Quem toma anticoncepcional, todos os dias, sempre no mesmo horário, não tem período fértil e, portanto, não ovula, diminuindo a chance de engravidar, porque, como não há óvulo maduro, este não pode ser fecundado. Isso ocorre tanto nos anticoncepcionais de 21, 24 ou 28 dias, e também no implante anticoncepcional.
Os anticoncepcionais orais inibem a ovulação, mas também alteram o endométrio uterino e o muco cervical, potencializando a prevenção da gravidez. No entanto, se a mulher esquecer de tomar algum comprimido, especialmente na primeira semana da cartela, há chance de engravidar porque ela poderá ovular e liberar um óvulo que ao encontrar-se com o espermatozoide, que pode sobreviver no interior da mulher por 5 até 7 dias, poderá ser fecundado.
Veja como usar a pílula e não engravidar em: Como tomar o anticoncepcional corretamente.
É possível engravidar tomando anticoncepcional?
Apesar de ser um método contraceptivo bastante eficaz, a mulher pode engravidar tomando o anticoncepcional se:
1. Esquecer de tomar a pílula diariamente sempre no mesmo horário. Há maiores chances se o esquecimento acontecer na primeira semana da cartela.
2. Tomar algum medicamento que diminua a eficácia da pílula, como antibióticos, imunossupressores e anticonvulsivantes, por exemplo, porque eles cortam o efeito da pílula. Veja alguns exemplos em: Remédios que diminuem a eficácia da pílula.
3. Vomitar ou tiver uma diarreia até 2 horas após o uso da pílula.
Nesses casos, a gravidez seria possível, pois a mulher pode vir a ovular e, ao ter relação, o óvulo ser fecundado.
Além disso, a pílula tem 1% de falha e por isso, é possível engravidar mesmo tomando a pílula anticoncepcional corretamente durante todos os meses, mas isto não acontece com frequência.
Veja como calcular o seu período fértil:
Como é a menstruação de quem toma anticoncepcional
A menstruação que vem todos os meses, para quem toma o anticoncepcional, não é referente ao "ninho" preparado pelo organismo para receber o bebê, mas sim, o resultado da privação hormonal durante o intervalo entre uma cartela e outra.
Essa falsa menstruação tende a causar menos cólica e dura menos dias, e graças à eficácia da pílula anticoncepcional, pode-se ter relações sexuais todos os dias do mês, até mesmo durante os dias de pausa entre uma cartela e outra, sem correr o risco de engravidar, desde que a pílula seja usada corretamente.
Quem toma o anticoncepcional corretamente pode notar alguma alteração nos dias que antecedem a menstruação, como mamas doloridas, maior irritabilidade e inchaço corporal, que são conhecidos como tensão pré-menstrual - TPM, mas estes sintomas são mais suaves do que se a mulher não tomar a pílula anticoncepcional.
Tomar o anticoncepcional corretamente não exclui a necessidade de usar a camisinha durante as relações sexuais porque somente o preservativo protege contra a doenças sexualmente transmissíveis. Veja: O que fazer se teve relação sexual sem camisinha.
“Doutor, meu namorado e eu transamos recentemente sem camisinha. Porém, eu tomo injeção anticoncepcional já faz sete meses. Ele não gozou dentro, mas tenho medo de ficar grávida. Tem risco?”
Se a menina faz uso das injeções mensais ou trimestrais regularmente, sempre na data certa, não tem risco de gravidez, mesmo se, eventualmente, o menino ejacular dentro da vagina. Quando há um método contraceptivo protegendo o tempo todo e não há ejaculação dentro, não há chances de ocorrer uma gestação.
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A injeção trimestral é eficaz mesmo?
Sim, o método contraceptivo é bastante eficaz. Existem duas alternativas para a mulher que opta pelas injeções com objetivo de prevenir uma gravidez:
- Injeções mensais: aplicada todos os meses;
- Injeções trimestrais: a mulher toma a cada três meses, ou seja, quatro vezes ao ano e, na maior parte das vezes, ela deixa de menstruar. É um método bom para aquelas que esquecem de tomar pílula ou para quem deseja não ter mais a menstruação.
Confira:
- Coito interrompido funciona como método contraceptivo?
- Preciso tomar pílula do dia seguinte mesmo usando anticoncepcional?
Outras opções possíveis
Atualmente, quando pensamos em métodos anticoncepcionais hormonais, existem muitas possibilidades além das injeções (mensais e trimestrais):
- As pílulas anticoncepcionais convencionais e, dentro desse grupo, há inúmeros tipos: com doses mais altas ou baixas de hormônios, combinação de estrógeno e progesterona, ou ainda só progesterona;
- DIU (Dispositivo Intrauterino);
- Adesivos;
- Implantes subcutâneos.
A diferença entre eles é a durabilidade. Os implantes subcutâneos, por exemplo, duram em média de três a quatro anos. Tudo depende de como a mulher se adapta e com qual ela se sente mais confortável.
As adolescentes geralmente se queixam da pílula anticoncepcional porque é necessário lembrar de tomar direitinho, apesar de hoje existirem diversos aplicativos e recursos para ajudar nessa tarefa.
De qualquer forma, vale discutir com um ginecologista qual a opção que se encaixa melhor como estratégia de prevenção para cada mulher.
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