MURILO BENÍCIO – Lucas / Diogo / Léo (Leandro) Show as crianças e – núcleo de JADE (Giovanna Antonelli), jovem muçulmana criada no Brasil que, após a morte da mãe, parte para o Marrocos. De espírito rebelde e livre. Conhece um brasileiro e os dois se apaixonam, mas acabam separados. É obrigada a casar-se com um rico muçulmano, com
quem tem uma filha, mas o casamento fracassa: – núcleo de LEÔNIDAS FERRAZ (Reginaldo Faria), rico
empresário brasileiro com negócios no Marrocos: – núcleo do DR. ALBIERI (Juca de Oliveira), cientista que estuda clonagem humana. Amigo de Ali e da família Ferraz. Sem que ninguém saiba, cria um clone de Lucas: – núcleo de DEUSA (Adriana Lessa), manicure, de origem humilde, adora dançar na gafieira. Paciente do Dr. Albieri em sua pesquisa. Por meio de inseminação artificial vai gerar o clone criado pelo cientista, que acredita ser seu filho biológico: – núcleo de YVETTE (Vera Fischer), mulher sensual, exuberante e impulsiva. Namorada de Leônidas, que lhe dá muita dor de cabeça, o que faz com que a relação passe por altos e baixos: –
núcleo de SAID (Dalton Vigh), muçulmano rico, casa-se com Jade, com quem tem Khadija, mas o casamento fracassa: – núcleo de ESCOBAR (Marcos Frota), trabalha com Albieri: – núcleo de TAVINHO (Victor Fasano), advogado da empresa de Leônidas. Bonitão e atlético: – núcleo de DONA JURA (Solange Couto), dona do bar mais famoso no subúrbio de São Cristóvão. Figura simpática, carismática, despachada, sem papas na língua: – núcleo de ODETE (Mara Mazan), moradora de São Cristóvão, amiga de Dona Jura e Noêmia, assídua frequentadora do Piscinão de Ramos. Arrivista, incentiva a filha a aplicar um golpe em um ricaço da Zona Sul: – núcleo do ferro-velho de São Cristóvão: Um grande sucesso, O Clone superou o êxito das novelas antecessoras e registrou a maior audiência do horário das oito/nove da Globo desde 1997, quando a emissora exibiu A Indomada. Foi, portanto, a maior audiência dos últimos cinco anos, quando a medição do Ibope passou aos moldes de sua época. A trama de Glória Perez não foi apenas o maior Ibope da “era Marluce” (Dias da Silva, então diretora-geral da Rede Globo). Foi o porto seguro da emissora quando sofreu um dos maiores baques de sua história: o fenômeno Casa dos Artistas, que o SBT estreou de surpresa em 28/10/2001, 27 dias após a estreia de O Clone. O forte impacto do reality show da concorrente só não foi mais trágico porque O Clone, mesmo no início, conseguia manter a audiência da Globo. Clonagem, islamismo e drogas foram os pilares da novela, bem-sucedidos no prosseguimento da narrativa. Toda essa repercussão foi resultado de um elenco bem escalado, da direção cinematográfica de Jayme Monjardim e, é claro, do ineditismo dos temas desenvolvidos por Glória Perez. Sobre a ideia de
sua novela, Glória Perez narrou ao livro “Autores, Histórias da Teledramaturgia”, do Projeto Memória Globo: Quando a autora entregou a sinopse da novela à direção da Globo, muita gente dentro da emissora achou que seria uma insensatez produzir uma novela como essa, centrada em temas complexos como islamismo, clonagem humana, drogas e alcoolismo. Pouco antes da estreia, com os atentados
terroristas nos Estados Unidos em 11/09/2001 – que colocaram em evidência o fanatismo muçulmano -, essa impressão se reforçou. Glória, no entanto, manteve a certeza de que o folhetim seria um sucesso. Glória enfrentou adversidades com a diretora reservada para a
trama, Denise Saraceni, que não gostava do tema sobre muçulmanos e não tinha afinidades com a autora. Outro diretor, Luiz Fernando Carvalho, leu a sinopse, mas não conseguiu se adequar ao texto dinâmico de Glória. Jayme Monjardim foi então o escolhido, adiando um pouco mais a novela, já que ele estava no comando da minissérie Aquarela do Brasil. Jayme e Mário Lúcio Vaz – então diretor-geral da Central Globo de Controle de Qualidade e único membro da direção que comprou a ideia da autora
desde o início – apostaram no projeto. Giovanna Antonelli surpreendeu pela desenvoltura com que se desvencilhou de sua personagem anterior, a prostituta Capitu, de Laços de Família
(2000-2001). Murilo Benício recebeu muitas críticas durante a primeira fase da trama. O ator justificou a composição de seus personagens: Antes da estreia de O Clone, o programa Domingão do Faustão realizou um concurso que escolheria um sósia de Murilo Benício para fazer o papel do clone na novela. Porém, a ideia não vingou, pois este “clone” não era suficientemente parecido e com dons artísticos para o trabalho. Na realidade, este concurso serviu apenas para a promoção da novela. Por fim, o próprio Benício fez o papel tanto de Lucas quanto do clone Léo (além de Diogo, o gêmeo de Lucas), cabendo à equipe de maquiagem e figurino ajudar a diferenciar os personagens vividos pelo mesmo ator. Os personagens secundários dos núcleos árabe e de São Cristóvão fizeram sucesso, com destaque para Solange Couto, que brilhou no papel da despachada Dona Jura. O bar da personagem virou um ponto de atração à parte, com convidados especiais que iam de Pelé a Martinho da Vila, passando por outros grandes nomes do samba. O bordão da Dona Jura, “Né brinquedo não!”, entre outros bordões (“Cada mergulho é um flash!”, “Bom te ver!”) e expressões do núcleo árabe, como “Maktub”, “Insch’Allah!”, “mulher espetaculosa”, “arder no mármore do inferno”, “fazer a exposição da figura” e “jogar ao vento”, se popularizaram. Além de Giovanna Antonelli, Murilo Benício e Solange Couto, ficaram marcados por seus personagens também Juca de Oliveira (Dr. Albieri), Stênio Garcia (Tio Ali), Eliane Giardini (Nazira), Jandira Martini (Zoraide), Débora Falabella (Mel), Adriana Lessa (Deusa) e Vera Fischer (Yvette). A repercussão de O Clone se tornou ainda mais forte quando Glória Perez resolveu tratar corajosamente do tema das drogas. Tabu para a TV, o assunto costumava ser evitado nas novelas. Quando retratado, só trazia o lado ruim. A novidade de O Clone foi ter admitido que a droga também causa prazer ao usuário. A campanha de conscientização da novela, que usou depoimentos reais de usuários de drogas e seus familiares, rendeu prêmios à emissora. Pessoas famosas, como o ator Carlos Vereza e a cantora Nana Caymmi, também participaram, dando depoimentos verídicos sobre o assunto. Mel (Débora Falabella), a personagem viciada em cocaína, passou a dividir o papel de protagonista com a mocinha Jade (Giovanna Antonelli). Glória Perez foi homenageada pela Associação Brasileira de Alcoolismo e Drogas (Abrad) e recebeu o prêmio Personalidade do Ano 2002 concedido pelo Conselho Estadual Antidrogas (Cead/RJ). Em fevereiro de 2003, a autora e o diretor Jayme Monjardim, pela campanha antidrogas promovida pela novela, receberam um prêmio concedido pelo FBI e pela Drug Enforcement Administration (DEA) – na ocasião, os dois principais órgãos do governo norte-americano responsáveis pelo controle do tráfico de drogas. Por suas
atuações na novela, Eliane Giardini foi eleita pela APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) a melhor atriz na televisão em 2002, e Stephany Brito, a revelação na TV naquele ano. Para a composição dos personagens, o elenco assistiu a vários filmes árabes e iranianos, leram livros sobre os dois temas principais da história, tiveram aulas de árabe, de dança, expressão corporal e prática de orações, além de leituras de textos. Para os assuntos referentes à cultura muçulmana, a autora contou com a consultoria dos irmãos Karima e Ahmed El Maataovi, que também participaram da novela, e dos xeques Jihad Hassan Hammadeh, então vice-presidente da World Assembly of Muslim Youth (Wamy), e Abdelbagi Sidahmed Osman. Para o rejuvenescimento e envelhecimento dos atores, a equipe de maquiagem contou da ajuda da americana Lynn Barber, ganhadora do Oscar de 1989 por seu trabalho no filme Conduzindo Miss Daisy. As primeiras cenas da novela foram gravadas no Marrocos, em cinco cidades do país, durante um período de 40 dias. Algumas das locações foram as ruínas do kasbah Ait Ben Hadou, em Ouarzazate, o mercado de camelos de Marrakech, a cisterna portuguesa de El Jadida e a milenar Medina de Fez, que serviu de referência para a cidade cenográfica marroquina no Projac. A diretora de arte Tiza de Oliveira, que esteve em Fez, adquiriu muitos produtos locais para usar posteriormente nas gravações no Rio. Em um dos muitos pontos que poderiam colocar em risco a credibilidade narrativa de O Clone, estava o fato de os personagens transitarem entre o Marrocos e o Brasil como se fossem duas cidades de um mesmo estado, com poucas horas de distância. Sobre suas liberdades de criação, Glória Perez explicou ao livro
“Autores, Histórias da Teledramaturgia”, do Projeto Memória Globo: O diretor Jayme Monjardim já tinha uma solução quase pronta quando Débora Falabella foi internada com meningite. Chamou a irmã mais velha da atriz para dublar Mel, sua personagem. Cynthia Falabella, que também é atriz, aproveitou a chance. Felizmente a doença de Débora não era grave. Cynthia mesma, mais tarde, ganhou um papel na novela, em uma participação, como filha de Lobato (Osmar Prado). Doente, Stênio Garcia, cujo personagem Tio Ali, um patriarca muçulmano, representava o ponto de vista da ética religiosa diante do feito científico do geneticista Albieri (Juca de Oliveira), foi substituído por Francisco Cuoco na pele de Matiolli, um padre católico, mas de mesma função no enredo. Recuperado, Stênio voltou, mas Cuoco não saiu. A atriz Françoise Forton participou da novela em sua primeira fase como a médica Simone. Sua personagem saiu da trama e a atriz foi então escalada para a minissérie O Quinto dos Infernos, cujo último dia de gravação foi uma sexta-feira. No sábado, Françoise já estava no set de gravação de O Clone, pois Simone voltava à cena na novela. Glória Perez trouxe à novela, em uma participação especial, dois personagens de outro trabalho: Dr. Molina (Mário Lago) e Miss Penélope Brown (Beatriz Segall), de Barriga de Aluguel (1990-1991), em uma discussão ética e científica sobre a clonagem humana. O Clone foi o último trabalho na TV do ator, compositor e poeta Mário Lago, que, como o Dr. Molina, fez uma pequena participação na novela. Ele
faleceu em 30/05/2002, antes da produção ser encerrada. Tinha 90 anos de idade e foi vítima de uma enfisema pulmonar. Primeira novela dos atores Maria Clara Gueiros, Murilo Grossi, Christiana Kalache e Francyele
Freduzesky. Giovanna Antonelli ditou moda com seu figurino, maquiagem e bijuterias árabes. Caíram no gosto popular os tecidos vaporosos inspirados nas “Mil e Uma Noites”, anéis com correntinha e o kajal negro bem forte delineando os olhos. (“Almanaque da TV”, Bia Braune e Rixa) Ao som da imponente música “Sob o Sol”, gravada pela banda Sagrado Coração da Terra (de Marcus Viana), a abertura da novela retratava os dois temas principais da trama: a clonagem humana e a cultura islâmica. Para representar a clonagem, um homem nu era espelhado em meio a nuvens, material genético e uma intensa luz solar, fazendo inclusive uma associação com o aspecto divino e criacional. A temática científica estava também presente no logotipo, uma estilização do código genético. Já os elementos culturais muçulmanos foram representados na iluminação e na coloração amarelo-dourada, que remete ao deserto e ao ouro. (colaboração André Luiz Sens, blog Televisual) Segunda Chance e Começar de Novo foram títulos cogitados para a novela. (“Almanaque da TV”, Bia Braune e Rixa) O Clone é uma das novelas campeãs de vendagem da Globo. A partir de janeiro de 2002, a Telemundo passou a transmiti-la para a comunidade hispânica nos Estados Unidos e em países da língua espanhola, tendo a audiência aumentada em 60%. Em novembro de 2009, começou a ser
gravada El Clon, versão hispânica da novela. Gravada em Bogotá, na Colômbia, ambientada em Miami e com protagonistas mexicanos, em uma coprodução Globo e Telemundo, braço da rede norte-americana NBC. A viagem do elenco para o Marrocos – onde se passa parte da trama – começou no final do mês de novembro. O Clone foi reapresentada no Vale a Pena Ver de Novo em duas ocasiões: entre 10/01 e 09/09/2011 e
entre 04/10/2021 e 20/05/2022. A novela foi disponibilizada no Globoplay (plataforma streaming do Grupo Globo) em 12/10/2020. Trilha Sonora Nacional 01. A
MIRAGEM – Marcus Viana (tema de Jade e Lucas) Trilha Sonora Internacional 01. ALL
FOR LOVE (A MIRAGEM) – Michael Bolton (tema de Jade e Lucas) ainda Trilha Sonora Complementar: Maktub – Trilha e Temas de O Clone – Marcus Viana (selo Sonhos e Sons) 01.
MAKTUB I Trilha Sonora Complementar: O Melhor do Bar da Dona Jura 01. NÉ
BRINQUEDO NÃO – Molejo Trilha Sonora Complementar: O Melhor da Dança do Ventre 01.
AZEZ ALAYA – Tony Mouzayek Trilha Sonora Complementar: Isis Lounge Temple of Dance – músicas da boate Nefertiti 01. GOPI
JAM Trilha Sonora Complementar: Trilhas e Temas Volume 5 – Marcus Viana 01. PARA TODO O
SEMPRE de Aquarela do Brasil Sonoplastia: Júlio César, Humberto Donghia e Pedro Belo Tema de abertura: SOB O SOL – Sagrado Coração da Terra – cantora: Malu Ayres Sobre as nossas cabeças o sol Dançamos a dança da vida Nossos segredos guardados Quem é O Clone Lucas ou Diogo?Leo (Murilo Benício) é um clone de Lucas (também Murilo Benício), criado pelo geneticista Albieri (Juca de Oliveira) para suprir a falta de Diogo (outro personagem de Murilo Benício). Lucas e Diogo eram gêmeos e são afilhados de Albieri.
Quem são os clones na novela O Clone?Na trama, o primeiro clone humano é criado por um cientista brasileiro, Dr. Albieri. O ponto de partida é a morte prematura de Diogo, um dos filhos gêmeos de Leônidas, homem muito rico. Albieri, amigo de Leônidas, decide clonar Lucas, o outro gêmeo, argumentando que a cópia seria igual a Diogo.
Quando descobrem que Léo é um clone?O capítulo desta quinta-feira (13) de 'O Clone' causou nas redes sociais. Mais uma vez, a novela entrou para os assuntos mais comentados da web graças a um momento icônico: a aparição de Leo (Murilo Benício) nos lençóis maranhenses.
De quem Sumaya e filha em O Clone?Assim como nenhum dos muçulmanos em cena em O Clone, como o tio Ali (Stênio Garcia), Said, Mohamed ou Mustafá (Perry Salles) é o pai da garota.
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