europa. Além do fato da unificação portuguesa, a Revolução de Avis consolidou a força da burguesia mercantil que, conforme vimos acima, investiu pesadamente nas Grandes Navegações.

Estudiosos como Diegues (2010), Tengarrinha (2001) e Silva (1989)1 que analisaram Portugal nos séculos XV e XVI, afirmaram também que os portos de boa qualidade que eram existentes no país influenciaram bastante no processo do pioneirismo português. Outro motivo não menos fundamental que os outros expostos, que ajudou no processo do empreendimento português, foi o estudo náutico realizado na Escola de Sagres, sob o comando do astuto infante D. Henrique, o navegador (1394-1460).

A Escola de Sagres foi consolidada na residência de D. Henrique e se tornou uma referência para estudiosos como cosmógrafos, cartógrafos, mercadores, aventureiros entre outros. Iniciando o processo de conquistas pelos mares, os portugueses no ano de 1415 dominaram Ceuta, considerada primeira conquista dos europeus durante a Expansão Marítima.

Leia também: Navegações Espanholas e o Tratado de Tordesilhas

O principal objetivo que os navegadores portugueses desejavam alcançar era dar a volta no continente africano, ou seja, realizar o périplo africano. Desta maneira, Portugal foi conquistando várias concessões na África. No ano de 1488, Bartolomeu Dias, navegador português, havia conseguido chegar ao Cabo da Boa Esperança, provando para o mundo que existia uma passagem para outro oceano. Finalmente, no ano de 1498, o navegador português Vasco da Gama alcançou as Índias; em 1500, outro navegador lusitano, Pedro Álvares Cabral, deslocou-se com uma grande frota de embarcações para fazer comércio com o Oriente, acabou chegando ao chamado ‘Novo Mundo’ - o continente americano.

Com o desenvolvimento dos estudos marítimos (Escola de Sagres), os portugueses se tornaram grandes comerciantes, prosperando e produzindo novas embarcações e formando grandes navegadores. Portugal se transformou em um dos mais importantes entrepostos (armazém de depósito de mercadorias - que esperam comprador ou que se vão reembarcar) comerciais durante as Grandes Navegações Marítimas.

___________________________________________

1DIEGUES, Antônio Carlos Sant’Ana. Povos e Mares: uma retrospectiva de sócio-antropologia marítima. São Paulo: CEMAR, Centro de Culturas Marítimas, Universidade de São Paulo, 1993.
SILVA, Janice Theodoro da. Descobrimentos e Colonização. 2ª ed. São Paulo: Ed. Ática, 1989. Série Princípios.
TENGARRINHA, José (org). História de Portugal. 2ª ed. Bauru, SP: EDUSC, 2001.  


Aproveite para conferir nossa videoaula relacionada ao assunto:

Verificação de leitura 1 → conforme tabelas das páginas 8 e 9.

Faça em seu caderno

1 Aponte as motivações econômicas e religiosas que estimularam portugueses e espanhóis a aventurar-se por mares desconhecidos. → DL/SP/H7/H8

2 Em 1492, os espanhóis conquistaram o último reduto islâmico da península Ibérica, o Reino de Granada. Meses depois, patrocinaram a viagem de Colombo, que abriria uma nova fase na História. Explique por que a expansão marítima pode ser entendida como um prolongamento da Reconquista. Em quais aspectos esses dois conjuntos de acontecimentos históricos são semelhantes? → DL/CF/SP/CA/H7/H8


Página 187

2 Os negros da terra

A história das terras que os conquistadores batizaram como América não começou com a chegada dos europeus, nos séculos XV e XVI. No primeiro capítulo, analisamos três hipóteses fundamentais, que tentam explicar a primeira ocupação humana do continente. Depois do encerramento dessa primeira ocupação, há cerca de 10 mil anos, ocorreram novos deslocamentos populacionais e surgiram diversos grupos, com níveis distintos de organização social. Alguns deles viviam em regime de clãs, outros construíram sociedades amplas e complexas, como os Maias, ou impérios, como os incas e os mexicas.

Esses povos dominavam o continente antes da conquista, no chamado período pré-colonial. Quando os navegadores "descobriram" a América, iniciou-se o período colonial.

OS MAIAS

As terras da Mesoamérica foram ocupadas por volta de 10.000 a.C. A fertilidade do solo e as boas condições climáticas estimulavam a prática da agricultura e atraíram, após 5000 a.C., novos habitantes. Os olmecas, um dos principais povos que viveram na região, fixaram-se nas áreas litorâneas do Golfo do México, desde aproximadamente 1200 a.C. Cerca de quatro séculos depois, os maias estabeleceram-se mais ao sul, na faixa que vai da península de Yucatán (atual México) até áreas que hoje pertencem a Honduras, Nicarágua e Costa Rica.

A partir de 1000 a.C., iniciou-se um processo acelerado de urbanização. As novas e maiores cidades provocaram o crescimento do comércio e passaram a representar a base da organização social mesoamericana. Elas eram interligadas por estradas pavimentadas e havia circulação regular de comerciantes entre elas. Os núcleos urbanos situados nas margens de rios ou do mar valiam-se também de formas de transporte aquático.

A carência de documentos impede uma datação mais precisa, mas acredita-se que os maias assumiram o controle da região no século II d.C. Embora muitos autores falem em "império maia", os maias jamais tiveram uma estrutura política unificada e centralizada. Ocasionalmente, as cidades organizavam-se em confederações, sob a liderança de uma delas, que assumia o controle temporário das cidades vizinhas. Mas, na maior parte do tempo, essas cidades eram independentes entre si e dispunham de autonomia administrativa.

As cidades eram centros religiosos e políticos. Lá se construíam os locais de celebração religiosa e moravam a família real e os servidores do Estado, inclusive os coletores de impostos. Elas eram abastecidas por alimentos que vinham da área rural, onde a maior parte da população se abrigava em habitações de madeira.

O milho era o principal produto, mas também se cultivavam abóboras, cacau, abacate, mandioca, diversos tipos de feijões e de pimentas, além de tabaco e algodão. A técnica predominante de cultivo era a coivara, em que a



Compartilhe com seus amigos:

Aponte as motivações econômicas e religiosas que estimularam portugueses e espanhóis
Aponte as motivações econômicas e religiosas que estimularam portugueses e espanhóis
Aponte as motivações econômicas e religiosas que estimularam portugueses e espanhóis
Aponte as motivações econômicas e religiosas que estimularam portugueses e espanhóis
Aponte as motivações econômicas e religiosas que estimularam portugueses e espanhóis
Aponte as motivações econômicas e religiosas que estimularam portugueses e espanhóis
Aponte as motivações econômicas e religiosas que estimularam portugueses e espanhóis
Aponte as motivações econômicas e religiosas que estimularam portugueses e espanhóis


Page 2

São Paulo • 2ª edição • 2016
Página 2

Oficina de História – volume 1 © 2016 Leya

Direção editorial Mônica Vendramin

Coordenação editorial de Humanas Ebe Christina Spadaccini

Edição Leon Torres

Assistência editorial Patricia Tierno Felipe Bandoni de Oliveira Tatiana Nunes

Coordenação pedagógica e projeto editorial Cia. de Ética

Coordenação de arte Thais Ometto

Projeto gráfico A+ Comunicação

Projeto capa Thais Ometto

Imagens da capa ilustração e foto Art Images Archive/Glow Images

Edição de imagens Cia. de Ética

Tratamento de imagens Pix Art Imagens

Iconografia Cia. de Ética, Angelita Cardoso

Editoração eletrônica Cia. de Ética, Cláudia Carminati

Fechamento de arquivo Jairo Souza

Cartografia Allmaps

Gerência de revisão Miriam de Carvalho Abões

Assistência de coordenação de revisão Cláudia Renata Costa Colognori

Revisão Ana Paula Piccoli

Ilustração Lucas C. Martinez

Título original da obra: Oficina de História – volume 1 São Paulo * 2 a edição * 2016

Todos os direitos reservados: Leya Brasil Avenida Angélica, 2318 – 11.º andar CEP 01228-200 – São Paulo – SP – Brasil Fone + 55 11 3129-5448 Fax + 55 11 3129-5448 www.leya.com.br

ISBN (aluno) 978-85-451-0361-5 ISBN (professor) 978-85-451-0336-3



Compartilhe com seus amigos:


Page 3

2 Visões dos conquistadores, 206 O batismo da América, 206 Os conflitos com os nativos e a escravidão, 208 Tá ligado?!, 210

A exploração da mão de obra indígena na América espanhola, 210

A conquista de Deus pelos ibéricos, 210

Página 7

Tá na rede!, 211

Verificação de leitura 2, 211

Um Outro Olhar, 212

3 A administração das colônias portuguesas e espanholas, 213

As capitanias hereditárias, 213

O governo-geral, 214


A América francesa, 216
A justiça colonial, 216 A questão indígena, 217 Tá na rede!, 217

A administração colonial espanhola, 217

A Casa de Contratação e o Conselho das Índias, 217 A divisão político-administrativa, 217 Os vice-reinados e as Audiências, 218 Chapetones e criollos, 218 Tá ligado?!, 218 Verificação de leitura 3, 219

Engenho e Arte, 220 • Radar, 226




Compartilhe com seus amigos:


Page 4


Competência de área 3.

Compreender a produção e o papel histórico das instituições sociais, políticas e econômicas, associando-as aos diferentes grupos, conflitos e movimentos sociais.



Page 5

2 Identifique quais são as partes do mundo retratadas.

3 Observe quais são as partes destacadas (países, continentes, regiões...).

4 Confira a posição relativa de localização em relação ao lugar onde você se encontra, ao norte, ao sul, a leste ou a oeste.

5 Note se há rios e mares representados.

6 Verifique se há indicação de cidades, reinos, impérios ou outra divisão política no mapa.

7 Veja se há representação de relevo ou vegetação.

8 Leia com atenção as legendas. Identifique no mapa os sinais e as cores na legenda. São informações muito importantes.



Compartilhe com seus amigos:


Page 6

A criação de Adão, Michelangelo Buonarroti. Afresco, 1508-1512. (detalhe)

Faça em seu caderno → conforme tabelas das páginas 8 e 9.

1 Que definição o texto oferece para criacionismo?→ DL/H1

2 Pesquise e transcreva em seu caderno duas formulações religiosas sobre a criação do mundo e dos seres humanos. → DL/H1

3 Aponte as diferenças entre o criacionismo e a teoria evolucionista proposta por Charles Darwin.

→ DL/H4
Página 18

O PEQUENO POLEGAR E OS OLHOS BEM FOCADOS

O primata não foi promovido ao posto de ser humano da noite para o dia. No conjunto de transformações anatômicas que vai da ordem dos primatas à espécie humana, a posição ereta foi obtida pelo fortalecimento dos tornozelos, pelo alinhamento dos joelhos e pela consolidação da bacia, também alinhada, para carregar o peso do tronco. Juntamente com o crescimento da caixa craniana, desenvolveu-se a visão binocular. Através dela, os hominídeos aprimoraram a capacidade de ver uma imagem única com os dois olhos, avaliar distâncias e identificar os objetos em três dimensões.

Nesse processo, houve um deslocamento dos dedos polegares. Nos pés, eles deslocaram-se para uma posição em paralelo aos demais dedos, permitindo maior apoio. Nas mãos, para uma posição oponível, em forma de pinça, o que permitiria agarrar, com precisão, objetos pequenos.

Foi a cooperação ajustada entre as mãos e os olhos, permitida pelo desenvolvimento do sistema nervoso do cérebro em expansão, que possibilitou a fabricação das primeiras ferramentas e utensílios. Essa fase de produção de instrumentos rudimentares de pedra, iniciada por volta de 3 milhões de anos atrás, pertence ao chamado Período Paleolítico (do grego, palaios: antigo e lithos: pedra) ou Idade da Pedra Lascada, cujo término é estimado entre 12000 e 10000 a.C.

Aponte as motivações econômicas e religiosas que estimularam portugueses e espanhóis

MÁRIO YOSHIDA

Fonte: Elaborado com base em BLACK, J. (Org.). World history atlas. London: Dorling Kindersley, 2008.

Homo habilis e Homo erectus

As potencialidades oferecidas pela liberação das mãos foram aproveitadas principalmente pelo Homo habilis (do latim, homo: homem e habilis: hábil), que teria surgido há cerca de 2 milhões de anos e intensificado a fabricação de utensílios de pedra. Mais alto (cerca de 1,40 m) do que o Australopithecus, mais ágil, com capacidade craniana maior (em torno de 700 cm 3 ) e com polegar oponível, sendo considerado o primeiro representante da espécie humana. Vivia na África em grupos de 15 a 20 indivíduos, levava uma vida nômade e alimentava-se da coleta de frutos e da caça de pequenos animais.




Compartilhe com seus amigos:


Page 7

Cio da terra

Trigo, cevada, painço, arroz, milho, inhame, batatadoce. O cultivo dessas plantas constitui, até os dias atuais, a dieta básica de diversas populações espalhadas por todo o planeta. A domesticação de cereais silvestres, como o trigo e a cevada, ofereceu as bases para as grandes transformações das comunidades humanas. Esses cereais proporcionam diversas vantagens: são altamente nutritivos, os grãos podem ser armazenados sem dificuldade e têm ótimo rendimento. É certo que o preparo da terra, o plantio e a colheita exigiam esforço coletivo dos grupos humanos, mas esse trabalho permitia intervalos regulares (antes e depois da semeadura) que lhes davam oportunidade de dedicar-se a outras ocupações.

ÁREAS AGRÍCOLAS A PARTIR DE 9000 a.C.

Aponte as motivações econômicas e religiosas que estimularam portugueses e espanhóis

MÁRIO YOSHIDA

Fonte: Elaborado com base em BLACK, J. (Org.). World history atlas. London: Dorling Kindersley, 2008.
Página 25

A DOMESTICAÇÃO DE PLANTAS E ANIMAIS

Após milênios de acúmulo de observações e experiências, os seres humanos passaram a dominar conhecimentos elementares de agricultura. O aproveitamento de terrenos irrigados pelas cheias dos rios e o armazenamento ainda precário de água das chuvas permitiram o desenvolvimento da horticultura, o plantio de tubérculos e cereais nas mesmas áreas onde eram anteriormente coletados.

Ao lado das pequenas hortas e terrenos de cultivo começou a combinar-se, também, a criação de animais, desenvolvida igualmente de maneira mais ou menos ocasional, possivelmente pela entrega de filhotes de animais caçados aos cuidados das mulheres e dos filhos do bando. Cães, aves, porcos, renas, camelos, ovelhas, cavalos e bois podem ter sido os primeiros animais a serem domesticados, e isso permitiu o abastecimento mais regular e abundante de carnes, peles e leite. Além da dieta, os animais possibilitaram uma nova força muscular, como montaria ou tração para transporte e para os trabalhos da terra, ampliando a capacidade produtiva das atividades humanas.

A DOMESTICAÇÃO DO SER HUMANO

O novo tipo de produção favoreceu o aumento populacional provocado pela relativa fartura e regularidade de oferta de alimentos. A convivência de um número maior de seres humanos, no entanto, foi possibilitada por um longo processo de domesticação dos instintos e da sexualidade.

Os grupos humanos pré-agrícolas subdividiamse sempre que havia crescimento do bando. A dispersão dos seus integrantes oferecia maiores condições para o sustento do grupo através da coleta e da caça, e também evitava a disputa pelas mulheres do bando, provocada pelos machos mais jovens com relação aos mais velhos.

A criação de vínculos de solidariedade mais permanentes ocorreu juntamente com a regulamentação das relações sexuais: proibições para parentes próximos (incesto) e definição do número de casamentos admitidos (poligamia).

Tais transformações revelam a passagem do acasalamento natural e selvagem para a união social e cultural. Ou seja, da fecundação realizada durante o período de cio das fêmeas, que podiam (e deviam) ser copuladas por vários machos, para a constituição de regras e restrições para as práticas sexuais.

No lugar das disputas violentas pelas fêmeas nos bandos e da expulsão dos filhos machos crescidos, as regulamentações estabeleceram proibições, rituais, privilégios e subordinações, contribuindo para a ordenação da convivência e para o fortalecimento dos laços familiares. No lugar da competição entre os machos, estabeleceram-se formas de cooperação e a afirmação da autoridade masculina, como tendência geral. No lugar de unidades familiares fechadas e isoladas, foram criados vínculos e alianças entre grupos diversos através da circulação das mulheres.

A divisão sexual do trabalho

Nesse novo contexto, intensificavam-se as diferenças entre os papéis desempenhados por homens e mulheres. Até então, os homens encarregavam-se da caça e da fabricação das ferramentas, e as mulheres, da coleta e do cuidado com os filhos. Essa tendência foi incrementada com o estabelecimento da autoridade masculina e com o desenvolvimento da agricultura.

A concentração dos conhecimentos teóricos e práticos relativos à caça e à violência armada contribuiu também para o exercício de uma primeira forma de dominação: o controle sobre as mulheres. Mas foi a construção social das relações de parentesco e das alianças masculinas que definiu o lugar das mulheres. A partir de então, passaram a ser objetos de troca e instrumentos da política e do poder simbólico dos homens.

É por isso que, como tendência geral, ao mesmo tempo que se ampliava a divisão do trabalho, se construía a valorização das atividades masculinas em relação às femininas. A derrubada de árvores, a preparação da terra, o cuidado dos animais e a proteção do grupo cabiam aos homens. Tais práticas eram vistas, no Período Neolítico, como as mais importantes. Por seu lado, as mulheres semeavam, colhiam, preparavam os alimentos, fiavam, teciam, fabricavam utensílios de cerâmica e, principalmente, cuidavam dos filhos. Atividades consideradas necessárias, mas não tão decisivas quanto aquelas desempenhadas pelos homens.

Nessas comunidades primitivas, compostas já de várias famílias, a propriedade da terra era coletiva. Não havia ainda classes sociais, nem diferenças econômicas entre seus membros. As relações eram igualitárias.
Página 26

A produção de bens não era destinada à troca, e sim à subsistência de seus integrantes. A propriedade individual limitava-se aos bens de uso pessoal. O produto do esforço coletivo era dividido entre todos os integrantes desses grupos. As diferenças entre os membros da comunidade baseavam-se na capacidade militar, nas funções religiosas, na sabedoria ou no conhecimento. Ou, então, nos papéis definidos pela divisão sexual do trabalho.



Compartilhe com seus amigos:


Page 8

Tá na rede!

A ESCRITA CUNEIFORME

Digite o endereço abaixo na barra do navegador de internet: www. mesopotamia.co.uk/writing/home_ set.html. Você pode também tirar uma foto com um aplicativo de QrCode para saber mais sobre o assunto. Acesso em: 29 abr. 2016. Em inglês.

Aponte as motivações econômicas e religiosas que estimularam portugueses e espanhóis

Página interativa do Museu Britânico sobre o desenvolvimento da escrita na Mesopotâmia.

COMÉRCIO DO ORIENTE PRÓXIMO (3500-2000 a.C.)

Aponte as motivações econômicas e religiosas que estimularam portugueses e espanhóis

MÁRIO YOSHIDA

Fonte: BLACK, J. World history atlas. London: Dorling Kindersley, 2008.

Já em 4000 a.C. a obsidiana e o sílex eram trazidos do leste para fabricação de ferramentas. O cobre vinha de Omã, ao sul do golfo Pérsico. A prata e o chumbo, provavelmente das montanhas de Taurus, na Ásia Menor; a madeira vinha das montanhas de Zagros ou do Líbano, na costa mediterrânica; as conchas, do golfo Pérsico; o lápis-lazúli, do Afeganistão.

Página 34




Compartilhe com seus amigos:


Page 9

Divisão social

Diferentemente da Mesopotâmia, a acumulação de excedentes não foi centralizada nos templos de uma divindade local, mas nas mãos de um monarca que se colocava acima da sociedade, não porque repre-

Aponte as motivações econômicas e religiosas que estimularam portugueses e espanhóis

MÁRIO YOSHIDA

Fonte: Elaborado com base em MANLEY, B. The Penguin Historical Atlas of Ancient Egypt. London: Penguin, 1996.

Página 44

sentasse a vontade dos deuses, mas porque ele era considerado o próprio deus. Era essa autoridade sobrenatural que recrutava o trabalho em massa necessário à manutenção do sistema de irrigação.

O segundo setor na escala social egípcia era a nobreza, composta pela família real, os altos funcionários e os sacerdotes. Estes detinham muito poder e exerciam forte influência sobre o soberano. As funções da nobreza eram hereditárias, ou seja, passavam de pai para filho. Os sacerdotes eram responsáveis pela administração dos bens ofertados aos deuses pelos fiéis e também pelo Estado.

Abaixo da nobreza, situava-se a camada formada por escribas, funcionários modestos, sacerdotes de pequenos templos, oficiais militares, artistas e artesãos especializados, a serviço do faraó ou da corte. E, finalmente, sustentando as camadas superiores, encontravam-se os trabalhadores que prestavam serviços nas pedreiras, minas, pirâmides, oficinas artesanais e nos campos agrícolas.

A camada dos trabalhadores braçais, que formavam a base da pirâmide social, era a mais numerosa. Em geral esses trabalhadores eram analfabetos, moravam em cabanas e vestiam-se com roupas grosseiras. Viviam em condições precárias. A maioria era de camponeses, que, além de pagar tributos ao Estado em forma de cereais, linho, gado, entre outros produtos, eram obrigados a trabalhar, sem remuneração, nas obras públicas. Os escravizados estrangeiros também engrossavam essa camada. Ocupavam-se do trabalho das minas e pedreiras do Estado, das terras reais e dos templos; podiam fazer parte do exército, em época de guerra, e exerciam trabalhos domésticos.



Compartilhe com seus amigos:


Page 10

Vaso. Cerâmica com incisões geométricas, c. 1900 a.C.

Aponte as motivações econômicas e religiosas que estimularam portugueses e espanhóis

MUSEU ASHMOLEAN, UNIVERSIDADE DE OXFORD, INGLATERRA

Jarro decorado com máscaras de leões, deusas-serpente e flores de lótus. Cerâmica pintada, Faras, Sudão, c. século I.

Aponte as motivações econômicas e religiosas que estimularam portugueses e espanhóis

MUSEU BRITÂNICO, LONDRES, INGLATERRA

Taça em forma de tulipa. Cerâmica, Cultura de Kerma, c. 1750-1550 a.C.

Verificação de leitura 4 → conforme tabelas das páginas 8 e 9.

Faça em seu caderno

1 Explique como o processo de ressecamento da região do Saara articulou-se à formação do Egito Antigo. → DL/SP/CA/H26

2 Elabore um infográfico com a divisão social do Egito Antigo. → DL/H11

3 Aponte o papel e o significado dos faraós para a sociedade e a economia egípcias. → DL/SP/CA/H9

4 Faça uma comparação entre a religião egípcia tradicional e o culto criado pelo faraó Amenófis IV.

→ DL/SP/H1/H3

5 Explique o significado das múmias na cultura egípcia. → DL/SP/CA/H1

6 Qual era a importância econômica do Reino de Kush? → DL/SP/H9

7 O que eram as Candaces? → DL/SP

Página 51

5 Os povos semitas

Desde a Antiguidade, há um conjunto heterogêneo de povos considerados semitas: fenícios, hebreus, amoritas, cananeus, sírios, arameus e árabes. A origem desses povos é bastante incerta. Segundo os relatos bíblicos, seriam os descendentes de Sem, um dos filhos de Noé, e, após o Dilúvio Universal, teriam povoado o norte da península Arábica, a Palestina e a Mesopotâmia.

Do ponto de vista histórico, há três hipóteses fundamentais. Os semitas teriam se originado na Etiópia e depois se estabelecido na Arábia e no Oriente Médio. A segunda formulação sustenta que os semitas seriam originários da região ao sul da Mesopotâmia. A terceira, talvez a mais convincente, aponta a Arábia como a pátria original dos povos semitas, que, a partir de 3500 a.C., teriam migrado sucessivamente para outras regiões em busca de terras férteis.

Para essa última perspectiva, a península Arábica teria sido, até cerca de 6000 a.C., uma região de terras férteis. A partir de então, teria ocorrido um processo de desertificação, semelhante ao que ocorrera na região do Saara, com secas constantes, esgotamento de rios e alargamento progressivo das áreas desérticas. Com a produtividade decrescente, os diversos povos semitas teriam deixado a região em busca de terras mais férteis, encontradas na Mesopotâmia e no Egito.

OS FENÍCIOS

Grupos fenícios estabeleceram-se na região que atualmente compreende o Líbano e parte da Síria, na costa Oriental do Mediterrâneo, em torno de 3000 a.C. A área ocupada era constituída por uma estreita faixa de terra limitada por uma cadeia de montanhas (a cadeia do Líbano) que dificultava a sua transposição e a expansão territorial. Pequenos rios temporários que transbordavam nas estações de chuvas e secavam durante o verão permitiam o desenvolvimento de uma agricultura de cereais, legumes, linho e algodão, além do cultivo de oliveiras, figueiras e videiras. A exploração das florestas próximas às montanhas garantiu a extração de madeira de qualidade (pinhos, cedros e ciprestes) para a fabricação de navios e para as construções.

Os tecidos bordados e tingidos caracterizaram o artesanato fenício. A tintura natural era extraída de um molusco, o múrice, e oferecia vários tons de púrpura, a cor que representava a riqueza, a divindade e o poder durante a Antiguidade. A denominação Fenícia significa "terra da púrpura" (Phoiníke, em grego), uma constatação da importância de seus tecidos.

Linha do tempo (adaptada)



Compartilhe com seus amigos:


Page 11

Código de Hamurabi (escrita cuneiforme), anônimo. Relevo em diorito, Mesopotâmia, c. 1700 a.C. (detalhe)

Mãos à Obra Faça em seu caderno

1 (Enem) Para o registro de processos naturais e sociais devem ser utilizadas diferentes escalas de tempo. Por exemplo, para a datação do sistema solar é necessária uma escala de bilhões de anos, enquanto para a história do Brasil basta uma escala de centenas de anos. → DL/SP/H3

Assim, para os estudos relativos ao surgimento da vida no planeta e para os estudos relativos ao surgimento da escrita, seria adequado utilizar, respectivamente, escalas de

Vida no Planeta Escrita

a) Milhares de anos Centenas de anos

b) Milhões de anos Centenas de anos

c) Milhões de anos Milhares de anos

d) Bilhões de anos Milhões de anos

e) Bilhões de anos Milhares de anos

Página 58

(Enem) Enunciado para as questões de 2 a 4.

O assunto na aula de Biologia era a evolução do homem. Foi apresentada aos alunos uma árvore filogenética, igual à mostrada na ilustração abaixo, que relacionava primatas atuais e seus ancestrais.

Aponte as motivações econômicas e religiosas que estimularam portugueses e espanhóis

ENEM/MEC


2 Após observar o material fornecido pelo professor, os alunos emitiram várias opiniões, a saber.

I. Os macacos antropoides (orangotango, gorila, chimpanzé e gibão) surgiram na Terra mais ou menos contemporaneamente ao homem.

II. Alguns homens primitivos, hoje extintos, descendem dos macacos antropoides.

III. Na História evolutiva, os homens e os macacos antropoides tiveram um ancestral comum.

IV. Não existe relação de parentesco genético entre macacos antropoides e homens.

Analisando a árvore filogenética, você pode concluir que: → DL/CF/SP/H6

a) todas as afirmativas estão corretas.

b) apenas as afirmativas I e III estão corretas.

c) apenas as afirmativas II e IV estão corretas.

d) apenas a afirmativa IV está correta.

e) apenas a afirmativa III está correta.

3 Foram feitas comparações entre DNA e proteínas da espécie humana com DNA e proteínas de diversos primatas. Observando a árvore filogenética, você espera que os dados bioquímicos tenham apontado, entre os primatas atuais, como nosso parente mais próximo o:

a) Australopithecus.

b) Chimpanzé.

c) Ramapithecus.

d) Gorila.

e) Orangotango.→ DL/CF/SP/H6

4 Se fosse possível a uma máquina do tempo percorrer a evolução dos primatas em sentido contrário, aproximadamente quantos milhões de anos precisaríamos retroceder, de acordo com a árvore filogenética apresentada, para encontrar o ancestral comum do homem e dos macacos antropoides (gibão, orangotango, gorila e chimpanzé)? → DL/CF/SP/H6

a) 5


b) 10

c) 15


d) 30

e) 60


5 Na década de 1960, o arqueólogo inglês Gordon Childe (1892–1957) cunhou a expressão "Revolução Neolítica" para definir as transformações que levaram algumas comunidades a modificar sua relação com a natureza: de caçadores de animais e coletores de frutos os seres humanos passaram a fazer agricultura e pastoreio, o que alguns chamaram de domesticação de plantas e animais.

Para ele, a passagem de uma comunidade de caçadores-coletores para outra de agricultores e pastores seria o momento que a humanidade passou "de parasita a sócia ativa da natureza".

a) Explique o significado da expressão "Revolução Neolítica". → DL/CF/H19/H26

b) Por que tal processo significaria a domesticação de plantas e animais? → DL/CF/H19

c) Como você definiria a ideia dos primeiros homens como parasitas? → DL/CF/H18

d) Agora explique a ideia dos homens como "sócios ativos da natureza". →DL/CF/H18



Compartilhe com seus amigos:


Page 12

3 (UFPB) As relações entre as explicações míticas e as científicas encontram, na origem da espécie humana, um dos pontos fundamentais e controvertidos. Sobre tais explicações, leia as afirmativas.

I. O livro do Gênesis estabelece, sobretudo para as tradições religiosas judaico-cristãs, o mito do Éden, no qual viviam Adão, criado por Deus e feito à sua semelhança, e Eva, criada também por Ele a partir de uma costela de Adão. Desse casal, descenderiam todos os homens. Os partidários dessa explicação são chamados de CRIACIONISTAS.

II. O livro "A Origem das Espécies", de autoria do naturalista inglês do século XIX, Charles Darwin, estabelece, nas tradições modernas, a consolidação de uma explicação científica sobre o aparecimento da vida e o surgimento do 'homo sapiens', que seria resultado das mutações genéticas adaptativas de símios. Essa explicação ficou conhecida como EVOLUCIONISTA.

III. O conhecimento histórico, baseado nas concepções científicas, demarca o aparecimento da espécie humana no período Paleolítico ou Idade da Pedra Lascada, ao que se segue o período Neolítico ou Idade da Pedra Polida e depois o período da Idade dos Metais, que, reunidos, compõem a chamada "PRÉ-HISTÓRIA".

Está(ão) correta(s):

a) apenas I

b) apenas II

c) apenas I e II

d) apenas II e III

e) I, II e III

→ DL/CF/H4/H14

Página 63



Compartilhe com seus amigos:


Page 13

11 (OSEC) Os fenícios dedicavam-se primordialmente ao comércio marítimo porque:

a) era grande seu excedente agrícola;

b) sua organização militar lhes garantia o domínio dos mares;

c) sua localização geográfica os induzia a isso;

d) sua organização política era fortemente centralizada;

e) sua atividade militar lhes proporcionava numerosos escravos para atuar nas galeras como remadores

→ DL/CF/SP/H7

12 (UEL-PR) A Páscoa, na cultura do povo hebreu, está relacionada com

a) a conquista de Canaã, a Terra Prometida, após o cativeiro dos hebreus na Babilônia.

b) a unificação do reino de Israel, após o conturbado período gerado pelo Cisma das 12 tribos hebraicas.

c) o êxodo, inicialmente liderado por Moisés, após a permanência de mais de 400 anos dos hebreus no Egito.

d) a sucessão de Davi, como rei dos hebreus, após a conquista de Jerusalém aos cananeus.

e) a resistência imposta pelos judeus, após a anexação da Judeia por Roma.

→ DL/CF/SP/H3/H5/H11

13 (UFRN) "Resolvi: transferir-vos-ei da opressão do Egito para a terra dos cananeus, heteus, amorreus, farezeus, haveus e jebuzeus, para a terra que mana leite e mel..."

O texto bíblico está relacionado:

a) ao Cisma.

b) à Diáspora.

c) ao Êxodo.

d) à "nica".

e) ao Cativeiro da Babilônia.

→ DL/SP/H1/H11

Página 65

Capítulo 2 A Grécia Antiga

Antropozoomorfismo, arcaico, aristocracia, arqueologia, Bíblia, cerâmica, faraó, Fenícia, Heliópolis, hierarquia, hieróglifos, Mesopotâmia, monoteísmo, Neolítico, nômades, nomo, Paleolítico, paleontologia, Palestina, poligamia, politeísmo, talassocracia, teocracia, historiografia.

As palavras têm história. Todos os termos acima difundiram-se através da língua grega. Revelam mais que uma forma de expressar lugares, conceitos e sociedades. Revelam a conquista grega, também, sobre conhecimentos e expressões desenvolvidas em outras formações sociais. A expansão grega pelo Mediterrâneo permitiu mais do que a troca de mercadorias entre regiões diversas. Possibilitou a articulação de conhecimentos, técnicas e expressões.

O grego faz parte do grande grupo linguístico indo-europeu, registrado de forma escrita em torno de 2000 a.C. A maior parte das línguas europeias pertence a esse grupo, inclusive o latim, que, a partir da expansão romana iniciada no século III a.C., também deixaria sua presença registrada.

Entre os gregos, no entanto, havia diversos dialetos, divididos em três grandes grupos: eólico (em Lesbos, na Beócia e Tesália), dórico (no Peloponeso, em Creta, Rodes e na Sicília) e o jônico (na Ática, na Jônia e em Cíclades).

Com o florescimento cultural e político da cidade de Atenas, nos séculos V e IV a.C., o dialeto Ático foi particularmente utilizado pelos poetas, escritores e filósofos. A partir de então, estruturou-se uma Língua Comum (Koinè Diálektos), falada pela imensa maioria dos gregos.

A língua grega possui uma particular musicalidade, devido à proporção de vogais e consoantes e à ausência de tons ásperos. Sua sonoridade tornava agradável a audição das narrativas orais, estimulou a produção poética acompanhada de instrumentos musicais (a poesia lírica) e tornou-se objeto da reflexão filosófica de seus pensadores.



Compartilhe com seus amigos:


Page 14

7 (UFC-CE) O chamado Código de Hamurabi – escrito sobre uma coluna de pedra medindo 2,25 m de altura por 1,50 m de circunferência – encontra-se no Museu do Louvre, em Paris.

Sobre o Código de Hamurabi, podemos afirmar, corretamente, que se trata de:

a) um conjunto de leis regidas a partir do reconhecimento da existência de diferenças sociais naquela sociedade;

b) um conjunto de leis básicas criadas pelo legislador e rei da Babilônia, a ser adotado pelo mundo civilizado;

c) um corpo de leis que visa eliminar as diferenças sociais entre ricos e pobres;

d) um simples documento revelador de aspectos interessantes da língua babilônica;

e) uma legislação voltada para a defesa dos interesses comuns de escravos e de seus proprietários.

→ DL/CF/H12




Compartilhe com seus amigos:


Page 15

ANÁLISE DE IMAGEM CERÂMICA

Heracles (ou Hércules) matando o leão de Nemeia

Material: Vaso (stamnos) em terracota estilo figuras vermelhas

Datação: c. 490 a.C.

Autoria: Kleopharecles

Atualmente exposto no Museu da Universidade da Pensilvânia (Estados Unidos).

Aponte as motivações econômicas e religiosas que estimularam portugueses e espanhóis

BIBI SAINT-POL

Verificação de leitura 1 → conforme tabelas das páginas 8 e 9.

Faça em seu caderno

1 Aponte e explique qual era o centro político da sociedade micênica. → DL/CF/SP/CA/H7/H11

2 Aponte as atividades econômicas praticadas pelos micênicos. → DL/CF/H7

3 Explique como ocorreu o processo de dissolução da sociedade micênica. → DL/CF/H15

4 Quais eram as funções dos aedos? → DL/H3/H21

5 Quais eram as características dos oikos? → DL/CF/SP/CA/H11

6 Explique como o estabelecimento do estilo geométrico na cerâmica grega e as narrativas homéricas relacionam-se com as crenças e o papel dos deuses na cultura grega. → DL/CF/H5

Página 71

2 A pólis grega

Kouros

Aponte as motivações econômicas e religiosas que estimularam portugueses e espanhóis

MUSEU METROPOLITANO DE ARTE, NOVA YORK, EUA




Compartilhe com seus amigos:


Page 16

DE OLHO NOS CONCEITOS

• Genos


• Oikos

• Pólis

• Escravidão

• Laconismo

• Aristocracia

• Oligarquia

• Democracia

• Tirania

• Ostracismo

• Cultura helenística

EXPANSÃO DE POVOS DE LÍNGUA INDO-EUROPEIA (A PARTIR DE 2600 a.C.)

Aponte as motivações econômicas e religiosas que estimularam portugueses e espanhóis

MÁRIO YOSHIDA

Fonte: Elaborado com base em KINDER, H.; HILGEMANN, W. Atlas histórico mundial. Madrid: Akal, 2006.

Página 66

1 A formação da sociedade grega

A Grécia Antiga foi formada por um conjunto de sociedades que se desenvolveu na região dos Balcãs, no sudoeste da Europa. Tais sociedades distribuíram-se entre o continente europeu e as diversas ilhas, próximas dos mares Jônico e Egeu, conquistados e povoados por povos de origem indo-europeia a partir de 2000 a.C.

Os habitantes dessa região se autodenominavam como helenos e à sua sociedade como Hélade. Foram os romanos, em seu posterior processo de expansão, que os chamaram de gregos, devido ao nome de um dos muitos povos que lá habitavam.

GRÉCIA ANTIGA (SÉCULO VI A.C.)

Aponte as motivações econômicas e religiosas que estimularam portugueses e espanhóis

MÁRIO YOSHIDA

Fonte: Elaborado com base em DUBY, Georges. Grand atlas historique. Paris: Larousse, 2008.

Linha do tempo (adaptada)

PERÍODOS




Compartilhe com seus amigos:


Page 17

8 (UFMS) "Nos anos 2500 a.C., um faraó chamado Quéops ordenou a todos os seus súditos que trabalhassem na construção de seu túmulo. Ele queria que o edifício fosse do tamanho de uma montanha – e isso aconteceu. Dentro dela caberia qualquer igreja enorme. Escalar uma de suas pedras é como escalar uma montanha. E, no entanto, foram homens que transportaram aqueles blocos enormes, que os colocaram um sobre o outro, sem máquinas complicadas, usando no máximo polias e alavancas. Puxar e empurrar foram tarefas feitas pela força braçal de homens. Imagine esse trabalhão debaixo do sol ardente da África. Durante trinta anos, mais de 100 000 homens e mulheres trabalharam para o faraó como servos e escravos [...]"

GOMBRICH, Ernest. H. Breve História do Mundo. São Paulo: Martins Fontes, p. 53.

Sobre a civilização da qual trata o texto, é correto afirmar:

Página 64

01) A terra era considerada propriedade estatal e a sua distribuição à nobreza visava ao fortalecimento do poder do Faraó.

02) O Estado era teocrático, com o poder político concentrado nas mãos do Faraó, tido pelos súditos como uma divindade viva.

04) Era uma sociedade democrática, com forte participação dos cidadãos no processo político.

08) A base de sua economia era a agricultura, executada exclusivamente por trabalhadores livres assalariados.

16) Politeísta e antropozoomórfica, a religião dominava todos os aspectos da vida pública e privada.

No seu caderno, anote o resultado da soma das alternativas corretas.

→ DL/CF/H1/H5/H11




Compartilhe com seus amigos:


Page 18

Kouros. Mármore, c. 590-580 a.C.

A referência é egípcia: maciço e cúbico, silhueta delgada de ombros largos, punhos cerrados, perna esquerda adiantada, rótula acentuada e tratamento formalista do cabelo. É a mais antiga estátua humana de vulto redondo (técnica de escultura de três dimensões), em tamanho natural, de pedra, em pé e sem qualquer apoio. O escultor separou os braços do torso e as duas pernas, suprimiu todo o material desnecessário (exceto a ligação dos punhos com as coxas) e superou a referência egípcia dando movimento à pedra inerte. Não se trata de diferença técnica, mas de intenção artística. Ao libertá-la da pedra, dotou a estátua de um espírito totalmente diferente das estátuas egípcias. Esse tipo de representação é denominada Kouros (homem jovem) ou Koré (mulher jovem). Tais figuras foram largamente produzidas no Período Arcaico. A ausência de diferenciação é a característica essencial dessas figuras. Não são deuses/deusas, nem homens/mulheres, mas um tipo ideal de perfeição física.

Lentamente, as comunidades gentílicas foram se desagregando. O crescimento demográfico e a escassez de terras férteis são considerados os principais elementos transformadores do convívio entre os gregos. Disputas envolvendo terras cultiváveis motivaram o surgimento de mecanismos de controle sobre a população marginalizada.

Genos de uma mesma região, já próximos culturalmente, foram se organizando para a defesa das terras férteis. Essa união produziria lentas modificações políticas e econômicas. As alianças levaram ao enfraquecimento do pater familias e ao fortalecimento de um chefe militar supremo, o basileu. A fragilização do pater abriu espaço para a divisão das terras e o surgimento da propriedade privada nas mãos dos bem-nascidos: os eupátridas.

É nesse contexto que, após o século VIII a.C., a vida urbana renasceu. A escrita voltava a ganhar espaço, utilizando agora os caracteres mais aperfeiçoados dos fenícios.

O PERÍODO ARCAICO (VIII-V A.C.)

As cidades-Estado gregas, denominadas póleis (no singular, pólis) desenvolveram-se de forma diversa e espalharam-se pela região dos Balcãs e ilhas adjacentes. Cada pólis constituía-se em uma instituição política independente, como um pequeno Estado soberano, que articulava o espaço urbano e a área rural próxima.

Os laços de parentesco dos diversos clãs e tribos integrantes de uma pólis, remanescentes do Período Homérico, mantinham-se como referências e remetiam a uma ancestralidade comum, em geral lendária ou mítica. Mas, o conjunto desses diversos níveis de solidariedade passou a ser conhecido como demos (povo), ao mesmo tempo, território e população por ele ocupado, que estabelecia uma outra fronteira, mais jurídica que espacial, entre os naturais da cidade e os estrangeiros, desprovidos de direitos.

Com isso, operava-se uma alteração decisiva em relação à vida social que se desenvolvera no período Creto-Micênico (e até mesmo considerando-se as pequenas cidades daquele período). Se naquela altura o palácio era o centro da vida social, a partir do século VIII a.C. seriam as praças das assembleias, as ágoras, os lugares de decisões e a partir das quais se organizavam a vida social.

A ágora era uma praça pública, um lugar de reuniões antes de ser a praça do mercado. Nela se dava o exercício da política, da disputa, da competição, do convencimento. Como afirmou Jean-Pierre Vernant, onde a política tomava a forma de agón, de combate, de jogo.

O novo poder da palavra

Esse novo quadro urbano provocou uma alteração cultural. A palavra, anteriormente marcada pelos rituais e pelas narrativas dos aedos, passou a ser instrumento político, do debate e da discussão. Significativamente, a palavra foi vinculada a uma divindade, Peithó, deusa da persuasão e da sedução.

Página 72

A argumentação necessária ao convencimento nos debates exigia o desenvolvimento da racionalidade e da retórica. A política grega era, essencialmente, o exercício da linguagem e da reflexão.

Isso não significa que os gregos tivessem abandonado suas crenças religiosas, seus rituais, seus santuários e seus deuses. As dimensões do sagrado coexistiam com as práticas políticas. Mas, se compararmos com o papel que as crenças tiveram no Egito e na Mesopotâmia, levando até mesmo à divinização de seus dirigentes, podemos perceber a redução de sua importância na cultura grega.

Caminhos diferentes marcaram os dois exemplos mais importantes de póleis gregas: Esparta e Atenas. De todas as cidades-Estado, esta última foi a que desenvolveu mais intensamente a relação entre a palavra, o conhecimento e a política, como veremos mais à frente.

No entanto, um traço foi praticamente comum às cidades-Estado gregas. A escravidão, ou seja, a sujeição de seres humanos à condição de propriedade de pessoas ou da pólis, foi uma das características marcantes do mundo grego.

AS PÓLEIS GREGAS (750-338 a.C.)

Aponte as motivações econômicas e religiosas que estimularam portugueses e espanhóis

MÁRIO YOSHIDA

Fonte: Elaborado com base em Atlas histórico. São Paulo: Encyclopaedia Britannica do Brasil, 1989.

Os Jogos Olímpicos

A cada quatro anos eram organizados jogos para homenagear Zeus, o mais importante dos deuses dos gregos. O lugar dessas competições era a cidade de Olímpia, numa referência à morada dos deuses na alta montanha sagrada. Há várias lendas que tratam da origem dos Jogos

Olímpicos. Uma delas afirma que Atlios, filho de Zeus, teria instituído os jogos em memória de seu pai. Nesses primeiros tempos, as competições denominavam-se atla e seus participantes seriam os atletas.

A primeira Olimpíada da Antiguidade de que se tem registro seguro ocorreu em 776 a.C. Apenas duas cidades enviaram seus representantes. Nos jogos seguintes, em 772 a.C., um jovem, após vencer uma corrida, subiu no monte onde se encontrava o templo de Hermes, deus da velocidade, e depositou o prêmio de sua vitória: a coroa de louros. A partir de então, cada vez mais cidades integravam-se às competições enviando seus atletas. E os jogos passaram a ser disputados em sete dias. No início, disputavam-se apenas provas de corrida simples. Posteriormente, foram incluídas a corrida com armas, a luta (pugilato), o pentatlo (corrida, luta, arremesso de dardo, de disco e de peso) e as corridas de cavalo, biga e quadriga.

A semana dos Jogos era um período de trégua geral na Grécia Antiga. Simbolizava o esplendor da força humana e o desenvolvimento do corpo com os valores do espírito. E um momento mágico de aproximação com os deuses.

Tensões sociais e a colonização grega

Durante o Período Arcaico, a economia estava baseada nas atividades agrícolas e no pastoreio. As escassas terras férteis eram controladas pelos chefes de clãs, que haviam reduzido o poder dos reis na maioria das póleis gregas.

Esses chefes constituíam aristocracias (em grego, governo dos melhores), e consideravam-se descendentes dos heróis míticos. Na prática, os aristocratas possuíam as melhores terras e controlavam os poderes político e judiciário nas diversas cidades-Estado.

As insatisfações entre os desfavorecidos desembocaram em dois movimentos fundamentais. Ao longo do Período Arcaico, verificaram-se intensas lutas políticas por reformas sociais e jurídicas, com o objetivo de garantir a ampliação da participação nas decisões e a distribuição de terras. Paralelamente, entre 750 e 550 a.C., organizaram-se migrações de gregos em grupos que se aventuravam pelo Mar Mediterrâneo em busca de terras onde pudessem se estabelecer.

A colonização grega, como essa migração ficou conhecida, garantiu por meio da conquista a expansão da cultura helênica pelo Mediterrâneo e a fundação de diversas outras pequenas cidades-Estado independentes.

Em seu processo de expansão, os gregos estabeleceram-se no Sul da Península Itálica e na Sicília (região que denominaram de Magna Grécia), na Córsega, no Sul

Página 73

da Gália (atual França), na costa mediterrânea da Península Ibérica e ao Norte do continente africano. Também espalharam-se pela costa da Ásia Menor e estabeleceram colônias no litoral do Mar Negro.

A expansão grega estimulou as atividades mercantis e artesanais e levou ao crescimento do seu poderio naval. Com isso, internamente, comerciantes enriquecidos passavam também a pressionar os aristocratas exigindo reformas políticas. Do ponto de vista externo, os gregos começaram a rivalizar com os fenícios que controlavam boa parte do comércio no Mediterrâneo (como vimos no capítulo anterior).

Em particular, Cartago, cidade fenícia que se tornou autônoma em 650 a.C. e estabeleceu pequenas feitorias (entrepostos fortificados) no litoral africano e no sul da Península Itálica.

Aos confrontos com os cartagineses somaram-se também os enfrentamentos com os etruscos, estabelecidos na Península Itálica. A expansão grega acirrou as disputas pelo controle do comércio mediterrâneo.

GREGOS E FENÍCIOS (SÉCULOS VI-IV a.C.)

Aponte as motivações econômicas e religiosas que estimularam portugueses e espanhóis

MÁRIO YOSHIDA

Fonte: Elaborado com base em BLACK, J. (Org.). World history atlas. London: Dorling Kindersley, 2008.

Esparta


De acordo com a mitologia, Lacedêmon, filho de Zeus, casou-se com Esparta, filha do rio Eurotas. Lacedêmon transmitiu seu nome aos seus descendentes, os lacedemônios, e definiu a denominação da capital de seu reino com o nome de sua esposa, Esparta. Lacedêmon era também conhecido como Lácon e, a região dominada por seus descendentes, como Lacônia.

Esparta estava localizada na Lacônia, em torno do rio Eurotas, que formava um vale de terras férteis que favoreciam as atividades agrícolas. O litoral da Lacônia, no entanto, não era favorável ao embarque e desembarque de navios, devido a seus penhascos e pântanos. As condições geográficas favoreciam o isolamento dos espartanos.

Descendentes dos dórios, os espartanos submeteram os messênios e toda a região da Lacônia, transformando a população conquistada em hilotas (aprisionados), que deviam aos espartanos uma parte da produção extraída de suas terras. Há historiadores que definem oshilotas como escravos. Mais preciso, porém, é considerar sua condição social próxima da servidão, por não se constituírem plenamente como propriedade.

Além dos hilotas, que se dedicavam às atividades agrícolas e pastoris, na sociedade espartana havia também os periecos. Eram estrangeiros livres que tinham direitos políticos limitados, deviam prestar serviço militar a Esparta, ocupavam-se das atividades mercantis e habitavam as terras das periferias da cidade.

A partir das conquistas foi se consolidando o caráter militar de Esparta. Os cidadãos espartanos não se prestavam a atividades manuais e dedicavam-se integralmente ao treino para a guerra. Desde os sete anos, os meninos recebiam treinamento militar, que consistia em viver em acampamentos, praticar exercícios, participar de competições e suportar provações físicas.

O rígido controle disciplinar e o baixo estímulo às atividades intelectuais não permitiram que em Esparta a palavra se desenvolvesse como um instrumento da política. As decisões coletivas eram tomadas em assembleias de guerreiros com mais de trinta anos, controladas pela Gerúsia, o conselho dos mais velhos (veja infográfico à p. 74).

Página 74

ESTRUTURA POLÍTICA E SOCIAL DE ESPARTA (SÉCULO VII a.C.)

Aponte as motivações econômicas e religiosas que estimularam portugueses e espanhóis

A+ COMUNICAÇÃO

MUSEU BRITÂNICO, LONDRES, INGLATERRA

Fonte: Elaborado com base em KINDER, H.; HILGEMANN, W. Atlas histórico mundial. Madrid: Akal, 2006.

Apenas após completar trinta anos o espartano tornava-se um cidadão pleno. Além de participar das assembleias podia pernoitar em sua própria casa. Até então, permanecia nos acampamentos militares coletivos. Supõe-se que, após a vitória sobre os messênios no século VIII a.C., tenha havido uma divisão de terras que conferia uma certa igualdade social entre os espartanos, que se autodefiniam como homoioi (os iguais).

O vocabulário reduzido da imensa maioria dos espartanos ficaria registrado na palavra laconismo, derivada da região da Lacônia, por eles dominada.

Atenas

De acordo com a mitologia, Zeus engoliu sua primeira esposa, Métis, ainda grávida. Isso ocorreu porque as previsões de Urano e de Geia indicavam que Métis daria à luz uma filha, cuja descendência arrebataria o poder de Zeus.

Meses depois, Zeus passou a ter dores de cabeça insuportáveis e ordenou ao deus Hefesto que lhe abrisse o crânio com um machado, de onde saiu a deusa Atena, armada com uma lança. Nascida da cabeça de Zeus, Atena era considerada a deusa da sabedoria, do conhecimento, das artes e da estratégia militar.

Conhecida como a Grande Mãe em diversas partes da Grécia, tornou-se a protetora da cidade de Atenas, que vigiava instalada no Partenon, templo construído na Acrópole, a parte mais alta da cidade.

Atenas constituiu-se em uma das maiores cidades-Estado da Grécia com cerca de 2.600 km2 , contrastando com a maioria. Para se ter uma ideia, na pequena Ilha de Ceos, de 173 km2 , havia quatro póleis.

Estabelecida em uma região de terras pouco férteis, desde a época micênica, sua produção agrícola estava baseada em oliveiras e vinhas. No litoral de seu território havia o porto de Pireu, que contribuiu para o desenvolvimento de suas atividades marítimas e mercantis.

Em torno do século VIII a.C., o poder em Atenas era exercido por um pequeno grupo de aristocratas, detentores das melhores terras, que havia substituído a monarquia por uma oligarquia (governo de poucos). Os aristocratas deliberavam sobre a guerra e a administração da cidade, dividiam entre si os cargos públicos e aplicavam a justiça, a partir de leis costumeiras que não possuíam registro escrito. Tal situação dava margem a manipulações e interpretações de acordo com os interesses desses aristocratas.

O desenvolvimento econômico de Atenas, marcado pelas atividades mercantis e marítimas, possibilitou o enriquecimento de comerciantes que não tinham direito a participação nas decisões políticas da cidade no século VII a.C.

Página 75




Compartilhe com seus amigos:


Page 19

GRÉCIA ANTIGA

ANOS

7000 a.C. ▾

Primeiros assentamentos humanos e atividades agrícolas.

3000 a.C. ▾

Desenvolvimento da metalurgia e comércio nas ilhas Cíclades (sul do mar Egeu).

Período Creto-Micênico

2000 a.C. ▾

Desenvolvimento da escrita.

Assentamentos de populações indo-europeias a nordeste do Peloponeso.

1600 a.C. ▾

Florescimento da cultura micênica.

1450 a.C. ▾

Destruição da cultura minoica em Creta.

Colapso da cultura micênica.

Período Homérico

1150 a.C. ▾

900 a.C. ▾

Fundação de Esparta.

800 a.C. ▾

A Ilíada e A Odisseia atribuídas a Homero.

Desenvolvimentos das póleis gregas.

Período Arcaico

776 a.C. ▾

Primeiros registros sobre Jogos Olímpicos.

Aponte as motivações econômicas e religiosas que estimularam portugueses e espanhóis

WOLFGANG KAEHLER/CORBIS/LATINSTOCK

750 a.C. ▾

Expansão das colônias gregas pelo mar Mediterrâneo e mar Negro.

621 a.C. ▾

Código de Dracon.

594 a.C. ▾

Reforma de Sólon.

550 a.C. ▾

Fundação da Liga do Peloponeso.

546 a.C. ▾

Reforma de Psístrato.

Página 67

O PERÍODO CRETO-MICÊNICO (XX-XII a.C.)

Um dos primeiros centros da cultura helênica desenvolveu-se na ilha de Creta. Vestígios arqueológicos indicam que a cidade de Cnossos, era a base de um império predominantemente comercial.

O poeta grego Homero na Odisseia (livro IXI) – considerada uma importante fonte para o conhecimento do período – destacava a grandeza da cidade:

"[...] Existe uma terra, por nome Creta, situada no vinoso mar, bela fértil, cingida de água por todos os lados: seus habitantes, inumeráveis, distribuem-se por noventa cidades [...] Entre essas cidades sobressai uma, Cnosso, na qual, desde nove anos de idade, reinou Minos, confidente do grande Zeus [...]."

HOMERO. Odisseia. Trad. adaptada. São Paulo: Editora Nova Cultural, 2002. p. 247.

PERÍODO CRETO-MICÊNICO (c. 2500-1150 a.C.)

Aponte as motivações econômicas e religiosas que estimularam portugueses e espanhóis

MÁRIO YOSHIDA

Fonte: Elaborado com base em KINDER, H.; HILGEMANN, W. Atlas histórico mundial. Madrid: Akal, 2006.

Tal sociedade foi denominada como minoica em homenagem ao lendário rei Minos, citado na

Odisseia. Os domínios cretenses, espalhados em diversas partes do Mediterrâneo, levaram à constituição de um verdadeiro império marítimo, que se costuma definir como talassocracia, termo que já vimos no capítulo anterior aplicado aos fenícios.

O coração da cidade era o grande palácio, espaço do monarca, de seus familiares e da administração e governo de Creta. Sua monumental construção se caracterizava pela presença de salas interligadas entre si por meio de corredores, por terraços superpostos, pórticos e entradas monumentais, dando-lhe a aparência de um grandioso labirinto (que se relaciona à história mítica de Teseu e o Minotauro). Além de pátios, teatro, templo, alojamentos, salas de armazenagem, o palácio era dotado de sofisticados aquedutos de terracota

MIGRAÇÕES (A PARTIR DE 2000 a.C.)

Aponte as motivações econômicas e religiosas que estimularam portugueses e espanhóis

MÁRIO YOSHIDA

Fonte: Elaborado com base em KINDER, H.; HILGEMANN, W. Atlas histórico mundial. Madrid: Akal, 2006.

Continuação da linha do tempo:

Período Arcaico

508 a.C. ▾

Reforma de Clístenes.

500 a.C. ▾

Primeira Guerra Greco-Persa.

490 a.C. ▾

Batalha de Maratona.

Período Clássico

480 a.C. ▾

Segunda Guerra Greco-Persa.

Batalha de Himera.

477 a.C. ▾

Fundação da Liga de Delos.

469 a.C. ▾

Nasce Sócrates em Atenas.

460 a.C. ▾

Primeira Guerra do Peloponeso.

Página 68

sob o pavimento, capazes de trazer água de fontes situadas a quilômetros de distância.

Essas instalações estavam repletas de objetos artísticos. Os cretenses recobriam as paredes com camadas de uma mistura composta de sulfato de cálcio (conhecido como cal), pó de pedra e água que pintavam com a superfície ainda úmida, de forma que as cores penetrassem no estuque antes que secasse. Essa técnica, conhecida como afresco, decorava as paredes de palácios e casas mais importantes. A vida marinha destacava-se como um dos temas preferidos da pintura minoica.

A arte cretense também revela o intercâmbio que mantinham com o exterior, especialmente com o Egito. Desde o modelo para vasos de pedra, os motivos religiosos, as pinturas murais, a arte do vale do Nilo influiu decisivamente na arte minoica. Entretanto, os minoicos apresentavam uma concepção de beleza diferenciada que se caracterizava pelo naturalismo, leveza, graciosidade e movimento.

Por volta de 1450 a.C, os núcleos cretenses foram destruídos. Especula-se que possa ter havido uma grande erupção vulcânica. Outra possibilidade de explicação aponta para a invasão de gregos do continente, provenientes da cidade de Micenas, que teriam submetido os cretenses.

Micenas

A formação da cidade de Micenas (veja mapa da página 66) remonta a cerca de 1600 a.C. Fundada pelos aqueus, um dos muitos povos helênicos, a cidade iniciou sua expansão em torno de 1500 a.C e teria atingido seu apogeu entre 1400 e 1230.

A economia micênica estava baseada na agricultura, no comércio e na navegação. Como os cretenses, também construíram palácios que serviam como centros para a administração de seus domínios.

Em torno de 1150 a.C., os domínios micênicos desintegraram-se. Uma série de guerras internas, mudanças climáticas que prejudicaram as atividades agrícolas e a invasão dos dórios, outro povo helênico, desarticularam a sociedade micênica. Muitos atribuem ao manejo da metalurgia do ferro a constituição de armas mais resistentes que as de bronze, utilizadas pelos micênicos.

De qualquer modo, como notou o historiador Pierre Vernant em seu livro As origens do pensamento grego, não se trata apenas da queda de uma dinastia, mas de toda uma forma de vida social, centralizada em torno do palácio e que se assemelhava à vida em Creta. A imagem de um rei divino, ligado à política do palácio, e de uma hierarquia de funcionários que compunha a sua burocracia, desaparecia do horizonte político grego.

Após um período de reordenação social e isolamento, surgiria a cultura da cidade e com ela o pensamento racional, características marcantes das formações sociais gregas.

O PERÍODO HOMÉRICO (XII-VIII a.C.)

Entre 1200 e 800 a.C., a dissolução da vida social baseada nos palácios foi substituída por outras formas de laços sociais e de práticas culturais. Os registros escritos desapareceram acompanhando o definhamento das atividades mercantis e a derrocada da administração palaciana.

As pesquisas arqueológicas indicam a existência de pequenos núcleos urbanos e diversos grupos agropastoris na região balcânica. Com a ausência de laços políticos institucionais, proliferaram comunidades baseadas em relações de parentesco com a formação de clãs e tribos. Tais comunidades, conhecidas por genos, preservavam a memória de antepassados comuns e seus membros mantinham-se unidos também por práticas religiosas comuns.

Em torno do genos estruturava-se o oikos, unidade que compreendia terras, casas, ferramentas, armas e gado, itens com que o grupo geria sua economia coletivista. O trabalho no oikos – pastoreio, agricultura, produção de óleo e vinho, fiação e tecelagem – era realizado tanto pelos membros dos genos como pelos escravos

Continuação da linha do tempo:

Período Clássico

443 a.C. ▾

Péricles domina a política em Atenas.

431 a.C. ▾

Segunda Guerra do Peloponeso (Atenas x Esparta).

399 a.C. ▾

Sócrates é condenado à morte.

387 a.C. ▾

Platão funda a Academia de Atenas.

384 a.C. ▾

Nasce Aristóteles na Trácia.

359 a.C. ▾

Felipe II da Macedônia sobe ao poder.

338 a.C. ▾

Tropas da Macedônia conquistam a Grécia.


Página 69

capturados em investidas contra outras comunidades. Essa estrutura era liderada por um chefe político e religioso chamado de pater familias e contava com assembleias de guerreiros-proprietários e/ou monarcas que se sobressaíam às tribos e aos clãs.

Essa sociedade contava ainda com a figura do aedo, poeta cantor, que era o responsável por transmitir os conhecimentos sobre o passado da comunidade por meio de versos. Para prender a atenção de seus ouvintes, os aedos ampliavam as histórias já conhecidas, de modo que a história chegava às futuras gerações sempre com novos matizes. Não estava a seu cargo apenas narrar, e sim fazê-lo com beleza e ritmo, buscando emocionar os ouvintes.

As informações mais antigas e completas que possuímos acerca da Guerra de Troia vêm de dois poemas: a Ilíada e a Odisseia, que contêm respectivamente cerca de 1600 e 1200 versos, ambos atribuídos ao poeta Homero e datados do século VIII a.C. Os poemas se tornaram tradicionais documentos literários. Entretanto, a autoria e a existência do poeta são colocadas em xeque, pois as pesquisas apontam para dois ou mais compositores da obra. De qualquer modo, em razão desses escritos, o período que se estende do século XII até o século VIII a.C. foi denominado homérico.



Compartilhe com seus amigos:


Page 20

9 (Fuvest-SP) A partir do III milênio a.C. desenvolveram-se, nos vales dos grandes rios do Oriente Próximo, como o Nilo, o Tigre e o Eufrates, estados teocráticos, fortemente organizados e centralizados e com extensa burocracia. Uma explicação para seu surgimento é:

a) a revolta dos camponeses e a insurreição dos artesãos nas cidades, que só puderam ser contidas pela imposição dos governos autoritários.

b) a necessidade de coordenar o trabalho de grandes contingentes humanos, para realizar obras de irrigação.

c) a influência das grandes civilizações do Extremo Oriente, que chegou ao Oriente Próximo através das caravanas de seda.

d) a expansão das religiões monoteístas, que fundamentavam o caráter divino da realeza e o poder absoluto do monarca.

e) a introdução de instrumentos de ferro e a consequente revolução tecnológica, que transformou a agricultura dos vales e levou à centralização do poder.

→ DL/SP/H8/H19/H26




Compartilhe com seus amigos:


Page 21

6 (UFSM-RS) "[...] E a situação sempre mais ou menos / Sempre uns com mais e outros com menos / A cidade não para, a cidade só cresce / O de cima sobe e o de baixo desce / [...]"

Este trecho da música do pernambucano Chico Science (1966-1997) e grupo Nação Zumbi nos remete à vida em cidades, processo que passou a ser significativo na história, a partir do quarto milênio a.C., na Mesopotâmia. Sobre esse processo, é correto afirmar:

a) Com o surgimento e crescimento das cidades, houve um progressivo aumento da especialização do trabalho e da igualdade social, enfraquecendo o poder político.

b) A diminuição da produção agrícola assegurou excedentes para a manutenção de especialistas, desenvolvendo a urbanização em cidades-Estado socialmente desiguais.

c) Apesar da urbanização e das novas tecnologias de irrigação, mantém-se um Estado de caráter exclusivamente político e que não intervém na economia, conservando a ordem social hierarquizada.

d) A sedentarização do homem, o desenvolvimento de cidades, a especialização do trabalho e uma sociedade socialmente desigual levaram à constituição de polos de poder como o Templo e o Palácio.

e) Mesmo se legitimando através de conquistas militares ou como mediadores entre o mundo terreno e o mundo divino, os soberanos separaram a esfera política da religiosa no intuito de conservar uma sociedade desigual.

→ DL/CF/SP/H3/H11



Compartilhe com seus amigos:


Page 22

Tá ligado?! Faça em seu caderno

(Unesp)

Aedo e adivinho têm em comum um mesmo dom de "vidência", privilégio que tiveram de pagar pelo preço dos seus olhos. Cegos para a luz, eles veem o invisível. O deus que os inspira mostra-lhes, em uma espécie de revelação, as realidades que escapam ao olhar humano. Sua visão particular age sobre as partes do tempo inacessíveis às criaturas mortais: o que aconteceu outrora, o que ainda não é.

Jean-Pierre Vernant. Mito e pensamento entre os gregos, 1990. (adaptado)

O texto refere-se à cultura grega antiga e menciona, entre outros aspectos,

a) o papel exercido pelos poetas, responsáveis pela transmissão oral das tradições, dos mitos e da memória.

b) a prática da feitiçaria, estimulada especialmente nos períodos de seca ou de infertilidade da terra.

c) o caráter monoteísta da sociedade, que impedia a difusão dos cultos aos deuses da tradição clássica.

d) a forma como a história era escrita e lida entre os povos da península balcânica.

e) o esforço de diferenciar as cidades-Estados e reforçar o isolamento e a autonomia em que viviam.

→ DL/H2

→ conforme tabelas das páginas 8 e 9.

A cerâmica grega e a arqueologia

Até final do século XIX, a obra de Homero foi o grande ponto de partida para os estudos da história grega. Os arqueólogos não encontraram evidências para a confirmação das narrativas históricas do poeta, mas descobriram um conjunto documental de grande importância para o estabelecimento da cronologia desse período.

O período entre os séculos IX e VIII a.C. também é conhecido por época geométrica devido, sobretudo, ao uso de um tipo especial de cerâmica cuja decoração predominante era de caráter geométrico.

Foi encontrada grande variedade de recipientes (ânforas, crateras, cântaros, cálices, taças, vasos, caixas). Além de servirem para rituais religiosos, eles eram

Continuação da linha do tempo:

Período Clássico

336 a.C. ▾

Assassinato de Felipe II.

Alexandre, o Grande, ascende ao trono.

332 a.C. ▾

Tropas de Alexandre conquistam o Egito.

Período Helenístico

323 a.C. ▾

Morte de Alexandre, o Grande.

290 a.C. ▾

Fundação da Biblioteca de Alexandria.

168 a.C. ▾

Exército macedônio é derrotado pelo exército romano.

150 a.C. ▾

Macedônia torna-se província romana.

30 a.C. ▾

Fim da Dinastia Ptolomaica no Egito.


Página 70

utilizados para armazenar (mantimentos, água, vinho, azeite, perfumes, joias) e para servir bebidas. Os estudiosos observaram que cada forma correspondia à sua função.

Os mais antigos testemunhos artísticos desse período são as grandes ânforas funerárias provenientes do cemitério ateniense de Dipylon. Sua função era servir de identificadores para as tumbas sobre as quais estavam situadas. Essas peças marcaram o início de uma importante tradição cerâmica que se manteria ao longo da história da arte grega. Trata-se de recipientes de grande formato (cerca de 1,75 metro) decorados com pintura negra sobre fundo vermelho com motivos geométricos.

Aos poucos, às formas geométricas foram acrescidas figuras de animais (cavalos, cabras e cervos), que logo deram lugar às primeiras cenas figurativas com personagens humanos, que acabariam por adquirir maior importância, complexidade e espaço.

Os desenhos eram pintados, no início, em verniz negro sobre a argila vermelha. Por volta de 500 a.C. essa técnica passou ao procedimento inverso: pintava-se o fundo de negro reservando para as figuras o vermelho da argila.

Deuses e seres humanos

O caráter geométrico na decoração das cerâmicas foi acompanhado também pela fixação de uma arte mais despojada, em que se reduziam os elementos místicos. Para alguns estudiosos, isso já revela uma importante alteração cultural, com a distinção entre o mundo dos deuses e o mundo dos seres humanos.

O mesmo se passa com as histórias atribuídas a Homero, em que os deuses estão presentes, mas compõem as narrativas com os seres humanos, com seus feitos, valores e fraquezas. Nesses registros, já é possível observar a delimitação entre o divino e o humano.



Compartilhe com seus amigos:


Page 23

10 (UFPB) Sobre os povos da Antiguidade Oriental, é correto afirmar:

a) A agricultura foi o primeiro fator de enriquecimento e desenvolvimento dos hebreus, devido ao aproveitamento das águas através de complexos e amplos sistemas de irrigação.

b) A religião constituiu a principal herança deixada pelos egípcios, de onde provém o monoteísmo judaico.

c) O comércio marítimo marcou a presença histórica dos fenícios, que estabeleceram contatos com diversos povos, no Mediterrâneo.

d) A guerra de conquista foi a principal característica dos sumérios, povo que construiu um império que se estendia do Egito às fronteiras da Índia.

e) A escrita cuneiforme, uma das mais importantes formas de registro escrito, produzido em blocos de argila, foi a principal contribuição dos persas, povo que habitou a Mesopotâmia.

→ DL/SP/H7




Compartilhe com seus amigos:


Page 24

K

Kepler / 169, 226, 227

L

Laconismo / 65, 74

Latifúndio(s) / 93, 99, 116, 229

Lei das Doze Tábuas / 94, 97, 116

Lei Sálica / 120

Leonardo Da Vinci / 147, 166, 168, 172

Linguagem / 16, 22, 60, 61, 72, 86, 193, 225, 270

Luís XIV / 261, 262, 263, 271

Luteranismo / 201, 203, 221, 226, 265

M

Magna Carta / 265, 268

Manuel da Nóbrega / 207, 216

Maomé / 125, 127, 128, 129, 132, 142, 146

Maquiavel / 171, 182, 204, 262, 274, 275

Marco Antônio / 96, 101, 110

Marco Polo / 154, 155, 159, 160, 161, 185

Mário (consul romano) / 100, 115

Martim Afonso de Sousa / 213

Martinho Lutero / 201, 202, 203, 221, 265, 266

Mercantilismo / 198, 218, 228, 229, 234, 235, 259, 262, 270

Metalismo / 229, 234

Metecos / 76

Michelangelo / 17, 85, 166

Missi Dominici / 139

Missões (reduções) / 123, 159, 199, 208, 210, 227, 228

Mita / 199, 210, 211, 227

Mito(s) / 34, 62, 163, 189, 194, 197, 207, 220

Moisés / 28, 39, 51, 55, 64, 146

Monarquia(s) / 46, 48, 55, 63, 74, 77, 81, 91, 94, 115, 121, 146, 171, 178, 180, 182, 183, 186, 197, 210, 216, 251, 252, 253, 255, 258, 259, 260, 261, 263, 264, 265, 266, 271, 272, 273, 274, 275


Página 280

Monocultura / 229, 232

Monoteísmo / 15, 42, 47, 55, 63, 64, 65, 111, 120, 144

Muçulmano(a)(s) / 17, 118, 125, 126, 127, 128, 129, 130, 131, 132, 133, 134, 142, 145, 146, 152, 154, 157, 158, 160, 161, 162, 163, 179, 181, 182, 183, 185, 199, 208, 231, 236, 245, 253, 256, 257, 258

N

Nabucodonosor / 31, 38, 39, 56

Natureza e cultura / 15, 22

Noé / 51, 54, 146, 239

Nomadismo / 15, 22

Nomarca(s) / 42, 47

Nomo(s) / 41, 42, 43, 46, 47, 65

O

Oikos / 65, 68, 70, 88

Oligarquia(s) / 65, 74, 80, 97, 127, 251

Olimpíadas / 88

Ostracismo / 65, 76

Otávio / 96, 101, 102, 103, 104, 110

P

Pacto colonial / 229, 234, 235

Padroado Real / 199, 205

Paganismo / 93, 117, 121, 122, 123

Pajé / 192

Pão e circo / 100, 104

Parlamento / 253, 258, 265, 267, 268

Patesi / 35

Patrícios / 94, 96, 97, 99, 100, 101, 113, 115, 116, 275

Pax Romana / 93, 104, 110

Péricles / 68, 79, 91

Periecos / 73

Pintura(s) (arte) rupestre(s) / 15, 22, 29, 30, 191

Plantation / 229, 235, 236, 237, 240

Platão / 21, 22, 68, 79, 91, 108, 121

Plebe, plebeus / 91, 94, 95, 96, 97, 99, 100, 101, 103, 113, 115, 116, 153, 234, 254, 255, 275

Poder temporal / 147, 156, 157

Póleis, pólis / 65, 66, 71, 72, 74, 78, 80, 81, 86, 89, 91, 92, 97, 102, 110

Politeísmo / 15, 47, 63, 65, 121, 128, 144

Pompeu / 96, 100

Predestinação / 199, 203, 226, 266

Pré-História / 16, 17, 22, 29, 59, 62

Propriedade(s) / 15, 25, 26, 27, 32, 37, 38, 64, 71, 72,73, 74, 76, 99, 105, 106, 110, 141, 146, 151, 153, 177, 188, 192, 203, 225, 229, 231, 232, 233, 235, 236, 248, 274

Protecionismo / 229, 234, 275

Protestantismo / 203, 204, 226, 258, 261, 262

R

Reforma agrária / 93, 95, 99, 101

Reforma Gregoriana / 147, 155, 156, 157, 176, 180

Renascimento / 117, 140, 145, 147, 166, 167, 168, 171, 172, 205, 268

República / 21, 91, 93, 94, 96, 100, 101, 103, 104, 112, 113, 114, 115, 116, 162, 163, 166, 174, 257, 261

Reserva senhorial / 149, 150

Revolução de Avis / 180, 182

Revolução Neolítica / 15, 23, 24, 58

Ruralização / 93, 105, 107, 110, 122, 141, 147

S

Sambaqui(s) / 30, 198

Santo Agostinho / 147, 156, 266

São Tomás de Aquino / 154, 165, 201

Satrapia(s) / 77

Sedentarismo / 30

Senhorio(s) / 117, 141, 149, 150, 151, 152, 158, 169, 171

Servidão / 73, 89, 145, 177, 178, 222, 227, 246, 247

Sesmaria(s) / 199, 213, 214

Sila / 100, 115

Soberania / 157, 170, 180, 203, 253, 258, 259, 261, 263

Sociedade do Antigo Regime / 253, 254

Sócrates / 67, 68, 79

Sólon / 66, 75

Suserano / 149

T

Talassocracia / 53, 65, 67

Teatro / 67, 79, 82, 86, 88, 102, 137, 262, 263, 266, 267

Teocentrismo / 147, 167

Teocracia / 15, 43, 63, 65, 145

Territorialização das expressões religiosas / 179, 180

Thomas Hobbes / 177, 226, 269, 270, 271, 275

Thomas Morus / 169, 274

Tibério Graco / 95, 99, 100

Tirania / 65, 75, 76, 80

Totem / 43, 46

Trabalho / 15, 16, 24, 25, 26, 27, 32, 33, 34, 38, 42, 43, 44, 47, 53, 59, 63, 64, 68, 70, 92, 96, 99, 106, 116, 118, 123, 124, 140, 141, 145, 147, 149,150, 151, 152, 176, 177, 191, 192, 198, 203, 204, 208, 210, 214, 215, 217, 222, 225, 226, 227, 228, 229, 230, 231, 232, 233, 234, 236, 237, 238, 239, 240, 246, 247, 248, 249, 251, 252, 255, 256, 257, 266

Trabalho compulsório / 46, 83, 116, 227, 251

Tráfico negreiro / 179, 184, 231, 237,241, 242, 244, 252

U

Ummah / 125, 127

V

Vasco da Gama / 186, 197

Vassalo(s) / 146, 149, 182, 259

X

Xerxes / 77

Z

Zaratustra / 77

Zoroastro / 77

Compartilhe com seus amigos:


Page 25

6 (Fuvest-SP) Segundo Marx e Engels, há períodos históricos em que as classes sociais em luta se encontram em tal equilíbrio de força que o poder político adquire um acentuado grau de independência em relação a elas. Foi o que aconteceu com

a) a Monarquia absolutista, em equilíbrio entre nobreza e burguesia.

b) a Monarquia feudal, em equilíbrio entre guerreiros e camponeses.

c) o Império romano, em equilíbrio entre patrícios e plebeus.

d) o Estado soviético, em equilíbrio entre capitalistas e proletários.

e) o Estado germânico, em equilíbrio entre sacerdotes e pastores.

→ DL/CF/H11/H12/H15




Compartilhe com seus amigos:


Page 26

2 (UEL-PR) "Aliás, o governo, embora seja hereditário numa família, e colocado nas mãos de um só, não é um particular, mas um bem público que, consequentemente, nunca pode ser tirado das mãos do povo, a quem pertence exclusiva e essencialmente e como plena propriedade. [...] Não é o Estado que pertence ao Príncipe, é o Príncipe que pertence ao Estado. Mas governar o Estado, porque foi escolhido para isto, e se comprometeu com os povos a administrar os seus negócios, e estes por seu lado, comprometeram-se a obedecê-lo de acordo com as leis."

DIDEROT, D. (1717-1784). "Verbetes políticos da Enciclopédia". São Paulo: Discurso, 2006.

Com base no texto, é correto afirmar:

a) Mesmo em monarquias absolutas, o soberano é responsável pelos seus súditos.

b) Ao Príncipe são concedidos todos os poderes, inclusive contra o povo de seu reino.

c) O governante é ungido pelo povo, podendo agir como bem lhe convier.

d) O povo governa mediante representante eleito por sufrágio universal.

e) Príncipes, junto com o povo, administram em prol do bem comum.

→ DL/SP/H12




Compartilhe com seus amigos: