Como a vacina contra a raiva age no corpo do animal?

O que é raiva humana?

A raiva também pode ser chamada de hidrofobia e é uma doença de caráter infeccioso que é causada por um vírus do gênero Lyssavirus. Esse vírus é capaz de comprometer gravemente o sistema nervoso central, causando grande inchaço no cérebro e, por isso, a raiva é considerada uma doença grave, com um alto nível de letalidade.

A raiva é transmitida para o ser humano por meio da saliva de animais que estejam infectados com o vírus. Se um animal, inclusive cães e gatos, estiver infectado com a raiva e morder, lamber ou arranhar um indivíduo, ele pode acabar por desenvolver a doença.

É por isso que a vacinação contra a raiva é essencial não só para cães e gatos, como também para seres humanos que tenham contato animais de qualquer tipo. A vacinação é a melhor forma de prevenir a difusão da raiva e os animais domésticos devem ser vacinados pelo menos uma vez por ano.

No caso da raiva humana, a doença é transmitida somente por morcegos hematófagos.

Quais os sintomas da raiva?

O inchaço no cérebro e a inflamação no sistema nervoso central são as principais características da raiva e são eles que causam os sintomas da doença.

Entre os principais sintomas de raiva, podemos destacar:

– confusão mental;
– excitabilidade excessiva;
– agressividade;
– alucinações;
– espasmos musculares;
– febre;
– convulsão;
– babar em excesso;
– dor onde a mordida ou lambida aconteceu;
– dificuldade para engolir;
– mal-estar;
– febre;
– dor de garganta;
– náuseas;
– perda do apetite;
– perda de sensibilidade em um dos lados do corpo;
– sensações de agitação, irritabilidade, angústia; e
– ansiedade.

Esses sintomas são progressivos e evoluem por cerca de uma semana, conforme o vírus se instala no cérebro. Os espasmos musculares acabam fazendo com que o paciente fique paralítico e pare de, entre outras atividades, comer, excretar e respirar, o que é capaz de levá-lo ao óbito. A raiva humana quase sempre leva à paralisia.

O diagnóstico da raiva é feito com uma série de exames laboratoriais, como biópsias, além da eliminação de outras doenças que possuem sintomas similares.

Como é o tratamento da raiva?

A raiva não tem cura e sua evolução é muito rápida. Entre o começo dos sintomas e o estado de paralisia, podem se passar apenas sete dias.

É por conta disso que, assim que um indivíduo é mordido, lambido ou arranhado por um animal (urbano ou silvestre) que não esteja vacinado contra a raiva, é preciso tomar a vacina e realizar os procedimentos para impedir que o vírus entre em contato com seu sistema nervoso central.

Existem medicamentos que são capazes de impedir que o vírus avance até o sistema nervoso central, mas, uma vez que a doença se instala, é impossível contê-la.

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A vacina antirrábica humana é indicada para a prevenção da raiva em crianças e adultos, podendo ser administrada antes e após a exposição ao vírus, que é transmitido através da mordida de cachorro ou outros animais infectados pelo vírus da raiva.

A raiva é uma doença que afeta o sistema nervoso central, levando à inflamação do cérebro e geralmente leva à morte, se a doença não for devidamente tratada. Essa doença pode ser curada se a pessoa procurar ajuda médica logo que é mordida, de forma a limpar e desinfetar o ferimento, receber a vacina, e caso seja necessário, tomar também imunoglobulinas.

Para que serve

A vacina antirrábica é indicada para prevenir a raiva em humanos antes ou após a exposição ao vírus. A raiva é uma doença de animais que pode afetar os seres humanos, e provoca a inflamação do cérebro, que geralmente leva a pessoa à morte. Saiba como identificar a raiva humana. 

A vacina age estimulando o organismo a produzir a sua própria proteção contra a doença, podendo ser usada na prevenção da raiva antes da exposição, indicado para pessoas expostas a um risco frequente de contaminação, como veterinários ou pessoas que trabalham em laboratório com o vírus, por exemplo, bem como na prevenção após suspeita ou confirmação de exposição ao vírus, transmitido por mordidas ou arranhões de animais infectados.

Quando tomar a vacina

A vacina antirrábica pode ser tomada antes ou após a exposição ao vírus da raiva, sendo as principais formas:

1. Vacinação de prevenção

Esta vacinação é indicada na prevenção da raiva antes da exposição ao vírus, e deve ser administrada a pessoas que têm alto risco de contaminação ou que estão em risco permanente, como:

  • Pessoas que trabalham em laboratório de diagnóstico, pesquisa ou produção de vírus da raiva;
  • Veterinários e assistentes;
  • Tratadores de animais;
  • Caçadores e trabalhadores florestais;
  • Fazendeiros;
  • Profissionais que preparam animais para exposição;
  • Profissionais que estudam cavidades naturais, como cavernas por exemplo.

Além disso, pessoas que viajam para locais de alto risco, também devem tomar esta vacina. 

2. Vacinação após exposição ao vírus

A vacinação pós-exposição deve ser iniciada imediatamente ao menor risco de contaminação pelo vírus da raiva, sob supervisão médica, em um centro de tratamento antirrábico especializado. Além disso, é muito importante fazer o tratamento local do ferimento, e se necessário, tomar imunoglobulinas.

Esquema de doses da vacina antirrábica

A vacina antirrábica humana é administrada por um profissional de saúde por via intramuscular, no braço, e o esquema de vacinação deve ser adaptado de acordo com o estado imune antirrábico da pessoa, que incluem:

1. Profilaxia pré-exposição

A profilaxia pré-exposição é feita em pessoas que não não estão infectadas com o vírus da raiva, mas que têm maior risco de se expor ao vírus.

O esquema de doses da vacina antirrábica humana para profilaxia pré-exposição é de 3 doses da vacina, conforme a seguir:

  • 1ª dose: na data escolhida;
  • 2ª dose: 7 dias após a primeira dose;
  • 3ª dose: 28 dias após a primeira dose.

Após 14 dias da última dose, deve-se fazer um exame sorológico para verificar os níveis de anticorpos no sangue e se a pessoa ficou imunizada contra o vírus da raiva. No caso da pessoa não ter ficado imunizada, deve-se fazer uma dose de reforço, conforme orientação médica. 

Além disso, é necessário fazer um reforço a cada 6 meses para pessoas que manuseiam o vírus rábico vivo, e a cada 12 meses para pessoas em contínuo risco de exposição. Para pessoas não expostas ao risco, o reforço é feito 12 meses após a primeira dose, e depois a cada 3 anos.

2. Tratamento pós-exposição

No tratamento pós-exposição, ou seja, após a pessoa ter tido contato com o vírus da raiva através de mordida de animais infectados, as doses dependem da imunização da pessoa. e incluem:

Condição da imunização

Esquema de doses

Pessoas que receberam a vacina profilática pré-exposição e que têm comprovação de que possuem anticorpos contra o vírus

  • 1ª dose: no dia do acidente;
  • 2ª dose: 3 dias após a primeira dose.

Nesses casos, não é necessário tomar o soro antirrábico.

Pessoas não imunizadas, ou seja, que não tomaram a vacina profilática pré-exposição ou que tomaram a vacina anteriormente mas não produziram anticorpos contra o vírus

  • 1ª dose: no dia da acidente, devendo-se também tomar o soro antirrábico (imunoglobulina);
  • 2ª dose: 3 dias após a primeira dose;
  • 3ª dose: 7 dias após a primeira dose;
  • 4ª dose: 14 dias após a primeira dose.

Para pessoas que tenham o sistema imunológico enfraquecido, como no caso de infecção por HIV ou uso de remédios imunossupressores, por exemplo, deve-se tomar a 5ª dose da vacina, aplicada 28 dias após a primeira dose.

A vacina antirrábica deve ser aplicada por um profissional de saúde, sendo importante que as condições do animal sejam levadas em consideração para o tratamento após a exposição.

Possíveis efeitos colaterais

Embora sejam raros, podem ocorrer efeitos adversos como dor no local de aplicação, febre, mal-estar, dor nos músculos e articulações, inchaço nos gânglios linfáticos, vermelhidão, coceira, hematoma, cansaço, sintomas gripais, dor de cabeça, tonturas, sonolência, calafrios, dor abdominal e enjoos.

Com menos frequência podem ocorrer reações alérgicas graves, inflamação aguda do cérebro, convulsões, perda auditiva repentina, diarreia, urticária, falta de ar e vômitos.

Quem não deve usar

Nos casos em que se pretenda fazer uma vacinação pré-exposição, não é aconselhável fazê-lo em grávidas, nem em pessoas que apresentem febre ou doença aguda, devendo a vacinação ser adiada. Além disso, também não deve ser usada em pessoas com alergia conhecida a qualquer um dos componentes da vacina.

Nos casos em que já tenha ocorrido exposição ao vírus, não existe nenhuma contraindicação, já que a evolução da infecção pelo vírus da raiva, se não for tratado, leva geralmente à morte.

Como a vacina da raiva age no corpo de um animal?

Como a vacina contra raiva age no organismo do pet? Depois de aplicada no organismo não contaminado, a vacina contra raiva em cachorro faz o corpo do animal desenvolver anticorpos contra o vírus da doença. A primeira dose, quando aplicada corretamente, começa a fazer efeito em duas semanas e tem eficácia limitada.

Como a raiva age no animal?

“O vírus se liga aos nervos do hospedeiro e, por dentro deles, migra até o cérebro, causando inflamação dos tecidos afetados”, completa a veterinária. Com uma evolução muito rápida, a raiva mata quase 100% dos pacientes infectados não só nos cães, mas também seres humanos.

É possível pegar raiva vacinado?

O animal vacinado, mesmo que entre em contato com o vírus da raiva, não desenvolverá a doença e, portanto, não poderá transmitir aos tutores.

Qual a reação da vacina contra raiva em cães?

Os principais efeitos colaterais da vacina antirrábica são: Salivação excessiva. Sonolência. Apatia.