Uma margem de contribuição negativa de um determinado produto e aceitável quando

Pedro Henrique Gonçalves Carvalho

Iniciante DIVISÃO 2, Consultor(a) Financeiro

há 3 anos Quinta-Feira | 1 agosto 2019 | 06:21

Pessoal, tudo bom?

Eu estou precisando de um auxílio para conseguir calcular o ponto de equilíbrio de uma operação em um posto de combustíveis.

Porém, eu não consigo devido a margem de contribuição dar negativa.

Como eu faria isso?

Dgershon Cabral Câmara

Prata DIVISÃO 1, Contador(a)

há 3 anos Quinta-Feira | 1 agosto 2019 | 08:59

Bom dia,

A margem de contribuição negativa significa que o preço de venda unitário é insuficiente para pagar os custos do produto. Ou o produto gera déficit de receita (prejuízo ao final do exercício) ou foram alocados custos/despesas indevidamente ao custo.

Ponto de equilíbrio = (preço unitário de venda - custos e despesas diretos variáveis unitários) / custos e despesas fixos

Reveja o cálculo da margem de contribuição unitária ou avalie utilizar um método que leve em conta todo o mix de produtos, ou um segmento de produtos da empresa, em vez de um único produto, caso este seja propositalmente deficitário em questão de geração de margem de contribuição por motivos estratégicos.

Rúbia Regina

Bronze DIVISÃO 5, Analista Contabilidade

há 2 anos Quinta-Feira | 8 outubro 2020 | 16:11

eveja o cálculo da margem de contribuição unitária ou avalie utilizar um método que leve em conta todo o mix de produtos, ou um segmento de produtos da empresa, em vez de um único produto,

Como seria esse método?

Dgershon Cabral Câmara

Prata DIVISÃO 1, Contador(a)

há 2 anos Sábado | 10 outubro 2020 | 11:03

Olá, Rúbia. Um método mais simples é o da taxa mark-up, mas ele não é específico para custos unitários e margem de lucro, atende melhor à precificação e margem de lucro. Você deverá, com base nas informações contábeis, determinar a média das despesas totais em relação às receitas totais e alocar o percentual de lucratividade esperada.

Por exemplo, a média das despesas totais (incluindo tributos sobre faturamento) é de 30% das receitas totais num determinado período, e a margem de lucro esperada é de 20%. Custo do produto R$100,00. Taxa markup 50%. Preço de venda R$150,00.

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são considerados, é possível calcular uma margem de contribuição média, representada pela margem de contribuição total, pois considera tudo o que é vendido. Sabe-se que existem nas empresas produtos e serviços com preços, custos e despesas diferentes uns dos outros, por isso, é muito importante apurar a margem de contribuição de cada produto ou serviço. Para isso, é de fundamental importância definir o custo direto ou variável de cada produto ou serviço. A atenção é necessária ao analisar a margem de contribuição unitária de qualquer produto ou serviço na empresa. Deve-se lembrar que nenhum deles deverá apresentar margem de contribuição que não contribui, ou seja, quando o valor do preço de venda é inferior à soma dos valores de despesas variáveis e dos custos variáveis, não contribuindo, portanto, para pagar as despesas fixas e gerar lucro. Lobrigatti (2004) apresenta que a margem que não contribui pode ser aceitável em uma empresa quando estiver relacionada a alguma estratégia promocional de vendas, isto é, com total conhecimento de seus gestores. Mas, ainda assim, deve-se avaliar se as vendas de outros produtos, agregados ou não à promoção, apresentam margens de contribuição negativa (preço de venda inferior aos custos variáveis e despesas variáveis) de algum produto ou serviço que esteja nesta condição. Conforme Ponte, Riccio e Lustosa (2007), a margem de contribuição normalmente é tratada de duas formas: unitária ou total, sendo a margem de contribuição unitária representada pela diferença entre o preço de venda e a soma dos custos variáveis unitários de determinado produto, serviço ou área que se queira custear, e a margem de contribuição total é o resultado obtido 142 - Capítulo 8 pela multiplicação da margem de contribuição unitária pela quantidade ven- dida, demonstrando a contribuição total de determinado item, no resultado geral da empresa, a certo nível de venda. (+) Receita de Vendas (–) Despesas Variáveis (–) Custos Variáveis dos Produtos Vendidos (=) Margem de Contribuição (–) Despesas Fixas (–) Custos Fixos (=) Lucro do Período Quadro 8.3: Cálculo da margem de contribuição. A margem de contribuição pode ser definida como a receita produzida por um produto menos seus gastos variáveis ou diretos, tanto custos como despesas, conforme o Quadro 8.3. Assim, o resultado deve cobrir os custos fixos e ainda, os lucros desejados. Bruni (2008) ressalta que o uso da margem de contribuição elimina a polêmica do rateio dos gastos indiretos; uma vez que a margem poderia analisar apenas a relação entre receitas e gastos dire- tos. Bruni (2008) afirma que embora o rateio, obrigatório na contabilidade financeira e no custeio por absorção, permita a transferência de todos os gastos produtivos indiretos para os estoques dos diferentes produtos, o cus- teio por absorção compromete o uso gerencial das informações dos custos para a tomada de decisão. Pois, há a utilização subjetiva no processo de rateio de custos indiretos. Desta forma, a margem de contribuição tem extrema importância na contabilidade gerencial. Ainda segundo o autor, os rateios dos custos indiretos, constituídos pra- ticamente por custos fixos, podem deturpar os processos de tomadas de de- cisões em finanças. Ao eliminar o emprego de rateios e adotar apenas os custos diretos e variáveis relacionados ao produto, todos os custos fixos e indiretos são subtraídos da margem de contribuição. Portanto, custos e des- pesas fixas não devem ser rateados. A análise com base em margem de contribuição estuda como os preços finais de venda contribuirão para os custos fixos. Idealmente um produto deveria cobrir todos os custos fixos e contribuir para o lucro de uma empresa, 143 - Controladoria empresarial porém este fato nem sempre acontece já que muitos produtos apenas co- brem seus custos variáveis e poucos contribuem para os custos fixos. (COS- TA; BORGERT, 2003) A margem de contribuição, no conceito preço menos custo variável, apre- senta-se como mais apropriado indicador para medição de eficiência mercadológica. É a parcela do preço que se acrescenta ao lucro ou prejuízo. Não tem a ver com o lucro médio depois de contabilizados todos os custos, mas com o lucro adicionado como resultante de uma venda adicional. (NAGLE; HOLDEN, 2003) Quando o custo adicionado é constante para todas as uni- dades produzidas, é apropriado calcular a margem de contribuição percentual dos dados de vendas agregados. referência principal (utilizada para a construção deste capítulo) VITÓRIO, Marcelo Martinho et al. Uso da margem de contribuição em controladoria: um estudo de caso em empresa de transporte urbano de passageiro. 2007. 50 f. Monografia (MBA em Controladoria) – Programa de Pós- Graduação Lato Sensu, Universidade Salvador, Salvador, 2007. 145 - Controladoria empresarial 9 os desafios da gestão estratégica de custos Capítulo elaborado por Adriano Leal Bruni a partir da monografia apresentada por Ana Áurea Bastos Araujo de Santana, Aurelino Brito Peixoto, Fábio Silva de Araújo e Maísa Balbino de Jesus. Nem o sábio e nem o valente descansa na trilha da história para esperar o trem do futuro passar sobre ele. Dwight Eisenhower objetivos do capítulo A análise e o processo de gestão de custos deve envolver o estudo dos aspectos relativos à agregação de valor, indo além da compreensão dos recur- sos consumidos. A gestão estratégica de custos representa uma das mais im- portantes atribuições da Controladoria e é discutida neste capítulo. Ao final deste capítulo, você deverá ser capaz de compreender as mu- danças referentes à análise da competitividade empresarial e da gestão de 146 - Capítulo 9 custos, entender a gestão estratégica dos custos e a análise da cadeia de valor, discutir o processo de criação de valor e analisar, neste contexto, a formação do preço de venda e os seus objetivos. competitividade e gestão de custos Manter uma empresa competitiva no cenário atual é um dos maiores desafios enfrentados por qualquer um empresário. Saber enfrentar os cons- tantes avanços tecnológicos, a globalização e a velocidade da informação torna esse cenário cada vez mais desafiador para os gestores. O fato é que as empresas precisam estar atentas a todas essas mudanças para saber tomar a decisão correta diante dos desafios e só assim garantir sua longevidade no mercado. Empresas que não tem essa visão dificilmente con- seguem ter um destaque no mercado em que opera. E essa falta, pode levar o empresário a um constante “jogo” em que ele apenas arrisca seu capital num ambiente extremamente competitivo. Esse cenário produz perdas constan- tes e se manter no mercado é uma questão de tempo. Saber gerir e administrar estrategicamente representa um importante alicerce para a construção do futuro sucesso empresarial. As empresas que conseguem manter um alto padrão de qualidade com baixos custos têm mais possibilidades de superar as situações adversas em relação a outras empresas que deixam esses artifícios em um segundo plano. Elas tendem a recuperar o seu crescimento e sua lucratividade mais rápido porque tratam os custos e a qualidade do produto ou serviço como fator decisivo na administração do empreendimento. Ter uma gestão estratégica significa fazer as melhores escolhas de posicionamento competitivo. A essência da estratégia envolve prever, anali- sar e decidir quais as decisões a tomar. O seu sucesso depende de se conse- guir fazer muitas coisas bem e saber integrá-las. Se não houver interligação entre as atividades, não há estratégia de qualidade e não se sustentará por muito tempo. É essa eficiência operacional que vai proporcionar melhores resultados para a empresa. gestão estratégica dos custos O gestor com pensamento estratégico busca tomar a decisão correta com a intenção de obter o sucesso de toda empresa. E em virtude dos agen- tes externos, veem-se obrigados a uma constante busca por sistemas de infor- 147 - Controladoria empresarial mações gerenciais mais aprimorados. Buscam formas de detectar possíveis falhas,

O que representa margem de contribuição negativa?

A margem de contribuição negativa de um produto nos diz que a comercialização do mesmo está sendo realizada no prejuízo. Mais a frente irei explicar os motivos disso acontecer, mas é importante entender que a medida em que mais vendas são realizadas desse produto, menor será a margem total da empresa.

O que fazer quando a margem de contribuição e negativa?

Se a margem de contribuição de um produto é negativa, a empresa está perdendo dinheiro com cada unidade produzida, e deve descontinuar o produto, ou então aumentar seu preço. Se um produto tiver uma margem de contribuição positiva, provavelmente vale a pena manter.

Como saber se a margem de contribuição é boa?

Margem de contribuição total De fato, encontrar a Margem de Contribuição é bastante simples: basta subtrair o valor dos custos e despesas variáveis da receita obtida com as vendas: MC = Receita das Vendas – Custos e Despesas Variáveis.

Quanto deve ser a margem de contribuição de um produto?

7 min. Margem de Contribuição é um indicador econômico-financeiro capaz de dizer exatamente se a receita de uma empresa é suficiente para pagar os custos e as despesas fixas e, ainda assim, lucrar. Trata-se de uma informação fundamental, até porque volume de vendas não é sinônimo de lucratividade.

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