Quem foi o idealizador dos Jogos Olímpicos em qual país ele nasceu?

Os primeiros Jogos Olímpicos da Idade Moderna foram realizados em Atenas, em 1896. A competição havia sido idealizada anos antes, mas foi necessário transpor uma série de obstáculos. O principal mentor da ressurreição dos antigos jogos foi o historiador e aristocrata francês Pierre de Coubertin. Por pensar numa medição de força corporal no estilo da Olimpíada grega, ele era ridicularizado ou, na maioria da vezes, ignorado.

Para o corpo e o espírito

O jovem barão era um patriota profundamente preocupado com a situação de sua "grande nação". Em sua opinião, a França do final do século 19 estava enfraquecida pelas constantes trocas de governo e derrotas militares. Seu objetivo, portanto, era "arrancar os jovens indolentes dos bares e torná-los pessoas de caráter e fisicamente em forma". Ele almejava um equilíbrio entre treino corporal e formação intelectual.

Para concretizar suas ideias, Coubertin criou um Comitê de Propagação dos Exercícios Físicos na Educação. Ele procurou patrocinadores, sob o argumento de que o futuro da França estava em jogo. Para o historiador, o cenário ideal para incentivar o fisiculturismo seria uma competição à moda dos Jogos Olímpicos, que já não eram mais realizados há 1.500 anos.

Longe dos nacionalismos mesquinhos, os povos deveriam participar de uma competição pacífica, como na Grécia Antiga. É daí que vem a máxima "o importante é competir", ou seja, o importante é que países que se odeiam e raças que se discriminam aceitem os mesmos critérios de excelência física e de rivalidade corporal.

Em 1894, 79 representantes de 13 países reuniram-se na Universidade de Sorbonne, em Paris, para um congresso internacional convocado por Coubertin. Aparentemente, seria discutida a situação do esporte amador, mas, na verdade, estava em pauta a ressurreição dos Jogos Olímpicos. O barão queria conquistar adeptos para a ideia que tivera dois anos antes, no mesmo local.

Renascimento em Atenas

A 23 de junho de 1894, foi decidido realizar novamente os Jogos Olímpicos, tendo Atenas como sede para sua primeira edição. No mesmo congresso também foram aprovados os princípios básicos da competição e fundado o Comitê Olímpico Internacional (COI).

Dois anos depois, 295 atletas de 13 nações disputaram os Jogos na capital grega. Tratava-se de uma mistura de amadores, esportistas de segunda categoria e equipes improvisadas — sem mulheres. Inicialmente, os Jogos Olímpicos da Idade Moderna não foram levados a sério pelas entidades esportivas nacionais. Mas os jogos seguintes, em Paris e, sobretudo, em Londres, em 1908, ajudaram a consolidar a competição.

Desvirtuamento dos ideais

O poder do esporte e, principalmente, dos Jogos, foi logo reconhecido pelos nazistas. Os Jogos de 1936, em Berlim, transformaram-se em instrumento de propaganda. Nos anos seguintes, passaram a ser meio de pressão política. Hoje o espetáculo conserva apenas tênues lembranças da filosofia olímpica original, de confraternização entre os povos.

Em 1896, pensou-se que guerras, conflitos, rivalidades e uso da violência seriam deixados de lado durante a competição. Imaginava-se que, durante os Jogos Olímpicos, reinariam o entendimento, a cooperação, o conhecimento mútuo e a solidariedade.

O mercantilismo, porém, tomou conta dos Jogos Olímpicos, que se tornaram um negócio multimilionário. A publicidade dos acessórios esportivos transformam os atletas em homens-sanduíche, cobertos por anúncios. O marketing associa, descaradamente, o consumo de certos produtos aos Jogos.

O olimpismo era sinônimo de amadorismo, uma espécie de amor pelo esporte. Contudo, o profissionalismo dos competidores virou regra geral. As "fraudes" contra o amadorismo remontam aos tempos da Guerra Fria. No bloco soviético, os atletas eram funcionários do Estado. Do lado americano, o atleta recebia uma bolsa de uma universidade qualquer e também se dedicava integralmente ao esporte.

O idealismo e a pureza que o barão de Coubertin desejava imprimir à competição, no mesmo espírito da Olimpíada grega que, além do caráter competitivo, possuía também um significado religioso, morreu ao longo dos anos.

  • Religião e esporte na Grécia Antiga

A prática esportiva, bem como uma série de outras práticas desenvolvidas pelo ser humano, possuía nas civilizações antigas um fundamento religioso. Os Jogos Olímpicos, hoje em dia bastante popularizados em razão do resgate que deles foi feito pelo Barão de Coubertin, na década de 1890, não fogem à regra. A origem de tais jogos ocorreu na cidade de Olímpia, uma das cidades-estado da Grécia Antiga (ou Hélade), por volta do século VIII a.C.

Na antiga Grécia, quatro grandes festivais religiosos eram celebrados com jogos esportivos: os Píticos, dedicados ao deus Apolo e realizados no santuário de Delfos; os Ístmicos, realizados no santuário de Corinto e dedicados ao deus Poseidon; os Nemeus, realizados em Nemeia, no santuário de Zeus e a ele dedicados; e, por fim, os Olímpicos, que eram realizados em Olímpia e também dedicados a Zeus.

Para compreendermos bem a relação dos Jogos Olímpicos com Zeus, é necessário fazer referência a uma parte do mito de Hércules (ou Héracles).

  • Culto a Zeus em Olímpia e o mito de Hércules

Hércules, segundo a mitologia grega, é considerado o fundador dos Jogos Olímpicos. Filho de Zeus com uma mortal, Hércules foi desafiado pela deusa Hera a cumprir doze trabalhos considerados irrealizáveis. O quinto deses trabalhos consistia em limpar os currais do rei Áugias, da cidade de Élis. Segundo o mito, os currais eram habitados por milhares de animais e não era limpo há cerca de 30 anos.

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Hércules, após conseguir realizar o penoso trabalho, decidiu comemorar o feito inaugurando jogos esportivos em homenagem ao seu pai, Zeus. Tais jogos teriam sido realizados pela primeira vez no santuário de Zeus em Olímpia e, por isso, recebido o nome de “olímpicos” ou, simplesmente, Olimpíadas. A narrativa mitológica à parte, de fato em Olímpia os jogos esportivos foram bastante intensos, com periodicidade de quatro anos e por cerca de cinco séculos.

Sempre que era feita a abertura, animais eram sacrificados em homenagem a Zeus, bem como outros ritos, com o acendimento da chama olímpica (que sobrevive até hoje).

  • Modalidades esportivas das antigas Olimpíadas

Muitas das modalidades esportivas da antiga Grécia eram bastante parecidas com as atuais. Outras, por sua vez, era radicalmente diversas.

Entre as que se assemelhavam às que são praticadas hoje, havia, por exemplo, as corridas a pé (chamadas de drómos), que se dividiam em categorias, cada qual variando conforme a distância e o tempo percorrido. A atual corrida de revezamento de bastão deriva, por exemplo, da corrida em que se revezava uma tocha acesa. Havia ainda o pentatlo (pentathlon) – que também é praticado hoje, mas com modificações –, lançamento de discos e dardos e modalidades de luta.

Entre os esportes que diferem dos atuais, havia a corrida com armadura de combate, chamada de hoplitodromía; as corridas com carros de combate de tração animal, como as bigas (puxadas por dois cavalos) e as quadrigas (puxadas por quatro cavalos); e, por fim, lutas como o pancrácio, que consistia em algo próximo ao “vale-tudo”. Nessa modalidade de luta sem regras, os competidores beiravam a morte e eram permitidos socos, cabeçadas, cotoveladas, torções, estrangulamentos etc.


Por Me. Cláudio Fernandes

Quem foi o idealizador dos Jogos Olímpicos *?

Resumos. Os Jogos Olímpicos da Era Moderna foram recriados por Pierre de Coubertin e tiveram sua primeira edição no ano de 1896.

Qual o país de origem dos Jogos Olímpicos?

Desde sua primeira edição na Era Moderna, em 1896, em Atenas, até Londres, em 2012, os Jogos Olímpicos cresceram ao ponto de se transformarem no maior evento do planeta e único capaz de reunir delegações de mais de 200 países em uma mesma cidade.

Em que país nasceu o Barão de Coubertin?

Paris, FrançaPierre de Coubertin / Local de nascimentonull

Quem criou os Jogos Olímpicos da Antiguidade?

O primeiro atleta a vencer uma prova em Olímpia teria sido Corobeu, em 776 a.C. – a prova era de corrida. Dentro da tradição mitológica, os jogos de Olímpia foram criados pelo herói Hércules, filho do deus Zeus com uma mortal. Hércules foi obrigado pela deusa Hera a realizar doze trabalhos considerados impossíveis.