24 fevereiro 2022
Crédito, Russian Defence Ministry
Legenda da foto,
Unidades militares a caminho de um local de treinamento em Rostov, perto da fronteira com a Ucrânia
Com a invasão da Ucrânia pela Rússia nesta quinta-feira (24/2), o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky afirmou que os soldados do país estão resistindo ao exército russo, convocou os cidadãos a se alistarem e os veteranos a se apresentarem.
O poderio militar da Rússia, no entanto, é muito maior que o da Ucrânia.
A Rússia tem 2,9 milhões de soldados, 900 mil deles na ativa. Já a Ucrânia tem 200 mil na ativa, de um total de 1,1 milhão.
- QUEREMOS CONTAR SUA HISTÓRIA: você ou parentes estão agora na Ucrânia?
Durante a escalada de tensão, a Rússia deslocou cerca de 100 mil soldados — equipados com tudo, desde tanques e artilharia até munição e poder aéreo — para a fronteira.
De acordo com a estimativa mais recente da empresa de análise militar Janes, atualmente o efetivo mobilizado pela Rússia em direção à Ucrânia ultrapassa 175 mil combatentes — quase o equivalente ao total de membros da ativa nas Forças Armadas ucranianas.
A invasão — que havia sido veementemente negada pelo líder russo Vladimir Putin — começou nesta quinta. Não está claro quantos soldados entraram no país, por onde e com que destino.
Há relatos de tropas cruzando diversos pontos da fronteira e explosões perto das principais cidades ao redor do país — e não apenas na região de Donbass, onde grupos separatistas foram reconhecidos e apoiados recentemente pela Rússia.
Além de mais soldados, a Rússia possui mais aeronaves de ataque, tanques, veículos blindados e artilharia. Veja a comparação:
O anúncio de Putin sobre a mobilização das tropas aconteceu no mesmo momento em que ocorria uma reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) em Nova York, Estados Unidos, sobre a crise.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, discursou pedindo "do fundo do coração": "Presidente Putin, detenha suas tropas de atacar a Ucrânia".
Legenda da foto,
A Ucrânia fica no leste da Europa, entre a Rússia e a Polônia
Sabia que a BBC está também no Telegram? Inscreva-se no canal.
Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube? Inscreva-se no nosso canal!
Pule YouTube post, 1Legenda do vídeo, Alerta: Conteúdo de terceiros pode conter publicidade
Final de YouTube post, 1
Pule YouTube post, 2Legenda do vídeo, Alerta: Conteúdo de terceiros pode conter publicidade
Final de YouTube post, 2
Pule YouTube post, 3Legenda do vídeo, Alerta: Conteúdo de terceiros pode conter publicidade
Final de YouTube post, 3
Além das cenas terríveis de destruição na guerra da Rússia contra a Ucrânia, outro fator chama a atenção: a quantidade de estatísticas sobre o poder bélico dos países. Um dos mais impactantes é a diferença de tanques de guerra entre as nações: 12.420 russos contra 2.596 dos ucranianos. E quando o assunto é Brasil, quantos tanques de guerra temos no país?
Os índices são da Global Firepower Index, empresa norte-americana especializada em estatísticas militares de mais de 140 países.
No site é possível filtrar por potencial terrestre, aéreo e naval, ou a soma de todos eles. Em relação aos tanques de guerra, a Rússia é líder disparada. Para ter uma noção, os Estados Unidos, segundo lugar no ranking, tem 6.612 desses veículos, já Ucrânia aparece em 13º. O Brasil está bem mais para baixo, com 439 tanques de guerra, e é o 33º colocado na tabela.
A página não especifica quais são os tanques que o Brasil tem. Porém, em agosto de 2021, durante um desfile militar com o presidente Jair Bolsonaro, havia um tanque SK-105 Kürassier, que é austríaco. O Exército Brasileiro possui 17 exemplares deste modelo que chegou ao país em 2001, segundo a BBC.
O SK-105 tem 320 cv, 500 km de autonomia e foi desenvolvido pela Saurer-Werk para atender o Exército Austríaco entre 1903 e 1982, quando a fabricante fechou. Os tanques que estão no Brasil foram produzidos em 1971.
Autoesporte já entrou em contato com a assessoria de imprensa do Exército Brasileiro para tirar algumas dúvidas sobre os modelos que estão no país.
Tanques de combate se dividem em várias classes, mas nenhuma delas é maior do que os Main Battle Tanks (MBT). Eles são os chamados tanques principais de combate. Os principais aqui no Brasil são os modelos Leopard 1, de fabricação alemã, e M60 A3, feito nos EUA. Entretanto, não foi especificado a quantidade de cada um.
O propulsor de 10 cilindros do Leopard tem 37 litros e gera aproximadamente 850 cv. Já o M60 Patton conta com motor V12 de 29 litros e 750 cv. Quanto ao desempenho, o Leopard 1 chega até 65 km/h na estrada, já o M60 Patton chega a 45 km/h.
Ambos são movidos a diesel e têm tanques de combustível enormes: o M60 tem cerca de 1.400 litros e o Leopard pouco menos de 1.000 litros. E a autonomia chega a 450 km no caso do Leopard 1, enquanto o Patton chega a 500 km.
Se você quer saber o consumo, o Leopard 1 faz cerca de 0,4 km/l, enquanto o M60 A3 consome um pouco mais, estimados 0,3 km/l.
Se o Brasil não é uma potência no que se diz respeito a tanques de guerra, no ranking geral temos mais destaque. Contando todo o poderio militar terrestre, aéreo e naval, o país fica em 10º no ranking geral de Força Militar, segundo o Global Firepower Index.
Ranking de Força Militar de 2022
1 - Estados Unidos |
2 - Rússia |
3 - China |
4 - índia |
5 - Japão |
6 - Coreia do Sul |
7 - França |
8 - Reino Unido |
9 - Paquistão |
10 - Brasil |
Quer ter acesso a conteúdos exclusivos da Autoesporte? É só clicar aqui para acessar a revista digital.