A terra em comparação aos outros planetas

Se os filmes de ficção científica estiverem certos e existir vida inteligente em outros planetas do Sistema Solar, de uma coisa podemos ter certeza: para os alienígenas, a Terra brilha tanto quanto os astros que enxergamos daqui à noite.

A terra em comparação aos outros planetas
A terra em comparação aos outros planetas

Segundo Basílio Xavier Santiago, professor do Departamento de Astronomia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, isso ocorre porque, sendo um dos oito planetas do Sistema Solar, a Terra é capaz de refletir a luz do Sol que incide nela, assim como fazem os outros planetas.

O brilho da Terra, quando vista de um outro planeta distante, conforme informa o professor, está relacionado a alguns fatores, como a distância da Terra ao Sol, que é de aproximadamente 150 milhões de quilômetros, e o tamanho da Terra, cerca de 12.600 quilômetros de diâmetro. Depende, ainda, "da distância da Terra ao planeta, que varia conforme a posição em que os dois planetas estão em suas órbitas, e da capacidade da Terra de refletir a luz, que chamamos de 'albedo'".

A Terra vista de Marte, exemplifica Basílio Santiago, seria mais brilhante do que Marte observado daqui. "Isso porque a Terra está mais próxima do Sol, é umas duas vezes maior e reflete 25% mais a luz solar do que Marte", explica.

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Fonte: Redação Terra

  • A Terra pode parecer enorme quando vista por um astronauta de uma nave espacial em sua órbita, mas bastam algumas comparações com outros astros e formações do espaço para que nos sintamos bem pequenos. Confira a seguir qual o tamanho do nosso planeta perto de outros elementos do espaço... E surpreenda-se!

    Imagem: Wikimedia

  • Na distância Terra-Lua cabem todos os planetas? "Não, mas quase! A distância média Terra-Lua é de aproximadamente 384 mil km", diz o físico Roberto Costa, professor do Departamento de Astronomia do IAG (Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas) da USP (Universidade de São Paulo). Veja na próxima imagem o que aconteceria se tentássemos encaixar os planetas do Sistema Solar nesse espaço

    Imagem: Wikimedia

  • Somando o diâmetro aproximado dos quatro planetas gasosos gigantes (Júpiter, Saturno, Urano e Netuno) com o dos quatro planetas com superfícies terrestres (Mercúrio, Vênus, Terra e Marte) temos, nesta ordem: 143 mil km + 120 mil km + 51 mil km + 49 mil km + 4,9 mil km + 12,1 mil km + 12,8 mil km + 6,8 mil km = 398,6 mil km. Ou seja, um pouquinho mais que a distância média Terra-Lua, que segundo o físico Roberto Costa, tem aproximadamente 384 mil km

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  • Sabe quantas Terras cabem nos anéis de Saturno? Quase seis! Segundo o físico Roberto Costa, os anéis se estendem na distância de 7.000 a 80 mil km da superfície do planeta, portanto possuem 72 mil km de largura. Como a Terra tem 12,8 mil km de diâmetro, daria para colocar 5,6 terras nesse espaço

    Imagem: Nasa/astronomycentral.co.uk

  • O Sol é enorme mesmo? Quando estamos deitados na praia, curtindo o calor e pegando um bronzeado, nem parece ser assim tão grande... Mas acredite: ele tem 1,4 milhões de quilômetros de diâmetro. Isso equivale a 3,5 vezes a soma dos diâmetros de todos os planetas do Sistema Solar

    Imagem: Wikimedia

  • Como ficaria o Sol ao lado da maior estrela já descoberta, a UY Scuti, que tem 2,38 bilhões de km de diâmetro? "Se fosse colocada onde está o Sol, ela encheria todo o sistema solar até a órbita de Urano", explica o físico Roberto Costa. "Fazendo uma analogia com números menores, isso significa que se o Sol tivesse 10 cm de diâmetro (o tamanho de uma maçã grande), ela teria 170 metros de diâmetro, maior que um estádio de futebol"

    Imagem: en.es-static.us/Arte UOL

  • Você acredita que existem mais estrelas no céu do que grãos de areia em todas as praias? De acordo com os cálculos do físico Roberto Costa, devem existir aproximadamente 700 trilhões de m³ de areia nas praias da Terra, algo como 5 sextilhões de grãos. "Isso é o algarismo '5' seguido por 21 zeros", explica o professor. "O número de estrelas também pode ser apenas estimado: em nossa galáxia, a Via Láctea, existem de 200 bilhões a 400 bilhões de estrelas. Estimando o número total de galáxias em 100 bilhões (mas talvez seja muito mais, talvez 500 bilhões!), tem-se no mínimo 10 sextilhões de estrelas, mas talvez chegue a 100 sextilhões! Portanto existem mais estrelas no universo do que grãos de areia na Terra"

    Imagem: Wikimedia/Arte UOL

  • Quanto enxergamos da Via Láctea quando olhamos para o céu? A olho nu vemos apenas as estrelas mais próximas, que estão a poucas centenas de anos-luz de nós (círculo em destaque na imagem). Estruturas maiores e mais distantes também podem ser vistas facilmente, sem ajuda de aparelhos, desde que sejam observadas a partir de lugares sem iluminação artificial e em noites sem lua. "Alguns exemplos são a Pequena e a Grande Nuvem de Magalhães, galáxias-satélite da nossa que estão a cerca de 150 mil anos-luz de distância. Ou então a galáxia de Andrômeda, que está a 2,5 milhões de anos-luz", explica o especialista em astronomia Roberto Costa. De qualquer forma, o que vemos é uma parte ínfima da galáxia

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  • E como ficaria a Via Láctea ao lado da maior galáxia que existe? Eis a razão concreta para você se sentir realmente pequeno diante do Universo: o diâmetro da maior galáxia conhecida, a IC1101, é 60 vezes maior que o da Via Láctea --6 milhões de anos-luz contra 100 mil da nossa. A maior galáxia abriga cerca de 100 trilhões de estrelas, enquanto a Via Láctea tem de 200 bilhões a 400 bilhões

    Imagem: cdn1.qcmeme.ca/Arte UOL

  • Que tamanho tem um buraco negro perto da Terra? São gigantescos! Sabemos que buracos negros são corpos celestes de massa muito grande para o espaço que ocupam, com campo gravitacional gigantesco capaz de engolir galáxias e de onde nem a luz pode escapar. Sendo assim, por não refletirem nada, eles são invisíveis. O que os cientistas conseguem detectar são os chamados horizontes de eventos, aquilo que gravita ao seu redor. "Os buracos negros supermassivos, como o que existe no centro da Via Láctea, tem horizonte de eventos imenso devido à sua enorme massa", diz o físico Roberto Campos. Na imagem, vemos um desses ralos gigantes, encontrado no centro da galáxia NGC 1217, comparado com as órbitas da Terra e de Netuno. Caso fosse possível, a luz demoraria quatro dias para atravessá-lo, contra 17 minutos-luz da órbita da Terra

    Imagem: Arte/UOL

  • Já parou para pensar? Se viajássemos para bem longe, o que veríamos pelo caminho? Descubra na próxima imagem!

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  • À medida que nos afastássemos da Terra (ponto vermelho na imagem), teríamos primeiro uma visão panorâmica do Sistema Solar inteiro --que você conhece bem: Sol, Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, além de planetas anões, como Plutão, e objetos menores

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  • Depois, veríamos as estrelas da vizinhança solar (foto) e o braço da Via Láctea onde está o nosso Sol, chamado Órion

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  • Passando Órion, veríamos então a Via Láctea inteira e suas centenas de bilhões de estrelas. O ponto vermelho na imagem mostra o nosso Sistema Solar

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  • Longe da Via Láctea (o ponto vermelho na imagem), passaríamos por mais de cinquenta galáxias próximas, como as Nuvens de Magalhães, a Andrômeda e as galáxias do chamado 'Grupo Local', que são cerca de 30. A maioria é de galáxias anãs

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  • No final da viagem, veríamos a estrutura em larga escala do Universo (com a Terra no centro, marcada pelo ponto vermelho) e todo objeto cujo sinal emitido em algum momento depois do Big Bang tenha nos alcançado agora. Mas poderíamos ver o Big Bang? "Negativo", diz o físico Roberto Costa. "No início, o Universo era opaco devido à alta densidade de matéria e de energia. Os fótons não se deslocavam a grandes distâncias. E mais tarde não existiam estrelas. É o período chamado 'dark age'. Apenas quando as primeiras estrelas começaram a se formar é que houve produção de fótons que viajam pelo espaço e podem ser vistos hoje",explica

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  • Eis o percurso completo da nossa viagem imaginária

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  • Parece muita coisa, não é? Mas saiba que a matéria, tal qual a conhecemos (formada por prótons, nêutrons e elétrons), representa apenas 4% do total de massa do Universo. Os outros 96% são formados por matéria escura e energia escura. Nem uma nem outra é visível ou pode ser detectada por telescópios

    Imagem: Arte UOL