Page history last edited by Dora 10 years, 1 month ago
Classificação do Relevo Segundo Aroldo de Azevedo
Formulou o primeiro mapa de relevo brasileiro na década de 40, quando nãohavia a tecnologia do presente. Haroldo dividiu o Brasil em planícies e planaltos.
Seus critérios eram:
- Planícies até 200m e planaltos acima de 200m
- Planaltos relativamente acidentados
Classificação do Relevo Segundo Aziz Ab'sáber
Sua classificaçao, formulada na década de 60, é ainda muito usada e foi formulada mais recentemente que a citada anteriormente. Ele era discípulo de Haroldo, e seu mapa não é muito diferente do de seu mestre. Suas classificações, no entanto, eram mais específicas, utilizando as estruturas geológicas brasileiras para descrever o relevo.
Os critérios adotados foram:
- Considerava além de altitude os processos geológicos responsáveis pela genese (formação do relevo terrestre)
- Os planaltos eram definidos como terrenos onde prevalecia o processo de desgaste em relação aos processos de sedimentação
- Ás planícies constituiam terrrenos onde predominava a sedimentação
Classificação do Relevo Brasileiro Segundo a USP (Jurandyr Ross)
Considerava cotas altimétricas juntamente com os processos de erosão, sedimentação, e genese (origem e formação do modelado terrestre) integrando as estruturas geológicas nas quais ocorrem:
Depressões - terrenos relativamente inclinados, nos quais predominam os processos erosivos que ocorrem em estruturas cristalinas ou sedimentares, esses terrenos localizam-se geralmente entre 100 e 500 m de altitude.
Planaltos - apresentam superfícies irregulares (planas ou acidentadas), nos quais predominam os processos erosivos de estruturas cristalinas ou sedimentares. Localizam-se geralmente entre 100 e 500 m de altitude.
Planícies - estão situadas em áreas mais restritas, sujeitas a inundações; nessas áreas predominam-se os processos de sedimentação que ocorrem apenas estruturas geológicas sedimentares.
Nos dois anteriores, só haviam planaltos e planícies e nesse Ross adicionou as depressões. Ele se baseou em fotos aéreas, assim dividindo o Brasil em 11 planaltos, 11 depressões, e 6 planícies.
Os mais importantes de estudar são:
7 - Planaltos e Serras do Atlântico Leste - Sudeste
21- Depressão Periférica da Borda Leste da Bacia do Paraná
3- Planaltos e Chapadas da Bacia Paraná
26- Planície do Pantanal Mato- Grossense
Geografia
Flávia Ramos e Giulia Sarate
Jurandyr Luciano Sanches Ross é um geógrafo formado pela Universidade de São Paulo (1972), com mestrado, doutorado e livre docência em geografia física (1987) pela mesma universidade. Hoje é membro do conselho editorial da Revista do Instituto Florestal, Revista Brasileira de Geormofologia e professor titular na USP. Atua principalmente nas áreas de Geormofologia, Gestão Ambiental, Planejamento Ambiental, Cartografia, Produção do conhecimento Geocientífico e Zonamento Ecológico-Econômico. Participou como consultor na construção de grandes hidrelétricas, pesquisas sócio-ambientais e de projetos importantes como PPG7 – Programa de Proteção das Florestas Tropicais. Em 1997 ganhou o Prêmio Jabuti da Associação Brasileira do Livro.
O professor Jurandyr Ross contribuiu muito para os atuais estudos do relevo brasileiro, pois em 1989 divulgou seus estudos relacionados a uma nova classificação no relevo do Brasil. Seus estudos sobre nosso relevo foram baseados nos dados produzidos pelo projeto Radam Brasil que operou durante os anos de 1970 e 1985. Inicialmente esse projeto se restringia a apenas ao mapeamento da área da Amazônia, mas acabou sendo ampliado para todo o território brasileiro. No levantamento de dados feitos pelo projeto Radam Brasil, o professor Jurandyr fez parte da equipe e utilizou na pesquisa o avião Caravelle, o qual sobrevoou o país a uma altitude média de 12 Km e uma velocidade média de 690 Km.
Na nova classificação feita pelo professor Jurandyr Ross, ele buscou reunir alguns critérios de classificação: Geomorfológicos, onde foram consideradas as características morfoestruturais com base nas informações geológico-estrutural do terreno e com nível altimétrico; Geomorfoclimáticos, tendo a ação do clima como base, considerando os processos intemperisticos (como ganho ou perda de sedimentos) e Geomorfoesculturais, ou seja, as características morfoesculturais do relevo que se dão a partir da ação de agentes externos como a erosão, principalmente.
De acordo com os critérios utilizados por Jurandyr Ross ele classificou o relevo brasileiro em três níveis considerando a altimetria da superfície: Planalto, superfícies acima de 300m que sofrem desgaste erosivo, contendo formas de relevo irregulares como morros, serras e chapadas; Planície, uma superfície plana, com altitude inferior a 100m, formada pelo acumulo de sedimentos de origem marinha, fluvial e lacustre; e Depressão (um novo conceito na classificação do relevo brasileiro), áreas rebaixadas pela erosão que circundam as bordas das bacias sedimentares, estando entre tais bacias e maciços cristalinos, em outras palavras, é uma superfície entre 100 e 500 metros de altitude sendo mais plana que o planalto e mais rebaixada que as áreas do entorno, além de sofrer desgaste erosivo e apresentar elevações residuais.
Escreveu obras importantes como “Ecogeografia do Brasil” (2006), “Geografia do Brasil” (1996) e “Geomorfologia, Ambiente e Planejamento” (1990), que ajudaram e mudaram significativamente a visão sobre os relevos e a geomorfologia brasileira. Participou de livros organizados em 1997, com o título “Mapa geomorfológico do estado de São Paulo” e em 2008 também colaborou para o livro “América Latina: sociedade e meio ambiente”. Ross publicou em algumas revistas e jornais como também escreveu diversos artigos. Ele é dono de inúmeros trabalhos, dando prioridade a assuntos como Geomorfologia e Planejamento Ambiental.
Referências Bibliográficas
Jurandyr Luciano Sanches Ross. Currículo Lattes. Disponível em <//lattes.cnpq.br/1197390306069415>. Acesso em 30 de outubro de 2014.
FONTANAILLES, Gilvan. RELEVO: Classificação do relevo brasileiro segundo Jurandyr L. S. Ross. Disponível em <//geografalando.blogspot.com.br/2013/04/relevo-classificacao-do-relevo_28.html>. Acesso em 30 de outubro de 2014.