Quais são os desafios postos aos assistentes sociais no Terceiro Setor?

Quais são os desafios postos aos assistentes sociais no Terceiro Setor?
O serviço social é curso de nível superior regulamentado pela lei nº 8.662/1993. O curso forma assistentes sociais e o profissional pode concorrer as diversas vagas da área. Esses profissionais devem se pautar pelo Código de Ética Profissional, juntamente com outros instrumentos e estratégias das entidades que representam o Serviço Social, chamado de Projeto Ético-Político-Profissional do Assistente Social. 

Ele é responsável por defender e formular as políticas públicas e programas sociais do terceiro setor. Ele pode atuar na Política da Assistência Social formulando políticas que promovam a educação, o trabalho, defendam à criança e adolescente, etc. além de empresas, entidades assistenciais e ONGs. Portanto, esse profissional deve compreender os problemas e as relações sociais, o contexto político e socioeconômico na busca de qualidade para os serviços prestados no terceiro setor.

Esse papel não deve ser prestado somente por profissionais do serviço social, mas também por aqueles que estejam diretamente relacionados como as ciências humanas e sociais. Para esses profissionais é necessário que eles conheçam o terceiro setor e as instituições que o compõem, conhecer o ambiente interno e externo à instituição, as legislações de seu segmento, trabalhar em equipe, resolver problemas e entender as necessidades das pessoas atendidas, entre outros. Já o profissional de assistência social, além de ter esses requisitos, deve entender todo o contexto brasileiro social, as políticas sociais, a relação do terceiro setor com os outros, etc.

Assistência Social

Desde a formulação do conceito sobre terceiro setor, as associações voltadas para esse fim, sempre se destacaram pelo assistencialismo e a filantropia que prestam à sociedade.

A assistência social é considerada uma política pública, um papel do Estado e um direito de todo o cidadão que necessitar dela. Ela foi regulamentada pela Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), lei nº 8.742/93 formando o tripé da Seguridade Social que é assistência social, saúde e previdência e a Política Nacional de Assistência Social e do Sistema Único de Assistência Social (SUAS). Nessa área atuam os assistentes sociais e vários profissionais de outras áreas do conhecimentos.

De acordo com o Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) através da Resolução CNAS nº 31, de 24 de fevereiro de 1999, as entidades e organizações prestadoras de serviços de assistência social que poderão ter registro pelo conselho são aquelas que estimulam à proteção à crianças e ao adolescente, à família, à maternidade e à velhice, que ampara crianças e adolescentes carentes, que colaboram com a inserção dos indivíduos no mercado de trabalho, dá assistência educacional ou de saúde, desenvolvem a cultura, oferece atendimento e assessoria aos benefícios da Lei Orgânica da Assistência Social, defendendo e garantindo os seus direitos, realiza ações de habilitação, prevenção, reabilitação e integração das pessoas portadores de deficiência à comunidade.

Há aqueles que prestam serviços espontaneamente, sem receber nenhum tipo de remuneração, realizando um trabalho voluntário. O serviço voluntário é regulamentado pela Lei nº 9608/98 que o caracteriza como uma atividade não remunerada realizada por uma pessoa física, instituição pública ou entidade privada sem fins lucrativos. De acordo com a lei é um trabalho que não gera vínculo de trabalho e nem obrigações trabalhistas, previdenciária, entre outras. Deve haver um contrato pela prestação desse serviço e as condições para o exercício da atividade. Somente se autorizado pela entidade o voluntário poderá ser reembolsado pelas despesas que obteve durante a realização do trabalho na apresentação dos comprovantes. A Lei do Serviço Voluntário também prevê um auxílio financeiro por seis meses há jovens de 16 a 24 anos e que tenha uma renda mensal de até meio salário mínimo. Há preferência para jovens presidiários, cumprimento de medidas socioeducativas ou grupos de jovens submetidos a taxa de desemprego.

Nos últimos anos, o terceiro setor vem se tornando mais expressivo no Brasil. Estimativas mostram nesse sentido que, 12 milhões de pessoas estão envolvidas de alguma forma em uma iniciativa filantrópica. Ou seja, são cada vez mais gestores, voluntários e doadores interessados em ajudar. Contudo, ainda há grandes desafios do terceiro setor!
Formado por organizações sem fins lucrativos e não estatais, essas instituições têm o objetivo de oferecer assistência e serviços de caráter público, buscando preencher as lacunas sociais geradas das falhas do primeiro (governo) e segundo (meios de produção) setor . Para entender melhor esse cenário, fique conosco e veja agora quais são os seus 8 principais desafios!

1. Falta de gestão eficiente

Em linhas gerais, para que os ideais filantrópicos possam ser bem desempenhados, é importante que se crie um ambiente favorável. Do contrário, suas possibilidades podem ser bastante limitadas. No entanto, há pouca eficiência administrativa, uma vez que muitas iniciativas são tratadas como ações do primeiro e segundo setor.
Assim, quando são aplicados conceitos empresariais e estatais em atividades do terceiro setor, é provável que ocorram falhas naquilo que deseja se oferecer para a sociedade. Em outras palavras, as especificidades das organizações desse setor, bem como seu papel exigem o desenvolvimento de sistemas de gestão e operação próprios, focados na solução dos problemas internos e externos.

2. Escassez de recursos

Sem uma gestão eficiente, o projeto dificilmente se torna sustentável ou escalável, exigindo recursos além do estimado. Um bom planejamento permite estimar como uma determinada ação pode impactar o nicho em que a organização está inserida no médio e longo prazo, restringindo a sobrevivência financeira.
Nesse cenário, a utilização inteligente de recursos tem a função de garantir um processo de planejamento de longo prazo, que também inclui o plano de desenvolvimento. Algo impraticável na maioria das organizações do terceiro setor que atuam no Brasil.

3. Falta de credibilidade

Vivemos tempos em que a sociedade apresenta um profundo descrédito em relação às instituições políticas tradicionais, partidos políticos e setor empresarial. Trata-se de um contexto que estimula uma certa indiferença e até mesmo descrença nas iniciativas do terceiro setor.
Isso ocorre devido à contradição desses setores que, muitas vezes, vão de encontro à experiência prática das pessoas. Daí a necessidade de manter padrões éticos, claros e sólidos.
A construção de uma boa reputação ajuda não só a conseguir novos parceiros e participação maior da sociedade, como reforça a questão trabalhada pela instituição, fortalecendo a iniciativa.

4. Aumento do interesse do público

Um levantamento feito pelo Instituto Datafolha apontou que 11% da população brasileira realiza algum tipo de trabalho voluntário. Além disso, 28% já participou ou realizou algum tipo de atividade formal não remunerada em benefício do próximo em algum momento da vida. São pessoas que não receberam nada para ajudar, a não ser a sensação de bem-estar.
Ainda assim, o número poderia ser maior. Segundo a pesquisa, 40% dos entrevistados não exercem atividades voluntárias por falta de tempo. O mesmo motivo é alegado por 42% das pessoas que deixaram de ser voluntárias.
Além disso, outros 29% afirmam que não são voluntários por não serem convidados. É fundamental que as organizações foquem seus esforços na conscientização das pessoas em participar, tendo em vista que um dos principais desafios do terceiro setor é mostrar a importância das pessoas de aderirem a uma causa social.

5. Transparência na prestação de contas

A princípio, as atividades promovidas pelo terceiro setor dependiam de doações feitas por empresas internacionais. Durante esse tempo, ainda não havia a preocupação com a prestação de contas, demonstração das atividades contábeis ou qualquer assunto envolvendo gestão, geralmente relacionado pelas pessoas às organizações voltadas para a obtenção de lucros.
Esse cenário sofreu transformações e atualmente há a necessidade da prestação de contas em qualquer iniciativa, seja ela pública ou privada.
A rapidez na troca de informações proporcionada pela internet exige que as organizações deixem claras suas movimentações para que haja um acompanhamento do uso de recursos e, principalmente, para que os cidadãos possam reconhecer os esforços na construção de uma sociedade mais justa.

6. Envolvimento com a sustentabilidade

A sustentabilidade é um assunto cada vez mais presente na realidade das instituições, crescendo à medida que aumenta a preocupação com a escassez de recursos e o futuro do planeta.
É importante pensar no impacto que a organização do terceiro setor tem sobre o ambiente e a sociedade. Essa questão passa pelo descarte correto e uso inteligente de recursos, e chega nos parceiros e apoiadores.
A preocupação com a sustentabilidade não fica restrita apenas ao meio ambiente. É importante pensar no envolvimento da sociedade com as causas defendidas pela organização.

7. Falta de estrutura interna

As empresas do terceiro setor começaram como iniciativas pequenas e locais, mas se vêem obrigadas a assumirem estruturas organizacionais mais complexas.
As mudanças trazidas pelas novas diretrizes econômicas, políticas e legais estão forçando essas transformações internas, que podem ser um pouco assustadoras, porém são de extrema importância para a manutenção do compliance.
Questões como um plano de sucessão e planejamento de carreira para funcionários passam a preocupar as empresas do terceiro setor, que precisam dessa reestruturação para se adaptarem às novas exigências.
O cuidado com o bem-estar e engajamento dos funcionários também deve estar presente nesse novo modelo, voltado não apenas para a prestação de serviços que ajudem a sociedade, mas enxergando os colaboradores como peças importantes desse cenário.

8. Falta de inovação

Um problema muito presente no terceiro setor é a defasagem de desempenho. A inovação para essas empresas vai além da aquisição de novas tecnologias ou equipamentos. É preciso adotar um novo modelo de atuação, mais centrado e adequado às exigências corporativas, abandonando o amadorismo e a importação de modelos praticados em outros países que não levam em consideração a realidade local.
Tornou-se indispensável para essas empresas a adoção de uma inovação social, que ajude não só a aumentar a transparência de suas atividades como na obtenção de novas parcerias.
Fonte: https://runsmart.cloud/blog/2017/11/06/entenda-quais-sao-4-principais-desafios-do-terceiro-setor-no-brasil/

Quais os principais desafios enfrentados pelo Terceiro Setor?

Desafios do terceiro setor – quais são?.
1- Preconceito por parte do público. O primeiro dos desafios do terceiro setor não podia ser outro além do preconceito que essas instituições vivem diariamente. ... .
2- Transparência constante. ... .
3- Poucos recursos. ... .
4- Gestão despreparada..

Quais são os desafios que os assistentes sociais enfrentam atualmente?

A intensificação do ritmo do trabalho, reforçada pela inserção da tecnologia nos espaços de trabalho, o acúmulo de tarefas, as péssimas condições de trabalho, os vínculos temporários, os baixos salários, o contingenciamento de recursos direcionados às políticas sociais tem se apresentado na realidade como limites para ...

Qual é o papel do assistente social no Terceiro Setor?

O Assistente Social deve apoiar e auxiliar o setor administrativo da instituição e elaboração, executando e avaliando o Plano Gestor Institucional, tendo o processo de planejamento com estratégias e referências no processo direcionado às organizações do terceiro setor.

São desafios postos a ação profissional do assistente social?

Os Assistentes Sociais que trabalham no CRAS tem muitos desafios a superar, como a falta de autonomia, como IAMAMOTO, (2009) afirma esses profissionais possuem uma autonomia relativa, o clientelismo, a precariedade no local de trabalho também contribui para a superação desses desafios.