Tem que tomar remédio de verme todo ano?

Antigamente era comum a prescrição de vermífugos para as crianças todos os anos... Mas algumas recomendações mudaram de uns tempos para cá!⁣⁣⁣⁣

⁣⁣A prática de dar a medicação uma vez ao ano para as crianças era principalmente por que o saneamento básico na maior parte do nosso país ainda era bem precário!⁣⁣⁣⁣

Com a chegada de água encanada e esgoto tratado, a chance de proliferação desses parasitas diminuiu drasticamente na grande maioria da população brasileira.⁣⁣⁣⁣

⁣⁣⁣Mas Dra. qual a recomendação para as crianças hoje em dia?⁣⁣⁣⁣

Existem duas:⁣⁣⁣⁣

1️) Quando a família morar em área sem saneamento básico adequado (esgoto à céu aberto por exemplo) a indicação é de tomar a medicação uma vez ao ano, ou em áreas que a infecção por parasitas é comum, podemos fazer 2 vezes ao ano!⁣⁣⁣⁣

2️) Crianças que moram em regiões com esgoto encanado e água tratada, devem receber a medicação apenas se indicado pelo seu pediatra - ele irá avaliar se a criança apresenta alguns sintomas ou alterações em exames que possam sugerir a presença de algum parasita.

Sempre converse com seu pediatra para saber a necessidade ou não do uso dessa medicação, e nunca pratique a auto-medicação!

Por Ana Paula Menini, Pediatra e Neonatologista.

Para conhecer mais o trabalho da Carla é só acessar o instagram @dra.anapmenini.

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Segunda-feira, 28/08/2017, às 11:47,

Quem sabe dizer qual doença é o “amarelão”? E a “barriga d’água”? Pode ser causada por qual verme? Qual é o “bicho do porco” que pode subir para a cabeça?

Pois é. Há não muito tempo, a maior parte das pessoas saberia exatamente quais são os sinais e sintomas do amarelão, barriga d’água e bicho do porco na cabeça.  Mais que isso: muito possivelmente conheceriam alguém que já teria passado pela desagradável situação de estar com uma destas três situações.

Felizmente o mundo mudou. Neste sentido, para muito melhor. Algumas destas “mudanças” foram decisivas para ajudar a diminuir a quantidade de vermes que indiscriminadamente coabitavam nosso organismo, como intrusos invasores desagradáveis e não convidados.

Dentre outras, salientam-se quatro  “mudanças”  que fizeram a diferença:

1. O saneamento básico mais eficiente e presente para muitas pessoas.  O tratamento da água e a canalização do esgoto melhoraram indiscutivelmente nossa qualidade de vida.

2. A comunicação, que ajuda a disseminar o conhecimento em todas as áreas. Os meios de comunicação que atualmente estão ao nosso alcance como, por exemplo, TVs ou internet nos celulares, que “habitam” as mãos de boa parte dos brasileiros, trazem informações preciosas – geralmente compartilhadas-  sobre os hábitos de higiene e saúde, que  são entendidos como essenciais para uma vida mais tranquila e saudável. Lavar as mãos antes das refeições, higienizar frutas e legumes, por exemplo, são informações  necessárias que já fazem parte da rotina incorporada de muita gente.

3. A alimentação mais processada e industrializada é mais higienizada. Sim, este é um dos lados positivos da alimentação que nos está disponível nos supermercados de todos os dias. Os alimentos processados, empacotados e embalados que normalmente compramos e consumimos são isentos de vermes.

4. A vida mais “recolhida” das crianças. As crianças de hoje  tem pouco ou quase nenhum espaço natural para brincar. O contato com a terra e com animais que não vivem só nas salas dos apartamentos e casas é muito mais raro. Os espaços infantis restringem-se aos condomínios dos edifícios, aos playgrounds disponíveis, às áreas das escolas e aos parques e praças urbanos. A chance de contaminação por parasitas é infinitamente menor nestes locais.

Resultado: os vermes, que tanto atormentavam a vida de todos, principalmente das crianças, perderam seu “espaço” no mundo contemporâneo. Ainda existem e ainda atormentam muita gente, claro. Mas sua incidência diminuiu consideravelmente nos últimos tempos. Ainda bem.

No entanto, ainda é muito comum, nos dias atuais, pais questionarem pediatras: “meu filho nunca tomou vermífugo. Posso dar?”

Por isso vale a pergunta: devemos vermifugar rotineiramente crianças (ou adultos)  mesmo sem evidências de verminose?

Não! Hoje em dia não há nenhuma necessidade de dar quaisquer vermífugos de amplo espectro para crianças ou adultos, indiscriminadamente, sem evidências clínicas ou laboratoriais de contaminação. Importante lembrar que todos os vermífugos são medicamentos e, portanto, não isentos de efeitos colaterais que podem ser graves, inclusive. Só o médico é que pode indicar.

Se você respondeu às perguntas acima dizendo que o amarelão é a anemia causada por um parasita (chamado Ancylostoma); que barriga d’água é decorrente da esquistossomose e que o ovo da Taenia, ou “solitária” - que pode estar na carne mal cozida de porcos contaminados-  pode "subir para a cabeça"... acertou todas!

Água encanada e saneamento básico contribuíram para a diminuição na prevalência de doenças infecciosas. Foto: Pixabay. 

Tem que tomar remédio de verme todo ano?

Quantas vezes por ano tem que tomar remédio para verme?

Quem deve tomar remédio contra vermes com mais frequência Além disso, pessoas que moram em regiões onde as parasitoses atingem 20% da população devem tomar o vermífugo anualmente, enquanto os moradores de regiões com 50% de predominância dessas doenças devem tomá-lo a cada seis meses.

Quanto tempo deve repetir o remédio de verme?

A dose única é utilizada no tratamento em massa. Repetir após 14 dias. Casos de super-infecção devem ser tratados por 30 dias.

Como saber se preciso de remédio de verme?

Portanto, o vermífugo é um remédio que deve ser tomado apenas com prescrição médica. Então, isso deve acontecer após a detecção de sintomas muito evidentes ou de um exame de fezes como o parasitológico de fezes, por exemplo, ou quando há recomendação de órgãos de saúde pela região.

O que acontece se nunca tomar remédio de verme?

Olá, a chance dos vermes sairem vivos é maior quando não se toma a medicação. No geral, os antiparasitários destroem os vermos e os ovos dos vermes, sendo eliminados juntos com as fezes (fazendo parte do bolo fecal).