Você sabe reconhecer um risco como sendo um fato negativo ou como oportunidade

“No meio da dificuldade se encontra a oportunidade”

                                                                  Albert Einstein

por Irene Ciccarino em //projetointegral.wordpress.com/2011/12/14/o-risco-de-nao-considerar-o-risco/

Infelizmente em nossa cultura o termo “Risco” carrega uma conotação negativa, até mesmo pessimista. Parece que pensar sobre o assunto é invocar agouros nefastos sobre o empreendimento, quando na verdade é justamente protegê-lo.

O gerenciamento de riscos visa aumentar a probabilidade e o impacto dos eventos positivos (oportunidades) e diminuir a dos eventos negativos (ameaças). Isso mesmo, o risco pode ser positivo e refletir uma oportunidade.

O gerenciamento de riscos é um processo sistemático de definição, analise e respostas aos riscos do projeto.

Devemos considerar que risco é qualquer evento ou condição em potencial que caso ocorra pode afetar positivo ou negativamente o projeto. Em suma risco é uma incerteza que tem probabilidade de acontecer, é sempre futuro, se há certeza de que a ação vai ocorrer ela não pode ser considerada um risco.

Principalmente em projetos os riscos assumem uma importância visceral, pois tem origem na incerteza inerente à natureza do projeto. Eles existem desde o momento da sua concepção (custo de oportunidade) até o momento em que seus objetivos são concluídos, aceitos e o projeto devidamente encerrado.

O projeto é um ambiente de incertezas, que vão progressivamente sendo sanadas. O impacto dos riscos são inversamente proporcionais às incertezas, sendo menores no inicio quando as incertezas são maiores. À medida que o projeto avança os possíveis riscos vão se tornando mais visíveis e com maior impacto.

Riscos são baseados em probabilidade (de acontecer ou não) x impacto (nos objetivos da ação). Não existe 0% (não é risco) ou 100% (já é fato) de probabilidade, o risco existe dentro da porcentagem da incerteza.

Todo risco é concebido e trabalhado com base em um conjunto de hipótese, cenários e premissas. Entre essas premissas existe a questão da Tolerância ao Risco.

Essa tolerância são os limites aceitos de riscos pela organização ou pelas principais partes interessadas. Existem riscos aceitos mediante ao beneficio potencial de suas conseqüências, como por exemplo, um cronograma com paralelismo (técnica de compressão de cronogramas para executar um planejamento em tempo reduzido realizando atividades do caminho crítico em paralelo).

As respostas ao risco refletem o equilíbrio da organização entre correr riscos e evitar riscos. Essas respostas vão muito além do planejamento de ações para evitar, transferir ou mitigar uma ameaça, ou explorar, compartilhar e melhorar uma oportunidade, mais constitui na atribuição de tempo e valor a essas ações incluindo-as definitivamente no planejamento do projeto ou empreendimento a ser realizado.

Dessa forma caso o risco vire fato saberemos como agir, e ainda que surja um risco não previsto podemos contar com reservas para gerenciá-lo. Se o risco for positivo estaremos preparados para explorar a oportunidade obtendo o máximo proveito da situação

Não se espera que o gestor seja um mago ou profeta, mas sim que ele cuide do contexto geral do que está sendo gerenciado e os riscos são uma importante faceta de qualquer empreendimento.

Gerenciar risco é basicamente uma ação de planejamento e controle, pois os riscos são suposições que viram fato se ocorrerem.

Um planejamento e um controle bem executados, com base da melhoria continua de processos que se retroalimentam através do registro de lições aprendidas diminui as incertezas logo diminuindo também os riscos, possibilitando lucro e gerando rapidez e competitividade.

Mais um ponto para o planejamento! Pense bem antes de afirmar que não pode perder tempo com isso.

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Risco significa ousar. É uma palavra que vem do latim (risicu) e  trata da possibilidade de algo dar errado. Assim, os riscos estão presentes em todas as atividades do homem, inclusive nas empresas.

Assim, para ter um bom gerenciamento e controle de riscos, é fundamental que os perigos e falhas sejam mapeados, quantificados e qualificados. Dessa forma, é possível eliminar ou reduzir as possíveis perdas financeiras, bem como maximizar o aproveitamento das oportunidades positivas de ganhos e geração de valor para as pessoas e organizações.

Neste post você vai entender o que é gestão de riscos, como fazer, além de algumas formas e ferramentas que vão te ajudar no processo.

Aproveite a leitura e coloque em prática para garantir mais segurança e sustentabilidade ao seu negócio!

Saiba mais: Livros sobre gestão de riscos: 9 dicas que vão te ajudar a lidar melhor com esse tema na sua empresa

O que é uma gestão de riscos na prática?

Antes de entender como fazer uma excelente gestão de riscos, é necessário se familiarizar com esse conceito de gestão empresarial, isto é: compreender definitivamente o que é gestão de riscos.

Confiar esta definição de gestão de riscos:

Gestão de riscos empresariais é a coordenação de todas as atividades relacionadas a evitar que uma organização seja afetada de forma negativa (ou deixe de aproveitar de forma positiva) uma conjuntura ou cenário futuro, ou mesmo um incidente interno ou externo com potencial de acontecimento recorrente.

Assim, a gestão de riscos não trata apenas das ameaças ao seu negócio, mas também de oportunidades que não devem ser desperdiçadas.

Por exemplo: uma empresa de fornecimento de energia elétrica sabe que sofre “apagões” em sua região, deve criar planos de contingência para manter o fornecimento de energia elétrica. Por outro lado, ao perceber que esses apagões geram demanda por lanternas, e essa é uma das mercadorias que produz e vende, deve se preparar para atender a essa necessidade dos clientes. Pelo menos até que o problema principal seja resolvido.

Agora que você já sabe o que é o gerenciamento de riscos, vamos conhecer algumas formas de gestão de riscos empresariais?

Gestão de riscos e compliance são duas atividades extremamente relacionadas, por isso, vale a pena conhecer melhor o que é compliance. Assim, assiste a este vídeo de nosso canal no YouTube:

Veja também: Entenda o que é compliance nas empresas e a importância desse conceito

Mas quais são as melhores formas de atuar na gestão de riscos?

Você já sabe o que é gestão de riscos, mas como fazer a gestão de riscos? Do que se trata isso, na prática?

Para que você domine essas técnicas, vamos apresentar alguns modelos de gestão de riscos. São diferentes formas de fazer isso, dependendo das áreas da empresa a que se relaciona o gerenciamento dos riscos empresariais.

Formas de gestão de riscos

Entenda: proporcionalmente, quanto maior o risco de uma atividade ou de um negócio, maior pode ser seu retorno financeiro ou econômico.

Este fato proporciona grande pressão na gestão de crise para que exista um adequado nível de risco, proporcional ao apetite da empresa.

Para os gestores, é fundamental que existam habilidades, sistemas, métodos e ferramentas para administrar e gerenciar os riscos rotineiramente. Na verdade, pode-se notar em uma organização diferenciada, de sucesso e com excelência de gestão, que ela se propôs a correr riscos que a concorrência não se propôs a correr.

Também demonstra que essa organização adotou formas de gestão de riscos satisfatórias. Dessa forma, consegue alcançar os objetivos estratégicos, com base em processos e operações de elevado nível de resultados.

Veja algumas das forma de gestão de risco nas empresas:

  • 01- Gestão de risco de mercado: deve preparar a empresa para a flutuação de preços de matérias-primas que usa, bem como outros recursos complementares e similares;
  • 02- Gestão de risco de crédito: visa proteger a empresa de eventuais perdas de receitas financeiras em função de vendas a prazo.
  • 03- Gestão de risco de liquidez: manter o caixa da empresa com recursos suficientes para arcar com as obrigações do negócio.
  • 04- Gestão de risco operacional: ficar atento a fatores externos, como clima, legislação, economia e outros, assim como internos, como greves, falta de manutenção etc., que podem levar a parada das operações da empresa.

O conjunto dessas e de outras formas de gestão de riscos pode ajudar os gestores a criarem um mapa e um plano de ação para acelerar o processo de solução para cada um dos riscos identificados.

Assim, a empresa estará preparada para detectar as oportunidades e ameaças que deve aproveitar ou evitar.

Agora que você viu algumas formas de gestão de riscos, confira os benefícios de manter essa prática na empresa.

Conheça 6 importantes benefícios de se aplicar técnicas de gestão de riscos em sua empresa:

  • Suporte aos processos decisórios da alta administração;
  • Identificar oportunidades de resultados positivos – valor;
  • Eliminar e/ou reduzir possibilidades de perdas – destruição de valor;
  • Cumprimento legal e regulatório;
  • Reduzir custos do capital em função da percepção de segurança e transparência para investidores, financeiras, seguradoras e mercado;
  • Melhorar processos de governança corporativa, auditoria e certificações.

Para conseguir se beneficiar de todas essas vantagens, existem algumas ferramentas de gestão de riscos. Conheça algumas delas.

4 ferramentas de gestão de riscos

1. What If

E se acontecer isso? E se acontecer aquilo?

É com base nesse tipo de perguntas que funciona a ferramenta de gestão de riscos What If.

Assim, se você for lançar um novo produto, por exemplo, deve fazer perguntas como estas:

  • E se um concorrente lançar um produto semelhante?
  • E se uma matéria prima mudar de preço?
  • E se for criado um novo imposto sobre esse tipo de produto?
  • E se houver problemas com os canais de distribuição?

Dessa forma, é dever do processo de gestão analisar como se preparar caso alguns desses “Ifs” vier mesmo a acontecer.

2. PFMEA

PFMEA significa Process Failure Mode and Effective Analysis, isto é: Modo de falha de processo e análise eficaz.

Trata-se de uma ferramenta que, além de identificar e avaliar as chances de ocorrer determinado risco, você também consegue determinar ações que precisam ser tomadas para diminuir a ocorrência de falhas.

Dessa forma, é possível identificar e analisar possíveis falhas e como elas podem impactar dentro da organização. Assim, busca ajudar a garantir a segurança e eficiência dos produtos e processos nas empresas.

3. Análise preliminar de riscos

A APR visa, de forma bem simples e prática, prever riscos e a possibilidade de que ocorram em sua empresa.

E o modo de fazer isso não é nada complexo.

Você deve fazer uma lista de todos os riscos que imaginava serem possíveis de ocorrer em relação a determinado processo, juntamente com suas causas.

Em seguida, para cada risco, uma nota entre 1 e 3. Quanto maior a nota, maior a probabilidade do risco ocorrer, assim, você priorizará quais deles devem ser prevenidos com mais urgência.

4. Matriz GUT

Essa matriz ajuda a priorizar as providências a serem tomadas para evitar riscos de uma forma mais complexa.

GUT é uma acrônimo para as palavras:

  • Gravidade
  • Urgência
  • Tendência

Assim, depois de listar os riscos que acredita que possam afetar sua empresa, você deve colocá-los em uma planilha. Em seguida, coloque em frente de cada risco 3 colunas, cada uma correspondente a um dos quesitos a serem avaliados: gravidade, urgência e tendência.

Dessa forma, você deverá dar notas para cada um deles, de 1 a 5. Para obter os resultados totais, você multiplica as notas de cada risco. Assim, com base nos resultados, pode priorizar os riscos de notas mais elevadas como aqueles que precisam ser prevenidos com mais urgência.

Saiba mais: Como utilizar a matriz GUT ou matriz de priorização de processos?

Veja também este vídeo:

Implementando a gestão de riscos

O caminho a ser construído exige métodos e ferramentas adequadas para o mapeamento dos processos e operações críticos. Além disso, a identificação e consequente redução dos possíveis danos de riscos relevantes também é parte essencial da gestão de riscos.

As atividades de monitoramento e controle interno devem ser ajustadas e melhoradas em função do risco e é preciso utilizar sistemas informatizados que proporcionam um adequado suporte estratégico à gestão do negócio.

Dessa forma, outro processo importante na escolha de formas de gestão de riscos é o de comunicação estruturada sobre riscos do negócio entre as áreas da organização. Esse deve ser destaque na agenda do gestor de resultados para o sucesso de qualquer programa ou projeto.

Isso porque os processos com elevado nível de compliance acabam por ter resultados mais satisfatórios. Afinal, quando todas as pessoas comprometidas entendem o que é, qual o propósito e como colaboram com a mitigação dos riscos, os projetos se tornam mais bem desenvolvidos.

Liderança e gerenciamento de riscos

A correlação entre o gerenciamento diário de risco e uma liderança forte é tão intensa que merece estar em destaque nas políticas e normas internas de conduta da organização.

Paralelamente, os processos de monitoramento e controle da alta administração também precisam ser ajustados. Dessa forma, eles proporcionam aspectos de antecipação de riscos relevantes, análises de custo-benefício e geração de valor.

Inovação, sustentabilidade, produtividade, competitividade e muitos outros são temas alvo que impõem aos líderes das organizações um conhecimento adequado e necessário sobre os riscos que os próprios temas naturalmente trazem quando são levados a sério, em nível de excelência.

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  • Compartilhar KPIs com agilidade e transparência;
  • Potencializar a governança corporativa;
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Agende uma apresentação do STRAWs ONE e não deixe de baixar também alguns de nossos materiais gratuitos, como estes:

  • O que é uma gestão de riscos na prática?
  • Mas quais são as melhores formas de atuar na gestão de riscos?
  • Implementando a gestão de riscos
  • Como você acompanha a performance de sua empresa?

Como reconhecer um risco como sendo um fato negativo ou como oportunidade?

Existem várias técnicas que podem ser adotadas para identificar dos riscos, uma delas é a análise de SWOT, que observa os pontos fortes, as oportunidades recorrentes; e fraquezas, as ameaças recorrentes.

Como um risco pode ser uma oportunidade?

O risco pode ter um impacto positivo, e neste caso, ao invés de ameaça, ele se torna uma oportunidade. Também se percebe que risco não é um evento circunscrito às questões de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS), como alguns ainda imaginam.

O que são riscos positivos e negativos?

Ao contrário dos riscos negativos que geram ameaças com consequências negativas, levando a prejuízos nos projetos, os riscos positivos são eventos que geram oportunidades com consequências positivas, e costumam gerar benefícios, melhorias ou ganhos para o projeto.

Como reconhecer um risco?

O nível de um risco pode ser determinado pela combinação das suas consequências para a organização (gravidade) e a chance de ocorrência (probabilidade). Deve-se avaliar a magnitude das consequências de um evento bem como a probabilidade do evento e suas consequências.

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