As Briófitas são plantas que não possuem vasos condutores de seiva, portanto, são avasculares. Vivem, geralmente, em ambientes úmidos e formam “tapetes” verdes sobre rochas, troncos ou outras superfícies. Seus principais representantes são os Musgos, Hepáticas e Antóceros. Assim como as Pteridófitas, não possuem sementes, propagando-se por esporos.
Características Importantes
- São plantas avasculares, portanto não possuem vasos condutores de seiva (xilema e floema);
- O transporte de sais minerais, água e seiva ocorre de célula em célula;
- Não possuem raiz, caule ou folha e sim estruturas primitivas chamadas rizoide, cauloide e filoide, respectivamente;
- Nas Briófitas a reprodução acontece por alternância de geração ou metagênese. Ou seja, dentro do ciclo reprodutivo ocorrem etapas assexuada e sexuada;
- A maioria das Briófitas são dioicas, pois possuem fêmeas e machos, todavia existem espécies monoicas, isto é, hermafroditas;
- Precisam de água para sua reprodução;
- Habitam, preferencialmente, ambientes úmidos, todavia existem espécies em locais de calor e frio extremos;
- São plantas de pequeno porte, geralmente atingem entre 5 a 40 centímetros.
Exemplos de Briófitas
O grupo das Briófitas possui três Filos, o Marchantiophyta, o Bryophyta e o Anthocerophyta, representados pelas Hepáticas, os Musgos e os Antóceros, respectivamente.
As Hepáticas possuem aproximadamente 5.200 espécies e receberam esse nome, pois seus gametófitos são similares a um fígado (Hepar).
Os Musgos são os maiores representantes das Briófitas, suas principais Classes são Sphagnidae, Andreaeidae e Bryidae. Apresentam mais de 10.000 espécies.
Os Antóceros representam um pouco mais de 300 espécies e é o grupo menos diversificado das Briófitas. O termo antócero significa semelhante a chifres.
Reprodução das Briófitas
A reprodução assexuada pode diferir entre as espécies de Briófitas. Algumas darão origem a clones através da fragmentação, outras por gemas produzidas em regiões específicas do organismo, os conceptáculos.
Na reprodução sexuada o gametângio masculino, conhecido por anterídio, produz gametas masculinos, os anterozoides. No gametângio feminino, chamado de arquegônio, está o gameta feminino, a oosfera.
Em presença de água, o anterídio libera gametas masculinos (anterozoides), que “nadam” até encontrarem o arquegônio, onde está o gameta feminino (oosfera).
Por atração química, o anterozoide se funde à oosfera, gerando um zigoto, ou seja, uma célula fecundada. O zigoto dará origem ao esporófito.
O esporófito é composto pela seta (haste) e uma bolsa chamada cápsula. Dentro da cápsula, células nomeadas esporócitos originam esporos por meiose (divisão celular reducional). Quando maduros, os esporos são liberados no ambiente para originarem novos indivíduos.
- Musgos;
- Reino vegetal;
- Os 4 tipos de plantas
Referências Bibliográficas
RAVEN, P. H.; EVERT, R. F.; EICHHORN, S. E. Biologia vegetal. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014. p. 266-290.
Biólogo (Licenciado e Bacharel), Mestre e Doutorando em Botânica - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Atua como professor de Ciências e Biologia para os Ensinos Fundamental II e Médio desde 2017.