Filha elize matsunaga

Na tarde desta segunda-feira (30), Elize Matsunaga saiu da Penitenciária Feminina de Tremembé (SP) após dez anos presa. Uma decisão judicial a concedeu liberdade condicional.

Segundo informou o advogado de Matsunaga à Agência Estado, a previsão é de que a pena em liberdade seja cumprida até janeiro de 2028, com possibilidade de redução de 50 dias por trabalho e estudo enquanto estava na penitenciária.

Ela ainda não tem autorização para visitar a filha que teve com Marcos, mas, ainda segundo a declaração do advogado, ela espera que a vara da infância permita uma reaproximação no futuro, para que ela possa exercer a maternidade.

Ele complementou ainda de que ela deve comparecer em juízo a cada três meses, não se ausentar da comarca sem autorização judicial, comprovar ocupação lícita, repouso noturno, não mudar de residência sem comunicar as autoridades e não frequentar bares, casas de jogos e estabelecimentos do tipo.

Relembre o caso

Em 2012, Elize Matsunaga assassinou o marido, Marcos Kitano Matsunaga, então diretor-executivo da indústria de alimentos Yoki, no apartamento do casal, na zona oeste de São Paulo. Segundo informou as autoridades, ela teria descoberto que ele tinha uma amante, e, durante uma discussão, atirou no empresário. Em seguida, esquartejou o corpo e o deixou em vários pontos da cidade.

Em depoimento dias após o crime, Matsunaga confessou o ocorrido e foi levada à Penitenciária Feminina de Tremembé.

Ela foi denunciada por homicídio doloso triplamente qualificado, destruição e ocultação de cadáver. No dia 28 de novembro de 2016, teve início o julgamento do caso no Fórum Criminal Ministro Mário Guimarães, em São Paulo.

Entre as testemunhas ouvidas pelas autoridades, estavam o irmão da vítima, o delegado que presidiu o inquérito e um funcionário da empresa dirigida por Marcos, entre outras.

Na madrugada de 5 de dezembro de 2016, Elize Matsunaga foi condenada a 19 anos, 11 meses e um dia de prisão pelo crime, sendo 18 anos e 9 meses de prisão por homicídio sem chance de defesa, e um ano, dois meses e um dia por ocultação de cadáver.

O júri acatou os pedidos da acusação de qualificação de que o crime não ofereceu chance de defesa à vítima, mas recusou inferir que foi motivo torpe e meio cruel.

Em 2019, ela teve sua pena reduzida para 16 anos e três meses pela 5 Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) por confessar o crime.

*com informações da Agência Brasil e da Agência Estado