Qual o comportamento da pressão arterial diastólica é sistólica durante exercício físico?

RESUMO

INTRODUÇÃO: A ocorrência da redução da pressão arterial no período de recuperação após o exercício dinâmico está bem demonstrada, embora ocorram algumas divergências quanto a sua magnitude e duração. Algumas variáveis estão relacionadas à modulação do efeito hipotensor, como a intensidade, a duração da sessão e o tipo do exercício.
OBJETIVO: Analisar a resposta aguda da pressão arterial pós-exercício aeróbico, o que ajuda a definir qual tipo de atividade poderia estar associado a maior magnitude e duração do efeito hipotensivo sem maiores riscos de ocorrência cardíaca.
RESULTADOS: Os dados, embora contraditórios, em relação a intensidade e duração, indicaram que os exercícios de intensidade moderada e com duração de quinze a sessenta minutos podem acarretar maior hipotensão pós-exercício. Estudos mostraram que os exercícios realizados de forma intermitente e que utilizaram maior massa muscular provocaram maior hipotensão pós-exercício que aqueles executados de forma contínua. Além disso, a hipotensão pós-exercício mostrou-se maior em hipertensos quando comparados a normotensos.
CONCLUSÃO: Embora a eficácia do exercício físico aeróbico como anti-hipertensivo esteja se tornando mais clara, devem ser realizados estudos com uso de diferentes variações de intensidades estudadas a fim de analisar e comparar seus efeitos hipotensores e suas aplicações clínicas na prevenção e no tratamento não medicamentoso da hipertensão arterial.

Palavras-chave: Exercício aeróbico; pressão arterial; hipotensão; intensidade; tipo de exercício.

ABSTRACT

INTRODUCTION: Blood pressure drop in the recovery period after dynamic exercising is well demonstrated, but there is some disagreement about its intensity and duration. Some variables are related to the modulation of the hypotensive effect, such as intensity, session duration and type of exercise.
OBJECTIVE: The aim of this study was to evaluate the acute response of blood pressure after aerobic exercising. This helps to define which type of activity could be associated with greater intensity and duration of the hypotensive effect without cardiovascular risks.
RESULTS: The data, though contradictory regarding intensity and duration, indicated that moderate exercise intensity lasting from fifteen to sixty minutes may lead to higher post-exercise hypotension. Studies have shown that exercises done intermittently and requiring greater muscle mass lead to higher post-exercise hypotension than those done continuously. Furthermore, post-exercise hypotension was greater in hypertensive individuals as compared to normotensive ones.
CONCLUSION: Although the efficacy of aerobic exercises to fight hypertension is becoming clearer, further studies should be conducted investigating different variations of exercise intensity to analyze and compare their hypotensive effects and their clinical applications in the prevention and non-pharmacological treatment of hypertension.

Keywords: Aerobic exercise; blood pressure; hypotension; intensity; type of exercise

INTRODUÇÃO

No Brasil, as doenças cardiovasculares são responsáveis pelo maior número de hospitalização no setor público. Consistem na primeira causa de aposentadoria por doença e apresentam as maiores taxas de mortalidade entre idosos.1 A hipertensão arterial sistêmica afeta cerca de 25% da população mundial, com previsão de aumento de 60% dos casos em 2025.2

As pessoas que não praticam atividade física arcam com o dobro de probabilidade de sofrerem infarto do miocárdio do que pessoas fisicamente ativas.3 Por isso, a população brasileira está envelhecendo e ao mesmo tempo se tornando mais ativa ao chegar à terceira idade. Sabendo que o sedentarismo aumenta a incidência da hipertensão arterial, a atividade física é um importante meio de prevenção e promoção da saúde dos idosos.4 Segundo a Organização Mundial da Saúde, a atividade física é a principal recomendação para melhorar a qualidade de vida na terceira idade.5

A redução dos valores pressóricos, mesmo em sujeitos normotensos, é um importante fator para minimizar o risco de doenças cardíacas, e a prática regular de exercícios físicos tem sido amplamente empregada no tratamento não medicamentoso da hipertensão arterial.6,7 Pesquisas demonstram que, após a realização de uma única sessão de exercício aeróbico agudo, pode-se observar hipotensão arterial pós-exercício, permanecendo seus níveis abaixo dos valores observados no período de repouso pré-exercício.8-10

A frequência cardíaca e a pressão arterial sistólica, durante a realização do exercício físico dinâmico, aumentam de forma linear de acordo com a intensidade do esforço, e a pressão arterial diastólica pode permanecer inalterada, aumentar ou até mesmo cair ligeiramente.11,12 Estudos mostraram que o exercício dinâmico apresenta efeito hipotensor maior em indivíduos hipertensos do que em normotensos.6,9 Tal fato mostra a maior sensibilidade do hipertenso às alterações da pressão arterial pós-esforço.

Há ainda muita discussão quanto aos mecanismos envolvidos no comportamento da pressão arterial no período de recuperação do exercício, podendo estar relacionados à redução do débito cardíaco e da resistência vascular periférica, à modificação do controle barorreflexo e à diminuição da responsividade alfa-adrenérgica, além de substâncias humorais e hormonais que podem levar à manutenção da vasodilatação periférica pós-exercício.9,11,13

A hipotensão arterial pós-exercício tem sido observada após a realização de variados tipos de exercícios aeróbios como caminhada, corrida e cicloergômetro. Estudos sobre magnitude e duração desse efeito hipotensivo mostraram que aspectos inerentes ao exercício como a intensidade, a duração e o tipo de exercício realizado e os valores iniciais da pressão arterial pré-exercício podem influenciar a resposta pressórica durante o período de recuperação pós-exercício.6,9,11

Por isso, a importância da monitorização e o controle das respostas agudas cardiovasculares vão além da prescrição de cargas adequadas para obtenção dos efeitos desejados. Trata-se de providência fundamental na conduta segura das atividades propostas, quando se dispõe a trabalhar com indivíduos cujas condições clínicas permitem pensar em risco cardiovascular aumentado.

Sendo assim, o objetivo desse estudo é analisar a resposta aguda da pressão arterial pós-exercício aeróbico, ajudando a definir qual tipo de atividade poderia estar associado à maior magnitude e duração do efeito hipotensivo sem maiores riscos de ocorrência cardíaca.

Efeito agudo do exercício aeróbico sobre a pressão arterial

A redução da pressão arterial pós-exercício físico está bem estabelecida, principalmente no período de recuperação após exercício aeróbico, revelando-se que existe uma relação inversa entre prática de exercícios e níveis pressóricos.14

A hipotensão arterial pós-exercício apresenta dois tipos de resposta fisiológica. A resposta aguda, que acontece em associação direta ao exercício, pode ser observada por meio de aferição da pressão arterial e da frequência cardíaca, durante ou imediatamente depois do término do exercício físico, bem como ao longo das primeiras 24 ou 48 horas que se seguem à sessão de exercício. Por outro lado, a resposta crônica resulta do cumulativo das respostas agudas.15,16

Indivíduos com hipertensão arterial sistêmica quando submetidos a treinamento físico apresentam reduções significativas tanto da pressão arterial sistólica como da pressão arterial diastólica em repouso. A hipotensão arterial pós-exercício nesses indivíduos tem sido observada por várias horas após sessão aguda de exercício aeróbico com duração de trinta a sessenta minutos, executados em intensidades moderadas situadas em 50% até 60% do volume máximo de oxigênio (VO2 máx). Porém, tem sido sugerido que o exercício realizado durante trinta minutos, numa intensidade moderada e com volume mais baixo, pode facilmente produzir hipotensão arterial pós-exercício em indivíduos hipertensos, mas não em normotensos.17

Entretanto, há necessidade de mais estudos em que se discuta a ocorrência da hipotensão arterial pós-exercício em indivíduos hipertensos e normotensos, considerando-se os fatores intensidade, duração e tipo de exercício.

Influência da intensidade do exercício aeróbico sobre a pressão arterial

Os resultados de estudos sobre a magnitude e duração da hipotensão arterial pós-exercício em função da intensidade são conflitantes. Investigação recente verificou diferenças significativas na magnitude da hipotensão arterial pós-exercício entre a prática de exercício intenso e moderado. Foi observado que o exercício aeróbico de intensidade elevada é capaz de produzir maior magnitude e duração da hipotensão arterial pós-exercício. Porém, não é seguro prescrever o exercício aeróbico em intensidades elevadas para sujeitos hipertensos, já que a manutenção da elevação da pressão arterial nessa circunstância torna-se um risco cardiovascular.18

Estudo realizado com normotensos comparou os efeitos das intensidades de 50% e 75% do VO2 máx sobre a magnitude da hipotensão arterial pós-exercício realizado durante trinta minutos em cicloergômetro. Ocorreu hipotensão arterial pós-exercício por uma hora, em relação às variáveis pré-exercício - pressão arterial sistólica, pressão arterial diastólica e pressão arterial média -, não sendo observada diferença significativa entre as intensidades do VO2 máx.19

Em outro experimento, mulheres e homens idosos com hipertensão arterial foram submetidos a 45 minutos de exercício em esteira ergométrica, com intensidade de 50% a 70% do consumo máximo de oxigênio. Observou-se redução da pressão arterial sistólica por uma a três horas após o exercício.20

Demonstrou-se, também, que a mesma intensidade do exercício aeróbico é capaz de sustentar o efeito hipotensivo pós-exercício por até oito horas, similarmente, em mulheres normotensas e hipertensas limítrofes. 21

Em estudo realizado em seis indivíduos do sexo masculino com hipertensão arterial essencial leve foi observada hipotensão arterial pós-exercício por aproximadamente treze horas após exercício dinâmico com intensidade em 40% e 70% de VO2 máx.22

Foi também demonstrado em estudo com quinze mulheres e cinco homens com idade de 60 a 80 anos, que sessão unida de exercício dinâmico em forma de caminhada, numa intensidade de 50% a 75% da frequência cardíaca de reserva, reduziu em pouco mais de 20 mmHg os níveis de pressão arterial sistólica no período de recuperação por até trinta minutos.6

Em conclusão, não há consenso quanto à intensidade do exercício aeróbico sobre a magnitude e duração da hipotensão arterial pós-exercício.

Influência da duração do exercício aeróbico sobre a pressão arterial

O tempo de execução do exercício interfere na magnitude das respostas que regulam e determinam a pressão arterial. Alguns autores evidenciaram maior redução da pressão arterial e maior duração dessa mudança, quando se comparou uma sessão de exercício dinâmico com duração de 45 minutos com outra sessão de 25 minutos em cicloergômetro, a 50% do consumo máximo de oxigênio. Observaram maior queda pressórica, mais acentuada e mais duradoura, após sessão de 45 minutos.23

Em amostra de 207 indivíduos hipertensos acompanhados por oito semanas e separados em grupos de acordo com a duração e a frequência por semana de exercício - 30 a 60, 61 a 90, 91 a 120 e acima de 120 minutos por semana -, foi observado que a magnitude de redução na pressão arterial sistólica foi maior no grupo de 60 a 90 minutos por semana, comparada ao grupo de menor duração (30 a 60 minutos por semana). Não houve redução maior com o aumento da quantidade de exercício.24

Dois estudos foram realizados com uso de um cicloergômetro a 70% do VO2 máx, para observar o efeito da duração da hipotensão arterial pós-exercício em normotensos e hipertensos. O primeiro estudo foi executado em normotensos em três sessões com duração de 15, 30 e 45 minutos, e ocorreu hipotensão arterial pós-exercício na pressão arterial sistólica por uma hora nas três sessões e maior decréscimo aos 45 minutos. Entretanto, ocorreu maior diminuição na pressão arterial diastólica entre 30 e 45 minutos. No segundo estudo, realizado com hipertensos limítrofes em duas sessões - 10 e 30 minutos -, ocorreu hipotensão arterial pós-exercício na pressão arterial sistólica por uma hora, com a maior queda aos quinze minutos, na pressão arterial diastólica até 45 minutos. Concluiu-se que o exercício com duração de dez minutos provoca hipotensão arterial pós-exercício. Contudo, não ocorreu diferença significativa entre as intensidades na resposta da magnitude da hipotensão arterial pós-exercício.25

Foi observada reduções de pressão arterial, de maior magnitude e duração, após exercícios de curta e longa duração, de vinte a noventa minutos.6 Outros demonstraram que uma sessão de exercícios com maior duração potencializa tanto a magnitude quanto a duração da hipotensão arterial pós-exercício. Porém, não ficou claro se essa potencialização é equivalente para normotensos e hipertensos.18

Dados recentes mostram que a relação intensidade versus duração parece ser mais determinante na hipotensão arterial pós-exercício de normotensos do que a ação isolada de tais variáveis. Assim, uma sessão de exercício com menor intensidade e longa duração poderia ocasionar os mesmos resultados de hipotensão arterial pós-exercício que uma sessão de alta intensidade e curta duração. Seria interessante usar essa relação como parâmetro de segurança e controle das respostas agudas cardiovasculares em sujeitos hipertensos, os quais devem treinar com intensidade controlada.18

Influência do tipo do exercício aeróbico sobre a pressão arterial

O tipo de exercício também influencia na resposta hipotensora. Os exercícios físicos que envolvem grandes grupamentos musculares podem causar maior hipotensão arterial pós-exercício. Além disso, a forma de execução da atividade também pode interferir no comportamento da hipotensão arterial pós-exercício.18 Foi observado maior efeito hipotensor 24 horas após exercício intervalado comparado com o exercício contínuo.26

Verificou-se que, em sujeitos que simularam atividades da vida diária, o efeito da hipotensão arterial pós-exercício persistiu durante os setenta minutos em que permaneceram em observação durante o período em que realizaram tais atividades.27 As atividades diárias incluíram trinta minutos em repouso, cinco minutos sentados, cinco minutos em pé (parados), dez minutos caminhando em esteira ergométrica a 4,8 km/h, quinze minutos sentados, dez minutos em cicloergômetro com uma carga de 100 watts (aproximadamente a 70% do VO2 máx), cinco minutos caminhado em esteira ergométrica a 4,8 km/h, cinco minutos sentados, cinco minutos caminhando com peso de 5,7 kg e dez minutos sentados. Observou-se ainda uma redução pós-exercício da pressão arterial sistólica de 12 a 17 mmHg, da pressão arterial diastólica de aproximadamente 5 mmHg e da pressão arterial média de 5 a 8 mmHg, comparada com os valores basais.

Em outro estudo, com indivíduos hipertensos, foi analisada a hipotensão arterial pós-exercício aeróbico após 45 minutos de exercícios realizados com alternância de intensidades (dois minutos a 55% da frequência cardíaca reserva e um minuto a 74% da frequência cardíaca de reserva) e com intensidade constante (65% da frequência cardíaca de reserva). A hipotensão arterial pós-exercício ocorreu em ambas as sessões para a pressão arterial sistólica. Contudo, para a pressão arterial diastólica, ocorreu hipotensão arterial pós-exercício apenas após exercício de intensidade constante.28 Tal fato pode ser explicado uma vez que a pressão arterial diastólica tem relação direta com a resistência periférica total. Assim, no exercício contínuo, os vasos permanecem dilatados por períodos mais prolongados, o que, provavelmente, ocasionou tal resposta.

Com base nessas informações, pode-se supor que os exercícios realizados de forma intermitente e que utilizam maior massa muscular podem acarretar maior hipotensão arterial pós-exercício.18

CONCLUSÕES

A eficácia do exercício físico aeróbico como anti-hipertensivo está se tornando mais clara, embora a literatura ainda apresente algumas divergências quanto aos seus mecanismos fisiológicos e a influência da intensidade, duração e tipo de exercício.

Na maioria dos estudos, verificou-se maior tempo e magnitude da resposta hipotensora pós-exercício em indivíduos hipertenso em relação aos normotensos. Contudo, essa redução da pressão arterial deve ser analisada, considerando-se a existência de falhas metodológicas, sobretudo ausência de grupos-controle.

Em vista da divergência dos dados disponíveis na literatura quanto a seus efeitos, estudos adicionais devem ser realizados com uso de diferentes variações de intensidades estudadas, a fim de analisar e comparar seus efeitos hipotensores e suas aplicações clínicas na prevenção e no tratamento não medicamentoso da hipertensão arterial.

REFERÊNCIAS

1. Lima-Costa MF, Peixoto SV, Giatti L. Tendências da mortalidade entre idosos brasileiros, 1980-2000. Epidemiol Serv Saúde. 2004;13:217-28.

2. Ferreira SRG, Moura EC, Malta DC, Sarno F. Frequência de hipertensão arterial e fatores associados: Brasil, 2006. Rev Saúde Pública. 2009;43(supl 2):98-106.

3. Weineck J. Treinamento ideal. 9.ª ed. São Paulo: Editora Manole Ltda; 2003.

4. Matsudo SMM. Envelhecimento e atividade física. Londrina-PR: Midiograf; 2001.

5. Matté RS. A influência do alongamento na melhora da amplitude do movimento articular em mulheres entre 55 e 72 anos no grupo de idosos Frei Ervino de União do Oeste - SC [monografia]. Palmas; 2004.

6. Gonçalves IO, Silva GJJ, Navarro AC. Efeito hipotensor do exercício aeróbio agudo em idosos hipertensos entre 60 e 80 anos. Rev Bras Prescr Fisiol Exerc. 2007;1:76-84.

7. Bracarense FN, Almeida MS, Gonçalves A, Fidale TM. Hipertensão arterial sistêmica, uso de betabloqueadores e atividade física. Uma breve revisão. EFDeportes.com, Revista Digital: Buenos Aires; jun. 2010;15(145) [acesso 10 dez 2011]. Disponível em: http://www.efdeportes.com/efd145/hipertensao-arterial-uso-de-betabloqueadores.htm.

8. Somers VK, Conway J, Coats A, Isea J, Sleight P. Postexercise hypotension is not sustained in normal and hypertensive humans. Hypertension. 1991;18:211-5.

9. Forjaz CLM, Rezk CC, Santaella DF, Maranhão GDFA, Souza MO, Nunes N, et al. Hipotensão pós-exercício: características determinantes e mecanismos. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo. 2000;10(supl. 3):16-24.

10. Bermudes AMLM, Vassallo DV, Vasquez EC, Lima EG. Monitorização ambulatorial da pressão arterial em indivíduos normotensos submetidos a duas sessões únicas de exercícios: resistido e aeróbio. Arq Bras Cardiol. 2004;82:57-64.

11. Silva E, Otterço AN, Sakabe DI, Gallo Jr L, Ferreira Filho P, Catai AM. Efeito agudo e crônico do treinamento físico aeróbio sobre a resposta da pressão arterial sistêmica de indivíduos hipertensos. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo. 2006;1(supl A):9-20.

12. Duarte FR, Borges LC, Gonçalves A, Lopes LTP, Furlanetto Júnior R. Análise da frequência cardíaca, pressão arterial e duplo-produto em circuit training. EFDeportes.com, Revista Digital: Buenos Aires; mai. 2009;14(132) [acesso 10 dez 2011]. Disponível em: http://www. efdeportes.com/efd132/duplo-produto-em-circuit-training.htm.

13. Michelini LC. Regulação a longo prazo da pressão arterial. In: Ayres MM, ed. Fisiologia. 3.ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2008. p. 594-604.

14. Oliveira Júnior JA, Gaby MC. Importância do exercício físico aeróbio no controle da pressão arterial [monografia]. Belém-PA: Universidade da Amazônia; 2007.

15. Araújo CG. Fisiologia do exercício físico e hipertensão arterial: uma breve discussão. Rev Hipertensão. 2001;4:78-83.

16. Wilmore JH, Costill DL. Fisiologia do esporte e do exercício. 2.ª ed. São Paulo: Editora Manole Ltda; 2001.

17. Halliwill JR. Mecanisms and clinical implications of post-exercise hypotension in humans. Exerc Sport Sci Rev. 2001;29:65-70.

18. Casonatto J, Polito MD. Hipotensão pós-exercício aeróbio: uma revisão sistemática. Rev Bras Med Esporte. 2009;15:151-7.

19. MacDonald JR, MacDougall JD, Interisano SA, Smith KM, McCartney N, Moroz JS, et al. Hypotension following mild bouts of resistance exercise and submaximal dynamic exercise. Eur J Appl Physiol Occup Physiol. 1999;79:148-54.

20. Hagberg JM, Montain SJ, Martin WH 3rd. Blood pressure and hemodynamic response after exercise in older hypertensive. J Appl Physiol. 1987;63:270-6.

21. Corazza DI, Gobbi S, Zago AS, Costa JLR. Hipotensão pós-exercício: comparação do efeito agudo do exercício aeróbio em mulheres normotensas e hipertensas limítrofes da terceira idade adulta. Rev Bras Atividade Física e Saúde. 2003;8:28-34.

22. Pescatello LS, Fargo AE, Leach CN Jr, Scherzer HH. Shortterm effect of dynamic exercise on arterial blood pressure. Circulation. 1991;83:1557-61.

23. Forjaz CLM, Santaella DF, Rezende LO, Barretto ACP, Negrão CE. A duração do exercício determina a magnitude e a duração da hipotensão pós-exercício. Arq Bras Cardiol. 1998;70:99-104.

24. Monteiro MF, Sobral Filho DC. Exercício físico e o controle da pressão arterial. Rev Bras Med Esporte. 2004;10:513-6.

25. MacDonald JR, MacDougall DJ, Hogben CD. The effects of exercise duration on post-exercise hypotension. J Hum Hypertens. 2000;14:125-9.

26. Ciolac EG, D’Ávila VM, Morgado CO, Dória EL, Bernik M, Lotufo PA, et al. Efeito do treinamento físico intervalado e contínuo na pressão arterial 24h, complacência arterial e qualidade de vida em pacientes com hipertensão arterial: resultados preliminares. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo. 2004;14(supl. 2):143.

27. MacDonald JR, Hogben CD, Tarnopolsky MA, MacDougall JD. Postexercise hypotension is sustained during subsequent bouts of mild exercise and simulated activities of daily living. J Hum Hypertens. 2001;15:567-71.

28. Cunha GA, Rios ACS, Moreno JR, Braga PL, Campbell CSG, Simões HG, et al. Hipotensão pós-exercício em hipertensos submetidos ao exercício aeróbio de intensidades variadas e exercício de intensidade constante. Rev Bras Med Esporte. 2006;12:313-7.

Recebido em 1 de Novembro de 2011.
Aceito em 12 de Março de 2012.

Os autores declaram não haver potencial conflito de interesses

O que acontece com a pressão sistólica é diastólica durante os exercícios?

A frequência cardíaca e a pressão arterial sistólica, durante a realização do exercício físico dinâmico, aumentam de forma linear de acordo com a intensidade do esforço, e a pressão arterial diastólica pode permanecer inalterada, aumentar ou até mesmo cair ligeiramente.

Como se comportam as pressões sistólica é diastólica durante o exercício aeróbio?

O treinamento aeróbico por exercícios predominantemente isotônicos ou dinâmicos geralmente não modifica, nos normotensos, os níveis de pressão arterial sistólica e diastólica em repouso, embora a pressão arterial média possa declinar em função da menor freqüência cardíaca basal, após período de treinamento físico(6).

O que ocorre com a pressão arterial sistólica durante o exercício aeróbio?

O conhecimento atual demonstra que: 1) o exercício aeróbico promove aumento da PA sistólica durante sua execução, gera hipotensão pós-exercício clinicamente relevante e reduz a PA clínica e de 24 horas após o treinamento; 2) o exercício resistido isométrico promove aumento progressivo da PA sistólica e diastólica ...

Por que a pressão arterial sistólica é diastólica aumenta durante o exercício isométrico?

No exercício isométrico, ocorre pequeno aumento do débito cardíaco, sobretudo devido ao aumento da freqüência cardíaca e elevação expressiva da resistência vascular periférica, que contribui para a elevação substancial da pressão arterial sistólica e da pressão arterial diastólica11,12.