A hipertensão é uma doença crônica que atinge cerca de 30% da população brasileira. Por ser silenciosa, a pressão alta, se não acompanhada, pode causar mortes por AVC, infarto e insuficiência renal e cardíaca. Show
“O sangue é transportado do coração para todas as partes do corpo nos vasos. Cada vez que o coração bate, ele bombeia sangue para os vasos. A pressão arterial é criada pela força do sangue empurrando contra as paredes dos vasos sanguíneos (artérias) enquanto é bombeado pelo coração. Quanto mais alta a pressão, mais forte o coração tem de bombear”, esclarece o cardiologista do Hospital Santa Clara, Dr. José Rafael Vieira Junior. Ou seja, se você tem pressão alta ou tem alguém na família com histórico, procure um médico especialista e faça os devidos exames para um diagnóstico correto. Agora, se você já é diagnosticado com a doença, além da medicação é importante manter alguns cuidados no dia a dia. Por isso, conversamos com o Dr. José Rafael Vieira Junior, cardiologista do Hospital Santa Clara, para saber quais cuidados uma pessoa hipertensa precisa ter. Confira! 1- Reduza o consumo de salA redução do consumo de sal é a primeira regra a ser adotada pelos hipertensos, pois o sódio presente no sal retém maior quantidade de líquido e isso faz com que o volume de fluidos nos vasos sanguíneos aumente. Ou seja, o excesso de sal na alimentação é bastante prejudicial para pessoas com pressão alta. Além disso, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a quantidade máxima de sal recomendada por dia é de uma colher de chá, o equivalente a 5g, para pessoas saudáveis. E, o brasileiro, em média, consome o dobro disso. Desse modo, para fugir do sal, comece a preparar os alimentos com temperos naturais livres de sódio, como ervas finas, orégano, alho, pimenta e mostarda em pó. É importante também evitar congelados e não deixar o saleiro na mesa! 2- Parar de fumar reduz os riscos de hipertensãoO hábito de fumar é muito perigoso para quem apresenta hipertensão, pois o consumo do tabaco eleva, já no primeiro cigarro, os níveis da pressão arterial. Assim, quem é fumante, deve reduzir significativamente o tabagismo e procurar eliminar esse hábito de vez da sua vida. 3- Pratique atividades físicasPraticar uma atividade física é importante para a saúde de todos, principalmente de quem deseja controlar a pressão arterial. Isso porque, a atividade física é uma forma de movimentar o corpo e se o exercício for aeróbico, é melhor ainda! Pois, após uma atividade aeróbica, ocorre a dilatação e relaxamento dos vasos sanguíneos, normalmente contraídos ou estreitados nos hipertensos. Assim, com a repetição da atividade a cada dia, há uma redução da pressão arterial por uma manutenção cada vez mais duradoura da vasodilatação. Além disso, o exercício leva a perda de peso que contribui significativamente para a redução da pressão arterial. Uma simples caminhada diária também, por cerca de 40 minutos, é capaz de deixar um efeito redutor da pressão arterial por cerca de 24 horas. Portanto, não tem desculpas, bora tirar o tênis do armário e começar uma atividade física hoje mesmo! 4- Reduza o consumo de álcool e controle sua hipertensãoA ingestão de bebidas alcoólicas em excesso faz mal para a saúde em geral e para hipertensos o ato eleva a pressão arterial aumentando agudamente a chance de AVC ou infarto. Ou seja, reduzir significantemente o consumo de álcool ou eliminar o vício da sua vida são as melhores opções para controlar a pressão arterial. 5- Evite situações de estresseO estresse no decorrer do dia causa picos de hipertensão, o que é perigoso para os hipertensos. Desse modo, o recomendado é conseguir manter um equilíbrio físico e emocional, como:
Essas são algumas dicas para manter os níveis de estresse controlados, caso seja difícil, procure ajuda médica para relaxar mais e não se estressar no decorrer do dia. Pronto, agora que você sabe quais são os 5 cuidados que uma pessoa hipertensa deve ter, siga nossas dicas e não deixe de fazer o acompanhamento da doença com seu cardiologista! Precisa de uma indicação de cardiologista? Clique aqui e conheça o corpo clínico do Hospital Santa Clara! Agora, quer ver os dados do Dr. José Rafael Vieira Junior? Clique aqui! José Rafael Vieira Junior
Exerc�cio f�sico e o controle da press�o arterial em hipertensos El ejercicio f�sico y el control de la presi�n arterial en hipertensos Exercise and blood pressure control in hypertensive *Fisiologia do Exerc�cio - Prescri��o do Exerc�cio Da Universidade Gama Filho, UGF **Orientador. Instituto Brasileiro de Pesquisa e Ensino em Fisiologia do Exerc�cio, IBPEFEX ***Licenciados em Educa��o F�sica pela Universidade UNIVAG Centro Universit�rio de V�rzea Grande Guilherme Lumina Pupatto Junior* *** S�rgio Luis Flores da Silva* *** Prof. Dr. Francisco Navarro* ** (Brasil) Resumo Introdu��o: Unitermos Abstract Introduction: Keywords: 1 / 1 1. Introdu��o Segundo Passos, Assis e Barreto (2006) a hipertens�o arterial (HA) � um problema proveniente da escassa sa�de p�blica no Brasil, pelo fato de apresentar a ocorr�ncia de alta preval�ncia fazendo com que milhares
de pessoas estejam mais aptas a desenvolverem doen�as cardiovasculares. Com o envelhecimento normal das art�rias h� determinadas mudan�as cardiovasculares, confirmando que as altera��es fisiol�gicas deste envelhecimento � o principal fator de risco para o descontrole da press�o arterial. Ainda segundo os autores outros fatores de risco como excesso de sal na comida, ingest�o
de bebidas alco�licas, fumo e obesidade tamb�m contribuem para o desencadeamento da doen�a e servindo como forte ind�cio para o aumento da preval�ncia em muitos indiv�duos, principalmente a falta de exerc�cios f�sicos. Assim, o tratamento da HA deve-se concentrar em h�bitos de vida mais saud�veis, al�m de acompanhamento freq�ente de profissionais especializados em v�rias �reas da sa�de para a identifica��o dos melhores m�todos para o
tratamento da mesma. De acordo com Monteiro e Filho (2004) o exerc�cio f�sico quando mantido de forma freq�ente permite que o corpo humano disponibilize respostas fisiol�gicas mais consistentes provenientes das adapta��es auton�micas e hemodin�micas que interferem no sistema cardiovascular do indiv�duo, conseq�entemente oferecendo maiores benef�cios no controle da press�o arterial.
Dessa forma, como a hipertens�o arterial apresenta preval�ncia not�ria direcionada ao aumento da morbimortalidade na popula��o, as atividades f�sicas podem ser utilizadas como pr�ticas n�o farmacol�gicas no tratamento da hipertens�o arterial servindo como elemento controlador da press�o arterial. Baseado neste princ�pio, este artigo possui o objetivo de demonstrar a import�ncia da pr�tica de exerc�cios f�sicos no controle da press�o
arterial de um indiv�duo hipertenso, levando em considera��o os benef�cios adquiridos com atividades f�sicas direcionada � melhora da qualidade de vida dos mesmos. A metodologia deste estudo ser� realizada atrav�s de uma pesquisa explorat�ria de car�ter bibliogr�fico, visando levantar referenciais te�ricos, a fim de obter um maior conhecimento sobre os diversos assuntos contidos nos t�picos apresentados por meio deste
trabalho.
2. Revis�o te�rica Atrav�s deste cap�tulo ser�o apresentados os principais conceitos e teorias encontrados em referenciais bibliogr�ficos e fontes documentais necess�rios ao embasamento te�rico deste trabalho e maior conhecimento dos assuntos abordados apresentados nos seguintes t�picos: 2.1.
Hipertens�o arterial A hipertens�o arterial tamb�m conhecida como hipertens�o sist�mica apresenta alto grau de preval�ncia, sendo caracterizada pelo aumento da press�o das art�rias, podendo ser medida atrav�s de um aparelho de press�o denominado esfigmoman�metro. Conforme o indiv�duo envelhece, a incid�ncia da doen�a aumenta em potencial, principalmente quando o mesmo n�o pratica h�bitos saud�veis. Para Zaitune (2006) a maioria dos casos de hipertens�o acontece na popula��o brasileira acima de vinte e dois anos, ocasionando um desencadeamento de diversas doen�as al�m da hipertens�o, fazendo com que o custo com aposentadorias precoces e interna��es fique muito alto. Apesar da doen�a se desenvolver mais na popula��o idosa, algumas crian�as e adultos tamb�m pode fazer parte do quadro de
incid�ncia, devido a alguma ocorr�ncia de danos cardiop�ticos ou de problemas sangu�neos de nascen�a. Com isso, a hipertens�o ocorre quando os n�veis da press�o dos pacientes ultrapassam os valores considerados refer�ncia para o restante da popula��o. Nos pa�ses mais desenvolvidos existe um decline nos casos de hipertens�o arterial devido aos intensos programas de combate a
essa doen�a, porem nos pa�ses em desenvolvimento existe um aumento consider�vel das doen�as cardiovasculares o que para esses pa�ses � um desafio o controle dessas doen�as (Amado e Arruda, 2004). De acordo com a Organiza��o Mundial de Sa�de (OMS) esses valores correspondem a: 120 x 80 mmHg, constituindo um excelente n�vel de press�o. 130 x 85 mmHg, caracterizado por ind�cios de fatores de risco. 140 x 90 mmHg, caracterizado pela hipertens�o. Para a V Diretrizes Brasileira de Hipertens�o Arterial da Sociedade Brasileira de Cardiologia (2006) a press�o arterial apresenta alguns est�gios que contribuem para o diagn�stico da doen�a, entre eles: Est�gio 1, considerado leve, de 140 x 90 mmHg. Est�gio 2, considerado moderado, de 160 x 100 mmHg. Est�gio 3, considerado grave, acima de 180 x 110 mmHg. Cabe enfatizar que qualquer pessoa pode ter uma press�o acima de 140 x 90 mmHg sem apresentar a doen�a, uma vez que � caracterizado hipertens�o apenas
quando os n�veis elevados s�o encontrados em v�rias media��es ao dia, em variados momentos, posi��es e condi��es. Esta situa��o permite o surgimento de problemas cardiovasculares entre eles, infarto e acidente vascular cerebral. Para Miranda (2002) alguns diagn�sticos como hipertens�o do avental branco, avalia��es da efic�cia terap�utica, hipertens�o arterial resistente e
hipotens�o arterial podem ser identificados com maior precis�o com novos m�todos de avalia��o da press�o arterial, como o MAPA (monitoriza��o ambulatorial da press�o arterial) e o MRPA (monitoriza��o residencial da press�o arterial) H� dois tipos de hipertens�o arterial, a hipertens�o arterial do avental branco, que corresponde quando a m�dia da press�o do paciente diagnosticada por meio da Monitoriza��o ambulatorial de press�o
arterial (MAPA) ou da Monitoriza��o residencial de press�o arterial (MRPA) se encontra em estado normal, e quando se encontra elevada nas consultas m�dicas; e o outro tipo, a hipertens�o arterial mascarada, quando a m�dia da press�o diagnostica pelos mesmos m�todos se encontram elevada e nas consultas m�dicas � determinada normal. As mudan�as arterioscler�ticas comprometem o potencial de funcionamento dos rins de excretar sal e �gua,
elevando a press�o arterial do paciente. Este processo tem in�cio em uma queda de press�o que permite a libera��o de uma enzima renal chamada renina que possui a responsabilidade de ativar um horm�nio que contrai as paredes musculares das art�rias, a angiotensina. Com isso, a press�o arterial eleva-se atrav�s da libera��o de aldosterona tamb�m pela angiotensina, que provoca a reten��o de sal e �gua, prejudicando a press�o das art�rias,
causando a hipertens�o. Figura 1. Aumento da press�o arterial Fonte: http://www.msd-brazil.com/msd43/m_manual/images/img_pressao_arterial.gif A hipertens�o arterial � uma doen�a que na maioria dos
pacientes n�o apresenta qualquer tipo de sintomas, e quando ocorrem esses sintomas envolvem dor de cabe�a, cansa�o, falta de ar, sangramentos no nariz, entre outros sintomas que normalmente caracterizam o mal estar. Isto � considerado pelos m�dicos um problema, j� que pela aus�ncia de sintomas, o paciente pode se esquecer de tomar os medicamentos de forma correta, aumentando as complica��es da doen�a. O freq�ente aumento da press�o arterial pode ocasionar outras disfun��es no organismo e desencadear s�rias doen�as. Assim, a aterosclerose � o principal fator de risco, uma vez que qualquer art�ria do corpo humano pode ser obstru�da pela mesma, havendo complica��es em v�rios �rg�os, entre eles: Cora��o: podendo desenvolver um infarto agudo no mioc�rdio, al�m de miocardiopatias e insufici�ncia
card�aca. C�rebro: podendo ocorrer um acidente vascular cerebral, mais conhecido como AVC. Rins: desencadeia a insufici�ncia renal. Olhos: reduz a vis�o do paciente e desencadeia outros problemas na retina. As causas da Hipertens�o Arterial envolvem aspectos prim�rios e secund�rios. De acordo com Silva (2006) na hipertens�o prim�ria, os pacientes apresentam aumento da rigidez das paredes arteriais. Assim, � preciso que o profissional respons�vel pela sa�de do paciente analise o hist�rico familiar do mesmo, uma vez que a heran�a gen�tica contribui para o aumento da probabilidade da incid�ncia da doen�a. J�, a hipertens�o secund�ria � desenvolvida quando outro elemento causal predomina no corpo humano, lembrando que outros fatores tamb�m podem estar presentes. Dessa maneira, o grau secund�rio envolve in�meras causas, entre elas:
A cura para a hipertens�o n�o existe atualmente, no entanto o tratamento � realizado atrav�s do controle de determinadas atitudes do paciente e com o aux�lio de medicamentos receitados pelo m�dico que contribuem para o aumento da qualidade de vida do paciente. Miranda (2002) sugere que um balan�o nutricional adequado, atividade f�sica regular e perda de peso s�o meios poss�veis de serem alcan�ados pelos idosos para redu��o do uso de anti-hipertensivos, diminui��o dos fatores de risco cardiovasculares e melhora consider�vel da qualidade de vida dessas pessoas. Existem algumas medidas n�o farmacol�gicas, ou seja, aquelas que n�o possuem rela��o com medicamentos, que permitem maior controle da press�o arterial, como:
H� tamb�m os casos que necessitam de medicamentos mais fortes como os f�rmacos podendo ser utilizados isoladamente ou com o aux�lio de outros medicamentos. Atrav�s de ensaios cl�nicos notou-se que os idosos necessitam de terapia medicamentosa pelo fator dos riscos cardiovasculares diversos, um m�todo bem eficaz e ben�fico � o controle rigoroso da press�o arterial acompanhado de uma mudan�a no estilo de vida principalmente nos caos de press�o normal alta e hipertens�o arterial sist�lica n�vel 1 (Miranda, 2002). Dessa forma, normalmente os medicamentos utilizados envolvem a classe de:
2.2. Controle da press�o arterial atrav�s da pr�tica de atividades f�sicasAtualmente, indiv�duos que mant�m h�bitos de vida mais saud�veis possuem maior probabilidade de manter o controle da press�o arterial De acordo com Silva, Machado, Rodrigues (2008) o estilo de vida corrido das pessoas no trabalho e o sedentarismo no �cio s�o causas de uma maior preocupa��o com a atividade f�sica e o estilo de vida das pessoas, com o dinamismo no trabalho e o sedentarismo no �cio o homem cada vez mais est� exposto a series de dist�rbios do novo mil�nio, como doen�as relacionadas ao aparelho cardiovascular, entre elas a hipertens�o, que � um fator limitante para quem adquiri essa doen�a. Os elementos que mant�m a fun��o de ajustar o sistema cardiovascular � pr�ticas de exerc�cios f�sicos e fatores de limita��o das fun��es cardiovasculares s�o formados por tarefas b�sicas ligadas a compreens�o das fun��es adaptativas. Para Shoji e Forjaz (2000) esses elementos constituem mecanismos multifatoriais contribuindo para que o sistema cumpra com suas fun��es de maneira correta e eficiente. Os ajustes fisiol�gicos s�o concretizados quando as demandas metab�licas se encontram com o tronco cerebral por meio das vias aferentes indo em dire��o at� a forma��o reticular bulbar, local onde os neur�nios reguladores centrais podem ser encontrados. Portanto, os efeitos da pr�tica de atividades f�sicas podem ser categorizados em:
Para Bergamashi e colaboradores (1991) o d�bito card�aco se eleva ap�s o in�cio de uma atividade f�sica, devido ao maior volume sist�lico e o aumento da freq��ncia card�aca, a vasodilata��o perif�rica dos m�sculos ativos no exerc�cio permite que a press�o arterial diast�lica n�o oscile muito no exerc�cio din�mico. Cabe ressaltar que o exerc�cio f�sico tamb�m possui elevado potencial para desenvolver a angiog�nese, aumentando significativamente o fluxo sang��neo em dire��o aos m�sculos esquel�ticos e para o cora��o, al�m de permitir importantes adapta��es auton�micas e hemodin�micas, como j� vistas, com o intuito de manter a homeostasia celular ligada com o metabolismo do corpo humano. Com as fun��es metab�licas do corpo humano potencializadas pelo exerc�cio f�sico, h� o aumento do d�bito card�aco, o fluxo sang��neo � redistribu�do, e a perfus�o circulat�ria � elevada at� os m�sculos que se encontram em movimento. Atrav�s de estudos feitos com maratonistas viu-se que o fluxo sangu�neo muscular pode aumentar de 1l/min em repouso para 20 l/min durante a atividade f�sica intensa (Guyton, 1993). Portanto, a eleva��o da press�o das art�rias est� diretamente ligada com o aumento do fluxo sang��neo, assim como ao aumento do d�bito card�aco, j� que �a eleva��o da press�o arterial m�dia durante o exerc�cio se deve a um aumento da press�o sist�lica, uma vez que a press�o diast�lica permanece constante durante o trabalho progressivo.� (Powers e Howley, 2000, p. 171) Figura 2. Altera��es da Press�o Arterial Fonte: Powers e Howley (2000) Basicamente, compreende-se que durante uma s�rie de atividades f�sicas, o organismo se encontra a um meio repleto de adapta��es cardiovasculares e respirat�rias visando suprir as necessidades da alta demanda de m�sculos ativos. Quando essas adapta��es se encontram em fase de repeti��o, os m�sculos se transformam permitindo que o corpo humano aumente seu potencial de desempenho por meio dos processos fisiol�gicos e metab�licos do indiv�duo que dever�o otimizar a distribui��o de oxig�nio por todos os tecidos em movimento. Conclui-se que os mecanismos que envolvem a redu��o press�rica ap�s o exerc�cio f�sico est�o associados com fatores hemodin�micos, humorais e neurais.
Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, pacientes que apresentam hipertens�o arterial devem praticar atividades f�sicas regularmente, desde que estas atividades fa�am partes de programas monitorados por profissionais, sendo sempre submetidos � avalia��o cl�nica pr�via. De acordo com Silva e Lopez (2001) o efeito hipotensor � obtido atrav�s de uma freq��ncia m�nima de 3 vezes por semana, levando em considera��o que para os autores as freq��ncias maiores podem significativamente apresentarem maior potencial no controle da press�o arterial. 2.2.2. Dura��o dos exerc�cios Estudiosos como Overton, Joyner e Tripton (1988 citado por Laterza e colaboradores, 2007) concretizaram seus trabalhos em animais hipertensos analisando que o exerc�cio f�sico com dura��o de aproximadamente 40 minutos permite a redu��o da press�o arterial de maneira mais efetiva que em atividades com per�odo de dura��o de 20 minutos. Assim, como esses autores, Forjaz e colaboradores (1998) tamb�m demonstrou que quanto maior for o exerc�cio f�sico maior ser� o efeito hipotensor. Esses resultados podem ser identificados atrav�s da vasodilata��o iniciada pelas atividades f�sicas nos m�sculos que se encontram ou n�o em movimento, proveniente do ac�mulo de metab�litos musculares formados pela atividade, como pot�ssio, lactato, adenosina, ou o calor dissipado provocado pelos exerc�cios f�sicos. Normalmente a dura��o do exerc�cio f�sico direcionado ao indiv�duo hipertenso deve ser de 30 a 60 minutos. 2.2.3. Intensidade do exerc�cio Segundo Brand�o Rondon e Brun (2003), a intensidade do exerc�cio f�sico em hipertensos deve ser baixa, permitindo maior sucesso na obten��o dos efeitos hipotensores, j� que a baixa intensidade provoca a diminui��o da resist�ncia vascular perif�rica, originada pela diminui��o da vasoconstri��o, potencializar�o das fun��es epiteliais e mudan�as na estrutura da microcircula��o do organismo humano. De acordo com o American College of Sports Medicine (2004) a intensidade envolve uma porcentagem de 60% a 80% do potencial funcional m�ximo de exerc�cios em hipertensos. J� autores como Saraiva e Gabriel (2001) afirmaram que pacientes hipertensos conseguem obter melhoras not�rias em alguns elementos hemodin�micos, entre eles: freq��ncia card�aca de repouso; freq��ncia card�aca de exerc�cio; press�o arterial sist�lica e diast�lica em atividade; press�o arterial e diast�lica em repouso. 2.2.4. Benef�cios do exerc�cio f�sico O American College of Sports Medicine (2004) considera que indiv�duos que mantem h�bitos de vida saud�veis com pr�tica de atividades f�sicas regulares possuem menor probabilidade de aumentar seu potencial de desenvolvimento de doen�as cr�nicas, principalmente quando estas patologias envolvem o estilo de vida sedent�rio vivido por muitos pacientes a n�vel mundial. Dessa maneira, pacientes sedent�rios podem ser submetidos a programas de exerc�cios f�sicos com o intuito de reduzir a mortalidade por meio do fortalecimento das respostas press�ricas e conseq�entemente o aumento da longevidade. Afirma ainda que a pr�tica de exerc�cios f�sicos oferece in�meros benef�cios ao paciente portador de hipertens�o arterial, entre eles: Fortalecimento das fun��es cardiovasculares e respirat�rias:
Minimiza��o dos Fatores de Risco para patologias coronarianas:
Redu��o da Morbidade e da Mortalidade:
Outros Benef�cios:
Observa-se ent�o, que exerc�cios f�sicos permitem melhorar a qualidade de vida, reduzindo o stress e fazendo com que os indiv�duos se tornem menos sens�veis a a��es adren�rgicas. Para Irigoyen e colaboradores (2003) a a��o ben�fica da atividade f�sica est� diretamente ligada com o combate a obesidade, problemas emocionais, diabetes, press�o arterial, doen�as cardiovasculares, entre outros dist�rbios e patologias. Dessa maneira, Weineck (1999) enfatiza que os exerc�cios f�sicos quando associados com f�rmacos e dietas rigorosas podem ser um excelente tratamento para a hipertens�o arterial, uma vez que geralmente s�o treinamentos de resist�ncias regulares e com intensidades m�dias que permite maior controle hipotensor. 2.3. Cuidados e fatores de risco De acordo com Silva, Machado, Rodrigues (2008) apesar da pr�tica de atividades f�sicas trazerem efeitos ben�ficos not�rios ao pacientes com hipertens�o arterial, alguns cuidados devem ser ressaltados e fatores de risco devem ser levados em considera��o. Alguns exerc�cios, como o caso da muscula��o com carga elevada para aquisi��o de massa corporal torna-se arriscado a sa�de do pacientes, pois exigem muita for�a para obten��o da for�a, sendo totalmente contra-indicada para aqueles que possuem hipertens�o. Antes de iniciar programas de exerc�cios f�sicos, o hipertenso necessita procurar um cardiologista a fim de realizar um teste ergom�trico, essencialmente se o paciente apresentar outros fatores de risco de problemas cardiovasculares. Durante os exerc�cios f�sicos � essencial que o paciente tenha em sua companhia um professor de educa��o f�sica para orient�-lo nas atividades de maneira a reduzir os riscos a sua sa�de. Compreende-se que todo paciente com hipertens�o arterial pode realizar exerc�cios f�sicos, por�m para isto � necess�rio que o mesmo esteja com sua press�o arterial em equil�brio, n�o descartando o cuidado de mant�-la sempre controlada durante as atividades. Para aqueles indiv�duos hipertensos que enfrentaram problemas cardiovasculares, influenciando o comprometimento card�aco, fun��o renal ou derrame � preciso cuidados ainda maiores, uma vez que em alguns casos extremos as atividades f�sicas s�o contra-indicadas. 3. Considera��es finais A hipertens�o arterial deve ser tratada de forma consciente, uma vez que possibilita o aparecimento de graves doen�as como o acidente vascular cerebral (AVC), considerado uma das principais conseq��ncias do aumento da press�o arterial, sendo que a mesma e o principal fator de risco para outros tipos de doen�as vasculares encef�licas. Dessa maneira, a cura para a hipertens�o n�o existe atualmente, no entanto o tratamento � realizado atrav�s do controle de determinadas atitudes do paciente e com o aux�lio de medicamentos receitados pelo m�dico que contribuem para o aumento da qualidade de vida do paciente. O objetivo principal do tratamento anti-hipertensivo � minimizar a morbimortalidade dos indiv�duos que possuem a presen�a de alto risco de acidentes cardiovasculares, entre eles, principalmente pacientes diab�ticos que apresentam microalbumin�ria, insufici�ncia card�aca, nefropatia e vasculopatias perif�ricas secund�rias que acabam por desenvolver a hipertens�o arterial cr�nica, al�m de contribuir na preven��o de poss�veis acidentes vasculares cerebrais. Portanto, a manuten��o direcionada aos n�veis de press�o abaixo de 140x90 mmHg est� ligado com a redu��o das complica��es que d�o in�cio aos problemas cardiovasculares. H�bitos de vida mais saud�veis podem necessariamente oferecer maior qualidade de vida em rela��o a incid�ncia da hipertens�o arterial, uma vez que este fato � indispens�vel ao tratamento com f�rmacos, pois diminuem significativamente a press�o arterial, contribuindo na efic�cia do tratamento medicamentoso. O exerc�cio f�sico desempenha importante fun��o nos n�veis de repouso da press�o arterial de um indiv�duo que apresenta hipertens�o leve ou moderada, pois pode reduzir a dose dos f�rmacos anti-hipertensivos at� que o mesmo consiga manter o equil�brio de sua press�o. Compreende-se que em muitos casos as medidas farmacol�gicas foram substitu�das pelas medidas n�o farmacol�gicas, como � o caso dos programas de atividades f�sicas que s�o recomendadas para pacientes com hipertens�o arterial sist�mica leve. Em indiv�duos hipertensos, redu��es clinicamente significativas na press�o arterial podem ser conseguidas atrav�s de programas moderados de exerc�cios f�sicos melhorando assim a qualidade de vida dos hipertensos e diminuindo o n�mero morbidade e da mortalidade por essa causa. Conclui-se que os efeitos ben�ficos dos exerc�cios f�sicos s�o meios eficientes no tratamento do controle da press�o arterial do indiv�duo hipertenso, podendo haver uma diminui��o no uso de f�rmacos ou at� mesmo servir como tratamento desse indiv�duo. Refer�ncias bibliogr�ficas
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Quais cuidados o hipertenso deve ter ao iniciar uma atividade física?Hipertensos devem começar a se exercitar de forma leve, realizando caminhadas de 30 minutos durante 5 vezes por semana. Na presença de cansaço, deve-se fazer uma parada para descanso e em seguida recomeçar.
Quais os principais cuidados que se deve ter no treinamento resistido para hipertensos?Durante a prática, o ideal é estar sempre com uma garrafa de água por perto, especialmente se for ao ar livre. “Deve-se estar bem hidratado, pois uma leve desidratação pode gerar picos hipertensivos. A roupa e o calçado devem ser leves para que a atividade seja feita com o menor esforço”, aconselha.
Como deverá ser um treino para um hipertenso?A prescrição do exercício ao hipertenso obedece aos princípios gerais de intensidade, freqüência e duração, sempre respeitando o princípio da individualidade. A freqüência de três a cinco sessões semanais com duração entre 20 e 30 minutos, podendo atingir tempo maior, dependendo do paciente e do tipo de exercício.
Quem é hipertenso pode fazer atividade física?“A prática regular de atividades físicas pode ajudar no tratamento para hipertensão a base de remédio ou até mesmo suspendê-lo. Os exercícios devem ser de intensidade moderada, de três a seis vezes por semana, em sessões de 30 a 60 minutos de duração”, ressalta o fisiologista do esporte do HCor, Diego Leite de Barros.
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