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Procedimento inédito traz esperança para pessoas que estão na fila do transplante. Porém, o debate causa polêmica
Domingo Espetacular
- 16/01/2022 - 23h22 (Atualizado em 16/01/2022 - 23h22)
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David Bennett, de 57 anos, se tornou a primeira pessoa no mundo a ter o coração de um animal batendo dentro do peito. Em uma cirurgia histórica para a medicina, ele recebeu um coração geneticamente modificado de um porco. O procedimento inédito traz esperança para pessoas que estão na fila do transplante. Porém, o caso é considerado controverso e o debate causa polêmica. Evelyn Bastos, correspondente da Record TV nos EUA, foi até a cidade onde a operação aconteceu e falou com familiares de David Bennett. Veja!
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David Bennett, o homem que recebeu um transplante de coração de porco numa cirurgia inédita, tem um passado de violência que o torna "um destinatário indigno".
A acusação vem de Leslie Shumaker Downey, uma norte-americana que revelou no programa Today, da Radio 4, que Bennett foi condenado por esfaquear o irmão dela, Edward Shumaker, deixando-o paralisado.
Segundo ela, o ataque ocorreu em abril de 1988, num aparente ataque de ciúmes, depois da mulher de Bennett se sentar no colo de Shumaker, que tinha 22 anos na altura e foi esfaqueado nas costas repetidamente e por sete vezes. Bennett foi considerado culpado de agressão e porte de arma e foi condenado a dez anos de prisão.
Por isso, para a irmã da vítima, que ficou confinada a uma cadeira de rodas e morreu em 2007 após quase duas décadas de complicações médicas ligadas ao ataque, o homem não merece o coração que lhe permite prolongar a vida: "Estão a colocar Bennett nas histórias, retratando-o como um herói e um pioneiro, mas não é nada disso. Acho que os médicos que fizeram a cirurgia deveriam receber todos os elogios pelo que fizeram, não Bennett."
O Centro Médico da Universidade de Maryland defendeu que os crimes passados não desqualificam os pacientes: "É a obrigação solene de qualquer hospital ou organização de saúde fornecer cuidados que salvam vidas a todos os pacientes que passam pelas suas portas com base nas suas necessidades médicas." O hospital onde a inédita cirurgia foi feita disse ainda ao New York Times que escolher pacientes com base em qualquer outro padrão que não esse abriria "um precedente perigoso e violaria os valores éticos e morais que sustentam a obrigação que médicos e cuidadores têm para com todos os pacientes sob os seus cuidados".