Que ano o homem pisou na lua

No dia de hoje, em 1969, Neil Armstrong estava marcando a história fora do planeta Terra

20/07/2022 às 19:05:00 | atualizado 20/07/2022 19:05 Reportar erro

Hoje, 20 de julho, é um dia bastante importante na história mundial. Há exatos 53 anos, a espaçonave Apollo 11 da NASA pousou na Lua com os astronautas Neil Armstrong, Buzz Aldrin e Michael Collins e marcou a primeira vez que o homem pisou no nosso satélite natural.

O módulo Eagle pousou às 17h27 ( horário de Brasília) do dia 20 de julho de 1969 e Armstrong colocou o primeiro pé em solo lunar seis horas depois. Foi nesse dia também que "nasceu" uma das frases mais icônicas e lembradas quando falamos do homem pisando na lua: "Esse é um pequeno passo para o homem, um salto gigante para a humanidade". 

Como Brian Odom, historiador-chefe interino da agência espacial dos EUA, lembra, a reação ao evento espacial foi enorme tanto nos Estados Unidos quanto no resto do mundo. Ele diz que, “uma vez que os astronautas voltaram para casa, eles se tornaram celebridades instantâneas, pois o pouso foi entendido como uma das maiores realizações da humanidade”.

O evento é um dos grandes marcos do século 20, período em que Estados Unidos e União Soviética tentavam ultrapassar um ao outro no que conhecemos como Corrida Espacial. Odom adiciona que essa foi uma "derrota ampliada" para os soviéticos, levando em consideração a tensa polarização mundial durante a Guerra Fria.

Do outro lado, essa primeira missão intensificou o foco da América do Norte em seu programa espacial e impactou a comunidade científica em todo o mundo. Em 1972, o presidente Richard Nixon já divulgava  que a NASA desenvolveria um sistema de transporte espacial com um veículo capaz de se deslocar "repetidamente da Terra para a órbita e vice-versa".

Meio século depois desse primeiro passo, a NASA ainda se motiva para levar uma nova tripulação ao nosso satélite. Com o sistema de pouso humano Artemis e seus trajes espaciais de última geração, uma nova missão é pensada para algum momento de 2026. “Vamos colaborar com parceiros comerciais e internacionais e estabelecer a primeira presença de longo prazo na Lua”, explica Odom. Esse também seria o momento para levar a primeira mulher e a primeira pessoa não-branca até a Lua.
 

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Via: AA

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Em 20 de julho de 1969, o homem chegou à lua, em um feito que marcou a história mundial. As primeiras iniciativas de viagens espaciais datam do pós Segunda Guerra Mundial e ganharam força e expansão com os desdobramentos geopolíticos da Guerra Fria (1947-1991). A partir disso, o espaço sideral começou a ser utilizado como ambientação para diversos produtos da cultura pop. Para além de exemplos como os filmes “2001” e “Interestelar”, os estudos sobre o espaço, os planetas e as galáxias são relevantes do ponto de vista científico e suscitam contínuas inovações tecnológicas que impactam o cotidiano da sociedade, desde a criação de robôs para a exploração de outros planetas até materiais que possibilitaram o surgimento das câmeras de celulares.

Que ano o homem pisou na lua

A missão tripulada conhecida como “Apollo 11” foi uma iniciativa do governo dos Estados Unidos que, durante a Guerra Fria, disputava com a União Soviética a imagem de ‘superpotência’. Além de uma iniciativa científica, a viagem e a capacidade de levar uma tripulação ao espaço se consolidou como um marco, em uma guerra que foi, acima de tudo, simbólica. Nesse período, a União Soviética teve grandes feitos, muitas vezes à frente dos norte-americanos, como o primeiro foguete a entrar em órbita e a primeira viagem tripulada, mas julho de 1969 viria a mudar isso. 

A preparação da Apollo 11 iniciou meses antes, numa tentativa da Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (NASA) demonstrar sua capacidade técnica e organizacional. Em 16 de julho de 1969, com todos os módulos já testados e os três integrantes da tripulação preparados, o foguete foi lançado. No dia 20, o módulo pousou na lua. O comandante da missão, Neil Armstrong, se tornou a primeira pessoa a pisar na lua e cunhou a famosa frase: “Um pequeno passo para o homem e um grande salto para a humanidade”.

O pesquisador e professor do Departamento de Eletrônica e Computação da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Marcelo Serrano Zanetti, destaca que a chegada bem sucedida da Apollo 11 impactou os desdobramentos da Guerra Fria e tornou os Estados Unidos um centro de poderio tecnológico. Isso influenciou as futuras expedições ao espaço. Mas outros setores da vida em sociedade também foram impactados pelas explorações espaciais, como as redes de comunicação – que passaram a ser realizadas por meio de satélites. Marcelo lembra que o uso do Sistema de Posicionamento Global (GPS), presente em quase todos os dispositivos móveis, é uma herança da ida ao espaço.

Mas por que o homem não voltou à lua?

Apesar de ter se tornado um marco na viagem espacial, a experiência de 1969 foi sucedida apenas por outras seis expedições, todas enviadas pela Nasa e denominadas “Apollo”.  Ao todo, 12 pessoas caminharam pela superfície lunar e 24 viajaram à lua. Durante a viagem da Apollo 13, a terceira missão tripulada enviada à lua, nenhum integrante da tripulação desceu no satélite natural da Terra, por motivos de problemas com um tanque de oxigênio da nave.

O foco das viagens espaciais mudou nos últimos anos, isso porque a lua não é um local com grandes possibilidades de exploração científica. Marcelo destaca que os ganhos científicos de pisar na lua já foram atingidos, uma vez que a grande demanda de investimento necessária não corresponde às possíveis vantagens  que podem ser alcançadas em novas expedições.

Além disso, colocar uma tripulação em órbita também se tornou um impedimento. Levar pessoas ao espaço exige uma grande quantidade de equipamentos e de tempo, uma vez que diversos treinamentos são exigidos, além de equipamentos para sobrevivência da tripulação e coleta de informações. As expedições enviadas, em geral, contam apenas com robôs e equipamentos de tecnologia avançada, como equipamentos fotográficos capazes de registrar as especificidades de diferentes locais.

Novas perspectivas para o turismo espacial

Ir ao espaço pode ser o sonho de muitas pessoas, mas ainda está longe de ser uma viagem acessível à população. Algumas empresas privadas vêem o espaço como um local possível de exploração comercial, em que indivíduos poderiam adquirir viagens para ficar em órbita por algum período. Um exemplo está na SpaceX, do empresário Elon Musk, que promete ser capaz de oferecer viagens espaciais de curtos períodos. 

Marcelo destaca que iniciativas privadas podem ser interessantes a longo prazo, uma vez que possibilitam aos cidadãos a exploração do universo e o fomento de novas descobertas na área da pesquisa. No entanto, cabe pontuar que, para  ir ao espaço, um  grande valor em dinheiro tem de ser desembolsado. Dados da Revista Time e compilados pela Folha de São Paulo mostram que o idealizador da Inspiration4, missão da SpaceX que levou civis à órbita da Terra, pagou cerca de 200 milhões de dólares por quatro lugares na viagem, que ocorreu em 2021. Ir ao espaço ainda é algo restrito às pessoas com elevado poder aquisitivo, o que está longe da realidade de grande parcela da população mundial.

O pesquisador enfatiza a necessidade de cuidado com a regulamentação dessas expedições, que podem gerar um aumento da produção de lixo espacial. No caso brasileiro, ainda não há perspectivas de viagens espaciais feitas com módulos nacionais. O país ainda não tem foguetes capazes de se manter em órbita e o investimento nessa área é menor que o de outros países, que já têm uma longa trajetória de desenvolvimento aeroespacial.

 Para saber mais:
Projeto Webservatório: é uma parceria entre o Centro de Tecnologia (CT) e o Centro de Ciências Naturais e Exatas (CCNE), que busca expandir e revitalizar o observatório astronômico da UFSM.

Expediente:

Reportagem: Milene Eichelberger, acadêmica de Jornalismo e voluntária;

Design gráfico: Noam Wurzel, acadêmico de Desenho Industrial e bolsista;

Mídia social: Eloíze Moraes, acadêmica de Jornalismo e bolsista; Rebeca Kroll, acadêmica de Jornalismo e bolsista; Ana Carolina Cipriani, acadêmica de Produção Editorial e bolsista; Alice dos Santos, acadêmica de Jornalismo e voluntária; e Gustavo Salin Nuh, acadêmico de Jornalismo e voluntário;

Edição de Produção: Samara Wobeto, acadêmica de Jornalismo e bolsista;

Edição geral: Luciane Treulieb e Maurício Dias, jornalistas.

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Quem foi o primeiro país a ir à Lua?

O primeiro homem a pisar na Lua foi Neil Armstrong, um engenheiro aeroespacial que se tornou um dos astronautas da missão Apollo 11. No dia 20 de julho de 1969, Neil Armstrong tornou-se o primeiro homem a pisar na Lua.

Quantas vezes o homem já foi à Lua?

Neil Armstrong deu o primeiro passo do homem na Lua. Ao todo, doze astronautas já estiveram por lá, em seis diferentes missões: Apollo 11, 12, 13, 14, 15, 16 e 17. O programa espacial Apollo, que teve início em 1969 foi breve e terminou em 1972.

Qual o ano em que o homem pisou na Lua?

Humanos na Lua e descobertas. Toda a preparação de lançamento da Apollo 11 durou oito horas naquele 20 de julho de 1969. Neil Armstrong e Buzz Aldrin pousaram com segurança em Mare Tranquillitatis (Mar da Tranquilidade) naquele dia. Michael Collins ficou dentro do foguete.

Quanto tempo leva para ir até a Lua?

O tempo que vai demorar a ir da terra à lua vai depender do veículo utilizado. As naves espaciais até esse momento precisaram de quatro dias para chegar lá. A distância entre a terra e a lua é de aproximadamente 384 mil km. Se formos caminhando, a distância será equivalente a 14 anos de caminhada.