Porque o ritmo de crescimento da população brasileira tem diminuído?

A população brasileira vem apresentando um ritmo de crescimento menos acelerado ao longo das últimas décadas.

A população brasileira, segundo projeções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), vem registrando sucessivos crescimentos, chegando a ultrapassar os 200 milhões de habitantes. Mas engana-se quem pensa que o crescimento da população brasileira esteja em um nível elevado, na verdade, ele nunca foi tão pequeno.

É preciso esclarecer um importante detalhe: a diminuição do crescimento demográfico no Brasil não significa que a população esteja diminuindo, mas apenas que o aumento no número de habitantes está sendo menor e menos acelerado do que anteriormente. Para entender melhor, confira o gráfico a seguir:

Porque o ritmo de crescimento da população brasileira tem diminuído?

Gráfico do crescimento populacional brasileiro entre os anos de 1940 e 2012

O crescimento demográfico no Brasil, conforme podemos observar no gráfico, elevou-se até os anos 1960, quando, a partir de então, passou a ser menor. Em 1940, o número de pessoas no país aumentou em 1,49% em relação ao ano anterior, pulando para 2,99% em 1960, mas reduziu-se gradativamente até alcançar o 0,9% registrado pelo IBGE no ano de 2012.

Inicialmente, sobretudo antes da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), o crescimento populacional brasileiro não era tão elevado porque as taxas de natalidade, apesar de muito altas, eram compensadas pelas taxas de mortalidade, ou seja, nasciam muitas pessoas, mas também havia muitas mortes, principalmente pelo grande número de doenças, baixa qualidade de vida da população e precárias condições sanitárias. Na década de 1930, por exemplo, o crescimento demográfico só acontecia em razão das migrações internacionais realizadas em direção ao Brasil.

No entanto, à medida que as condições de vida melhoraram, o número de mortes diminuiu consideravelmente, o que não foi acompanhado pela quantidade de nascimentos, que se manteve elevada por um tempo. Por isso, houve um aumento repentino da população, difundindo-se a teoria da “explosão demográfica”, ou seja, o crescimento descontrolado da população.

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Nos anos seguintes, porém, as taxas de natalidade também decresceram gradativamente e fizeram com que o crescimento demográfico caísse no país. Uma série de fatores foi responsável por essa ocorrência, mas podemos destacar: a) adoção de políticas neomalthusianas de controle da população com métodos contraceptivos; b) inserção da mulher no mercado de trabalho e c) difusão do planejamento familiar.

Por esse motivo, hoje se sabe que não havia uma explosão demográfica propriamente dita, mas sim uma transição demográfica no Brasil, um fenômeno que ocorreu de forma semelhante nos países desenvolvidos em tempos anteriores e que ainda acontece em nações subdesenvolvidas. Basicamente, uma queda nas taxas de mortalidade é sucedida, décadas depois, por uma igual queda nas taxas de natalidade. Dessa forma, as populações crescem rapidamente durante alguns anos e, depois, estabilizam-se novamente.

Como podemos perceber, o crescimento demográfico brasileiro é gradativamente menor. Isso significa que, em algum momento, ele passará a ser negativo, ou seja, haverá mais mortes do que nascimentos, o que ocasionará a redução do número de habitantes e a elevação da média de idade da população. Segundo o IBGE, isso ocorrerá a partir de 2042, quando o crescimento populacional do Brasil passará a ser, propriamente, um decrescimento. A projeção é de que, em 2100, o número de habitantes no Brasil seja o mesmo do registrado em 2000.

O grande problema disso será a questão econômica, uma vez que a população jovem economicamente ativa no país diminuirá, enquanto o número de idosos será cada vez maior. Isso significa que o país gerará menos renda e produzirá menos riqueza para garantir o sustento dos aposentados, o que exigirá novas políticas tanto demográficas quanto sociais. Vale lembrar que países da Europa como Reino Unido, França e Alemanha já sofrem com esse mesmo tipo de problema.

Por: Rodolfo F. Alves Pena

O Censo Demográfico – uma contagem da população realizada pelo IBGE a cada 10 anos – revelou que a população brasileira, em 2010, era de 190 milhões de habitantes. Em 2013, estimativas apontaram que esse número já tinha ultrapassado os 200 milhões de pessoas. Apesar dessa grande diferença, você sabia que a população do nosso país está aumentando em uma velocidade menor do que antes?

Na década de 1960, o índice médio do aumento do número de habitantes por ano era de quase 3%. Isso é o mesmo que dizer que, para cada 100 pessoas que habitavam o nosso país, nasciam três a cada ano.

Nas décadas posteriores, o valor desse crescimento foi ficando menor, de modo que, em 2007, ele era de 1,2%, menos da metade de 50 anos antes. Entre os anos de 2012 e 2013, o índice de crescimento foi de apenas 0,9%, o que significa que essa taxa não para de cair.

Mas não esqueça: a população brasileira, por enquanto, não está ficando menor, apenas está crescendo em um ritmo mais lento.

Mas por que isso acontece?

Primeiramente, devemos lembrar que a população de um determinado local cresce de duas formas distintas: com o número de nascimentos subtraído do número de mortes (crescimento vegetativo) e com o número de pessoas que entraram no país subtraído do número de pessoas que saíram do nosso território (saldo migratório).

O que acontece é que o número de nascimentos vem se tornando menor nos últimos anos. Além disso, o crescimento migratório só tem impacto no nosso país no período colonial. A diminuição nessa taxa de natalidade se deve, principalmente, ao controle através de métodos contraceptivos e ao aumento do planejamento familiar, de modo que as famílias estão preferindo ter, geralmente, um ou dois filhos, no máximo.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil vai aumentar a sua população somente até o ano de 2042, quando atingirá um total de 228 milhões de habitantes. Depois desse ano, o número de pessoas vivendo em nosso país provavelmente vai diminuir gradativamente, quando, em 2060, ficará em 218 milhões.


Por Rodolfo Alves Pena
Graduado em Geografia

Por que o ritmo de crescimento da população brasileira tem diminuído?

A razão fundamental da queda das taxas de crescimento populacional no Brasil foi a diminuição da taxa de fecundidade (média de número de filhos por mulher em idade de procriar, entre 15 a 49 anos), que caiu de 6,3 filhos, em 1960, para 2,0 filhos, em 2006, o que significa que as famílias brasileiras estão diminuindo.

Quais são os fatores que contribuíram para a diminuição da taxa de natalidade?

Os fatores responsáveis pela diminuição das taxas de natalidade são:.
urbanização;.
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planejamento familiar;.
utilização de métodos contraceptivos;.
melhoria nas condições de educação;.
inserção da mulher no mercado de trabalho;.
casamentos tardios;.
custo de criação dos filhos..

Quais são os dois fatores que contribuíram para a queda da taxa de natalidade no Brasil?

O número de nascimentos caiu 13,3% entre 2000 e 2012, quando a taxa de fecundidade foi de 1,77 filho por mulher, contra 2,29 em relação ao período anterior. Os motivos para essa diminuição são vários: maior escolarização, aumento do número de mulheres no mercado de trabalho, uso maior de contraceptivo, entre outros.

Quais são os fatores que influenciam o crescimento da população?

Inúmeros fatores influenciam o crescimento populacional, mas os principais são natalidade, migração, qualidade de vida, geração de empregos e desenvolvimento social.