Têm flúor na água da rua?

Um polêmico estudo publicado pelo periódico JAMA Pediatrics constatou que a ingestão de água com adição de flúor por mulheres durante a gestação provocou uma queda no desenvolvimento intelectual dos filhos meninos, mas não nas meninas.

A fluoretação da água potável distribuída a todas as residências é mundialmente utilizada para reduzir o surgimento de cáries dentárias e fortalecer o esmalte dental em crianças e adolescentes.

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Nos Estados Unidos, o CDC (Center of Diseases Control and Prevention) afirma que a fluoretação reduz em 25% o surgimento do problema em crianças e adultos, e considera o processo uma das 10 maiores conquistas da saúde pública do século 20. No Brasil, desde 1974, a legislação estabelece como obrigatória a fluoretação da água em todas as ETA (Estações de Tratamento de Água).

No entanto, há tempos a fluoretação levanta questionamentos sobre sua eficiência e também sobre os efeitos colaterais. Alguns estudos, por exemplo, tentaram ligar a substância ao surgimento de câncer, o que nunca ficou comprovado.

O novo estudo, no entanto, constatou que para cada 1 mg de fluoreto por litro de urina, os filhos (mas não as filhas) de mulheres grávidas que ingeriram água fluoretada durante a gestação perderam cerca de 4,5 pontos no QI.

Os médicos, no entanto, não sabem explicar o motivo pelo qual o fluoreto não afetou o desenvolvimento das meninas.

Como o estudo foi feito:

  • Os médicos analisaram as informações do programa Maternal-Infant Research on Environmental Chemicals, um estudo de longo prazo feito em seis cidades do Canadá com gestantes e seus filhos.
  • O programa começou em 2008 e coleta todos os dados possíveis a respeito da dieta, dos níveis de educação e até dos traços de arsênico na urina dos participantes.
  • Cerca de 40% das cerca de 600 mulheres do estudo vivem em cidades com abastecimento de água fluoretada; elas tinham, em média, um nível de 0,69 mg de fluoreto por litro de urina, contra 0,4 mg encontrados em mulheres vivendo em áreas sem água fluoretada.
  • Três a quatro anos depois do nascimento das crianças, os médicos aplicaram um teste básico de QI em algumas delas.
  • Eles ainda tentaram eliminar variáveis como nível de educação dos pais, peso de nascimento, consumo de álcool durante a gestação e renda familiar, além de exposição a tóxicos como chumbo, mercúrio e arsênico.
  • O resultado foi que, para cada 1 mg de fluoreto a mais por litro de urina, os filhos (mas não as filhas) das gestantes analisadas perderam cerca de 4,5 pontos no teste de QI.
  • Usando um método secundário de medição, os médicos então pediram às mães para avaliar qual a quantidade de água de torneira e outras bebidas que por ventura tenham fluoretano (como alguns tipos de chás).
  • Nesta medição, eles constataram que o aumento de 1 mg por litro de urina estava associado a uma queda de 3,7 pontos no teste de QI tanto de meninos como de meninas.
  • A avaliação subjetiva, no entanto, é uma forma menos precisa de aferição, por isso é menos utilizada e aceita na maioria dos estudos científicos.

Por que isso é importante?

Embora polêmico, o estudo reacende a discussão sobre a efetividade e a segurança da fluoretação da água potável. Estima-se que 5% da população mundial hoje tenha acesso a esse tipo de água tratada.

Os pesquisadores admitem que o estudo é bastante preliminar e ainda não sabem explicar, por exemplo, por que existe uma discrepância na forma como o fluoreto afeta meninos e meninas.

No entanto, eles acreditam que isso tem relação na forma como ambos os gêneros se desenvolvem dentro do útero. Mas é preciso mais análises para ter certeza sobre isso e também sobre a suposta falta de segurança da fluoretação da água.

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O flúor é um importante aliado à saúde bucal, pois previne as cáries dentárias. No Brasil, 60% dos municípios contam com flúor adicionado à água distribuída pela rede de abastecimento público. Porém, se a população optar por consumir a água mineral, esse benefício será desperdiçado.

A adição da substância no tratamento da água é lei federal e as crianças são as mais beneficiadas, isso porque o flúor atua também nos ossos, auxiliando o crescimento. No entanto, até mesmo os adultos precisam de flúor.

Têm flúor na água da rua?

Água distribuída pela rede de abastecimento público contém flúor

A água chega aos consumidores com padrão e qualidade definidos pelas concessionárias. Para manter esses cuidados, é preciso que o reservatório onde a água será armazenada esteja limpo e purificado. Ainda assim, é necessário filtrar a água para que as últimas impurezas sejam retiradas.

Quando a água ingerida é fluoretada, e não a mineral, não é preciso fazer um tratamento dental com flúor, uma escovação regular com creme dental que contenha a substância será suficiente para complementar o tratamento. Para que o flúor oferece proteção é necessário uma concentração de 0,6 a 0,9 miligrama por litro.

Além deste benefício, utilizar a água que sai do reservatório diretamente na torneira, também auxilia o meio ambiente. A maior parte da água mineral comercializada utiliza o plástico como embalagem. Reduzindo seu consumo, consequentemente também haverá uma diminuição do lixo ambiental gerado.

A FAZ FORTE gostaria de lembrar que antes de utilizar a água que vem da rua é preciso lavar as caixas d’água a cada seis meses, para que doenças como a diarréia não seja transmitida.

Quais águas têm flúor?

Teor correto Somente quatro das marcas de água mineral estudadas possuem teores de flúor natural dentro da margem considerada correta, ou seja, de 0,6 a 0,8 miligramas de flúor por litro de água: Soda Natural gasosa (RS), Da Guarda (SC), Saint Thomas gasosa (SP) e San Pellegrino gasosa (Itália).

Têm flúor na água encanada?

No combate à cárie dentária, o flúor está presente na água encanada, utilizada por meio do abastecimento público.

Como saber se a água tem flúor?

Como medir o fluoreto A intensidade da cor corresponde à concentração do seu analito (fluoreto) na sua amostra. O método potenciométrico envolve a medição direta da amostra usando um eletrodo de íon seletivo (ISE) com um medidor. Cada um tem suas próprias vantagens.

Têm flúor na água da torneira?

Além disso, a água [da torneira] contém a presença de cloro e flúor. Mas se a caixa d'água não estiver bem limpa, pode ter a presença de bactérias e protozoários, como a giárdia, ou algum animal morto.