Como o exercício físico e a alimentação saudável pode melhorar no funcionamento do corpo?

Especialista do Freeletics explica como estes aspectos influenciam o dia a dia e elenca dicas para viver de uma forma mais saudável

Até hoje, muitas pessoas ainda relacionam a busca por uma alimentação saudável e a prática regular de exercícios físicos apenas como objetivo de emagrecimento. Apesar de realmente ser muito eficaz na perda de peso, estes dois pilares também trazem benefícios extremamente importantes para todos que buscam uma melhor qualidade de vida, sobretudo se tratando da saúde mental.

Segundo Liora Bels, especialista em bem-estar do Freeletics, aplicativo líder em exercícios físicos e estilo de vida com uso de inteligência artificial, a manutenção de uma dieta balanceada e a regularidade na prática de atividades físicas oferecem benefícios significativos ao cérebro, impactando diretamente no bem-estar mental e na qualidade de vida.

Para ajudar a compreender melhor como a opção por alimentos de boa qualidade e uma rotina de treinos podem impactar positivamente no funcionamento do cérebro, a especialista listou todos os benefícios gerados pela manutenção da prática, além de dicas para as pessoas se aproveitarem deles. Confira:

1. Exercitando o cérebro

A prática de uma atividade física induz o cérebro a produzir proteínas que são extremamente importantes para o funcionamento do corpo. Chamadas de “Fator Neurotrófico Derivado do Cérebro”, essas substâncias atuam como um fertilizante para a mente, sendo responsáveis por impactar positivamente os nossos neurotransmissores para que atuem em conjunto. “Quando treinamos, neurotransmissores como dopamina, serotonina e norepinefrina são disparados repetidamente e aumentam nossos níveis de motivação, humor, foco e tempos de reação. Depois de um único treino, esses benefícios já podem ser desfrutados pelo menos nas duas horas seguintes”, garante Liora Bels.

2. Pensando também no amanhã

Os efeitos positivos de manter hábitos saudáveis não se restringem apenas ao tempo imediato. Ao preservar uma rotina adequada, a concentração de neurotransmissores aumenta continuamente e em várias regiões do cérebro, garantindo um aumento de concentração, sentimento de felicidade e satisfação.

Outro benefício importante dos exercícios físicos e da boa alimentação é a redução de cortisol, o hormônio do stress, também a longo prazo. Dessa forma, a pessoa adquire uma tolerância ao stress de forma permanente – seja ele fisicamente ou mentalmente. “No entanto, um certo cuidado é necessário, já que muito exercício também pode ter o efeito contrário e levar os níveis de cortisol para cima”, alerta a especialista

3. Esporte te deixa mais inteligente

Estudos por meio do método de ressonância magnética indicam que pessoas fisicamente em forma conseguem utilizar as áreas do cérebro de maneira muito mais eficiente do que pessoas que não possuem o hábito da prática esportiva.

“A pessoa destreinada por muitas vezes necessita ativar áreas adicionais do cérebro para executar as mesmas tarefas em comparação com alguém que pratica esportes regularmente. Além disso, na maioria dos casos ela leva até mais tempo para encontrar uma solução para um determinado problema”, explica a especialista do Freeletics.

4. Combustível da melhor qualidade

Em repouso, uma grande parte da energia do nosso corpo é consumida pelo cérebro. Toda essa energia é obtida diretamente da alimentação. A partir disso, a ciência já mostra que a melhor qualidade dos alimentos escolhidos na refeição impacta diretamente no melhor funcionamento do cérebro. “É importante ressaltar que enquanto uma alimentação adequada pode aumentar a habilidade de se concentrar e também a eficiência, os alimentos pouco saudáveis produzem um cenário completamente oposto”, atenta Liora.

5. Equilíbrio que importa

Uma mente saudável vive em um corpo saudável. Ao fornecer ao organismo tudo o que ele precisa, a mente irá agradecer e recompensar. “Conservar uma dieta saudável e balanceada reduz drasticamente alterações de humor. Alguns alimentos até ajudam na manutenção da liberação do cortisol, o hormônio do estresse, sendo um complemento fundamental para os treinos físicos. A pessoa irá se sentir mais equilibrada, disposta e saudável para aproveitar uma melhor qualidade de vida”, completa a especialista do Freeletics.

O Freeletics foi fundado em 2013 com a missão de desafiar e inspirar as pessoas a se transformarem na melhor versão de si mesmas, tanto mental quanto fisicamente. Desde então, a empresa se tornou líder em coaching de treino e estilo de vida com uso de Inteligência Artificial (IA).

Entenda como o exercício físico e alimentação prescrito pela Educação Física e Nutrição promovem uma vida saudável desde a gravidez até a terceira idade

Nosso corpo depende de oxigênio para sobreviver. Essa é a justificativa pela qual somos considerados seres aeróbios, diferentemente de fungos e algumas bactérias. Entretanto, o mesmo oxigênio retirado do ar que respiramos (que nos permite a oxidação de nutrientes e a geração de energia) também gera o que chamamos de estresse oxidativo, que nada mais é do que a “ferrugem“ corporal.

Exercício físico e alimentação são capazes de reduzir o estresse no qual nossas células são vulneráveis. É por isso que o estilo de vida saudável, principalmente regido por uma alimentação balanceada e  pelo movimento corporal, que é proporcionado pela atividade física e gerenciado pelo bom estado psicológico, permite que vivamos por mais tempo.

Como o exercício físico e a alimentação saudável pode melhorar no funcionamento do corpo?

Diante dessa situação, precisamos fornecer ao nosso corpo uma dose ideal e balanceada de exercício fisico e alimentação, que não seja nem insuficiente e tampouco excessiva. Ou seja, precisamos encontrar valores ótimos de nutrientes e exercício que nos aproximem o máximo possível do ideal, para mantermos nossas funções vitais e adaptações que otimizem positivamente nosso metabolismo. Também  para que não excedamos ou sejamos insuficientemente capazes de suportar as demandas energéticas, nutricionais e metabólicas  do corpo ao longo de nosso crescimento e principalmente envelhecimento.

Você deve estar pensando: Mas isso é quase impossível! Como saber exatamente o quanto preciso de nutrientes ou exercícios físicos? E quais são aqueles que se adaptam melhor ao meu estilo de vida e comportamento diário?

É exatamente isso que o nutricionista e o  profissional de Educação Física são capazes de fazer. Mapear, identificar, avaliar e prescrever algo que seja o menos passível de erro. Nunca uma prescrição será 100% exata, visto que nosso corpo nunca “para”, ou seja, ele sempre estará ligado, contudo, de maneira dinâmica. Isso é o que permite que nós estejamos em alguns momentos mais ativos e em outros menos ativos, como no sono por exemplo, mas nunca estaremos desligados ou parados. Portanto,  é necessário que esses profissionais tenham conhecimento para levar em consideração os inúmeros fatores que estão associados à prescrição individualizada da dieta e do treinamento físico. E a experiência profissional, estudo científico e pós-graduações em Nutrição em Educação Física serão as formas de adquirir esse conhecimento.

Exercício físico e alimentação nas fases da vida

Para cada fase da vida, a prescrição de exercício físico e alimentação necessita considerar novos fatores ou componentes adicionais. Durante a gestação, por exemplo, o aumento da demanda nutricional do feto eleva os valores de determinados nutrientes e restringe a amplitude de movimento para determinados exercícios. Já na infância, o aporte de alguns minerais deve ser ajustado à fase de crescimento e desenvolvimento. O aprendizado do movimento em si também deve ser priorizado em detrimento da perfeição do movimento realizado, buscando sempre o aumento do desenvolvimento do repertório motor.

Como o exercício físico e a alimentação saudável pode melhorar no funcionamento do corpo?
Durante a puberdade, hábitos alimentares devem ser melhor trabalhados para que o adolescente incorpore práticas saudáveis de alimentação e aumente as chances de mantê-la ao chegar na vida adulta. Principalmente porque esse é um período em que o metabolismo tende a reduzir o grau de atividade e consequentemente aumentar os estoques de reserva energética na forma de tecido adiposo. Paralelamente, a prática de exercícios físicos se torna aliada nos contextos hormonais e de aproveitamento dos nutrientes vindos da alimentação, o que leva  ao melhor uso para a construção da massa muscular e da redução dos estoques de gordura.

Ademais, o componente socializante de práticas de movimento corporal (esportes, lutas, ginásticas, jogos e danças) aumentam a interação entre os jovens, melhorando a autoestima e a relação interpessoal. Tudo isso  reduz os sentimentos de isolamento e não aceitação social, melhorando a consolidação da identidade e personalidade.

Além disso, a prática de exercícios físicos reduz as adversidades adaptativas do aumento da liberação de hormônios, como testosterona. Sabe-se que esse hormônio tem como papel primitivo a preparação do corpo para se tornar mais ávido para a caça e fuga. Assim, é necessário aos mamíferos para se tornarem mais fortes e efetivos para sobreviver ao ambiente e, é claro, desenvolver a capacidade de reprodução da espécie, através do desenvolvimento das funções sexuais necessárias a perpetuação da espécie.

Educação Física e Nutrição no processo de envelhecimento

Como o exercício físico e a alimentação saudável pode melhorar no funcionamento do corpo?
Ao longo da vida, nosso corpo, que é susceptível ao estresse oxidativo do oxigênio, começa a envelhecer. Sabendo dessa condição, um indivíduo que chega a essa fase da vida, levando consigo as adaptações adquiridas por bons hábitos (em especial exercício físico e alimentação) provavelmente chegará a essa  etapa em melhores condições fisiológicas.

Estamos falando de características fisiológicas que ao avançar da vida se tornam menos eficientes devido principalmente à redução da atividade hormonal e à ferrugem do estresse oxidativo de nossas células. Alguns exemplos são: a força e resistência muscular, fadiga, cansaço; capacidade cardiorrespiratória e capacidades físicas funcionais destinadas a execução de tarefas diárias como locomoção, transposição de obstáculos, bom tempo de reação, capacidade cinestésica e raciocínio.

Todavia, ao preservar a integridade física e mental, através do exercício físico e alimentação saudável, um indivíduo otimiza diversos sistemas orgânicos de seu corpo de modo a evoluir o funcionamento dos mesmos e permitir maiores adaptações morfofuncionais.  Um exemplo seria o aumento da massa, força muscular e aptidão cardiorrespiratória em períodos que antecedem o envelhecimento, que tornam o corpo menos vulnerável à redução das capacidades fisiológicas ao envelhecer.

É importante ressaltar que todas essas adaptações podem ser adquiridas e mantidas durante a fase de envelhecimento. O alcance e evolução das adaptações tornam-se menores, porém mantêm a eficiência. Principalmente para proporcionar ao idoso autonomia funcional para as tarefas diárias, prática de exercícios físicos e integridade psicológica, aspectos prioritários para a qualidade de vida e bem-estar biopsicossocial do idoso.

Portanto, visto a necessidade que nosso corpo apresenta quanto ao desenvolvimento de condições biológicas que  permitem uma vida saudável e o menos passível a doenças e adversidades da vida, é necessário se atentar aos diversos aspectos envolvidos para se alcançar condições favoráveis à obtenção dessas qualidades. Intervenções profissionais especializadas e diferenciadas são necessárias para que se atinja esses benefícios, independentemente da fase da vida do sujeito. Ou seja, em se tratando do nutricionista e do professor de educação física, ambos deverão sempre estar presentes na vida cotidiana de todos.

Como o exercício físico e alimentação saudável podem melhorar no funcionamento do corpo?

A prática de exercícios físicos é uma grande aliada no aumento da resistência física. Além disso, aumenta a produção de dopamina, noradrenalina, endorfina e serotonina, substâncias que promovem o relaxamento, a sensação de bem-estar e até de analgesia.

Como aliar alimentação e atividade física para melhorar o nosso corpo?

Antes do treino: é importante priorizar o consumo de alimentos fonte de carboidrato nas horas que antecedem a atividade, a fim de evitar queda no rendimento e fadiga precoce. Entre eles: frutas, arroz, tubérculos, aveia, granola, massas, farinhas em geral, pães, bolachas e torradas.

Quais os benefícios de uma alimentação saudável aliada a prática de atividade física?

"Uma correta nutrição ajuda a evitar a fadiga, otimiza o período de recuperação, diminui o risco de lesões, além de garantir a correta reposição dos estoques de energia".

Como a prática de atividade física junto com uma boa alimentação ajudam a manter a saúde e qualidade de vida?

Promove melhora na condição física e no funcionamento biológico, reduz o estresse, melhora o humor e diminui o risco de doenças cardiovasculares.