Como dizer direito comparado em ingles

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Quais as oportunidades e desafios surgem para os advogados com o Inglês Jurídico?

O que é a Tradução Jurídica? Como contratar um tradutor adequado para o seu caso? 

E, como é a carreira de tradutor jurídico?

No episódio 57 do #lawyertolawyer, Gabriel Magalhães entrevista Bruna Marchi.

  • Advogada e pós-graduada em Interpretação de Conferências Inglês<>Português pela PUC-SP.
  • Possui extensão universitária no Curso de Direito Norte-Americano, pela Fordham University, de Nova Iorque.
  • É pós-graduada em Direito Penal e Direito Processual Penal.
  • É sócia-fundadora da empresa Descomplicando o Inglês Jurídico e criadora do canal do YouTube Descomplicando o Inglês Jurídico.
  • É professora de inglês jurídico e direito comparado, além de ministrar palestras sobre esses tópicos.
  • Trabalha como criadora de cursos de inglês jurídico para a magistratura e os Ministérios Públicos Estaduais, no Instituto Educere, de Brasília.
  • É professora do curso de Extensão Universitária de Inglês Jurídico da PUC-SP.

Escute o episódio!

Assista a entrevista pelo Youtube!

Leia a transcrição!

Você está ouvindo o Lawyer to Lawyer, as melhores práticas de gestão, inovação e tecnologia no direito. Meu nome é Gabriel Magalhães, bem-vindo ao Lawyer to Lawyer. Este podcast é oferecido pela Freelaw, a forma mais segura para que seu escritório de advocacia contrate advogados online sob demanda. E eu sei que talvez você nunca pensou nessa possibilidade. Mas, agora você pode realizar parcerias com advogados especializados em qualquer área do direito, de acordo com a sua necessidade. É só entrar no site www.freelaw.work e enviar a descrição do serviço que precisa ser executado, as orientações, o prazo e aí só aguardar a mágica acontecer e você visualizar as propostas dos profissionais. Faça parte agora da nossa comunidade e aumente o portfólio de serviços jurídicos que seu escritório oferece aos seus clientes.

Gabriel Magalhães: Olá Advogado, Olá Advogada, sejam bem-vindos a mais um “Lawyer to Lawyer” da Freelaw, meu nome é Gabriel Magalhães e é um prazer estar aqui com vocês novamente. Já estamos no episódio 57 do podcast e é um prazer de receber a Bruna, advogada e pós graduada em interpretação de conferência em inglês e português pela PUC-SP, ela possui extensão universitária no curso de Direito Norte Americano pela Ford University em NY, ela também é pós graduada em direito penal e processual penal, é sócia fundadora da empresa descomplicando o inglês jurídico e criadora do Canal Descomplicando o inglês jurídico. Recomendo bastante que vocês acompanhem o trabalho dela, porque é bem bacana. Ela é professora de inglês jurídico e direito comparado, além de ministrar palestras sobre o tema. É criadora de conteúdo para magistratura e para ministérios estaduais no Instituto Educeri de Brasília. Por fim, ela é professora do curso de extensão universitária de inglês jurídico da PUC SP. Então, Bruna, quais são as oportunidades que surgem para os advogados com o inglês jurídico, como seu escritório pode ganhar mais dinheiro sabendo o inglês jurídico, como funciona o ramo de traduções jurídicas, como o escritório pode ganhar mais eficiência diante de algum contrato ou documento em inglês? Estou bem animado para essa conversa,  espero que a gente faça ela em português, porque meu inglês não está tão afiado como o seu!

Bruna: Pode deixar. Obrigada, Gabriel, pelo convite. Conheço a Freelaw há um tempo, sempre estou ligada no conteúdo de vocês, inclusive recomendo para meus alunos e tradutores, é um honra estar aqui com você, vem estudar com a gente que você desenrola esse inglês!

Gabriel: Já falei antes do episódio que estou precisando estudar com vocês, vamos conversar sobre isso sim! Agora me conta um pouco do seu trabalho, como que se deu essa transformação, você era advogada mesmo, até que optou pelo inglês? Qual a importância disso no dia de hoje e como os advogados podem aproveitar o uso do mesmo nas suas carreiras?

Bruna: Então, vou começar com uma breve história, desde que entrei na faculdade de Direito eu dava aulas de inglês para ganhar uma grana, entrei com 17 anos, essa coisa de adolescente mesmo. No terceiro ano de faculdade eu tranquei, fui passar um ano nos Estados Unidos para um intercâmbio, voltei, continuei dando aulas, terminei a faculdade, passei na Ordem e decidi que não queria ser advogada. Morei 2 anos em Londres,  voltei para o Brasil em 2010 e então dei aula por mais alguns anos, até que fiquei um pouco cansada de dar aulas de verbo to be, para iniciantes. Eu não queria advogar, mas sempre gostei de estudar o direito, que assim como o inglês era uma paixão. Então eu decidi me qualificar, fazer cursos, para dar aulas para advogados. Como sabemos, explicar o ensino técnico-jurídico sem formação em Direito é muito difícil, porque é uma linguagem completamente específica.

Nessa procura por cursos descobri que eles não existiam, justamente por isso eu criei os conteúdos, comecei com um aluno particular, depois dois alunos e em 2018 eu vi que isso realmente era uma empresa, então fundei o Descomplicando Inglês Jurídico como empresa. Comecei no youtube, fez sucesso na época e é um canal que surgiu com o propósito de fazer treinamento de advogados para falar inglês técnico. O perfil que temos é aquele que fala um bom inglês, que se vira completamente nos EUA e na Inglaterra, mas quando precisa falar com o cliente assim: “Olha, a gente protocolou a petição inicial e agora vamos aguardar que a outra parte responda por meio da contestação e a possibilidade de recurso é essa ou aquela.” Isso é muito técnico, principalmente no inglês, é isso que treinamos no Descomplicando. O outro público é interessante, são os tradutores, ensinamos a base do direito brasileiro e americano para eles conseguirem fazer essas traduções mais técnicas.

Quando penso no inicio, sempre dei aulas de inglês e comecei a estudar inglês muito cedo, naquela época era impensável juntar inglês e direito, então fiz a opção pelo inglês, deixei o direito um pouco de lado e só agora, recentemente, 7 ou 8 anos atrás eu juntei essa ideia, pois quando me formei em 2006 o Direito brasileiro era usado aqui, o único Direito comparado que tínhamos era o romano, por isso a dificuldade. Mas não sei como está a grade hoje em dia.

Respondendo a sua pergunta, sobre o impacto disso nos escritórios, os grandes de São Paulo têm clientes internacionais e tê-los abre a sua carteira e alcance para o mundo. É possível ter esse contato mandando alguém traduzir os emails e documentos, plenamente possível, mas se você é capaz de atender o cliente numa call, de discutir o processo com ele, entende a diferença entre as estruturas de common law e civil law, já que Brasil e Estados Unidos são diferentes e compreende as divergências jurisprudenciais, você ganha seu cliente e a sua confiança, por isso o direito comparado é essencial.

E eu vejo uma grande oportunidade para os escritórios que ainda não têm clientes internacionais, agora, neste mundo durante e pós pandemia, teremos infelizmente muitas recuperações judiciais, falências, contratos internacionais, ou seja, esse é um ótimo momento para quem não tem esse treinamento, buscá-lo. Como te disse, para o aluno ter o treinamento de inglês jurídico o dele tem que ser razoavelmente bom, tem que estar no intermediário. Então vamos fazer treinamentos sobre como falar com os clientes e sobre as fases do processo, temos até aqueles alunos que focam totalmente em recuperações judiciais e, assim, terão acesso a documentos como “chapter 11, chapter 13, por que se chama chapter, de onde surgiu isso?”. O inglês jurídico é muito mais que “Juiz é Judge”, é muito mais um estudo comparado mesmo e tendo profissionais qualificados nisso o escritório tem muito a ganhar. Vai diversificar a carteira e passar confiança para o advogado  de fora.

Gabriel: E é importante para quem quer carreira internacional também, né? Tivemos a oportunidade de gravar um podcast com o Jadair, ele falou aqui especificamente sobre carreiras internacionais no Direito, ele trabalha nos Estados Unidos e explicou que você só terá acesso às várias ofertas internacionais se compreender esse assunto. Queria saber se você tem alguma dica para quem quer internacionalizar a carreira, hoje por exemplo eu só trabalho em português, não tenho demandas ou clientes de fora, qual seria o caminho para que a gente se conecte mais globalmente? Você tem algum convênio com alguma instituição?

Bruna: Olha, falando um pouco mais para o próprio advogado, é importante que você faça para entrar no mundo internacionalizado é fazer a LLEM, uma estrada em direito no exterior. Bom, falando de mim, fiz uma extensão universitária na Universidade de Ford, em Nova York, que não foi uma LLEM, o deles dura um ano, o que é relativamente curto em comparação com o mestrado, mas é uma experiência muito interessante, o aluno chega na primeira aula achando que falar inglês para pedir comida no Mc Donalds ou algo por telefone é suficiente, mas quando chega na primeira aula ele se depara com palavras do inglês comum com um significado totalmente diferente no inglês jurídico, por isso eu acho que é uma experiência excepcional. No estado de Nova York, por exemplo, você pode sair daqui com um diploma em Direito, ter essa experiência, fazer a OAB de lá – isso depende de estado -, mas pode também fazer contatos e sair estagiando em um escritório por lá, creio que esse seja um bom caminho.

Como estamos em pandemia provavelmente muitos cursos serão disponibilizados online, que são válidos e, tendo morado na Inglaterra recomendo muito a vivência da morada em outro país, mas também entendo que dependendo da fase da vida do advogado isso não seja mais possível. Dessa forma, cabe lembrar que a Ford, esse ano, está fazendo um curso de inglês jurídico totalmente online, para fazê-lo você teria que morar em Nova York por 6 meses. Então, a minha dica é: aproveite principalmente se não pode sair  do país, se conecte com professores e alunos estrangeiros, essa rede pode te fazer estagiar em algum lugar, o estudo é sempre um bom caminho, mas se prepare para poder aproveitar de fato seu LLAM, pois se você não sabe como falar juiz, ministro e outros termos da common law, perderá algumas semanas se habituando a isso, tente chegar lá preparado. De qualquer forma, como muitas coisas estão online e, consequentemente, mais baratas e acessíveis, aproveite essa oportunidade.

Gabriel: Legal, Bruna. Agora assim, sobre tradução jurídica, é possível até você se tornar um tradutor de carreira, né? Então, você poderia falar um pouco mais sobre esse caminho que as pessoas podem trilhar e, para os escritórios, o que levar em conta para contratar alguém da área caso surja a necessidade?

Bruna: Bom, vou começar respondendo a primeira pergunta, a gente tem alguns alunos formados em direito brasileiro que estão caminhando para se tornarem tradutores jurídicos, mas esse caminho não é simples assim, dessa forma, o ideal dos mundos é que o tradutor seja formado em direito brasileiro, formado em um curso de tradução e é aí que o Descomplicando entra, para treiná-lo nesse quadrado menor, o dos termos jurídicos.

Muitos estudantes me perguntam o que fazer quando não se tem a graduação em direito e se isso os impediria no tocante a profissão como tradutor, eu sempre digo não, mas você tem que entender muito de Direito e é isso que fazemos no Descomplicando, tentamos fazer eles entenderem o sistema jurídico do nosso país e a sua dinâmica. Para você ter noção, Gabriel, muitos tradutores chegam para a gente e não sabem o que é competência, qual é a da justiça federal e a da estadual, não compreendem o organograma de justiça, coisas que são essenciais.

Para os escritórios de advocacia – é claro que cada um puxa sardinha para o seu lado – vale lembrar que a tradução técnica não é algo fácil, sempre a comparo com a tradução médica. Como eu, a título de exemplo, não faço ideia de como funciona o corpo humano, mas você se dedica a um tempo a entender o funcionamento do corpo humano e aprende isso em inglês, em chinês, porque o corpo humano é igual aqui e na China, porém se você está fazendo traduções para um cliente dos Estados Unidos, terá que se adequar aos trâmites do sistema jurídico de lá. Por exemplo, um recurso para o STF brasileiro é muito diferente de um recurso para a Suprema Corte Americana, temos competência diferentes, termos brasileiros que não existem no inglês e por isso precisamos adequá-los, os Habeas Corpus no Brasil, por exemplo, têm hipóteses totalmente diferentes da perspectiva americana. Dessa forma, eu entendo que os escritórios vão atrás de valores mais baixos para os seus clientes, até porque o orçamento costuma ser limitado, mas sugiro que eles prestem atenção na formação desses tradutores. Então, a indicação que eu dou aos escritórios é sempre perguntar, seja à agência ou para o tradutor é: “Você é formado em Direito? Tem profundo entendimento da Civil Law e da Common Law?”. São pontos cruciais.

Aqui na minha empresa temos um time de tradutores, todos formados em Direito e com LLAM, mas as vezes pegamos revisões, são escritórios que contrataram um tradutor e se decepcionaram, um caso interessante foi o de um tradutor que realmente não tinha noção do mundo jurídico, ele traduzia “vara” como “stick”, ou seja, uma tradução literal. Já tive pedidos de clientes de primeira viagem, que perguntam o orçamento e assim que eu respondo a pessoa questiona: “Bruna, você me garante que não vai colocar isso no Google Tradutor e me entregar? Porque eu já tive problema com isso.”, e eu respondo que isso é absolutamente impensável, ressalto que temos um ótimo time de tradutores, mas se ela me fez essa pergunta é porque já recebeu traduções sem revisão nenhuma. Eu não sou absolutamente contra o Google Tradutor ou qualquer tecnologia de tradução, ela está para obtermos vantagens dela, mas enquanto não há um tradutor jurídico específico, esse olhar humano é primordial.

Também já tive clientes que, por exemplo, eu sou tradutora simultânea pela PUC, mas já chegou um cliente aqui que traduziu um contrato com uma outra empresa e nos contratou para fazer a tradução simultânea da negociação com a parte do exterior, eles nos contrataram para uma reunião de uma hora, que se tornaram seis horas, justamente porque precisamos discutir a má tradução do contrato, devido a ela as partes não conseguiam chegar em um consenso, cada uma entendia de uma forma. Ou seja, economizaram na tradução e gastaram seis vezes mais na reunião com tradução simultânea. Então, eu entendo a questão dos escritórios, mas infelizmente uma boa tradução junto com uma boa revisão ainda não é barata, mas se você está falando de um contrato de milhões de dólares não é na tradução que se recomenda economizar.

A mensagem que quero deixar é: desconfiem de orçamentos extremamente baixos. Para ter o time que eu tenho hoje, eu tenho que remunerar a altura, se eu brigar só por preço no mercado, vou contratar tradutores sem conhecimento. Tenham cuidado nas contratações, a minha empresa é especializada só em tradução jurídica, entendo que existem outras que tem traduções técnicas de várias áreas, mas verifique se há essa formação na questão jurídica.

Gabriel: Legal, mitigar riscos, né? Você faz um contrato perfeito e no fim traduz errado, não adianta de nada…

Bruna: Perfeito, você gastou muitas horas de seus advogados na redação do contrato e na hora de traduzir quis economizar, o que vai te comprometer lá na frente.

Gabriel: Bom, Bruna, uma coisa que eu admiro no seu trabalho, o qual eu acompanho já há um tempo, é como vocês produzem conteúdo. Vocês têm uma vertente bem forte de produção de conteúdo, então eu gostaria de ouvir você falar sobre isso e, como sua empresa fornece serviços para muitos escritórios, gostaria de saber o que você acha que os escritórios estão fazendo de errado nesse ponto? Sei que você já tinha sua carreira antes como professora consolidada, mas a sua empresa é recente e já cresceu muito, então considerando as grandes dificuldades dos escritórios de advocacia para captação de clientes e é óbvio que são mercados distintos, mas eu acredito que podemos tirar algum ensinamento disso.

Bruna: Seu primeiro conto é conteúdo e, assim como a Freelaw, criamos sim muitos conteúdos gratuitos, como o blog, o canal do youtube, os posts nas redes sociais, tenho a Fernanda Vitarelli que é uma tradutora que entende muito de marketing e me ajuda muito nessa parte (sempre agradeço a ela). Nós sempre recebemos uma pessoa por mês para fazer um webinar gratuito, já recebemos professores de Direito de outros países, até para que os advogados de um modo geral testarem o seu inglês. Você entende tecnicamente aquilo? Consegue me explicar? O nosso crescimento é ainda orgânico, nosso alunos nos recomendam, nossos clientes nos recomendam, para o ano que vem planejamos sermos mais agressivos em relação ao marketing pago, mas de 2019 para 2020 nós dobramos de tamanho, tanto na parte de aulas quanto na de traduções.

Sobre o que os escritórios estão fazendo de errado, eu acho que são alguns pontos, por exemplo, alguns exigem o inglês do advogado, que é contratado com muita expectativa, mas esse advogado estava há anos sem falar inglês e isso é um pouco frustrante. Por exemplo, fui para um escritório ano passado, onde o chefe me mostrou uma equipe de 10 advogados, 8 falavam muito bem inglês, mas ele não sabia se eles dominavam o inglês jurídico e realmente nenhum deles falavam, alguns poucos e outros nada. Mas para os escritórios, se vocês querem transformar os advogados que vocês já tem em um ponto de contato com cliente internacional, você deve entender se ele fala o inglês jurídico (é a língua dentro da língua). Veja bem, se dois oncologistas, hoje, discutissem um caso usando jargões técnicos, creio que você não iria compreendê-los, por mais que sejamos nativos do português. Então, os escritórios precisam dessa consciência de que o inglês jurídico é diferente do “normal”, estejam atentos a isso porque na minha opinião não vale a pena arriscar um projeto de um valor considerável em uma tradução não tão bem feita. Para os advogados é isso, estudem inglês jurídico, façam LLAM, extensões na área, pois como eu disse no pós-pandemia teremos muitas discussões contratuais internacionais.

Gabriel: Legal, Bruna. Sobre a produção de conteúdo que os próprios advogados têm feito para seus clientes, você tem alguma dica, alguma experiência, com base no modo que vocês produzem conteúdo por aí?

Bruna: Olha, o próprio nome da nossa empresa já diz, Descomplicando o Inglês Jurídico, a gente tenta fazer tudo de um modo muito não simplista, tudo que fazemos é complexo, mas de um modo simplificado para os clientes e os alunos, todo o modelo é feito para que eles aprendam. Para quem cria conteúdo, independente da área, deve ser atraente e descomplicado dessa maneira, depende do público que você quer alcançar.

Eu tento evitar os jargões e acho que está tendo, como consumidora ávida de conteúdo, acho que está tendo uma discussão excessiva sobre o mesmo tema, precisamos sair um pouco do comum. Tenho um parceiro, o Eric, que é dono da Beats Academy, uma empresa que produz conteúdos relevantíssimos de tecnologia na área jurídica, eles ensinam sobre Legal Design, que na verdade descomplica um contrato, uma petição, deixa as coisas mais acessíveis. Assim, acho que o caminho de criação de conteúdo é muito rico. Deem uma olhada na Beats Design, temos uma live com ele explicando o Legal Design no nosso canal e acho que precisamos sair um pouco dessa nossa rigidez e falar um pouco mais do presente mesmo, de como a tecnologia será a nossa aliada. Porque advogados sempre existirão, como uma mente por trás das estratégias, mas minha dica como exploradora de conteúdo é que as pessoas explorem essa temática fantástica.

Agora estou parecendo a Manu, minha companheira de escritório, enfim, acho que é isso.

Gabriel: Muito legal, Bruna, concordo bastante com o que você trouxe, já conheço o trabalho do Eric, não o conheço pessoalmente, mas já o vi no linkedin. Lembro de uma ação que eles fizeram de divulgar o modelo de Legal Design, que ficou bem bacana porque dava para perceber como isso é usado na prática. Acho que pegar um modelo desse é uma boa forma de qualquer escritório de advocacia iniciar as práticas nessa área.

Bruna: É uma boa oportunidade perder o medo, né? Será que o contrato tem que ser aquela coisa preta e branca? Concordo plenamente com você.

Gabriel: Para finalizar, você tem algum recado final? Alguma pergunta que eu não te fiz que você gostaria de se fazer? E também se quiser passar seus contatos, eles já estão na descrição, mas se quiser falar…

Bruna: Então, convido todos a seguirem o meu canal no youtube, nosso site e todas as nossas redes sociais. Temos uma newsletter também, onde enviamos conteúdos muito relevantes. E assim como o inglês geral ja não é um diferencial para os profissionais de grandes empresas, é óbvio que você sabe inglês para ocupar certos espaços, isso não vai ser diferente, em alguns anos, no mundo do Direito. Vai ser óbvio que você sabe inglês jurídico, conhece sistemas internacionais e pode navegar em cada um deles. Mas isso é uma coisa muito prazerosa, não é chato, tentamos explicar tudo de um modo simplificado e interessante. Como eu disse, quando eu me formei, jamais pensei que viria a conexão entre Direito e Inglês e hoje, mais do que nunca, eles estão entrelaçados, eu acho que é uma oportunidade, pois se você sabe inglês jurídico poderá falar com clientes da China, com clientes que falam Árabe, enfim, do mundo todo e estamos aqui para contribuir, o que sempre prezamos é o learning, ou seja, leiam nossos blogs ou os de outras empresas, assistam os vídeos de dois minutos e os webinares, que são mais longos e também são incríveis. Creio que temos o dever, no mundo jurídico, de estarmos abertos à idiomas, culturas, tecnologias e também, claro, recomendo muito o conteúdo da Freelaw, que eu devoro e acho muito interessante.

Gabriel: Muito obrigado, Bruna. Quero muito agradecer a sua participação, eu estou com muita vontade de (re)estudar inglês há um tempo, lapidar e hoje, quando analiso o meu inglês, eu consigo me comunicar e consumir os conteúdos, mas perco habilidades de comunicação pois não é a mesma coisa que em português e é algo que pode fazer com que percamos oportunidades na vida e atrapalhe o nosso desempenho. Então é realmente importante.

Quero agradecer, mais uma vez, aos advogados e advogadas que nos ouviram em mais uma semana, uma presença bem assídua e próxima semana estaremos de volta com mais um Lawyer to Lawyer, com o Leandro Ramos, que será sobre o marketing no Linkedin.

Este episódio estará disponível em vídeo, áudio, texto, então não sei se você está assistindo, ouvindo ou lendo o conteúdo no seu player de áudio favorito, mas independentemente disso compartilhe com seus colegas advogados. Nos vemos próxima semana, até lá, abraço!

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