Quem foi a judoca que em 2022 conquistou a medalha de ouro na categoria Peso

 Por: Amanda Demetrio, Comunicação Sesi-SP
14/10/202212:24- atualizado às 14:32 em 16/11/2022

O judô do Sesi-SP segue brilhando nas competições. A mais recente delas foi nos Jogos Sul-Americanos de Assunção 2022, no Paraguai, onde os atletas Wilgner Mendes e Michel Augusto, da equipe de Rendimento sediada no Sesi Botucatu, trouxeram na bagagem quatro medalhas conquistadas nas disputas individuais e por equipes. 

Ambos faturaram o bronze em suas categorias – Michel na até 60 kg e Wilgner na até 90 kg – e também foram campeões por equipes ao vencerem o time peruano na final. Ambos ajudaram o judô brasileiro a terminar as disputas individuais com 12 pódios conquistados. Representado por uma seleção de jovens e promissores atletas, o país liderou de forma isolada o quadro geral de medalhas da modalidade e, com 5 ouros, 3 pratas e 4 bronzes, confirmou mais uma vez sua hegemonia no continente. 

Na terça-feira, 11, primeiro dia de competição, Michel Augusto (60kg) abriu a tarde com a conquista da medalha de bronze. Em sequência, vieram os ouros de Thayná Lemos (52kg), Ronald Lima (66kg) e Gabrielle Gonzaga (57kg) e a prata de Jonas Ribeiro (73kg). Para fechar o dia, Gabriella Mantena (63kg) venceu a uruguaia Martina Howard e garantiu o bronze da categoria meio-médio. 

Já na quarta-feira, 12, a primeira medalha dourada brasileira veio antes mesmo do início do bloco final. Em um formato de disputa por grupo, a peso pesado Giovanna Santos (+78kg) venceu quatro lutas por ippon e se consagrou campeã sul-americana. Pela tarde, Gabriel Arévalo (100kg) levou a medalha de ouro, Millena Silva (70kg) e Beatriz Freitas (78kg) foram prata e Kauan Jorge dos Santos (81kg) e Wilgner Mendes (90 kg) bronze. 

Já na quinta-feira, 13, veio a medalha de ouro por equipes. O título veio em uma decisão emocionante contra a seleção do Peru, pelo placar de 4 a 3, e fechou com excelência a campanha do judô brasileiro em Assunção. Ao todo, foram seis ouros, três pratas, quatro bronzes e a liderança isolada no quadro de medalhas da modalidade. 

O país estreou diretamente na semifinal e, de forma tranquila, passou pela Venezuela (4 a 1). Os pontos da vitória foram marcados por Jonas Ribeiro (-73kg), Millena da Silva (-70kg), Wilgner Mendes (-90kg) e Gabriel Arévalo (+90kg). Já no lado venezuelano, Elvismar Ruiz (+70kg) descontou. 

Na grande decisão contra o Peru, a emoção foi até o último minuto. Nenhum dos países conseguiu manter a sequência de duas vitórias seguidas e, no final dos combates, a luta desempate precisou acontecer. A categoria sorteada foi +70kg e Beatriz Freitas, que foi medalha de prata no meio-pesado, venceu Camila Aquino pela segunda vez no dia com uma chave de braço. Ippon e ouro para o Brasil.

Crédito das fotos: Divulgação

Quem foi a judoca que em 2022 conquistou a medalha de ouro na categoria Peso

Rafaela Silva em ação no Mundial de Judô Tashkent 2022. Foto: Gabriela Sabau/IJF

Se existe um roteiro de superação, este com certeza é destinado para a vida da judoca Rafaela Silva. Depois de voltar a competir oficialmente no circuito internacional de judô após um tempo de suspensão, a carioca se consagrou neste sábado (08) bicampeã no Mundial de Judô Tashkent 2022 na categoria até 57kg. E para completar o dia especial para o judô brasileiro no Uzbequistão, Daniel Cargnin também subiu ao pódio ao conquistar a medalha de bronze na categoria até 73 kg.

Rafaela teve que se reinventar para chegar ao seu segundo título mundial de judô (o primeiro foi em 2013, no Rio de Janeiro). Ela só voltou a competir no fim de 2021 após ter ficado dois anos suspensa por conta de um caso de doping. Na volta ao circuito internacional, vinha colecionando bons resultados (prata e bronze nos Grand Slams da Hungria e Geórgia) até chegar a este Mundial de Tashkent. A brasileira enfrentou adversárias difíceis no caminho para a decisão e enfrentou a japonesa Haruka Funakubo na final. Depois de uma luta tensa em que teve de se livrar de uma imobilização, Rafaela conseguiu um belo waza-ari a 30 segundos do fim da luta e comemorou mais uma volta por cima na carreira com o ouro do Mundial, que deve lhe embalar na corrida para os Jogos Olímpicos Paris 2024.

Na sequência do ouro de Rafaela veio um estreante de categoria para carimbar mais uma medalha brasileira no Mundial Tashkent 2022. Depois de conquistar o bronze nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020 na categoria até 66 kg, Daniel Cargnin subiu para a categoria até 73 kg e disputou o seu primeiro campeonato mundial no novo peso. Ele derrotou adversários duros, como os medalhistas olímpicos Rustam Orujov, do Azerbaijão, e Lasha Shavdatuashvili, da Geórgia, e disputou o bronze contra o italiano Manuel Lombardo. Assim como Rafaela, Cargnin teve dificuldades no decorrer da luta, mas conseguiu encaixar um belo ippon para garantir sua primeira medalha em um Mundial na nova categoria. A conquista de Daniel Cargnin encerrou um jejum de cinco anos do Brasil sem medalhas masculinas em mundiais de judô (as últimas haviam sido em 2017, com David Moura e Rafael Silva).