Manual de recomendações para o controle da tuberculose no brasil 2022

Postado por Ana Helena Fabbro - Assessoria de Comunicação SBPT há 07/06/2019

O Programa Nacional de Controle da Tuberculose lançou a 2ª edição da cartilha sobre a doença no Brasil, documento importante para nortear o dia a dia dos profissionais envolvidos com o diagnóstico e tratamento da infecção.

O manual apresenta os aspectos epidemiológicos da TB, a padronização dos procedimentos clínicos e laboratoriais, além de estratégias de controle da doença por meio de bases organizacionais e políticas, sistemas de vigilância e ações de biossegurança.

Manual de recomendações para o controle da tuberculose no brasil 2022
Clique na imagem para baixar o manual.

O leitor vai encontrar, ainda, as principais reações adversas e resultados de interações medicamentosas na terapia da tuberculose, informações sobre as formas drogarresistente, mono e polirresistente, TB multirresistente, tratamento da TB latente, detecção de casos, busca de sintomático respiratório (tosse por três semanas consecutivas ou mais) e a importância da adesão ao tratamento.

Manual de recomendações para o controle da tuberculose no brasil 2022
A cartilha tem recomendações especiais para detecção da tuberculose em profissionais da saúde, indígenas, usuários de álcool e drogas, pessoas com Diabetes Mellitus e tabagistas.

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MINISTÉRIO DA SAÚDE
Secretaria de Vigilância em Saúde
Departamento de Doenças de Condições Crônicas
e Infecções Sexualmente Transmissíveis

APRESENTAÇÃO

Este Guia Rápido foi elaborado especificamente para o profissional de saúde que atende pessoas com suspeita de tuberculose (TB) ou com TB ativa, ou que trabalha na prevenção da TB, e tem como objetivo facilitar a assistência e o manejo clínico da tuberculose, de forma simples e objetiva.

O Guia está de acordo com o novo “Manual de Recomendações para o Controle da Tuberculose no Brasil” (2ª edição atualizada), publicado em 2019.

Detectar precocemente e tratar corretamente a TB, garantindo a qualidade do cuidado à pessoa, é um desafio para os serviços de saúde. O fácil acesso as informações que possam subsidiar a assistência e o manejo da TB fortalece a capacidade dos profissionais de saúde nas ações para o enfrentamento da doença.

O Ministério da Saúde lança o Manual com recomendações para o diagnóstico laboratorial de tuberculose e micobactérias não tuberculosas de interesse em saúde pública no Brasil.

APRESENTAÇÃO DO MANUAL

A melhor maneira de prevenir a disseminação da tuberculose (TB) em qualquer comunidade é identificar aquelas pessoas que estão excretando o bacilo da TB e torná-las não infecciosas para os outros.

Esse princípio se aplica tanto aos países em desenvolvimento, onde a doença constitui um importante problema de saúde pública, como aos países desenvolvidos, onde a incidência de TB (sensível ou resistente aos fármacos) vem declinando, mas em ritmo menor do que o esperado no início da era da quimioterapia.

O laboratório sempre foi um componente de suma importância para a vigilância epidemiológica mundial. No caso específico da TB, o laboratório é ferramenta essencial em diagnóstico e de outras doenças micobacterianas, atuando na detecção das pessoas que estão mais infecciosas e naquelas em que a doença ainda não está avançada, no monitoramento do tratamento e no fornecimento de dados epidemiológicos às autoridades sanitárias.

Com o lançamento, em 2015, pela Organização Mundial da Saúde (OMS) da Estratégia Fim da Tuberculose, até 2035, torna-se fundamental o diagnóstico precoce e o tratamento imediato de pessoas de todas as idades com qualquer forma de TB (sensível ou resistente aos fármacos).

Novas metodologias foram desenvolvidas com o intuito de detectar, de forma rápida, os milhares de casos de TB no mundo, uma vez que a OMS estima um número de casos esperados. Porém, os diagnósticos efetuados nos países não alcançam essa estimativa.

O diagnóstico de infecções micobacterianas permaneceu praticamente inalterado por várias décadas e, provavelmente, não teria progredido se não fosse o ressurgimento inesperado da TB nos últimos 20 anos do século XX. A microscopia não mostrava grandes margens para melhoria, de modo que as áreas que mais se beneficiaram de um interesse renovado em TB foram a cultura e a identificação, enquanto uma abordagem completamente nova focava na detecção direta de ácidos nucleicos das micobactérias em amostras clínicas.

A maioria das tecnologias inovadoras desenvolvidas para abordar esse problema é baseada em biologia molecular, que foi desenhada para aumentar a sensibilidade e a rapidez na descoberta de casos.

Essas tecnologias, como o Teste Rápido Molecular para Tuberculose, que foi aprovado em 2010 pela OMS e incorporado ao SUS em 2013, não estavam descritas no Manual Nacional de Vigilância Laboratorial da Tuberculose, publicado em 2008.

No Brasil, a rede de laboratórios que faz o diagnóstico da TB é composta por uma variedade de atores institucionais, sendo os laboratórios de âmbito federal, estadual, municipal, universitários, privados e de organizações não governamentais responsáveis pela tarefa, entre outras, de realizar o diagnóstico da TB. Devido a essa diversidade de categorias de laboratórios, o País necessita estabelecer uma normativa sobre os métodos a serem utilizados, os sistemas de garantia de qualidade e os sistemas de informação.

Essa meta só é alcançada com um manual de abrangência nacional, que permita sua adoção por todos. Essa tarefa, felizmente, já foi realizada pelo Manual de 2008, tendo sido elaborado de forma meticulosa, com enorme aprovação da Rede de Laboratórios do País e utilizado como referência por todos. Além disso, foi amplamente divulgado por via impressa e, posteriormente, via digital.

O presente Manual é uma versão atualizada do Manual de 2008. Ao atualizarmos ele, procurou-se manter sua estrutura e muito do conteúdo original permaneceu inalterado, por exemplo, as metodologias clássicas, nas quais foram inseridas apenas algumas modificações baseadas em publicações recentes das recomendações da OMS/OPS.

Como citar manual de recomendações para o controle da tuberculose no Brasil?

Manual de Recomendações para o controle da tuberculose no Brasil / Ministério da saúde, secretaria de Vigilância em saúde, departamento de Vigilância das doenças transmissíveis. – Brasília: Ministério da saúde, 2019.

Quais são as medidas preventivas para tuberculose?

A vacina BCG (bacilo Calmette-Guérin), ofertada no Sistema Único de Saúde (SUS), protege a criança das formas mais graves da doença, como a tuberculose miliar e a tuberculose meníngea. A vacina está disponível nas salas de vacinação das unidades básicas de saúde e maternidades.

Como é feito o controle da tuberculose no Brasil?

O Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT) está integrado na rede de Serviços de Saúde. É desenvolvido por intermédio de um programa unificado, executado em conjunto pelas esferas federal, estadual e municipal.

Quais as estratégias da OMS para redução é controle da TB?

A estratégia 'Fim da TB' da OMS amplia as ações de controle da doença, assentadas sobre três pilares:.
Integração dos cuidados e prevenção centrada no paciente..
Políticas ousadas e sistemas de informações integrados, incluindo ações de proteção social aos pacientes e recomendação de acesso universal à saúde..