Qual a eficácia da pfizer

O Grupo Consultivo Estratégico de Peritos em Vacinação da OMS (SAGE) (en Inglés) publicou as suas recomendações de política para a administração da primeira vacina contra a COVID-19 aprovada para utilização de emergência, a vacina da Pfizer-BioNTech contra a COVID-19 (en Inglés).

De acordo com o SAGE, a vacina mRNA da Pfizer-BioNTech contra a COVID-19 é segura e eficaz. A prioridade é começar por vacinar os profissionais de saúde em alto risco de exposição e depois as pessoas mais idosas, antes de vacinar o resto da população. 

Quem deve ser vacinado em primeiro lugar?

Embora o abastecimento de vacinas seja limitado, recomenda-se que seja dada prioridade aos profissionais de saúde que estejam em alto risco de exposição e às pessoas idosas, incluindo as que têm 65 anos ou mais.

Os países poderão consultar o Roteiro de Priorização da OMS e o Quadro de Valores da OMS como orientação para a priorização dos seus grupos-alvo

Quem mais deve tomar a vacina?

Está demonstrado que a vacina é segura e eficaz em pessoas com várias patologias associadas a maior risco de doença grave.

Entre elas contam-se a hipertensão, diabetes, asma, doença pulmonar, doença hepática ou renal, assim como infeções crónicas que estejam estáveis e controladas.

É necessário fazer mais estudos sobre o impacto em pessoas imunocomprometidas. A recomendação provisória é que as pessoas imunocomprometidas que façam parte de um grupo recomendado para vacinação possam ser vacinadas, embora só quando for possível e não antes de receberem informação e aconselhamento.

As pessoas que vivem com o VIH correm maior risco de doença grave de COVID-19. Os dados dos ensaios clínicos sobre a segurança nas pessoas VIH-positivas com doença bem controlada são limitados. Os destinatários da vacina que sejam seropositivos para o VIH devem ser informados e, quando possível, aconselhados em função dos dados disponíveis.

A vacinação pode ser oferecida a pessoas que já tenham tido COVID-19 no passado. Mas, dada a limitação do abastecimento de vacinas, a vacinação contra a COVID-19 dessas pessoas poderá ser adiada até seis meses desde o momento da sua infeção pelo SARS-CoV-2.

A vacina anda não foi estudada em mulheres lactantes, mas não se tratando de uma vacina com vírus vivo, o mRNA não entra no núcleo da célula e degrada-se rapidamente, não podendo, por isso, interferir com as funções celulares.

Se uma mulher lactante fizer parte de um grupo (por ex., profissional de saúde) recomendado para vacinação, poderá ser vacinada. O SAGE não recomenda a suspensão da amamentação depois da vacinação. Estão ser estudadas mais evidências, para fundamentar melhor as recomendações de política da OMS sobre este assunto.

As mulheres grávidas devem ser vacinadas?

Embora a gravidez coloque as mulheres em maior risco de COVID-19 grave, são muito escassos os dados disponíveis para avaliar a segurança da vacina na gravidez. 

As mulheres grávidas podem receber a vacina, se o benefício  da sua vacinação superar os potenciais riscos da vacina.

Por essa razão, as mulheres grávidas em alto risco de exposição ao SARS-CoV-2 (por ex., as profissionais de saúde) ou que tenham comorbilidades que possam agravar o seu risco de doença grave, podem ser vacinadas, em consulta com o seu prestador de cuidados de saúde.

 A quem não é recomendada a vacina?

As pessoas que tenham história de reação alérgica grave a qualquer componente da vacina não a devem tomar.

A vacina apenas foi testada em crianças  com mais de 16 anos de idade. Por conseguinte, neste momento, a OMS não recomenda a vacinação a crianças menores de 16 anos, ainda que pertençam a um grupo de alto risco.

Qual a dosagem recomendada?

O efeito de proteção começa a desenvolver-se 12 dias após a toma da primeira dose, mas a proteção integral requer duas doses, que a OMS recomenda que sejam inoculadas com um intervalo de 21 a 28 dias. É necessário pesquisar mais para se compreender o potencial de proteção a mais longo prazo depois de uma dose única.   

A vacina é segura?

A OMS concedeu autorização para utilização de emergência da vacina da Pfizer BioNTech em 31 de Dezembro de 2020. A OMS avaliou exaustivamente a qualidade, segurança e eficácia da vacina e recomendou a sua utilização em pessoas com mais de 16 anos.

O Comité Consultivo Mundial para a Segurança das Vacinas, um grupo de peritos que apresenta orientações independentes e fundamentadas à OMS sobre a questão da utilização segura das vacinas, recebe e avalia relatórios de eventos de segurança suspeitos com potencial impacto internacional. 

Qual a eficácia da vacina?

A vacina da Pfizer BioNTech contra a COVID-19 tem uma eficácia de 95% contra a infeção sintomática por SARS-CoV-2.

 A vacina funciona contra as novas variantes?

O SAGE analisou todos os dados disponíveis sobre o desempenho da vacina em testes para avaliar a sua eficácia contra um certo número de variantes. Esses testes indicaram que a vacina é eficaz contra as variantes do vírus.

Presentemente, o SAGE recomenda a utilização da vacina da Pfizer BioNTech de acordo com o Roteiro de Priorização da OMS, mesmo que haja variantes do vírus num determinado país. Os países devem avaliar os riscos e os benefícios, tendo em consideração a sua situação epidemiológica.

Os resultados preliminares salientam a urgente necessidade de uma abordagem coordenada para a vigilância e avaliação das variantes e seu potencial impacto na eficácia da vacina. À medida que forem disponibilizados novos dados, a OMS atualizará as suas recomendações em conformidade. 

A vacina evita a infeção e a transmissão?

Presentemente, não existem dados substantivos relacionados com o impacto da vacina da Pfizer BioNTech sobre a transmissão ou disseminação viral.

Entretanto, devemos manter e reforçar as medidas de saúde pública que funcionam: uso de máscara, distanciamento físico, lavagem das mãos, etiqueta respiratória e da tosse, afastamento de multidões e boa ventilação em espaços fechados.

E sobre outras vacinas em desenvolvimento para combater a COVID-19?

A OMS não faz, normalmente, recomendações para vacinas específicas, mas faz uma recomendação que abrange todas as vacinas para uma determinada doença, a menos que as evidências sugiram que é necessária uma abordagem diferente.

Devido à grande variedade de vacinas contra a COVID-19 baseadas em tecnologias de plataformas muito diferentes, a OMS está a analisar as vacinas, à medida que elas são autorizadas por autoridades reguladoras nacionais altamente competentes e que estejam disponíveis em quantidades suficientes para responder às necessidades de muitos países.

A OMS não tem preferência por nenhum dos produtos e a variedade de produtos, incluindo os seus atributos específicos e requisitos de manuseamento, permitem aos países selecionarem os produtos que sejam mais adequados às suas circunstâncias.

Está previsto que o SAGE da OMS examine outras vacinas nos próximos meses.