Eu já não sou o que era: devo ser o que me tornei. Solidão prolongada me ensinou a ser exigente. Quando me tornei minha melhor companhia, só me apaixonei por pessoas absolutamente incríveis. Meu herói foi o amor, vencendo tudo com mãos e pés pregados na madeira. Sendo assim tornei-me livre pelo amor. Uma expressão de amor me tornei, vivendo, assim, como um reflexo do próprio em atitude, e no coração carrego uma porcentagem, por isso nada de quem sou é meu e nem preciso ser eu. Quem não consigo ser, Ele será por mim! Meus conceitos mudaram. Acumulei experiências. Minha visão se ampliou. Tornei-me mais racional em relação à metafísica e mais passional em relação à vida. Fiquei loira... Mais loira do que queria a princípio, e me descobri na loirísse. Já não gosto de bronzear a pele, que se tornou suporte para as minhas tatuagens... Minhas marcas. Descobri o meu estilo, não que os anteriores não fossem meus. Estou me entendendo cada vez mais, e aprendendo a me distanciar do ideal que tentam fazer de mim. Eu não sou um ideal. Parei de tentar domar o meu cabelo. Parei de tentar domar o meu espírito. Dou satisfações à minha consciência, e ela é bastante severa comigo. Assumi o valor que os meus sonhos têm pra mim. Antes, o medo de que eles jamais se concretizassem me fazia fingir pra mim mesma que eu não me importava tanto assim. Descobri quais são os meus amigos verdadeiros, aqueles que eu vou levar pra toda a vida. Não que eu não vá descobrir novos amigos verdadeiros pelo caminho. Aprendi a não expor tudo, e acho que ainda exponho demais. Ninguém deve me conhecer como eu me conheço... Pelo simples fato de que eu não posso me revoltar ou virar as costas pra mim mesma, independente da situação. Qualquer outra pessoa pode. Você pode. Pisei em mundos alheios ao meu e, mesmo me sentindo alienígena, fingi pertencer. Entendi a importância de conhecer pessoas, mesmo que aleatoriamente. Entendi que deixar de conhecer alguém, pode significar virar as costas para uma oportunidade, para um possível futuro que teria algo a ensinar. Não que todos os meus hábitos antissociais tenham mudado. Eu ainda prefiro a companhia do meu iPod ou de um livro nos trajetos, mas abri uma exceção nos destinos. Eu ainda falo com voz de criança quando estou com as pessoas do meu convívio mais íntimo. Eu ainda sou bagunceira e ainda tenho crises de autismo. Minha memória seletiva ainda tem a péssima mania de jogar fora informações úteis e reter inúteis. Ainda amo ler, escrever, cantar, compor, dançar, jogar, rir, conversar, posar, fotografar, entre outras coisas. Aprendi a ver os dois lados da moeda... Toda moeda tem dois lados, e nem sempre o lado que traz felicidade traz também realização e vice-versa. Aprendi qual lado escolher. No final das contas, ainda sou a mesma, só que diferente. Saudade do que já fui. Descobri que era felicidade quando me tornei o domingo de alguém, e não o sábado à noite. Eu descobri o que era gostar quando abrir mão de algumas coisas e percebi que não me fariam falta se você estivesse comigo. Soube que estava apaixonada quando em um sábado a noite eu queria você comigo ao invés de sair e curtir. Soube que deveria me entregar a você quando te fiz
presente em minhas orações diárias. Eu soube que era amor quando toda vez que eu rezava vinha a vontade de pedir para Deus que os anjos te protegesse e que ele intercedesse por você. Eu descobri que não tinha mas como voltar atrás desse sentimento louco quando todas vezes que eu te olhava eu me apaixonava de uma forma diferente. Me tornei tudo aquilo que você temia, me tornei tudo aquilo que você queria ser, me tornei o que eu sempre quis me tornar, agora eu não tenho culpa se você me odeia, segui o meu caminho, escolhi uma estrada, optei por uma vida melhor, não sou mais a de antes, não levo mais aquela vida vulgar que eu tinha junto a você, hoje eu mudei, mudanças são assustadoras, mas eu mudei, tenho orgulho disso, mudei para melhor, para o meu melhor, não sou mais a mesma, então antes de me julgar pelo o que você costumava a conhecer, me julgue pelo o que eu sou hoje atualmente, mas o que eu sou hoje você não tem mais conhecimento, então acho desnecessário você me julgar, isso é tão inútil de sua parte. Tornei-me conselheiro dos humildes e desprezado fui por todos aqueles que se dizia ser sábios. ES o destino e a sina de um conselheiro. Me desculpe pela pessoa que eu me tornei. Não pude evitar de ser quem sou agora. As pessoas me tornaram assim, o que elas me fizeram, fez com que eu ficasse assim. Sem pena do mundo. Sem vontade de sorrir sem motivos - até porque nem com motivos eu consigo mais sorrir - Já que todos os motivos forma-me tirados, eles não tiveram sequer um pingo de compaixão pelo que eu estava sentindo naquele momento. Eu não era assim, desse jeito de não ter jeito com as pessoas. Eu era feliz, até que eu me lembre, eu fui feliz. Dizem que somos quem queremos ser, mas por consequência da minha vida, eu me tornei quem eu nunca imaginei ser. Não tenho mais muito tempo para querer ser. Esqueci como é ser criança, É difícil ser o que me tornei, Esquecemos dos sorrisos que dávamos, Perdemos a inocência, O que antes acordávamos Foi de tanto querer ser simples que eu me tornei complicado Eu não me tornei, acho que eu sempre fui. Na busca da inteligencia me tornei burro na busca da burrice aprendi que ser como somos é imensamente melhor do que fingir o que nunca fomos de verdade. Eu não sei em que parte da minha vida me tornei assim. E de repente vejo que me tornei platéia da minha própria vida, enquanto deveria ser a protagonista. É difícil olhar para dentro e ver o monstro que me tornei, ver meu coração de pedra ser coberto por uma pele de porcelana. Charles Bukowski o rei do drama e eu ,sempre fui fascinada por ele e me tornei a ser um Diferente do que eu queria, não voltei a ser quem eu era, mas para minha sorte, me tornei algo muito mais forte... |