A conjuntivite pode ser causada por bactérias ou vírus, no caso das infeciosas, as mais frequentes. Saiba mais. Show
A conjuntivite é a inflamação da mucosa que reveste a face interna das pálpebras e a esclerótica do olho. Pode ser causada por bactérias ou vírus, no caso das infeciosas, as mais frequentes. Nos outros tipos de conjuntivite a mais comum é a alérgica. Esta é muitas vezes provocada pelos pólenes na primavera e também pelos alérgenos presentes no pelo dos gatos e em muitos produtos em spray ou que possam entrar em contacto direto com o olho como soluções para lentes de contacto. Principais sintomasA conjuntivite É uma doença frequente e é responsável por um número significativo de urgências, tanto em crianças como em adultos. No Algarve, por exemplo, o verão é a época das conjuntivites bacterianas, por causa do ar seco e da temperatura elevada, no outono são frequentes as virais muitas vezes em verdadeiro surto epidémico. Há um sintoma que é idêntico tanto na conjuntivite bacteriana como na viral: a vermelhidão da mucosa que cobre a parte branca do olho (esclerótica). Mas há diferenças:
CausasTanto os vírus como as bactérias que provocam, respetivamente, a conjuntivite viral e a bacteriana transmitem-se através do ar e do contacto das mãos com o olho. Há uma frequente associação a infeções respiratórias no caso das virais. Ambas são muito contagiosas. Como se trataA conjuntivite alérgica é tratada com anti-histamínicos de aplicação tópica ou sob a forma de comprimidos, os corticoides tópicos reservados apenas para os casos mais graves. O tratamento da conjuntivite viral implica a lavagem frequente com soro e aplicação de gelo no local. Nalguns casos usam-se também anti-inflamatórios. Demora duas a três semanas a tratar. Já a conjuntivite bacteriana requer a administração de antibiótico por via tópica – colírios ou pomadas – e normalmente resolve-se numa semana. Ambas são contagiosas, pelo que durante o período de tratamento as crianças não devem ir à escola. Como prevenirTanto a conjuntivite viral como a bacteriana podem ser evitadas com uma higiene diária cuidada, em especial a lavagem das mãos. O ideal é que cada pessoa tenha uma toalha de mãos individual, como acontece com o toalhão de banho. Deve-se evitar ainda o contacto direto com a cara da pessoa que está com esta inflamação (dar beijos, por exemplo). Você acorda de manhã e mal consegue abrir o olho, de tanta secreção. Aí, ao se olhar no espelho depois de lavar o rosto, vem a surpresa: vermelhidão, inchaço e a certeza de que não dá para ir ao trabalho ou à escola. Não só porque está feio, mas também porque, boa parte das vezes, a conjuntivite é altamente contagiosa. Ou não? A verdade é que existem várias causas possíveis por trás da doença, que é a queixa oftalmológica mais comum em serviços de urgência. Alergias e irritações também podem provocar o quadro, e nesse caso não há risco de transmissão. Mas só o médico, de preferência o oftalmologista, pode fazer o diagnóstico correto. Veja tambémOnde começa o problema?A conjuntiva é um tecido que reveste o globo ocular e a parte interna das pálpebras superior e inferior. Ela existe para proteger e lubrificar os olhos. Em geral, não notamos sua existência porque é transparente. Mas quando a membrana fica inflamada por alguma razão, o branco dos olhos (esclera) abaixo dela fica avermelhado. Também é comum que as pálpebras sejam afetadas e apresentem inchaço. Quando a córnea é acometida, o quadro é chamado de ceratoconjuntivite. Tipos e causas mais comunsDe modo geral, a conjuntivite pode ser infecciosa (causada por micro-organismos) ou não infecciosa (uma reação a determinadas substâncias). Veja, abaixo, alguns nomes comuns para classificar as conjuntivites e os principais vilões por trás de cada um deles. Origem infecciosa:Conjuntivite neonatal Aparece nas primeiras semanas de vida e pode ter relação com doenças sexualmente transmitidas que passam da mãe para o bebê durante o parto vaginal, como gonorreia, clamídia ou herpes. Conjuntivite bacteriana Staphylococcus aureus, Streptococcus pneumoniae e Haemophilus sp são os agentes infecciosos mais frequentes. Mas o causador da gonorreia (Neisseria gonorrhoeae) e da clamídia (Clamydia trachomatis) podem afetar os olhos. Conjuntivite viral Tipo mais comum e altamente contagioso, na maioria das vezes é provocada por adenovírus, o agente envolvido em muitos resfriados. Outros quadros virais também podem provocar a manifestação, como sarampo, catapora e o próprio resfriado comum. Em casos mais raros, pode ser causada por enterovírus ou pelo causador do herpes. Conjuntivite por fungos ou parasitas Vermes, larvas, amebas e a Candida, entre outros fungos também podem causar conjuntivite, em menor escala. FORMAS DE TRANSMISSÃO
Origem não infecciosa:Conjuntivite alérgica Ocorre por uma hipersensibilidade da pessoa a determinadas substâncias, como mofo, pólen, gramíneas, poeira, ácaros ou pelos de animais ou baratas. O quadro pode ser intermitente, ou seja, desaparece rápido; sazonal (surge mais em certas estações, como primavera ou outono); ou perene (pode aparecer em qualquer época). Também pode ter relação com doenças atópicas (dermatite, asma ou rinite). Esses casos não são contagiosos, mas podem aumentar a predisposição a infecções. Conjuntivite irritativa ou tóxica Substâncias químicas, toxinas, produtos de limpeza, poluição, fumaça, lentes de contato, cosméticos, tinta para cabelo, medicamentos, cloro, raios ultravioleta e corpos estranhos também podem deixar a conjuntiva inflamada, sem risco de transmissão. Ceratoconjuntivite seca Também chamada de "síndrome do olho seco", a doença é causada por uma alteração na produção de lágrima que pode ser causada por certas doenças autoimunes, pelo envelhecimento ou por fatores ambientais. Épocas mais comunsA conjuntivite viral e
bacteriana pode acontecer em qualquer época do ano, mas é comum a ocorrência de surtos no verão. Aglomerações em praias e piscinas facilitam a transmissão dos micro-organismos, ao mesmo tempo em que os olhos ficam mais predispostos a infecções pela irritação causada por sol, água do mar, cloro, ou, ainda, pelo ressecamento provocado pelo ar-condicionado. Sintomas
DiagnósticoAlguns tipos de conjuntivite podem ter sintomas muito parecidos, por isso não dá para saber se a doença é infecciosa ou não sem consultar o médico. Além disso, olhos vermelhos podem ser uma manifestação de outras doenças. A partir do relato do paciente e análise dos sintomas é possível ter uma ideia da causa, mas a confirmação é feita com a biomicroscopia, equipamento que permite o estudo microscópico do olho. Em alguns casos, pode ser coletada uma amostra da secreção para exame, a fim de identificar o micro-organismo envolvido. TratamentoO tratamento da conjuntivite depende da causa, por isso o diagnóstico é fundamental. Um colírio errado pode agravar o quadro, por isso evite a automedicação. Na maioria das vezes são receitados colírios lubrificantes e limpeza frequente das secreções com algodão embebido em água filtrada ou soro fisiológico, de preferência bem frios para diminuir a inflamação e a dor. Nos quadros virais, que se resolvem sozinhos em uma ou duas semanas, só o tratamento sintomático é suficiente, exceto no caso dos quadros provocados por herpes vírus, que demandam uso de antiviral. Se a conjuntivite for bacteriana, é necessário uso de antibiótico. Se for causada por fungo, antifúngico, e assim por diante. Quando a causa é alérgica, é preciso evitar contato com o alérgeno, e anti-histamínicos ou corticoides tópicos podem ser prescritos. Cuidados para evitar a transmissão
Uma conjuntivite não tratada adequadamente pode se prolongar por semanas ou até meses e até comprometer a visão. Soluções caseiras ajudam?Compressas frias com água filtrada, fervida ou soro fisiológico podem trazer alívio, mas não acredite em simpatias como passar aliança ou moeda sobre a pálpebra. Esses objetos podem até piorar o quadro, por levarem micro-organismos à região doente. Óculos escuros ajudam a dar conforto em ambientes luminosos. Prevenção
Fontes: Fabio Adams, oftalmologista do Hospital Infantil Sabará; Miguel Padilha, oftalmologista e ex-presidente da SBO (Sociedade Brasileira de Oftalmologia); CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças, nos EUA); Sociedade Brasileira de Pediatria. SIGA O UOL VIVABEM NAS REDES SOCIAIS O que é bom para curar conjuntivite rápido?Tratamento. Não existe tratamento específico para conjuntivite viral. Para diminuir os sintomas e o desconforto pode-se utilizar soro fisiológico gelado e compressas sobre as pálpebras, limpar os olhos com frequência, ou ainda, usar colírios lubrificantes e lágrimas artificiais.
Quantos dias fica boa da conjuntivite?Conjuntivite é a inflamação da conjuntiva, membrana transparente e fina que reveste a parte da frente do globo ocular (o branco dos olhos) e o interior das pálpebras. Em geral, ataca os dois olhos, pode durar de uma semana a 15 dias e não costuma deixar seqüelas.
Quem está com conjuntivite pode sair?Apesar de ser altamente contagiosa, a conjuntivite não é transmitida pelo ar. A razão por trás desse mito é o fato de que basta encostar no muco, secreção, ou cumprimentar uma pessoa contaminada (e que não tomou providências de higiene das mãos e do rosto) para acontecer a transmissão.
Quando a conjuntivite começa a melhorar?A conjuntivite viral geralmente começa a melhorar depois de 5 a 7 dias, e pode durar por 2-4 semanas. Ela geralmente melhora sem qualquer tratamento específico. Pessoas com um sistema imunológico enfraquecido devem consultar um médico para diagnóstico e aconselhamento para o tratamento da conjuntivite viral.
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