Conferências ambientaissão reuniões cujo foco principal é o debate a respeito dos problemas que assolam o meio ambiente, principalmente aqueles decorrentes da ação antrópica. Essas conferências reúnem representantes de diversos países a fim de buscar alternativas que visem à preservação do meio ambiente e à minimização dos impactos ambientais negativos, estimulando o desenvolvimento sustentável. Show
Contexto HistóricoOs problemas ambientais intensificaram-se logo após o período da Revolução Industrial. Com o advento da modernização, decorrente do aprimoramento tecnológico proporcionado pela industrialização, o modo de produção, os padrões de consumo e as relações de trabalho mudaram. A maior produtividade alcançada nessa época, atrelada ao aumento do consumo, fez com que houvesse maior exploração de recursos naturais, provocando impactos negativos ao meio ambiente. A partir da segunda metade do século XVIII, os estudos ecológicos foram impulsionados. A partir de 1960 (período pós-Segunda Guerra Mundial), os problemas ambientais passaram a ser debatidos com vigor, pois, nesse período, o mundo vivenciava diversas catástrofes naturais. Esse cenário despertou na sociedade e na comunidade científica a necessidade de discutir a respeito da conservação do meio ambiente e de elaborar propostas que atrelassem o desenvolvimento socioeconômico à sustentabilidade. Principais conferências internacionais sobre o meio ambienteÀ medida que os problemas ambientais vieram à tona, a comunidade científica, os chefes de Estado e a sociedade passaram a preocupar-se em substituir o modelo de desenvolvimento econômico que visa ao lucro e à exploração máxima dos recursos naturais por alternativas que atrelassem desenvolvimento à preservação ambiental. Por meio das conferências ambientais, esses problemas foram discutidos e propostas foram levantadas. Conferência de EstocolmoA Conferência de Estocolmo, também conhecida como Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, foi a primeira conferência ambiental do mundo. Realizada em 2012, na Suécia, pela Organização das Nações Unidas, conseguiu reunir 113 países e 250 organizações internacionais.
ECO-92A ECO-92, também conhecida como Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento ou Rio 92, foi realizada em 1992, na cidade do Rio de Janeiro, no Brasil, pela Organização das Nações Unidas. Reuniu 172 países e cerca de 1400 organizações não governamentais.
Conferência das Partes (Protocolo de Kyoto)A Conferência das Partes representa o órgão supremo da Convenção-Quadro do Clima (resultado da ECO-92), o qual reúne diversos países para participarem, anualmente, das conferências ambientais. O objetivo da Convenção-Quadro é debater, entre os membros da Conferência das Partes, questões como aquecimento global, propondo metas que auxiliem na redução da emissão de gases de efeito estufa na atmosfera. Desde sua ratificação, em 1994, houve diversas Conferências das Partes. A primeira, conhecida como COP-1, ocorreu em 1995 em Berlim; a segunda, conhecida como COP-2, ocorreu em Genebra, em 1996; a terceira, COP-3, foi realizada em 1997, em Kyoto.
Rio +10A Rio+10, também conhecida como Conferência Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável ou Cúpula de Joanesburgo, foi realizada na cidade de Joanesburgo, na África do Sul, em 2002. Reuniu 189 países e diversas organizações internacionais.
Leia também:A fome no mundo Rio + 20A Rio +20, também conhecida como Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, foi realizada no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro, em 2012. Organizada pela ONU, reuniu 193 países-membros e contou com a maior cobertura midiática relacionada a um evento ambiental da história.
Desenvolvimento sustentávelO termo “desenvolvimento sustentável” veio à tona em 1987, quando foi elaborado, pela Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente, o relatório conhecido como Nosso Futuro Comum. Esse relatório tinha por objetivo apontar as mudanças necessárias para que a exploração dos recursos naturais tivesse mínimos efeitos negativos sobre o meio ambiente. Essa meta foi estabelecida pensando na garantia de suprimentos para as gerações futuras. Desenvolvimento sustentável significa desenvolver sem prejudicar ou comprometer as próximas gerações. Para que isso seja possível, é necessário que a exploração dos recursos naturais seja feita de maneira racional. Além disso, é essencial que esses recursos sejam repostos na natureza à medida que forem retirados. Outro fator necessário para que os impactos na natureza sejam mínimos é a mudança do padrão de consumo da sociedade, que favorece a devastação dos recursos naturais, visando apenas ao lucro. É imprescindível, portanto, que o desenvolvimento da economia esteja atrelado à preservação do meio ambiente. Quais os principais resultados da Conferência de Estocolmo?Embora nenhum acordo concreto fosse concluído em Estocolmo, a Conferência abriu caminho para o desenvolvimento sustentável, o Direito Ambiental e a consciência ecológica. Também inaugurou a agenda mundial de discussões ambientais, e após a sua realização, a ONU criou o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente.
Qual foi a participação do Brasil na Conferência de Estocolmo?Na Conferência de Estocolmo, o Brasil liderou 77 países (do total de 113 países) com acusações aos países industrializados e defesa do crescimento a qualquer custo. Em protesto estendeu uma faixa com os dizeres: “Bem vindos à poluição, estamos abertos a ela.
Qual era o posicionamento do Brasil em relação às questões ambientais apresentadas na Conferência de Estocolmo?O Brasil e a sua posição na Conferência de Estocolmo
Visto que o Brasil contém recursos interessantes aos olhos dos demais países, é alvo de constante atenção, por suas grandes reservas de água potável, assim como por abranger grande parte da biodiversidade do planeta.
Qual foi a importância da Conferência de Estocolmo para as questões ambientais?Em 1972, foi realizada a Conferência de Estocolmo com o objetivo de conscientizar a sociedade a melhorar a relação com o meio ambiente e assim atender as necessidades da população presente sem comprometer as gerações futuras.
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