Maior canideo da america do sul

Índice

• Um animal singular
• Onde mora o Aguará Guazú?
• Características físicas notáveis ​​do Aguará Guazú
• Comportamento
• Pode ser considerado um grande predador?
• Estado de conservação

O Aguará Guazú (Chrysocyon brachyurus) é o maior de todos os canídeos da América do Sul, medindo quase um metro de altura no ombro. Tem uma juba muito distinta em volta do pescoço, graças ao qual também é conhecido como lobo-guará.

É interessante saber que seu nome comum Aguara guasu São palavras na língua indígena guarani e significam "raposa grande". Apesar da semelhança à primeira vista, esta espécie não está intimamente relacionada com as raposas. No Aguará Guazú as pupilas dos olhos são circulares, nas raposas têm a forma distinta de uma elipse vertical.

Um animal singular

Em geral, sua aparência e tamanho têm rendido perseguições em algumas regiões, pela superstição que o assimila ao lobisomem ou lobisomem. Este animal está relacionado com mitos e lendas em toda a sua extensão, devido ao seu uivo grave e profundo à noite. Os aldeões do interior o temem por acreditar que são chamados por espíritos ou por acontecimentos surpreendentes que ocorrerão.

De acordo com estudos genéticos, o parente mais próximo do Aguará Guazú é o lobo que habitava as Ilhas Malvinas (Dusicyon australis). Esta espécie de lobo foi declarada extinta já no século XIX. As evidências sugerem que as duas espécies, já diferenciadas, chegaram à América do Sul há cerca de três milhões de anos.

Até o momento, nenhum espécime fóssil de outras espécies do gênero foi encontrado Chrysocyon, portanto, presume-se que ele evoluiu independentemente do Pleistoceno.

Onde mora o Aguará Guazú?

Em termos de habitat, prefere pastagens abertas, savanas, florestas de arbustos secos e áreas pantanosas. É comum observar esses canídeos na orla de florestas e em áreas de rios. O Aguará Guazú tem uma distribuição muito ampla no cone sul:

• Da foz do rio Parnaíba, no nordeste do Brasil.
• Passando pela região da Mesopotâmia Argentina ao sul.
• Os pampas da Charneca no Peru ao oeste e territórios da região denominada Grande Chaco, que se estende por parte dos atuais territórios da Bolívia, Paraguai e Argentina.

Características físicas notáveis ​​do Aguará Guazú

O corpo do Aguará Guazú é alto e estreito e as orelhas são grandes e eretas. Uma característica importante é a dentição, pois reflete seus hábitos alimentares: como não mata nem come presas grandes, seus dentes cortantes superiores são reduzidos, seus incisivos superiores são fracos e seus caninos são longos e finos.

A cabeça deste animal é longa e pequena em relação ao tamanho do corpo. O que mais, seu pelo longo e espesso, laranja-avermelhado é distinto, mais longo na região do pescoço.

Possui manchas pretas no focinho, nas extremidades e ao longo da espinha, além de outras manchas brancas na garganta, dentro das orelhas e ocasionalmente na ponta da cauda. A juba erétil permite que ele pareça maior para ameaçar seus pares.

Comportamento

Esta espécie é principalmente noturna e apresenta picos de atividade crepuscular.. Esses canídeos são excelentes caminhantes, pois viajam pelas mesmas trilhas para frente e para trás. Eles não precisam correr devido à pequena presa que perseguem.

Além disso, os indivíduos se comunicam por longas distâncias com um uivo profundo, grave e rouco, freqüentemente ouvido após o anoitecer.

Essa vocalização deu a ele a fama de um lobisomem em muitas regiões. Além disso, esses canídeos emitem um tipo de gemido agudo para afastar os competidores de sua área de domínio.

Pode ser considerado um grande predador?

O Aguará Guazú é um animal onívoro. Embora possa ingerir proteína animal, suas fezes geralmente estão cheias de frutas da palmeira pindóSyagrus romanzoffiana) e grandes quantidades de tomate (Solanum lycocarpum), muito comum no Chaco paraguaio.

Alguns autores sugerem que a ingestão de tomate selvagem pode fornecer ajuda medicinal contra Dioctophyme renale, verme que infecta os rins do Aguará Guazú. Também inclui raízes e bulbos em sua dieta. Em geral, coma as frutas da estação, como banana e goiaba.

Em relação à dieta à base de carne, é normal que caça pequenos mamíferos como tatus, coelhos, ratos e pequenos pássaros como ynambú (Tinamidae) Além disso, é conhecido por comer peixes, ovos de pássaros, répteis, insetos, gastrópodes e outros moluscos terrestres.

Para desgosto dos avicultores, o Aguará Guazú busca caçar galinhas caipiras, mas sua presa muitas vezes não inclui animais de fazenda.

A observação de competição direta com outros carnívoros também não foi relatada.. Mesmo assim, análises de fezes na região revelam que Aguará Guazú, a raposa-siri (Pigcyon mil), a raposa pampa (Lycalopex gymnocercus) e o guaxinim caranguejo (Procyon cancrivorus) consomem muitas das mesmas espécies de presas.

Estado de conservação

O aguará guazú é endêmica na América do Sul e sua distribuição mudou ao longo do tempo, refletindo mudanças na paisagem e no uso do habitat.

Embora seja considerado quase ameaçado globalmente (Lista Vermelha da IUCN), seu status e perspectivas mudam em toda a sua extensão. Este animal desapareceu do Uruguai no século XIX. Entre as principais ameaças contra a espécie estão as seguintes:

• Destruição do habitat (incluindo queima anual de seus pastos).
• Perseguição de avicultores furiosos.
• Caça esportiva e captura ao vivo.

Como vimos, o Aguará Guazú é um canídeo de estrutura marcante e hábitos curiosos. Ainda assim, esse animal paradigmático requer esforços de conservação se não quisermos que ele acabe desaparecendo.

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