Algumas palavras e expressões da canção contrastam entre si, expressando ideias opostas

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Publicado em: 2022-03-05

Algumas palavras e expressões da canção contrastam entre si, expressando ideias opostas
E. M. PROFª MARLUCY SALLES DE ALMEIDA
Professora: Ilma Rebello Disciplina: Língua Portuguesa/Produção Textual
Série: 7º Ano do Ensino Fundamental Data: 29/05/2020
Aluno(a): _________________________________________________________________________ Turma: 701
ATIVIDADE DE LEITURA E INTERPRETAÇÃO
 A atividade deve ser realizada no caderno. Neste caso, copie o texto e toda a atividade. Caso o aluno queira e
possa, poderá imprimir e realizar a atividade na própria folha.
Amor maior
Eu quero ficar só, mas comigo só eu não consigo
Eu quero ficar junto, mas sozinho só não é possível
É preciso amar direito, um amor de qualquer jeito
Ser amor a qualquer hora, ser amor de corpo inteiro
Amor de dentro pra fora, amor que eu desconheço
Quero um amor maior, um amor maior que eu
Quero um amor maior, um amor maior que eu
[...]
Então seguirei meu coração até o fim, para saber se é amor
Magoarei mesmo assim, mesmo sem querer, para saber se é amor
Mas estarei mais feliz mesmo morrendo de dor
Para saber se é amor, se é amor
Quero um amor maior, um amor maior que eu
Quero um amor maior, um amor maior que eu
(FLAUSINO, Rogério. Jota Quest – MTV ao vivo. Sony/BMG, 2003. CD.)
1. O que quer dizer o seguinte verso: “Quero um amor maior, um amor maior que eu”?
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2. Algumas palavras e expressões da canção contrastam entre si, expressando ideias opostas. Transcreva-as.
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3. Identifique e transcreva do texto o verso em que o eu poético revela estar disposto a conhecer um amor
verdadeiro, ainda que lhe cause sofrimento.
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4. Como você interpretaria os versos a seguir?
“Mas estarei mais feliz mesmo morrendo de dor
Para saber se é amor, se é amor”
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5. E você? O que pensa sobre o amor?
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6. Copie do texto os VERBOS.
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de demonstrações que existe, tendo pelo menos 370 demons-
trações e ele nos diz que: “O quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados
dos catetos".
1.1.3 Figuras de Linguagem
Na Gramática, figuras de linguagem são formas de expressão que destoam da linguagem
comum ou denotativa para gerar efeito de sentido ou efeito estético. Essa ideia também se
aplica na Lógica, e dependendo de como uma proposição é feita, temos figuras de linguagem
diferentes. As principais figuras de linguagem relacionadas à Lógica são: paradoxo, antítese,
ambiguidade, metonímia, onomatopeia, pleonasmo, falácia e sofisma.
Definição 1.11 (Paradoxo) Chamamos de paradoxo à contradição da intuição comum,
ou seja, consiste na apresentação de ideias, a priori contraditórias, mas que podem
expressar uma possível verdade.
Exemplo 1.11 Listamos abaixo alguns paradoxos famosos da lógica clássica:
(i) Paradoxo do mentiroso: paradoxo proposto pelo filósofo grego Euclides de Mileto
o qual nos trás a seguinte situação: “Um homem diz que está mentindo. O que
ele diz é verdade ou mentira?".
(ii) Paradoxo de Moravec: paradoxo proposto pelo matemático e cientista da compu-
tação Hans Moravec em 1988, o qual nos diz que: “É comparativamente fácil
fazer os computadores exibirem desempenho de nível adulto em testes de inte-
ligência ou jogar damas, e difícil ou impossível dar-lhes as habilidades de uma
criança de um ano quando trata-se de percepção e mobilidade".
(iii) Paradoxo do barco de Teseu: paradoxo proposto pelo filósofo grego Lúcio Méstrio
Capítulo 1. Lógica Matemática 11
Plutarco, o qual nos diz que: “O barco de Teseu é formado por trinta tábuas que
estão ficando velhas, e quando uma fica muito velha ela é substituída por uma
nova. No primeiro ano duas tábuas foram trocadas, no segundo ano três tábuas
foram trocadas, e assim sucessivamente até todas serem trocadas. Depois de to-
das as tábuas serem trocadas, o barco de Teseu ainda é o original ou agora é um
barco diferente? Se é um novo barco, então quantas das trinta tábuas precisam
ser trocadas para que ele seja um novo barco? Se é o mesmo barco, então ao pe-
garmos todas as tábuas velhas que foram trocadas e construíssemos uma réplica
exatamente igual ao barco original, essa réplica também seria o barco de Teseu?".
Definição 1.12 (Antítese) Chamamos de antítese à apresentação de ideias opostas, ou
seja, a descrição de uma determinada situação utilizando termos opostos.
Exemplo 1.12 Seguem algumas antíteses presentes em canções nacionais:
(i) “Eu vi a cara da morte e ela estava viva" (Cazuza).
(ii) “Do riso fez-se o pranto" (Vinícius de Moraes).
(iii) “Onde queres bandido sou herói" (Caetano Veloso).
As figuras de linguagem paradoxo e antítese possuem diferenças sutis, e por isso muitas
vezes são confundidas. Podemos perceber que tanto a antítese quanto o paradoxo aproxi-
mam duas palavras ou ideias com sentidos opostos, que contrastam entre si. Entretanto, a
antítese aproxima essas duas palavras ou ideias, em contextos diferentes, enquanto que o
paradoxo faz essa aproximação em ummesmo contexto, tornando a mensagem muitas vezes
contraditória e com vários significados diferentes.
Definição 1.13 (Ambiguidade) Chamamos de ambiguidade à uma declaração que pos-
sui sentido dúbio, ou seja, distorce e provoca incerteza sobre um raciocínio lógico.
Exemplo 1.13 Observando a expressão “João encontrou Maria e foi até sua casa", po-
demos nos questionar: em qual casa João foi? Na casa dele ou na casa de Maria?
Definição 1.14 (Metonímia) Chamamos de metonímia à utilização de um termo ou
palavra que substitui outro pela ideia de semelhança entre seus significados.
Exemplo 1.14 As expressões abaixo são casos de metonímia:
(i) “João já leu Machado."
(A leitura é referente à obra escrita por Machado de Assis).
(ii) “Bebeu uma garrafa de suco e ainda queria mais."
(Bebeu todo o suco da garrafa, não ao objeto garrafa).
(iii) “Publiquei dois livros no ano passado."
(Quem publicou os livros foi a editora).
12 1.1. Fundamentos da Lógica Clássica
Definição 1.15 (Onomatopeia) Chamamos onomatopeia à expressão ou palavra que
substitui um evento expressando-o pelo seu som, com os recursos que a língua dispõe.
Exemplo 1.15 Abaixo temos alguns casos de onomatopeia:
(i) “As pessoas estão verificando a lista de aprovados no concurso. De longe pode-se
ouvir o uhuuu de Maria."
(Podemos concluir que Maria foi aprovada no concurso).
(ii) “José estava acompanhando o nascimento de seu primeiro filho, quando de re-
pente buááá!!! E José ficou muito feliz!"
(Podemos concluir que o filho de José nasceu).
Definição 1.16 (Pleonasmo) Pleonasmo é o termo técnico para redundância lógica,
que serve para enfatizar uma declaração.
Exemplo 1.16 Seguem algumas frases onde nota-se pleonasmos:
(i) “Detalhes tão pequenos de nós dois" (Erasmo Carlos).
(ii) “Vamos fugir pra outro lugar" (Gilberto Gil).
(iii) “O que é imortal não morre no final" (Sandy e Junior).
Definição 1.17 (Falácia) Chamamos de falácia ao argumento que não se sustenta ou
não é capaz de validar aquilo a que se refere, ou seja, é uma falha lógica no argumento,
que o torna precário ou inválido.
Existem vários tipos de falácias lógicas, e no que segue, vamos descrever e exemplificar
algumas delas. Para começar, temos a falácia da negação do antecedente (ou falácia da afirma-
ção do consequente), a qual ocorre quando em uma determinada argumentação, onde temos
uma condição suficiente para uma determinada conclusão, supomos que ao negar a condi-
ção suficiente (ou afirmar a conclusão) devemos negar a conclusão (ou afirmar a condição
suficiente), como segue no exemplo abaixo.
Exemplo 1.17 Considere o seguinte argumento: “Se tiramos dez na prova, então es-
tudamos bastante". Ao negar a condição suficiente “Não tiramos dez na prova", con-
cluímos de forma equivocada a negação da conclusão dada por “então não estudamos
bastante", e dessa forma temos uma falácia da negação do antecedente. O fato de não
termos ficado com dez na prova, não significa que não estudamos bastante, poderíamos
ter ficado com 9, por exemplo, sendo ainda uma boa nota, indicando que estudamos
bastante.
Um outro tipo de falácia é a falácia pelo particular, que ocorre quando considera-se o
comportamento particular para concluir o coletivo. Por outro lado, a falácia pelo coletivo é o
oposto da falácia anterior, ou seja, ela ocorre quando considera-se o comportamento coletivo
para concluir o particular.
Capítulo 1. Lógica Matemática 13
Exemplo 1.18 Podemos notar que os seguintes argumentos são falácias pelo particular
e pelo coletivo, respectivamente:
(i) “O sorvete que tomamos naquela sorveteria é caro. Logo, todo sorvete daquela
sorveteria é caro."
(Veja que temos a falácia pelo particular, uma vez que não podemos concluir que
todos os sorvetes daquela sorveteria são caros a partir de um sorvete específico
que compramos).
(ii) “Meu time de futebol é muito bom. João faz parte do meu time; logo João é muito
bom jogador."
(Note que, não podemos concluir a qualidade particular de João a partir dos
resultados coletivos do time.)
Temos ainda a falácia do não citado, que acontece quando concluímos de maneira equi-
vocada que se algo não foi citado em um conjunto de normas, leis ou pedidos, então estará
proibido de existir. Por fim, mencionamos a falácia do sucessivo, que ocorre quando con-
cluímos de maneira equivocada que se dois ou mais acontecimentos são sucessivos, então os
anteriores são a causa dos posteriores.
Exemplo 1.19 Seguem abaixo argumentos que são falácias do não citado e do suces-
sivo, respectivamente:
(i) “Arthur foi ao mercado com sua lista de compras, mas notou que açúcar não
estava na sua lista. Logo, Arthur não pôde comprar açúcar."
(Note que trata-se da falácia do não citado, pois o fato do açúcar não estar na lista
de compras, não significa que Arthur não pode comprar açúcar).
(ii) “Ana tomou um sorvete e engasgou. Logo, tomar sorvete faz engasgar."
(Note que trata-se da falácia do sucessivo, pois o fato de Ana tomar o sorvete e
engasgar,